quarta-feira, 31 de janeiro de 2007

Breguice

Não me condeno mais. Tomei isto por premissa básica para a felicidade. O que faço, eu faço e pronto. Desde que me faça bem e contribua para me deixar um pouco mais contente com o que a vida me proporciona.
Dentro desta concepção, a tempo que eu decidi escutar qualquer tipo de música, desde que me faça bem ou me emocione, como eu escrevi estes dias em um outro artiguinho.
Então vamos direto ao ponto. Se, em uma semana, eu estou fissurado e escutando pela ducentézima vez um CD antigo do Black Sabbath, na seguinte eu posso estar escutando música sertaneja e cantando a plenos pulmões.
E é exatamente isto que estou fazendo.

Cesar Menotti e Fabiano. Já ouviram alguém falar sobre? Ou talvez escutaram alguma música? Não?

Em qualquer uma (ou nenhuma) das opções acima, isto serve.
Aqui vai o link:

http://www.youtube.com/watch?v=l3Z9NpeEeeE

Bom proveito!

E se tu ficar pensando que escutar música sertaneja é breguice bagaraio.... é sim!
Mas....

DEIXA DE SER PRECONCEITUOSO TCHÊ!!!

quinta-feira, 25 de janeiro de 2007

Emoção no casamento

O Paulo estava sentado do meu lado na cerimônia. E a mesma estava demorando demais, sem falar no calor porque o ar condicionado da capela estava estragado.
Enquanto o padre dizia e falava tudo o que é de praxe em uma cerimônia de casamento, aquele velho e bom “você aceita, na saúde e na doença...”, derrepente eu vi meu melhor amigo ficar branco e quase desfalecer sentado. Preocupei-me muito, mas não fiz alarde. Tratei de segura-lo e tentar reanima-lo ali mesmo, sem que quase ninguém percebesse. De pronto pensei que a pressão abaixou (terno e gravata no verão sem ar condicionado é phoda...), eu padeço do mesmo problema. Logo perguntei, quase sussurrando:

- “Paulo! Paulo! Que tu tens tchê!
- Nada não véio. Nada não.
- Mas como nada o Bagual! Tu tá quase desmaiando!
- Já te disse que não é nada tchê!” – Em tom de quem não esta com muita paciência.
- “Ta bom. Também não te carrego pra fora se tu desmaiar.
- Tu realmente não viste o porque que eu to assim?
- Não cara!
- Depois eu te falo então. Agora presta atenção na cerimônia que o André ta quase fugindo do altar...”

O André não fugiu do altar. Até porque o cara deu um tiro na lua e conseguiu acertar. A esposa dele é o uma baita mulher. Em todos os sentidos. Realmente veio a somar com ele. E muito.
Mas enquanto isso o Paulo começa a sair da brancura momentânea e melhora gradualmente. Enquanto isto eu fiquei matutando o que poderia estar acontecendo com ele. Será que ele comeu algo que fez mal em casa, e agora ta com dor de barriga e com vergonha de dizer...? Será...?
Fiquei olhando mal encarado pra ele, tentando aguçar o meu olfato para ver se eu conseguia sentir algo estranho no ar. Mas a única coisa que eu conseguia sentir era o Givanchi que eu dei pra ele quando eu fui para Foz do Iguaçu buscar muamba. E o perfume era muito bom. Descartei a possibilidade da flatulência.
De tempos em tempos ele passava mal de novo, e nos ataques de choro, eu percebi que o problema dele não de ordem física, mas sim emocional. Mas... será que o Paulo ta tão carente assim que chega a estar chorando em casamento? Chorar em filme eu já vi ele fazer, e que ele não me leia, mas até em novela também, agora... em casamento não! Ai já é exagero.
Resolvi perguntar:

- “Paulo... tu ta bem mesmo cara...? Posso te ajudar em algo?” – Eu preocupado, claro.
- “Eu to tranqüilo Dão. To tranqüilo. Depois eu te falo o que ta acontecendo agora.
- Se tu precisares de algo me avisa...
- Fica tranqüilo que eu sei que tu és canhoto.
- Não sou não veio. Sou destro.
- Vai te cagar! Isto é gíria nova...
- Ah ta... depois tu me explica que historia é esta de canhoto.
- Ta, presta atenção que o André ta suando feito um porco...”

E realmente estava. O coitado tava vertendo litros d´água. Eu cutuquei um tio dele que estava pertinho de mim, que por sua vez estava pertinho de onde um dos irmãos do noivo, que não era padrinho, estava sentado. Avisei-o para que alcançassem um lenço. Não demorou muito o irmão do guri foi lá e alcançou um lenço branco, que com certeza era algum guardanapo de linho roubado de restaurante chiquetoso.
Mas o Paulo. Bem, a cabeça do Paulo a cada cinco minutos levantava, saia do eixo, rodopiava 720 graus e se encaixava no lugar de novo. Ele chorava, ficava branco, enxugava os olhos e voltava a si. E eu ainda sem entender nada.
Depois do beijo, e do tão clássico “Eu vos declaro, marido e mulher”, os noivos saíram, seguidos dos pais e dos padrinhos, e o Paulo não quis se levantar pra sair da capela. Ai eu comecei a reclamar:

- “Pronto. Sabia que ia travar...
- Travar o que cara?
- Travar! Empacar! Tu ta é com o sistema corrompido ai dentro né Tchê...
- Não me enche o saco! Tu realmente não viste nada?
- Não. Não vi. Faz o favor de me explicar que daí pelo menos eu posso te ajudar em algo...
- Não. Não pode. O que tu vai fazer? Dar uma porrada nele e separar os dois?
- Paulo. Não te acredito... o André recém casou e tu já ta botando o olho na mulher dele...
- Cala a boca Tchê! Nada a ver com o André. To falando do casalzinho de pombinhos que estavam em pé, abraçadinhos e apaixonados, trocando carinhos e beijinhos lá trás...
- Quem? – Apesar de não ter visto, eu já imaginava quem era.
- Minha ex...minha ex...
- Paulo...tu tem certeza que era ela?
- Tenho. Quer dizer...eu só a vi de longe.
- Então tu não tem certeza. Se uma pessoa com oito graus de miopia e sem óculos consegue ver alguém a 20 metros de distancia e dizer quem é, ela com certeza esta mentindo pro Oftalmo...
- Pois é.
- Me mostra ela que eu te digo se é ou não.
- Ta bom.”

