terça-feira, 26 de dezembro de 2006

Eu havia saido de férias segunda passada. Fui para Paraíso, fiquei lá, bebendo um pouco (os antibióticos acabaram e o médico me liberou), jogando uma sinuca (sou tão viciado que tenho mesa em casa...) e aguentando a dor dos pontos que insistem em não cair. Mas não dá nada que eu já to me acostumando.
Na véspera, dia 24, saímos de Paraíso rumo a Cachoeira do Sul, onde passamos a noite de Natal com a sempre hospitaleira família da Dna. Elba, mãe de meu cunhado (marido de minha queridíssima irmã Denise) Fábio. Foi tudo muito bom. Ontem pela manhã mesmo viemos embora.
Hoje estou dando uma força aqui no escritório pela manhã. E estes pontos estão me deixando louco (são 28 no total). Agora a tarde pego a estrada denovo, mas desta vez, rumo a melhor praia do Sul do Brasil. Itapema. Vou passar mais alguns dias em companhia da minha sempre prestativa e amada Mamãe, só na cerveja, com os meus livros e minhas redes rendadas por rendeiras nordestinas.
Ah! Já estava me esquecendo...
Feliz Natal a todos! Feliz Ano Novo também!
Vamos ver, após a virada do ano, e após estes dias que acredito que para todos são de reflexão e mudança, qual será a versão (melhorada) de Rafael que voltará em Janeiro.

Beijos e abraços carinhosos a todos!

