quinta-feira, 18 de junho de 2009

Garoto Propaganda





Só as grandes me querem... Hahahahaha...



quarta-feira, 17 de junho de 2009

Honestidade na ponta dos dedos

Segunda pela manhã, fiz um comentário inocente para uma amiga:

- “Aquela menina que conversava contigo era muito bonita...!” – Falei.
- “Mas ela é mesmo! É modelo!” - Respondeu-me.

Abri os olhos em espanto.
Não foi por surpresa. Realmente a menina era muito bela, tão bela que provavelmente deve ter muito sucesso na profissão. O porquê do espanto? Porque a resposta da minha amiga entrou-me nos ouvidos como “esquece rapaz, ela é muita areia pro teu caminhão”... esta conotação não foi ela quem disse, por óbvio. Fui eu mesmo quem conclui, mas enfim...
A tal menina era realmente linda. Digamos que a imagem dela era totalmente suave e agradável: Olhos azuis (daqueles que a gente não esquece), sobrancelhas finas, as expressões doces... calça jeans e tênis. Se ela tivesse noção que esta imagem verdadeira dela por si só já é carinhosa... Coisa estranha de se dizer, eu sei.
Mas aqui entre nós: As pessoas não sabem, mas quando vejo alguém tão belo assim, não tenho as vontades comuns, aquelas tipicamente masculinas e instintivas. As vontades que tenho são muito mais ternas, muito mais especificas. Fico com um tremendo desejo de conhecer a pessoa, saber com quantas cobertas ela dorme, qual é o tamanho do seu sapato, pra que time ela torce, se ela gosta de jogar cartas, se gosta de carne mal ou bem passada, se tem cachorro... Eu sei, novamente isto é estranho.
E o mais estranho ainda está por vir.
Tenho uma natureza humana, principalmente masculina, que não há como negar. Costumo dizer que não engano mais ninguém quanto a isto. Mas hoje, percebo talvez que eu mesmo esteja me enganando. Sou romântico sim, não posso mais dizer por ai que não. E o pior: além de romântico, sou tímido. E este é o fato que me faz pensar sobre minha caçamba não comportar tamanha carga de areia.
Quando fiz o comentário à minha amiga, ressaltei o fato de ser um homem solteiro, descomprometido e que quero das mulheres apenas diversão. Bati com a palma na testa logo após com o tamanho de minha burrice. Por pura vergonha de admitir o meu romantismo, e pelo medo de enfrentar a minha timidez frente a uma situação que nem ao menos é real, não tive vergonha nenhuma de mentir descaradamente para ela.
Honestamente, deveria ter sido honesto.

Os homens sempre falam besteiras. Não sou diferente, como disse acima. Contudo, espero pelo menos estar fugindo um pouco do resto do gênero quando agora, busco ser honesto para as poucas pessoas que me lêem por aqui.
Basta ler meus últimos artigos para perceber o quanto quero um compromisso... um amor cheirando a novo, uma rotina ligada a alguém. Dizem por ai que quem tenta enganar morre pela boca, no meu caso morro pelos meus dedos: Escrever sempre é muito mais fácil no momento de admitir características e ser verdadeiro.

Pessoalmente... bom...

Aí já é outra história.

Prometo apenas que tentarei superar a vergonha de ser romântico... o que já é um grande passo.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

A caça ao tesouro...

Ontem à noite, já no inicio da madrugada, assisti a um documentário da GNT que tratava sobre o ser humano e a escolha da parceira ideal, do par ideal para compor a vida. A maneira de abordar tal assunto me pareceu um tanto batido e cansativo: discutir as características atraentes de ambos os sexos.
Primeiro se discutiu o que, quase de maneira animalesca, o homem se atrai numa mulher. Falou-se em beleza, vaidade, postura, confiança, olhar, jeito de andar... todos eles perceptíveis por um sentido apenas: a visão. Depois dissertaram sobre os cheiros, os jeitos, a criação, as afinidades, os objetivos em comum, a situação financeira, a educação, a capacidade reprodutora, o conservadorismo, a maturidade, o nível cultural, e o quanto esta mulher é desejada pelos outros homens (yes, isto importa), o que por conta da alta subjetividade, necessita de talvez mais um ou dois sentidos operantes para o julgo e a sentença de viabilidade.
Esta parte ocupou apenas um dos quatro blocos do documentário. Os outros três foram totalmente consumidos na busca feminina do parceiro ideal.
Nossa. Que massacre.
A quantidade de características masculinas evidenciadas para que a mulher possa eleger o seu companheiro foi absurda de tal forma, que a única conclusão viável (o que o programa não fez) é que este homem não existiu, não existe e nem nunca, JAMAIS, irá existir. Mais ou menos assim: Pegue tudo o que há de bom em todos os homens do mundo, jogue no caldeirão e misture... e mesmo assim algumas mulheres não ficarão satisfeitas. Se para nós homens, a maioria das características são facilmente julgadas apenas pela visão, para as mulheres os sentidos humanos utilizados são todos os cinco, e conta-se ainda com a sorte, o alinhamento dos astros, o estado de espírito, as orações e a força do Santo Antonio que coitado, faz um tempo que está lá afogado no copo.