Saímos da igreja a cato da guria. Durante o tempo de procura (o Paulo resolveu deixar a vaidade de lado e colocar o óculos dele), ele começou a ter um pití violento. Começou a tremer de nervosismo, ficar branco-gelo, suar frio, a voz começou a roquear, e depois a sumir. Ai eu perguntei:

- “Como que ela poderia ter vindo a este casamento Paulo? Se com toda a certeza ela não conhecia nem o André e nem a Adriana?
- Vai saber veio! Vai ver o fdp que ela tá namorando conhece um dos dois...
- É...tem lógica. Mas com que roupa que ela tava?
- Na deu pra enxergar muito. Mas eu acho que era uma blusinha tomara-que-caia vermelha e uma calça escura. Parecia ser jeans.
- Então tu vai querer te cortar os pulsos se eu te disser algo.
- O que? Ela tá aqui atrás?” – Pergunta ele tremendo mais que vara-verde.
- “Tá sim. Mas tem outro detalhe...
- O que? Ele tá junto?
- Não. É que não era ela...
- Ah ta...!
- To falando cara! Não era ela!”

Incrédulo, ele virou-se muito rápido. E viu que na verdade, a sua “pseudo-ex” era a Andréia, uma priminha linda da Adriana, que por sua vez era a noiva (naquele momento, já esposa) do André.
A expressão dele nos 15 minutos subseqüentes era algo que eu nunca vi numa pessoa. Um misto de alívio com vergonha, ou aquele sentimento que a gente tem quando paga um baita mico por algo que na verdade, não era aquilo que a gente pensava.
Durante o caminho da capela até o Leopoldina Juvenil, onde seria a festa, o silêncio imperava dentro do carro. Quase chegando lá, ele resolve dizer uma das maiores pérolas (besteiras) que eu já escutei na vida:

- “O Dão.
- Quié veio?
- Sabe duma coisa?
- O quê?
- ...Em terra de carentes, ciumentos e ceguetas, quem tá com os óculos na cara é rei...!”

quarta-feira, 24 de janeiro de 2007

A foto

Concordam comigo?

Linda segurança pública

Tomo por hábito diário tentar me informar o máximo possível, acessando sempre vários sites de notícias durante o dia. CNN, Reuters, ClicRBS, até o próprio Terra. Mas nada, nada supera minha boa e velha ZH. O meu hábito de ler a ZH é comparado a outros hábitos impreincindíveis do dia, como escovar os dentes, por exemplo. É muito importante para o bom funcionamento das minhas funções profissionais e sociais.
Mas hoje a leitura da ZH foi diferente por uma simples razão. Sabe aquelas fotos que as vezes, a gente olha, olha, olha de novo, e depois volta para dar mais uma olhadinha, pois é. Na contracapa da ZH de hoje uma dessas fotos apareceu, e não é só pela beleza da foto em si, mas sim pela situação que ela ilustra.
Ontem, em Estrela, uma simpaticíssima cidade do interior do Rio Grande do Sul (sempre me recordo muito desta cidade, primeiro porque ela fica no caminho para minha querida Guaporé, e segundo porque tem uma fábrica da Fruki lá. E eu adoro Fruki), uma menina-senhora (já casada, que pena...) tornou-se a primeira mulher na história a chefiar um batalhão da Brigada Militar. Tornou-se a Major Nádia Gerhard, que a partir de hoje terá cento e trinta homens sob seu comando, e fará a segurança pública do Vale do Taquari.
As feministas de plantão que me perdoem, mas apesar do grande feito que esta senhora conseguiu, o que mais me chamou a atenção na notícia e nas fotos, foram o grau de beleza que a Major tem. Meu Deus! Que mulher linda! Deu-me vontade de entrar para a Brigada Militar só para ser comandado por ela. Quem sabe no futuro, após formatura do Direito, eu não preste alguns concursos para Delegado de Polícia? Quem sabe?
Óbvio, isto é uma brincadeira. Era só pra ver a reação de vocês.
Por favor, não entendam errado, não estou dizendo que só porque uma mulher é linda ela não pode ser Major, ou melhor, que ela não pode ser uma mulher inteligente e bem sucedida. Muito pelo contrário, na minha opinião a beleza, tanto masculina quanto feminina, é um baita empecilho para se trilhar um caminho de grande feitos, justamente pelo tal do preconceito de novo. É como se necessariamente as pessoas tivessem que se tornar feias para obterem sucesso. Nada disso.
Mas continuando no quesito beleza, e abordando o que realmente quero abordar, o que mais me chama a atenção é que esta linda mulher tem só 38 anos de idade, e já 18 anos de serviços de alta qualidade prestados a Brigada Militar. Agora a pergunta aquela vem à cabeça: Será que nestes anos todos de serviço, nunca uma mulher com tamanha beleza teve problemas de respeito dentro de uma corporação, que sabidamente é machista e preconceituosa? Sinceramente acho que sim. Mas só no inicio, nas épocas de soldado. Hoje em dia com certeza não. É o chamado “Efeito Hierarquia”. Quanto maior o cargo, maior o nível de respeito necessário. E isto não é uma exclusividade feminina. Não só pelo fato da mesma ser esposa de um capitão que também pertence ao metiê, mas simplesmente pelo fato de ser mulher. Acho que o nível de respeito, para se tratar tanto com uma superior quanto com uma subordinada tem de ser muito maior do que se a mesma fosse do gênero masculino.
Além do que, a visão que todos nós, populares, temos da BM é muito ruim. Polícia e delinqüentes se misturam dentro de algumas concepções, e isto é um problema de atitude da própria corporação. Há tempos eu escuto os mais maduros dizerem o seguinte: “Assim como as grandes multinacionais têm em seus cargos de chefia mulheres que sabidamente, tem muito mais tato, jeito e capacidade para lidar com situações de extrema dificuldade e risco, a BM também precisa de um toque feminino para dar o tão atrasado passo adiante, ou seja, atitude feminina concerta tudo.”
Concordo. E acrescento.
Acho que a quantidade de mulheres no comando da BM deveria ser bem maior, menos o Dr. Enio Bacci, que é nosso novo secretário da Segurança do Estado. Na minha opinião ele está realizando um baita trabalho.
Sério mesmo gente, geralmente o preconceito dos mais ignorantes leva a imaginar errado a aparência, a competência e até a sexualidade de uma “Brigadiana”, como popularmente as chamamos. Mas esta linda Major vem mostrar/provar o contrário a este tipo de preconceituosos. E sinceramente tenho certeza de que, com este novo comando no vale do Taquari, a qualidade da segurança pública vai dar um salto por lá.
A bandidagem que se cuide. Agora a coisa é séria. Há uma mulher no comando.