segunda-feira, 18 de dezembro de 2006

Defesas

Tchê. O Paulo estes dias me falou uma coisa que me fez matutar durante um tempinho.
- “Cara, não consigo mais me abrir pra guria nenhuma e nem baixar minhas defesas. Todo mundo que eu me envolvo não me serve. Mesmo que sejam pessoas que eu sempre quis”.
Também pudera. O coitado já sofreu demais nas mãos das "malvadas"...por assim dizer.
É obvio que esta história de “amor perfeito” leva um tempo para ser construída. Mas será que a gente deixa?
Esses dias eu estava lendo um artigo antigo da Martha Medeiros sobre este assunto, intitulado “Qualquer um”. Ela comenta que as mulheres talvez não estejam dando chance para o homem que parece ser um “qualquer um” demonstrar que não é “um qualquer”. Palavras da própria Martha. Realmente as mulheres não dão chance mesmo a isto. Levam a fio de navalha o ditado que a primeira impressão é a que conta. Pensando com calma, eu concordo em gênero, número e grau. Mas isto é devido a que? A antigos relacionamentos mal resolvidos? A traumas absorvidos? A crenças mal fabricadas e principalmente mal executadas?
Não sei.
Só sei que o que eu quero externar é que nenhuma destas reclamações é exclusiva do universo feminino. São cada vez mais da “Via Crucis”do homem solteiro também.
Eu sou um que, admito, vivo reclamando das mulheres. E engraçado, a maioria das minhas reclamações são as mesmas que as mulheres fazem a séculos. Claro, mudando o gênero:
“Mulher nenhuma presta”.
“Mulher é tudo igual”.
“Mulheres são todas cachorras”.
“Quando se encontra uma mulher que presta, ela ou não quer se envolver ou está namorando”.
Claro que este tipo de coisa não sai quase nunca da minha boca, apenas para as pessoas mais intimas. E quando sai, é porque alguém fez por merecer.
Tu ai mulher, que está me lendo agora. Vai me dizer que nunca fez uma reclamação ao menos parecida, claro, mudando o gênero feminino para o masculino.
Eu faço, cada vez mais. E não sou o único homem que reclama disto. Todos os “gentis-respeitosos-carinhosos-corretos” de plantão reclamam também.
Estes dias eu sai pra caminhar com uma grande amiga. Durante o trajeto que nós fizemos, eu reclamei das mulheres em 90% das passadas. Os outros 10% eu deixei ela falar. Fiz exatamente as mesmas reclamações que estou mais do que acostumado a escutar da mesma.
Será que tenho razão? Fiquei matutando depois...
Acho que tenho. Penso que a mulher esta cada vez mais liberal, e isto é ótimo. Mas penso que este liberalismo todo tem conseqüências, e são estas conseqüências que as próprias mulheres não assimilaram ainda. É como se o tal liberalismo servisse como defesa, como barreira ou como desculpa.
Costumo conversar bastante sobre isto com as pessoas, e não é raro escutar de mulheres o seguinte argumento: “Eu acho que o homem está se sentindo acuado por que a mulher hoje em dia é outra. Muito mais liberal, dona de si e independente. E o homem não esta acostumado a isto”. E a minha resposta sempre é: “Concordo em tudo. E mais do que concordar, como homem, eu adoro este liberalismo feminino. Mas da mesma maneira que o homem não está acostumado ao liberalismo feminino, a mulher também não sabe o que fazer com ele”.
Gurias, falo por experiência masculina. Se vocês continuarem deste jeito, o caminho é justamente ficar sozinha pelo resto da vida. É isto sempre que acontece com homem cachorro, e é o que vai acontecer com mulher cachorra também.
Assim como a resposta instintiva para a violência é a própria violência, penso que a resposta instintiva para a falta de respeito é o troco na mesma moeda. Enquanto nós todos, homens e mulheres, nos tratarmos com esta falta de respeito a que estamos acostumados, ninguém se entende mesmo e todo mundo vai ser arcar com a solidão como conseqüência.
Gostaria de escutar mais opiniões sobre este assunto. Mas na minh, a mulher ainda não sabe que o preço a se pagar pela sem-vergonhice e pela falta de respeito para com os homens (que prestam! Que fique bem claro) é justamente a solidão. Acredite, é o que os homens cachorros vem pagando a algumas gerações. Mas o homem é burro.
Sem meias palavras, este preço pode ser traduzido nas expressões “infelicidade eterna” e “se eu tivesse sido diferente”.
Mas mudando de linha, pensem bem: será que devemos generalizar por gêneros? Acho que não.
Independente se a mulher está liberal e não sabe o que fazer com tanta liberdade, a ponto de simplesmente não conseguir se valorizar, ou se o homem sempre foi da mesma maneira e agora se sente acuado, eu acho que estes assuntos deveriam ser julgados de maneira bastante específica e individual. Sinceramente.
Não é justo que as mulheres ditas “corretas” paguem pelas que são promiscuas. Assim também como não é justo que os homens ditos “corretos” paguem pelos erros dos cachorros. Deveríamos cada vez mais pensar e julgar as pessoas pelo que elas são individualmente.
Enfim, procurarei dirigir o que direi agora para todos, sejam homens ou mulheres, já que defendi que ambos estão pensando e reclamando da mesma maneira.
Pessoas que prestam estão vazando pelo ladrão por ai, de tantas que há. O problema é que não estamos abertos a isto. Não dá pra ficar experimentando e se ferindo por ai em busca da pessoa ideal. Temos que saber seguir os nossos valores e instintos.
Tu guria, que se ressente um monte por que o fulano aquele que foi criado dentro de uma família desestruturada e por natureza cheia de pessoas promiscuas não te deu valor e te traiu, o que tu esperavas? O que tu tinhas na cabeça quando resolveu te envolver?
Tu guri, que se ressente um monte por que a fulana aquela que foi criada dentro de uma família desestruturada e por natureza cheia de pessoas promiscuas não te deu valor e te traiu, o que tu esperavas? O que tu tinhas na cabeça quando resolveu te envolver?
Independente do gênero, todos nós somos pessoas iguais, temos os mesmos direitos e deveres, tanto para conosco quanto para o próximo.
Quer que uma pessoa seja ideal, trate-a sem receio como a pessoa ideal. Trate-a com respeito, consideração, carinho e amor. Não me venha reclamar que ninguém presta se tu mesmo(a) és uma pessoa que não presta. Não vai ser no cesto de balaios que tu vives que tu vais achar a tua peça ideal. Pode ser uma peça que combina, mas nunca uma que valorize.
Dêem-se ao respeito. E principalmente, sigam o velho ditado: “respeito aos outros nunca é demais”.
Se tu, que acha que é natural ser promiscua(o) e desrespeitar as pessoas que não merecem ser desrespeitados(as) e feridos(as), ok, seja assim. Mas o teu dia vai chegar, e tu, solitária(o), velha(o) e infeliz, olharás para trás e pensará: - “Se eu tivesse sido correta(o) com aquele(a) fulano(a) eu seria feliz até hoje”.

...uma hora ou outra o arrependimento bate...

O bom é que dá pra prevenir este arrependimento...mas remediar não, remediar não dá...