A fase que me encontro é de transição. Saio de um tempo de escolhas calcadas em valores e belezas inexistentes para o palpável, o real, o existente. Atiro apenas em alvos específicos agora, não faço mais test-drive por fazer, só provo a roupa se realmente tenho interesse em comprá-la e só me envolvo com quem realmente me dá seguranças de envolvimento sadio para ambos.
Continuo cobrando um preço alto, eu sei. Os parâmetros continuam muito específicos, mas a abertura está acontecendo de maneira gradual. Começo a não idealizar tanto, e isto está me levando a enxergar um pouco mais a realidade. Quanto mais idealizamos, quanto mais tentamos atender as nossas expectativas, talvez mais longe estaremos de encontra-las. Esta na hora de seguir no sentido contrário.

Não quero entrar naquele velho papo de que todos nós temos medos, fragilidades e defeitos. Não quero ser enfadonho como o documentário foi, apenas quero externar que a mulher ideal, nestes casos, pode ser o contrário da mulher real...
O que faltou ao tal documentário foi justamente falar a verdade. A dificuldade maior que temos ao procurar (e não achar) esta pessoa ideal não são os outros que impõem, somos nós mesmos quem criamos. A culpa é em grande parte sim, nossa. É como se na caça ao tesouro perdido, nós mesmos colocássemos as armadilhas mortais no caminho, e olha que não é fácil desarma-las. Para seguirmos o mapa sem problemas, e acharmos o local onde o X indica estar o baú enterrado, temos de ter flexibilidade, capacidade de perdoar, humildade nos próprios defeitos e principalmente...

... ter clareza e coerência quanto ao que desejamos e ao que ofereçemos.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

A culpa é do Junho...

Ok, eu confesso.
Esta é a época do ano mais complicada para mim.
É o início do inverno... o frio, o vento cinza e o silêncio. As jantas caseiras, as taças de cabernet chileno, os vapores das panelas e as risadas a plenos pulmões. São os casais que teimam em ser felizes, o nariz gelado que não encosta no meu pescoço, o peito que espera nos dois sentidos e a ansiedade.
São os beijos vagarosos nos corredores (que não são meus), a vontade de abraços infindáveis, os sorrisos fáceis e os olhares que contém traços. As formas do corpo, as botas por cima das calças justas, os cachecóis até as orelhas, os lábios e a vermelhidão das maças do rosto. São as falas macias, as unhas quadradas, os cabelos negros, a baixa estatura e as alianças (desesperanças...).
São as brincadeiras aproximadas, os perfumes, a vontade dos detalhes, os braços e abraços por dentro do casaco. O bafo quente, o abafo rouco, o cansaço estampado, o cheiro dos lençóis... a manhã que chega, a preguiça, as velas e as fotos.
É a estrada, a Serra, os vales gaúchos, os fondues e a água quente. Os vidros que embaçam, a vontade de ficar em casa, o brigadeiro e o claro, dos olhos e do céu limpo.
São os que se acertam, o infeliz-feliz, os amores duradouros, é o desejar a tristeza do próximo para se ter o seu amor. É o carinho que não é na pele, as flores, o rosado da auréola e a rigidez dos seios.
É o machado, os gravetos, a pilha e a lenha chiando. Os queijos, o simples em conjunto, o filme e o cobertor felpudo. As malhas, as mantas perfumadas, a falta que o beijo gelado faz e que a concha deixa.
São os anúncios, as modelos, os corações e os jingles. As promoções, os restaurantes, os presentes planejados e a fatídica noite.

Espera-se passar.

O dia amanhece, esquento a água e o chimarrão fica pronto... a aula ou o trabalho começam.

E mais um dia dos namorados se vai...

... na espera de que no próximo o complicado se transforme em contentamento...