O problema é que vai ter bandido que, sabendo que o comando da Major Nadia estará nas ruas, vai pedir pra ser preso só para conhece-la...

segunda-feira, 22 de janeiro de 2007

Everybody needs somebody to love.....



"Everybody needs somebody
Everybody needs somebody to love (someone to love)
Sweetheart to miss (sweetheart to miss)
Sugar to kiss (sugar to kiss)
I need you you you
I need you you you
I need you you you (In the morning)
I need you you you (When my soul's on fire)
Sometimes I feel
I feel a little sad inside
When my baby mistreats me
I never never never have a place to hide
I need you"

Hey, ho! Let´s Go!

Eu conheci música com dez, onze anos de idade.
Nesta idade geralmente nós estamos sujeitos aos modismos momentâneos que a industria fonográfica brasileira teima em inventar. E que sempre dão certo, vendem rios de cd´s (na minha época eu comprava fitas cassete porque o aparelho de cd nem havia chegado ao Brasil) e enriquecem seus interpretes marionetes.
Mas enfim, nesta época eu me lembro que o que fazia sucesso eram as duplas sertanejas, estilo que estava sendo redescoberto com a aparição de Leandro e Leonardo, e uns seis meses depois, Zezé de Camargo e Luciano. Eu claro, como toda criança com a primeira década de vida recém completada, sabia e cantava todas as músicas da moda de cor (bom, graças a Deus que tenho 26 anos, pois se eu tivesse 10 agora, eu estaria cantando “Que sou rebeldiiiii”).
Tenho um irmão mais velho que eu, uns dois anos e meio. E foi ele, foi ele quem me apresentou as guitarras distorcidas, baixos tocados apenas com o indicador e baterias tão simples que três meses de lições práticas bastam. É, o bom e velho Rock. Ou melhor, naquela época era o Punk. Ele nunca soube que, foi através das fitas que ele tinha em casa, que geralmente eram gravadas de LP´s dos amigos mais afortunados, que eu fazia as minhas cópias também. Foram através destas fitas que eu descobri a minha primeira (e como costumo dizer, a última também) banda, o Ramones. Até hoje eu escuto as músicas deles com um tesão e um entusiasmo como se fossem a primeira vez.
Logo após, descobri outras bandas-clichês de roqueiros, como Metallica, Black Sabbath, Megadeath, Sex Pistols, Clash, Led Zeppelin, AC/DC entre tantas outras que se seguiram.
Geralmente o roqueiro pré-adolescente, ainda iniciante, que toca guitarra, segue pelo que eu chamo “lado negro da força”, acaba por rapidinho, se tornar um sujeito super preconceituoso com qualquer outro estilo de musica. Comigo não foi diferente. Eu era de usar camiseta preta do Metallica com uma caveira enorme em chamas em pleno verão de 40 graus. E como canta o coro de punk´s em cada show do Replicantes que eu vou, para mim, “pagodeiro era tudo pau no cú”.
O problema era manter esta fachada de roqueiro para os outros. Óbvio, o preconceito funcionava tanto para mim quanto para as outras pessoas. Eu me “auto-aplicava” uma reprovação enorme porque na verdade, em casa, escondidinho no meu quarto, e no volume mais baixo possível, eu escutava e adorava as famigeradas “co-comerciais”. SPC, Negritude Jr., Mamonas Assassinas, Gabriel o Pensador, Backstreet Boys, Britney Spears. Todas eu adorava e todas eu sabia. Mas isso era segredo absoluto, ái de mim se os meus amigos pseudo-roqueiros ficassem sabendo que eu era um “vendido”.
Não sei, só sei que foi assim. Na frente dos outros um roqueiro porra louca, em casa um adolescente comum e feliz.
Até o dia em que eu me rebelei. Resolvi que escutaria tudo o que me alterasse de estado, fosse para ficar alegre, triste, com a adrenalina em alta, entusiasmado, etc... Ou seja, tudo o que eu gostava.
Hoje eu escuto, canto e danço todo tipo de música, desde o velho e ótimo Ramones que eu tanto amo, até “Toca um samba ai” do Inimigos...
Essa mudança em meu gosto musical aconteceu faz alguns anos, quando a maturidade suficiente para isto chegou.
Agora outra grande mudança está acontecendo, e também é devido à chegada de um outro grande salto de maturidade que está acontecendo.
Da mesma maneira que em referência a música, eu decidi apenas fazer o que me faz bem, na minha vida inteira estou implementando esta resolução. É claro que isto não funciona como uma MP do poder executivo federal, que derrepente, pegando todos de calças curtas, do dia para noite, aparece e muda tudo o que vinha sendo feito. Isto é uma decisão que da mesma maneira que esta sendo tomada gradualmente, a sua implementação também foi, é e será.
Enfim, podemos exemplificar esta mudanças de tal maneira: Antes eu tocava apenas guitarra, o que me trazia muito prazer. Hoje em dia eu toco até guitarra, baixo, violão, viola e cavaquinho...