Exercício para dar nó na lingua

Olha que legal.
Na minha infinita curiosidade, pesquisei no Google qual era a maior e mais complicada palavra da lingua portuguesa. Aquela que com certeza nunca na vida vai se conseguir falar (ou ao menos escrever) corretamente. Usando o bom e velho "copiar/colar", ai vai:

"A maior palavra da lingua portuguesa é pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiótico, que define uma pessoa acometida por uma doença pulmonar causada pela aspiração de cinzas vulcânicas, chamada pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiose ou pneumoconiose. O vocábulo de 46 letras ganhou seu primeiro registro no Dicionário Houaiss da Lingua Portuguesa em 2001".

Proponho o mesmo desafio a mim proposto: quem conseguir falar esta palavra três (não é nem cinco) vezes decorada, ganha outro prêmio surpresa...

domingo, 17 de dezembro de 2006

Recuperação II

Hoje o dia está mais tranquilo. Apesar do calor e da dor resolvi dar uma saída, conversar com os amigos, dar uma risada. Tá tudo bem.
Acredito que amanha terei condições de ir trabalhar. Mas mesmo que eu não tenha, eu vou. Não aguento mais ficar em casa.
Os pontos já não doem mais, apenas irritam um pouquinho.
O problema tá sendo o calor. Este sim está de matar. Eu vivo dizendo para todo mundo que eu adoro o inverno, e odeio o verão. No inverno as pessoas são mais bonitas na minha opinião, se ajeitam mais (eu posso usar meus trajes completos, meus sobretudos e minhas luvas), programas que são super típicos se tornam extremamente prazerosos, incluso os "cobertores de orelha" (ai que droga...).
Sem falar no argumento final que sempre uso: no inverno se tu te agasalhares, tudo está perfeito, até aconchegante é. No verão tu podes tomar um banho gelado e ficar pelado que tu já estás suando. Eu sofro infinitamente mais no verão do que no inverno.

Mas enfim, entre verões e invernos é que a gente segue a vida...

Ps.: Falando do acontecido hoje de manhã: É uma pena que a grande maioria não sabe vender o seu merecido peixe sem menosprezar os dos outros...

sábado, 16 de dezembro de 2006

Recuperação

Ok. Cirurgia realizada, tudo correu muito bem. Agora é só esperar este tempo para me recuperar.
E que coisa chata esperar.
Me parece psicológico (claro que é), mas como é difícil seguir algo que está sendo imposto, como se fosse uma norma ou regra.
O médico me disse que era pra ficar o final de semana em casa sem me mecher, para que os pontos fechem direitinho e para que eu não tenha nenhum problema futuro. E até para que a dor seja menor (mas para isto eu estou tomando "painkillers").
Engraçado...mas se eu fico em casa porque eu quero, eu fico sem problema algum...
Agora...se é pra ficar em casa de maneira compulsória, imposta por alguém, eu fico louco! E é justamente como eu estou agora. Tá tudo muito chato! Não acho nada que preste na TV, não acho nada que preste para comer, não posso nem me mecher do lugar! AAAAAA....!

E esse calor que não me deixa nem dormir...

sexta-feira, 15 de dezembro de 2006

Meat Loaf

Eu e o Paulo discutimos as pampas ontem. E tudo por uma pequena diferença de gostos.
Ele acha que o Queen é infinitamente melhor que o Meat Loaf ("Bolo de Carne" na tradução literal). Infinitamente melhor em tudo, nas vozes, nas harmonias, nos solos virtuoses do Brian May, na voz de barítono do Freddie Mercury, nas composições complicadíssimas, enfim, em tudo.
Paulo...eu concordo contigo.
O Queen realmente, é muito melhor que o Meat Loaf.
Mas é justamente isto que torna o Meat Loaf pra mim, tão bom quanto...
Sei lá. Eu adoro Queen também, principalmente a fase "ópera-rock" deles, mas quando eu escuto uma música, eu sempre fantasio que um dia eu conseguirei tocá-la, cantá-la e executá-la com total perfeição. Tudo igualzinho ao original.
Aí é que tá. Com o Queen não dá pra fantasiar isto, nunca! É simplesmente inalcançavel o nível deles. Ponto.
Principalmente os arranjos vocais compostos e executados por todos, principalmente pelo Freedie. Exemplo clássico está no link que coloquei no último Post. Quando se escuta uma música destas, a satisfação que me dá é enorme, mas a superiroridade deles bate na minha cara de uma maneira dolorosa.
Já como Meat Loaf não. Ele é muito mais "cru". É rock setentista mesmo. São músicas de até 12 minutos, com arranjos tão ou mais complicados que os do Queen, compostos pelo épico Jim Steinmann, mas só que executados por uma banda de roqueiros hippies e cantados com maestria por um "ex-hair" que era o próprio Meat. A potência de sua voz é notável, ele também era barítono, só que com uma diferença (sem preconceitos tá)... a voz dele era rouca e ele era um gordo suarento que desmaiava durante muitas das músicas do show. Por causa do esforço mesmo. Não por causa das drogas.
Ai é que tá novamente. O Meat Loaf é muito mais palpável. Não tem aquele ar de "Deuses" que nem o Queen tinha. Apesar de ser uma "ópera-rock", dá pra ficar ouvindo as músicas e imaginando que é possível tocá-las.