Começar a procurar um outro nível de felicidade é ótimo. Imagina quando eu encontrar então...





Ah! Mudando de assunto. Antes que eu me esqueça:
AQUI PRA TI OH!!!!! (Neste momento, Fulana, imagine eu te dando uma “banana” com o braço...)

quinta-feira, 18 de janeiro de 2007

Reuniões (quase) exclusivamente femininas

Sempre, minha vida inteira, desde criança, eu fui um menino-garoto-adolescente-homem de muitas amigas mulheres. Não é raro, até hoje em dia, vezes em que reuniões exclusivamente femininas são ilustradas com a minha presença. Não porque eu sou um cara que não se toca, mas sim porque minhas amigas sempre insistem.
É claro que este tipo de reunião geralmente se transforma em entrevista, ou melhor, em interrogatório sobre as diferenças dos gêneros masculino e feminino. E eu, como sempre, o único representante da seta ascendente presente, sou solicitado a responder as perguntas mais “roda na fogueira” possíveis. Não tem problema, eu gosto.
Estes dias, em companhia das melhores mulheres que existem na face da terra (não é a toa que são minhas amigas), fui intimado a responder a uma pergunta que na minha opinião, é muito generalista. Mas quando há argumento e conhecimento, há sempre como discutir algo.
Perguntaram-me o que uma mulher faz que seduz realmente um homem, em todos os aspectos (ai meu Deus...)!
Claro, comecei a resposta deixando bem claro que eu responderia por mim, e o que eu diria não deveria ser tomado como exemplo para o resto dos três bilhões de homens que existem no mundo, afinal de contas somos mais atrasados que as mulheres, mas não somos tão primatas assim, conseguimos nos diferenciar uns dos outros, por incrível que pareça, cada um de nós funciona de um jeito.
Comecei deixando claro que o que difere tudo são as intenções. Se por exemplo, o homem está procurando alguém apenas para se divertir, bom papo, bom humor, um corpo bonito e muita facilidade bastam.
Se ele está procurando alguém para passar apenas bons momentos juntos (ou seja, um pouco mais que diversão), alguns outros quesitos começam a ser julgados também. Um pouco de fidelidade, honestidade e carinho começam a fazer parte do pacote exigido. Além claro, do que já havia sido supracitado.
Agora, se ele está à procura de algo mais, ou seja, de alguém que além de propiciar momentos felizes, esteja aberta a um grau de envolvimento maior (pois claro, ele está), ai a coisa fica bem complicada.
Digo complicada porque ai sim, cada homem quer uma coisa, ou seja, cada um de nós dá valor a aspectos diferentes.
Agora sim, eu só posso falar por mim.
Antes de tudo, acredito que a pessoa realmente tem de vir de uma boa criação, de boa família. Nada a ver com nome, sobrenome ou status social. Mas sim totalmente com criação. Explico-me:
Penso que há valores que só são ensinados pela família. Sou uma pessoa que tenho uma que até hoje é muito bem estruturada, os exemplos e valores que a mim foram passados desde que nasci são muito sólidos e embasados de maneira prática. Geralmente quem teve uma criação como a minha tem valores iguais. Pensa por exemplo, que antes de tudo devemos estar ao lado e defender os nossos, defender não só os interesses como os indivíduos que fazem parte dela. Aprendemos a superar e aceitar as diferenças, amar-nos da maneira como somos. Geralmente quando uma pessoa assim, como eu, se envolve com alguém, acaba por transferir estes valores também ao cônjuge. Então, o que antes era “primeiro a família”, fica claro, só no âmbito familiar. No que diz respeito a pessoa amada, a expressão “primeiro o relacionamento” entra em voga. Desta maneira que as coisas dão certo, pois os problemas se tornam menos importantes, tudo pode ser superado, porque haverá vontade para que sejam.
Acredito que se a pessoa infelizmente teve uma criação que incluiu separações, ou pior ainda, promiscuidade da parte dos irmão e irmãs, ou pior ainda, dos pais, o exemplo a ser seguido por ela infelizmente será este, com certeza tudo isto será normal para, ou pior ainda, correto talvez.
Mais tarde, falando sobre como uma mulher deve se portar especificamente, disse que a mulher (vocês hão de concordar comigo) tem que mostrar capacidade para exercer diferentes papéis: uma boa mulher, boa amante, mãe, melhor amiga, e claro, saber o momento certo para cada personagem. Acho que a mulher é infinitamente melhor que o homem nisto, em exercer diversos e diferentes papéis. E o melhor de tudo, geralmente gostam disto. Pois então, para informação geral do gênero feminino, nós homens, adoramos ganhar todos os tipos de cuidados. Todas estas diversas facetas que vocês além de conseguir, gostam de usar, não só podem como devem ser usadas. Para o nosso bem, para o bem de vocês e para o bem de todo o relacionamento.
Além disto, a mulher tem que ser discreta e saber utilizar o charme, o que nem sempre é beleza e sim a maneira dela se portar. Isto sempre é um tabu.
De nada vale uma mulher ter uma beleza estonteante, e não ter porte, não ter postura. Vou citar um exemplo... Ganha um doce quem acertar qual mulher mais me atrai: Vera Fischer ou Ângela Vieira? A resposta está bem óbvia.
Mulheres como Vera Fischer, por exemplo, confesso, são lindas, mega-atraentes e super desejadas. Mas não por mim. Tudo porque o aspecto de “vulgar” estraga tudo. Mulheres assim me inspiram problemas, inseguranças, desrespeito e um sentimento permanente de “estou ferrado”.
Já mulheres de porte, ou seja, mulheres que tem postura, olhar, impostação vocal boa, bom humor, e que sabe ser o que citei acima, acabam por me levar embalado para presente. Se for bastante carinhosa, aí então, leva até brinde da casa.
Brincadeiras a parte, em verdade vos digo, o que interessa, é que não haja motivos para fortes incomodações ou dores de cabeça. E é bem isto que determina se um homem se apaixona ou não.
Reiterando o que eu havia dito. Falo única e exclusivamente por mim. Até porque tem gente que gosta de ser maltratado.

- “Ta Rafinha, falando apenas da beleza da pessoa, então me diz o que é uma mulher de porte?” – Uma das meninas me pergunta.

Mulher de porte, respondi no momento e respondo para quem quer saber agora, requer beleza física sim, mas não é aquela beleza que Deus ou o homem lhe deram, mas sim uma beleza de mulher, uma beleza delicada e ao mesmo tempo segura, uma beleza que inspira antes de tudo higiene, cuidados sutis que são o que realmente diferem uma mulher de um homem. Cito por exemplo o caso de mulheres que nem banho tomam, ou não escovam os dentes pra te esperar (imagina o romantismo), depilação então, nem pensar...
Mas isto não é o mais importante, mulheres de porte em qualquer instancia te respeitam, te consideram, te dão a atenção certa, e muitas vezes, necessária, sem nem pestanejar. E o melhor de tudo, te amam.
Em coro, todas disseram:

- “Não entendi!”

Ta ta... deixa assim...

terça-feira, 16 de janeiro de 2007

Inveja

Já escrevi abordando este assunto. Mas sinto necessidade de tocá-lo denovo.
Sendo bem direto, eu tinha para mim que quem sentia inveja dos outros geralmente era eu. Já admiti isto por aqui, em outro artigo que escrevi. Mais do que isto, além de admitir, eu ainda caracterizei a inveja como um sentimento tipicamente humano, normalíssimo em todas as pessoas, e que, portanto, era mais do que normal achar que a vida dos próximos era muito melhor do que a própria.
Só que eu nunca havia nem cogitado uma hipótese. Sempre pensei que a inveja era algo exclusivamente meu (ta, do Paulo também...), nunca havia pensado que o caminho inverso também poderia ocorrer.
Sinceramente e humildemente, nunca pensei que alguém pudesse sentir inveja de mim! Logo de mim!
Sério mesmo gente. Fico embasbacado com isto. Quando alguém demonstrava pra mim que estava com inveja de algo que é meu, ou de algo que eu sou, nunca nem percebi, ou percebia, mas entendia errado.
Que coisa estranha! Porque motivo que as pessoas poderiam sentir inveja de mim?
Eu na minha infinita curiosidade, não poderia perguntar para outra pessoa sobre isto do que para o Paulo. E ele me respondeu:

- “Velho, vê se te orienta o cabeçudo! Tu realmente nunca enxergaste o que tu és? Tu és um cara boa pinta, nunca ficou sozinho nesta vida, nunca teve uma namorada-ficante que fosse ao menos feinha. Isto tudo porque tu és muito carinhoso e romântico com quem tu estas. Trabalha desde os 10 anos de idade, ou seja, já faz 16 anos que tu nem ao menos ficou um dia desempregado, e claro, isto gerou frutos em forma de ganhos, receitas e patrimônios que 80% de todos nós gostaria de chegar ao menos perto. Sem falar no teu nível de estudo, inteligência, maturidade e conversa.
- Tchê! Eu nunca pensei que tu pensavas, ou melhor, alguém pensava isto de mim! Tu estas sendo gentil né...– Eu respondi.
- Não cara. Não to sendo. Tudo isto que eu te falei tu realmente és. Ou eu menti em algum momento?
- Pensando bem...não, não mentiu. Mas eu simplesmente nunca havia enxergado minha vida através desta perspectiva.
- Então ta na hora de começar.”

Realmente. Eu nunca havia pensado/constatado que tudo isto era verdade absoluta. Eu nunca tive razão para reclamar. E já que estou em momento de acordar, abrir os olhos, e realmente ver o que sou, vou puxar a brasa um pouquinho mais pro meu lado.
Além de tudo isto que o Paulo me falou, eu ainda tenho uma família linda, que na maioria das situações esteve ao meu lado, me apoiando e me ajudando no que eu precisasse. Além disto, tenho o maior orgulho de dizer que o suor da minha própria testa me fez conquistar coisas ótimas. Mas foram anos de trabalho duro. Por exemplo: Meu diploma de coméx. Realmente ralei demais para chegar lá. E agora estou ralando denovo, no direito. Após isto pretendo ralar mais uma vez, na psicologia. Quando tudo estiver terminado, não haverá profissional mais qualificado do que eu na área penal/forense.
Mas o que mais me chamou a atenção no que ele me disse foi algo que eu derrepente nunca teria constatado sozinho, só com a ajuda de alguém ou da psicoterapeuta.
Eu realmente nunca fiquei sozinho na vida. Nunca. E também nunca precisei fazer a mínima força por isto. O problema é que até agora eu não consegui achar a menina correta. Ou será que já achei e não vi...? Ah... Sei lá!
Só sei que quando eu escrevi a primeira vez sobre inveja, digo e repito, defendi que este era um sentimento humano normal, mas sem nem ao menos cogitar a possibilidade de que outras pessoas poderiam sentir inveja de mim.