Pra quem possa interessar, colocarei o link da música carro-chefe do Meat Loaf, "Bat out of hell", do disco de mesmo nome, lançado em 1977. A trilogia se completa com os albuns "Bat out of hell II - Back into hell", de 1993, e "Bat out of hell III - The monster is Loose", deste ano.

http://www.youtube.com/watch?v=65YEe-VjH9Q

Que fique bem claro. Isto é música para loucos alucinados como eu. Não é para quem tem como música preferida:
"Se ela dança, eu danço..."

quarta-feira, 13 de dezembro de 2006

" Scaramouch, scaramouch will you do the fandango ... "!

Este eu tenho que passar para todos(as) vocês também:

http://www.youtube.com/watch?v=nTheG--2NE0

Trechinho mais do que clássico do melhor filme Humorístico-Musical dos últimos 15 anos!
"Wayne´s World"! (antes de 91 na minha opinião, era "Rock horror show")
E melhor ainda...misturado com o clipe original da segunda melhor ópera rock de todos os tempos (a primeira é "Bat out of hell" do Meat Loaf)..., que é "Bohemiam Rapsody", do Queen!

Não sei quanto a vocês, mas sempre quando assisto este filme ou ouço esta música eu ganho pontos no quesito alegria...

terça-feira, 12 de dezembro de 2006

Mão na bunda

- Primeiro: 73,7 Kg´s.....
Tá bom...
Tá longe do que eu tinha como meta para o final do ano (80 kg´s), mas já é uma baita evolução. Eu saio de férias em alguns dias, inclusive - e graças a Deus - da academia que já não aguento mais com este calor.
No início, em maio, eu tinha 64 kg´s.
10 Kg´s! É muito!
Mas eu ainda me sinto magro pra caramba...

- Segundo: Eu esqueci de comentar, mas sexta feira no Dado Bier me aconteceu uma coisa que nunca tinha acontecido.
Eu estava dançando quando vi que havia algumas meninas ao meu lado também dançando. Coió do jeito que sou, nem percebi segundas intenções. Até porque meu foco neste aspecto estava para outra pessoa. Só percebi quando resolvi passar enfrente a elas quando fui ao banheiro.
Uma delas encheu a mão na minha bunda...! Ve se tem cabimento! Na minha bunda! Nunca tinha acontecido isto!
Que mulherada discarada. Sinceramente não gostei. Não gostei mesmo. Estou fugindo de mulher assim. Ficar atolando mão na bunda de desconhecido na balada é phoda, hein!?

Veja bem, DESCONHECIDO eu disse...

segunda-feira, 11 de dezembro de 2006

Segundo o Terra, o homem perfeito sou eu.

- Primeiro: Ontem eu fiz uma coisa que eu não fazia desde que eu tinha uns 8 anos de idade. Masquei cana! Lá no sítio do Mattielo. To indo pra lá semana que vem. Tomara. Isto se tudo correr bem durante a semana.

- Segundo: Ontem saiu na contra-capa do caderno Donna da ZH uma entrevistinha jogo-rápido/rabo-na-fogueira com a autora aquela que eu indiquei (indiquei por indicação), a Paula Tailtelbaum. Quem tiver curiosidade...tá lá.

- Terceiro: Sem nada pra fazer e navegando por ai ontem a noite, eu li um artigo no Terra, geralmente direcionado para mulheres, mas que eu sempre me interesso, intitulado "Coisas que odiamos no homens". Meu...é de dar risada!
A não ser pelo meu amor pelo futebol (mais especificamente pelo Tricolor da Azenha e pelas peladas de quintas a noite), eu sou um homem perfeito segundo o tal artigo! Veja bem (sem mentir ou exagerar, quem me conhece sabe):

Eu não tenho medo e até gosto de discutir relacionamento;
Tomo iniciativas quase sempre;
Sempre levanto no uso e abaixo no desuso. To falando da tampa da privada (bando de cabeça poluída mesmo...);
Sempre fui super ligado nas necessidades das minhas ex...;
Estou sempre bem arrumado. Mas não sou chato para isto. E até gosto muito que as pessoas se vistam sensualmente.
A maioria dos carinhos que faço não é sexual ou feito com segundas intenções;
Sou romantico e adoro surpreender;
Não faço pose;
Sou o contrário de egoista.