- “Ta na hora de começar a te valorizar o cabeçudo! – Disse o Paulo.
- Eu sei tchê. Eu sei. Mas como se faz isso...?
- Bem simples. Não é tu mesmo que defende que nós temos que mudar nossos pensamentos, aquilo que acreditamos, para depois mudarmos nossas auto-crenças, emoções e comportamentos? Então constata o que é óbvio e muda Zé Ruela!
- Bá velho. Mas é tão difícil...
- Então vai te cagar!”

É verdade. Escrevi aqui estes dias que a gente pode mudar a nossa vida apenas mudando a parte mais fácil e flexível do círculo que a psicoterapia cognitiva explica. O dos pensamentos (o que acreditamos). Se os outros podem, porque que eu não posso também? Já demorei demais pra fazer isto até.

O engraçado foi depois...

- “Paulo, antes que tu vás embora, só me tira mais uma dúvida.
- Diga.
- Tu sentes inveja de mim também?
- Hum...
- Seja sincero.
- Ta! Eu admito! Eu sinto sim! Mas é só por causa das mulheres bonitas! ... E também por causa daquele álbum de figurinhas do campeonato brasileiro de 90 que tu tem completinho. Tem até o Mazaroppi no gol do Grêmio...”

segunda-feira, 15 de janeiro de 2007

Listas II

Dentro das minhas listas de virada de ano, acabei por fazer mais estas duas.

As 5 coisas mais chatas que existem e de que eu quero me livrar, (não sei como, mas estou aceitando sugestões):

- Colorado recalcado que já sofreu tanto, que mesmo tendo conquistado o melhor titulo do futebol mundial, não consegue perder a mania de menosprezar as conquistas dos outros. Poxa, ta na hora de evoluir o nível da torcida agora também...
- Papinho de chat. Não dá mais pra agüentar “d ond tu tc?”, ou “q idad tu tem?”, ou pior ainda: perguntas rabo na fogueira, do tipo “como vc eh fisicament?”;
- Enganar o coração com quem não presta;
- Preguiça rotineira. As vezes ela chega de mansinho, geralmente quando os prazos ainda são longos, e só se manifesta verdadeiramente quando estes mesmos já estão curtíssimos. É feito o bicho preguiça, se gruda em ti de tal maneira que tu tens que fazer uma força absurda para largá-la de seu pescoço;
- Estagnação. Não agüento mais esta sensação de tempo perdido.
- Menção honrosa: Espinhas, ou melhor, acne. Problema que eu tenho a mais de 10 anos. Só através de muito cuidado e tratamento que eu consigo manter esta minha pele de porcelana.

Os cinco maiores desafios que estão por vir (se já não vieram):

- Arranjar alguém que preste para amar. O problema que as que eu me interesso, ou não sentem o mesmo ou estão com 5 vezes mais barreiras do que eu para novos relacionamentos (não estão interessadas nem em aumentar o nível de contato), esta primeira está linkada com a segunda...;
- Arranjar forças para correr atrás de quem se coloca em barreiras assim. Antigamente eu insistia, e não tinha cara feira ou mau tempo que me fizesse desistir de alguém que eu tinha certeza que me faria feliz. Hoje eu não consigo mandar um e-mail a mais se a pessoa não me respondeu de maneira satisfatória. Entendo que fiz força demais para ter alguém nos últimos tempos. Estou cansado, ta na hora das coisas se inverterem, quero que correspondam meus esforços.
- Arranjar forças para estudar e passar em algum concurso público. Para garantir um salário fixo mensal e um certo conforto a mais.
- Deixar a estagnação. Apesar de ter evoluído muito profissionalmente/financeiramente nos últimos dois anos, ta na hora de definir minha vida, arranjar um emprego melhor, passar em algum concurso, escrever mais e conseguir alguém que colabore comigo.
- Continuar me tornando uma pessoa melhor. Amadureci muito este ano que passou, melhorei demais na minha opinião, fisicamente (de maneira estética e saudável) e psicologicamente. Tornei-me uma pessoa mais alegre, mais bem humorado, menos depressivo, mais responsável e muito mais certo do que quero pra mim e pra minha felicidade. Espero que se eu continuar neste gráfico ascendente de maturidade, o gráfico da felicidade também continuará sendo traçado igual. O problema é que geralmente “o saber das coisas” traz preocupações e tristezas. Vou ter que aprender a filtrar o que é bom do que é ruim.
- Menção honrosa: continuar sem manter nenhum tipo de contato com pessoas que eu sei que tão nocivas quanto uma cascavel defendendo seus filhotes no ninho. Não há nada o que ganhar ao menos conversando com as mesmas. O pior é que eu me condicionei tanto a manter distancia que eu to tão longe, mas tão longe que não lembro nem dos rostos...

Sério mesmo...

sexta-feira, 12 de janeiro de 2007

Crenças

- “Agora o problema é de outro!”