Artigos do Terra. Só poderia vir de lá esta besteira...

- Quarto: Escutei do Mattielo uma coisa interessantíssima ontem (um dia escrevo mais detalhadamente, tanto sobre esta coisa quanto sobre ele, que é aquele tipo de figura que mesmo em 30 minutos de conversa se consegue tirar muita coisa que vem a somar...). Ele me disse que esta numa fase da vida onde está separando bem as coisas, julgando-as, botando em uso o que é bom, guardando o que ele não tem certeza e jogando o que não presta fora.

Muito interessante.

No último ano foi só o que eu soube fazer na minha vida. E que tarefa árdua que é isto.

* Paralamas: "Hoje joguei tanta coisa fora..."

sábado, 9 de dezembro de 2006

Festejar...!



Ontem no Dado!
Eu (sempre lindão....e modesto), a minha linda menina Zuzu, e o Dudu festejando !
Fotos retiradas do site: www.vibepoa.com.br

quinta-feira, 7 de dezembro de 2006

Segunda recomendação

Outra coisa que é altamente recomendável:

http://www.youtube.com/watch?v=CMDyLLP6zF8

Esta sim... é um remédio para a alma...!

Recomendo

Andanças e mais andanças, navegando por ai, achei um dos melhores sites que visitei nos últimos tempos:

http://www.almacarioca.com.br/

Site de memórias, fotografias, notícias, histórias e links sobre o Rio de Janeiro. Mas o que mais me interessa na verdade são as crônicas. Não que eu não goste tanto assim do Rio. O que acontece é que eu to super enfarado (culpa das novelas medonhas que a anos que mostram só o Rio de Janeiro), e é que eu nunca visitei a cidade também, nunca vi com os meus próprios olhos o quanto que o Rio é belo. Portanto não tenho opinião formada sobre ela.
Ao que interessa: as crônicas em geral são de babar. Autores, compositores e poetas consagradíssimos (e outros nem tanto assim) escreveram para este site, sobre o Rio ou não. Alguns deles são: Arnaldo Jabor, Barbosa Lima Sobrinho, Carlos Drummond de Andrade, Cristovam Buarque, Fernando Sabino, Jaguar, João Ubaldo, Veríssimo, Miguel Fallabela, Pablo Neruda, Millôr e Vinícius de Moraes. Entre tantos outros.
Entre as melhores para mim estão (não deixem de ler): "Vamos beber no passado para esquecer o presente", do Arnaldo Jabor e, "Revolução Sexual", do Veríssimo.

Este tipo de crônicas servem como alimento para mentes borbulhantes e sedentas como a minha...

quarta-feira, 6 de dezembro de 2006

Músicas

Eu vinha dirigindo pela terceira perimetral, quase chegando a esquina da Carlos Gomes com a Plínio Brasil Milano. Era um daqueles dias intermináveis, repleto de compromissos estafantes-estressantes-demorados. Pensava em todas as minhas tristezas e revoltas, de uma maneira tão ruim, tão negativa, coisa que só quem tem crenças de injustiça e fracasso na cabeça consegue entender. Enfim, eu estava tão triste, tão insatisfeito com tudo, que resolvi tentar me distrair um pouco.
Liguei o rádio.
A primeira música que tocou, mais especificamente em uma rádio muito popular (nos dois sentidos) de Porto Alegre, é uma música que não me tem uma melodia estranha, ao contrario, era uma melodia ao mesmo tempo heróica e grudenta, e que dizia palavras de fácil entendimento. Me parece até que esta música é tema de novela (veja bem, eu disse ME PARECE, mas posso estar errado, pois não assisto novelas desde “Roque Santeiro”. Aquilo sim que era novela, não estes folhetins que se resumem a Leblon, bossa nova e Helenas). Não sei quem a canta, e nem sei o nome da canção, só me lembro de uma parte de seu refrão meloso:

Sempre que quiser abrigooo.....eu vou te daaaaarrr.....IÉIEIÉÉÉÉIÉÉÉÉIIIIIIII.....”

Naquele mesmo momento, a sensação de coração grande dentro de um peito apertado me veio, e se eu não me cuidasse, poderia até preocupar os outros motoristas parados naquela sinaleira com minha expressão de choro compulsivo.
Óbvio, resolvi trocar de estação. A música da estação seguinte era uma música linda, de um cantor e compositor que está entre os 10 mais-mais da minha lista particular de intérpretes brasileiros. Milton Nascimento. Pena que ela veio em má hora.
Eu já tristonho, chorando, derrepente o refrão veio através dos alto-falantes atingindo um cruzado direto na minha cabeça:

Amigo é coisaaa....pra se guardar...do lado esquerdo do peeeitoooo....”

Passei a não me importar com os outros motoristas, que me olhavam insistentemente, como que quisessem oferecer ajuda.
Corri com o dedo no botão do rádio para mudar novamente de estação.
O “dial” parou na freqüência de uma conhecidíssima rádio de pagode (um dos meus grandes defeitos é infelizmente não saber dançar pagode, e por não saber dançar, não conseguir me interessar por este tipo de música, mas as acho ótimas), resolvi escutar o que aquela canção de ritmo simples e bem executada por seus intérpretes tinha a me dizer.
Começou mal:

Apostei com fé em nosso amor...”

Já atolou com tudo...pensei.

O nosso amor é de se invejar...”

Atolou mais ainda.
Chorando, dirigindo e procurando por outra rádio, lembrei-me que a tempos não sinto o que é ter um amor de despertar inveja nos outros. Mas também, vai saber. Derrepente tinha gente que sentia inveja até dos meus fracassos (há sempre alguém em estado pior, máxima verdadeiríssima).
Cheguei a Pop Rock, procurando claro, por alguma piada do Cafezinho (Piiiiiingos de café!). Acabei achando uma música de uma banda gaúcha que eu respeito muito, e da qual já fui espectador de uns 10 shows. Nenhum de Nós.

Diga a ela que você me viu – que eu parecia muito bem – apesar de tantas noites vazias – tantas madrugadas... vendo tv... na verdade dias intermináveis...”

E como aquele dia estava sendo interminável. E quantas madrugadas eu passei vendo tv, procurando meus pedaços nos documentários do Discovery Channel, ou em algum filme do Telecine Cult ou do People + Arts. E claro, quantas vezes desejei que alguém me visse, para dizer para qualquer de uma das minhas algozes que eu estava bem (mesmo que não fosse verdade), na esperanças que uma pontinha de inveja fosse levantada, ou talvez até um desejo de conversa (o velho e banal: - “Como é que tu ta?”).
Felizmente tudo já passou.
A vontade de mudar de sintonia foi maior do que mim. Mudei. Cheguei a uma rádio desconhecida, num dial estranho (87-ponto-alguma coisa), mas que tocava uma das músicas de minha vida. “Everybody hurts” do R.E.M.. Minha dificuldade em inglês sempre foi determinante quando eu escuto uma música qualquer que esteja neste idioma, mas desta vez resolvi prestar atenção na letra. E tive uma grata surpresa. Permitam-me, por gentileza, ser um pouco mais extenso desta vez. (Já traduzido):

Quando o dia é longo - E a noite, a noite é somente sua - Quando você tem certeza [que] já teve o bastante desta vida, - Bem, persista... Não desista de si mesmo - Pois todo mundo chora - E todo mundo sofre Às vezes... Às vezes tudo está errado - Nesse momento é hora de cantar junto - Quando seu dia é noite – sozinho - (Agüente, agüente) - Se você tiver vontade de desistir - (Agüente...) Se você achar que teve demais desta vida, - Bem, persista... Pois todo mundo sofre - Consiga conforto em seus amigos - Todo mundo sofre...”

Imediatamente, o mundo mudou lá fora ganhou um novo contexto, com cores, cheiros e iluminação diferente. Minha cabeça deu uma guinada violenta e o olhar foi redirecionado. Michael Stipe mal começou a cantar e o olhar foi redirecionado. Música faz isso com a gente, às vezes. Nos atira para o ar de repente, sem aviso. É isso. Rouba o chão escaldante e estende um tapete de nuvens reconfortantes no lugar.
Meus pulmões tomaram um outro fôlego, e o choro que antes estava sendo de desabafo por um período difícil, seja do dia, da semana, ou da minha vida, tornou-se um choro de emoção por saber que tenho a quem recorrer, tenho conforto, tenho meus portos seguros em alguns lugares.
Entendi que o contexto importa muito, e a felicidade, realmente, se encontra em pequenas coisas.
Enfim, aquela música acabou, o dia acabou, a tristeza passou e a vida continua. Mas só Ele sabe como ela continuará.