Foi isto que o Paulo me disse quando eu perguntei o que ele ainda sentia pela sua ex-namorada. Simples assim, e seco, bem seco.
Eu conheço o Paulo. Uma das únicas pessoas que eu posso dizer com toda certeza que conheço. Eu consigo saber realmente quando ele fala a verdade. E essa foi uma.
Geralmente as pessoas usam sentenças como estas como se dissessem algo para se rebelar, algo falso e mentiroso, que pode ser traduzido em “eu ainda a amo, mas tento mentir pra mim mesmo e pros outros que não”. Mas o Paulo desta vez falou a verdade. Verdade verdadeira.
Será que este é o caminho natural?
Com certeza. Acredito realmente que chega um ponto em que a pessoa deixa de amar alguém, e passa a enxergar o que até o Jacinto Cearense (que só me vende melancia estragada) enxergava. Não valia a pena. Ela era uma bomba, uma traste, um problema sem fim.
Era como se toda esta obvia constatação nunca houvesse existido. E realmente, a constatação não, mas os fatos, estes sim, estavam debaixo do nariz dele o tempo todo.
Os fatos eram que ela era até feia, chata, incomodativa, antipática e interesseira. Mas ele a achava linda, queridíssima, um anjo de pessoa e super honesta. Que coisa. Como o coração tem o poder de maquiar o que é tão claro...
Velho clichê: “O amor é cego”. Então enxerga Jatobá!
Mas isto não é o mais interessante. Eu vejo este tipo de coisa como uma evolução sem fim. Não é só o fato do Paulo ter enxergado finalmente o tamanho do problema que ele se livrou, isto é só uns 20% do bolo todo, a grande realização é ele ter superado o ciúme natural e avassalador que geralmente se sente quando se sabe que a ex-pessoa amada esta com outro, e passado simplesmente a não se importar mais com isto, a ponto de dar risada e ter pena do tal fulano, sabendo que o mesmo está se enganando igualzinho a ele num passado ressente. Ele passou a crer nisto.
Imaginem só, o alivio que dá. É como se tu te livrasse duma dívida financeira, simplesmente repassando-a para outra pessoa. Simples assim. Ou pelo menos deveria ser simples assim. Não é, eu sei. Mas chega um ponto que se transforma.
O sentimento de posse é algo que é difícil de esquecer. Aquela sensação de que a outra pessoa te pertence é errada, todos nós sabemos, mas é algo que todos nós sentimos também. O Paulo conseguiu superar isto. Superar o sentimento de que a ex era dele, e de que alguém estava tomando o seu lugar. Ele conseguiu entender que na verdade, aquele lugar (graças a Deus) não era dele. Não era dele também o dever de carregar o fardo de urtiga que era aquela guria.
Ele me disse mais:
- “Demorou para poder ver que eu me livrei do maior problema que eu já tive na minha vida. Demorou muito. O que acontece é que mesmo sendo um problema, a gente mesmo fica se enganando. As vezes até de propósito.”
Traduzindo: tudo é crença.
As crenças funcionam através de um circulo que óbvio, não acaba nunca.
É mais ou menos assim:
As partes integrantes, em ordem, são: o que a gente acredita, as crenças definitivas, as emoções e o que a gente transparece (o nosso comportamento).
Funciona deste jeito: digamos que tu acreditaste a tua vida inteira que tu não gostavas de azeitona. Isto se transforma numa crença definitiva. Tu não gostas mesmo de azeitona. Esta crença te levará a ter sentimentos, como se tu visses o vidro de azeitonas aberto, sentisse o cheiro, e te enjoasse. Chega uma hora que tu transpareces este repugno todo para os outros, e eles também constatam que tu não gostas das pequenas bolinhas verdes. Pronto, tua crença esta confirmada até pelos teus amigos. Hora de acreditar no que os outros te dizem. Ai começa tudo denovo.
O que os outros te disseram tu acreditas, que gera uma crença definitiva, que gera um sentimento/emoção sobre o assunto, e que gera uma atitude, um comportamento, uma transparência. E assim vai indo. A cada volta que isto dá, mais esta crença ficará enraizada.
Detalhe: digamos que tu não gostes mesmo de azeitona. Só que tu nunca nem ao menos provou.
Como que tu sabes? Tu nunca nem sentiu o gosto! Tu nem ao menos constatou se ela é ruim mesmo ou não.
Chegou a hora de colocar em cheque. De fazer o julgamento. Tu decides provar a tal da azeitona. Tu pegas aquele garfinho, enfias no vidro e procura a menor delas. Tira do vidro e colocas na boca.
Logo na primeira mordida tu constatas que azeitona é ótimo! O gosto azedinho é super bom pro teu paladar.
Pronto. O circulo foi interrompido. O que tu acreditavas acabou de mudar. A tal da azeitona é gostosa! Isto vai gerar uma crença diferente sobre o teu gosto por azeitonas, agora tu passaste a gostar delas. O teu sentimento de repulsa e enjôo desapareceu. Tu até passaste a gostar muito daquele cheirinho de conserva que o vidro aberto exala. Os teus próximos vão ver isto, e vão até comprar vidros da bolinha verde para colocar encima da mesa nos jantares. O vidro vazio vai te confirmar o que tu já acreditavas. Tu amas azeitona! E tu passas a crer que tu não só gosta delas, as ama! E assim vai...
O Paulo fez o mesmo. As crenças dele mudaram. Assim como se passa a amar azeitona, ele passou a não gostar mais da ex. A crer que na verdade, ele tinha que agradecer a Deus pela graça alcançada.
Da mesma maneira que o sentimento pela azeitona passou a ser bom, ele passou a se sentir bem em ter se livrado do rabo de foguete que era a fulana.
As coisas às vezes são mais simples do que a gente imagina. Tudo é mutável. Tudo muda, basta acreditar, para depois crer definitivamente, depois sentir, e tudo ser confirmado. Depois de confirmado, a gente passa a acreditar mais ainda, crer mais ainda, sentir mais ainda...Etc...
Nada é definitivo. Nada é para sempre. Não existe verdade absoluta. Ninguém nos diz que temos que fazer, acreditar, crer e muito menos sentir algo do qual não gostamos.
Se as coisas não ficaram muito entendidas, procurem por “psicoterapia cognitiva” no Google. Tudo vai ficar bem claro.
Dêem a chance. Façam o teste. Esforcem-se antes de tudo em acreditar em algo diferente.