Eu apenas dirijo. Tanto o carro quanto a vida. Só espero que o rádio toque músicas boas...

Repasso aos outros também:
http://www.matthewbarr.co.uk/

Não resisti e fiz todos os testes hoje de manhã.
Descobri que sou:

Spiderman!!!
Leonard "Bones" McCoy!!!
Emperor Palpatine!!!
Aragorn!!!

Mas também descobri que sou (a parte engraçada):

Lisa Simpson!!!
Hermione!!!
Vanessa Kensington!!!

e...

MISS PIGGY!!!

segunda-feira, 4 de dezembro de 2006

Pedido

Engraçado... ninguém falou de futebol hoje durante o almoço.... pq será?
Outra coisa, já to enfarado de não saber revisar meus artigos de maneira satisfatória. Preciso urgentemente de alguém que queira fazer isto, tenha tempo livre e que principalmente, tenha prazer em faze-lo. Até pq eu não estou pagando nada... por enquanto. Depois que eu ficar rico e me sustentar através das minhas palavras eu pago tudo com juros e correção monetária. Alguém se habilita?
Prometo que quem fizer isto vai me conhecer mais do que qualquer outra pessoa...
:)

domingo, 3 de dezembro de 2006

Título? Pra quê?

Ontem foi noite de Medalhões de Vazio no disco, Polar bem gelada, filme do Superman e gargalhadas bem dadas. Ótimo!
Hoje esta sendo dia em que estou refletindo muito mais do que o normal...
Pensei em dois assuntos. Um deles é o título da reportagem de capa do caderno Donna da ZH, Gentileza. Aguardem e confiem.
Tenho que escrever sobre os limites da gentileza, o que pode ser considerado gentileza ou não (será que ser honesto e não mentir é uma forma de ser gentil?).
Gentileza tem parentesco com o respeito?
...
O outro assunto é amor platônico (ou apaixonar-se platonicamente). Existe mesmo? Ou é loucura de nossas cabeças (e de milhares de autores que já escreveram sobre este assunto)?

sábado, 2 de dezembro de 2006

Interesse

Mais um plágio. Mas este eu tenho que comentar também.
Retirado do blog "Silêncio - o barulho que ninguém escuta", da Luciana Villa Verde (adorei este sobrenome) Castilhos. (www.jornalarte.blogspot.com)

"Quando vira amizade não significa que o treco esfriou. Para mim é beeeem ao contrário..."

Plagiando mais não sei quem, "Faço minhas estas palavras"...

Sinceramente, não sei se isto ocorre com vocês, mas é justamente na fase do conhecimento mútuo que o interesse nas outras pessoas me disperta. É naquela fase do telefonema pra bater papo (não pra convidar pra sair, pra bater papo), naquela mensagem de texto perguntando como foi o dia, naquele e-mail perguntando e conversando qualquer coisa banal, enfim, em qualquer tipo ou maneira de demonstração de interesse por qualquer aspecto da minha vida (veja bem, não estou falando em interesses tipo, "relacionamento", estou falando em interesses em comum, ex.: leitura, projetos de vida, diferenças banais...) .
Gosto de conhecer pessoas, gosto de me informar sobre elas (por fontes próprias - elas mesmas), gosto de bater papo, tomar chimarrão e perguntar como que tá a mãe, gosto de sair pra jantar e dar umas gargalhadas, gosto de assistir aquele DVD de 1991 que a pessoa achou legal e perguntou se eu queria assistir, gosto de ler o que os outros escrevem, gosto de saber as suas impressões.
Enfim, considero-me diferente da maioria dos homens, que dependem de beleza ou outros atributos mais fáceis (explico-me: considero que o corpo é muito mais fácil de mudar do que as nossas crenças e pensamentos) para se sentirem atraídos por alguém.
Para me sentir atraído, eu prefiro conhecer uma pessoas antes. Saber o que ela gosta de fazer, o que ela gosta de ler, o que ela faz no seu serviço, o que ela estudou na vida, quais são os seus problemas, qual é o tamanho da importância que sua TPM tem no seu humor, quais os produtos que ela usa nos cabelos, enfim... o meu interesse depende disto. E se engana quem acha que o interesse de minha parte, de uma maneira ou de outra, desperta antes de eu ter um contato satisfatório com as opiniões da parte oposta.
De certo modo também gosto que se interessem "em mim" (não "por mim"). Quero que se interessem no que eu acho, e não no tamanho do meu bíceps e no meu peito de pombo.
Para terminar:
O que eu mais odeio no mundo é que alguma pessoa pense que eu sou como os outros homens, que estou interessado ... ahm ... enfim ... não vou explicar.
Mas sério. Me dá raiva. As vezes percebo atitudes de pessoas que nem me conheceram ainda tentando repudiar qualquer tipo de aproximação, pensando que estou interessado ou algo assim.