Pensem bem: o que é mais fácil? Mudar o que a gente acredita ou mudar um sentimento de amor ou ódio?

Pois bem...

O caminho para mudar os sentimentos é justamente mexer nas tuas crenças...

quinta-feira, 11 de janeiro de 2007

Listas

Sou super comum as vezes. Gosto muito das coisas que a tempo estão instituídas e tal, aquelas que se tornam clichês até por insistência de quem as inventa. Não que eu não goste do novo, mas o comum/normal me seduz muito mais.
Época de final de ano então, eu fico louco. Quer melhor época para clichês? Não há.
Eu como panetone da Bauducco, abro presentes com a família cantando quem dá e quem recebe (“e este daqui é do Wandicleidyson para a Tia Neide” – “êêêêêêê”), assisto a todas as retrospectivas e especiais de ano novo, entre tantas outras coisas.
Mas o que mais me fascina são as listas. Todos nós sabemos, final de ano é época de uma infinidade de listas que falam dos mais variados temas, alguns até bem estranhos (por exemplo: os 10 maiores rompimentos de casais do meio artístico, etc...).
Eu gosto tanto de listas, mas tanto, que eu chego a fazer as minhas próprias. Elas vão desde os 5 melhores momentos até os 5 piores momentos. Acho que é bom relembrar, refletir, ver onde há problemas/defeitos e procurar melhorar para o ano que se segue. Mas enfim...
Duas das listas que todo mundo sempre faz são as das melhores músicas e dos melhores filmes. Eu não podia ser diferente.
Mas que fique uma coisa clara antes. Em ambos os casos, as listas contem algumas posições que são ocupadas por filmes/musicas antigos(as), e que eu descobri/redescobri este ano.
Vamos a elas:

- As cinco melhores músicas (mais a menção honrosa):

- Think, da Aretha Franklin. Da obra prima que é a trilha sonora do “The Blues Brothers”;
- Silence, do Gigi de Agostino. A melodia e os arranjos estão entre os mais bonitos que escutei nos últimos tempos;
- Bat out of hell, Meat Loaf. Esta não falta nunca;
- Losing my religion, R.E.M.. Vai sempre significar muito pra mim esta música;
- Everybody hurts, R.E.M. denovo. Esta música me fez levantar a cabeça em um momento ruim, e a partir dai, transformou-se em uma espécie de “tema” desta fase da minha vida.
- Menção honrosa: Gimme Shelter, Rolling Stones. Como eu já havia dito em outro momento, esta sim é alimento para a alma.


- Os cinco melhores filmes:

- “The Blues Brothers”. Sempre!
- “Wayne´s World”. Sempre!
- “Rock Horror Show”. Sempre!
- “Sin city”. Não pelo roteiro, nem pelo fato de ser derivado dos meus outrora amados “gibis”, mas sim pela fotografia, edição de imagens e pelos atores;
- “Inacreditável – A Batalha dos Aflitos”. Motivos mais do que óbvios...eu sempre choro quando assisto...e isto que a tempos eu perdi a conta de quantas vezes foram...


Outra hora eu continuo com outras listas…

Bjos!

quarta-feira, 10 de janeiro de 2007

Dando a partida em 2007

To tentando sair do ritmo "férias"... mas tá bem difícil. Após três semanas de sol, mar, cerveja e agua fresca é bem duro voltar para a rotina: aslfato pelando, terno e gravata, ar-condicionado e papelada.
O bom é que tenho certeza que 2007 será um ano muito melhor que 2006. Eu sinto isto. Aliás, mais do que sinto, eu creio nisto.
Acho que não só o ano será melhor, como eu serei uma pessoa cada vez melhor também.
Nesta virada de ano, optei por realizar todas aquelas tradições e superstições que as pessoas fazem (vai que dá certo), coisa que eu nunca tinha feito até por não acreditar que estes detalhes podem mudar o rumo de uma vida. Mas enfim, eu fiz. E mais ainda, acrescentei alguns poucos e pequenos procedimentos e detalhes próprios.
Comecei com o clássico que todo mundo faz: pular sete ondas, comer lentilha, comer sete grãos de uva, vestir roupa inteiramente branca, inclusive a cueca (no meu caso é sempre boxer) branca também...
O que eu acrescentei: resolvi estar de pés descalços na virada, não me pergunte a razão disto, talvez traga boas energias. Também estava com dois dados brancos no bolso, como se eu pudesse prever como vai ser o ano em uma escala de 02 a 12, eu resolvi arriscar e jogá-los para ver o resultado.
Saiu 11.
Entre tantas outras coisas que não posso comentar...
O que interessa é ter sempre esperança de que dias melhores virão. E sempre, mas sempre, saber que o que se está fazendo de nossa vida é algo que virá a acrescentar/agregar valores no decorrer do tempo. Cancei de ser irresponsável. Irresponsável pela minha própria felicidade. Finalmente entendi que tudo depende de nós mesmo, é só ter vontade de realização (ai este é outro departamento...).
Sinceramente, desejo o maior sucesso para aqueles que me decepcionei neste último ano (e não foram poucos). E acredito mesmo que graças a Deus, entro para 2007 sendo uma pessoa que não desperto sentimentos negativos em ninguém, ninguém mesmo (não estou dizendo que sou amado por tudo ou todos, mas sim que não sou odiado por ninguém...). Graças a Deus.
Para terminar, gostaria de comentar que finalmente começo a entender o significado da expressão "bons fluidos", ou "energia positiva", mas isto é assunto para um outro dia...

Beijos carinhozíssimos e abraços de urso para todos!

terça-feira, 9 de janeiro de 2007

Back to work...

Após 3 semanas de férias em Itapema (SC) ....
I´m back!

Post´s nos próximos dias (hoje é o meu primeiro dia útil do ano...a coisa tá mais do que feia...tá horrenda)...