Calma menina. Não estou interessado em ti. Ainda não. Não sem antes te conhecer.

quinta-feira, 30 de novembro de 2006

Recomendação que a mim foi recomendada:

O que: Site de uma brilhante autora de poemas chamada Paula Taitelbaum.
Onde: www.mundodapaula.com.br

O site é tão brilhante quanto as próprias palavras de Paula. Prometo que comprarei e lerei os livros da mesma.
E já que a recomedação esta sendo repassada o mesmo, copiarei um comentário.
Clique no item gaveta, logo após em SEXO. Serve como resposta para aquelas perguntas que a gente fica meio assim "ahm? hein? glups..." (Lu...perdoe-me pelo plágio descarado...).

Por falar em perguntas que fazem a gente ficar meio assim "ahm, hein e glups...", um monte de gente me mandou e-mail me perguntando qual era o sentido do meu ultimo post.
Resposta: aquele foi o exato comentário feito por mim para meu chefe...logo após um "esporro" generalizado aqui no escritório....
Portanto, nada de "será que era pra mim a mensagem ou não...".
Não era.

Beijos a todos e aguardem o próximo post....que se Deus quiser será chamado: "Sociopatas".
:) (Este rosto sorridente é mais um plágio descarado).

quarta-feira, 29 de novembro de 2006

O problema é saber se é pra mim ou não .......
Impossível né .....
Como que vou saber .....

terça-feira, 28 de novembro de 2006

Professias...


Vejo o sol bater a nossa porta....
Vejo que o futuro nos reserva algo grandioso....
O todo poderoso irá nos iluminar ano que vem....
Força tricolor! Força que a justiça tarda mas não falha! Mostraremos que são os verdadeiros campeões da América!
Rumo ao tri-libertadores! Ao bi-mundial! Ao octa-brasileiro!

Voltamos ao nosso lugar....!!! Libertadores 2007!!! Rumo a Tóquio!!!

segunda-feira, 27 de novembro de 2006

Ai Ai....

Quanto barro...
Quanto sono...
Quanta coisa pra fazer...

...(como eu reclamo de barriga cheia)...

quinta-feira, 23 de novembro de 2006

Nice pour vous rencontrer...

...To continue of where it started, without having distrust and fear of hurting yourself...

...And the soul fattening...

quarta-feira, 22 de novembro de 2006

Retratação

Antes de começar a ler este artigo, proponho um desafio e ofereço um prêmio surpresa aqueles que conseguirem desvendar o segredo contido no mesmo. Leiam com atenção. Ps.: resposta via e-mail.



Nos últimos tempos, passei a compreender que processos de mudança requerem sacrifícios que antes eu me achava incapaz de realizar.
Um dos grandes passos para o auto-aperfeiçoamento é saber reconhecer erros, admiti-los e tentar se redimir. Faz parte do processo para o encaminhamento da evolução pessoal, demonstra personalidade, caráter e auto-estima.
Escrevo-te esta meu amigo, para te pedir desculpas, e tentar me retratar dos males que te causei. Peço-te antes de tudo paciência e compreensão, pois acredito que seja importante explicitá-las ao máximo possível. Tu te lembrarás de muito mais aspectos ruins no futuro, que por puro esquecimento, não citarei aqui, peço-te perdão previamente por estes também.
Isto é muito sério. Por trás de cada pedido de desculpas, há uma infinidade de assuntos mal resolvidos.
Respirando fundo...e começando por onde todos nós, um dia, deveríamos começar. Pelo início.

Desculpe-me por fazer-te acreditar que tu eras um fracassado;
Por te convencer que amavas a quem na verdade, não nutrias nenhum sentimento;
Por insistentemente e todos os dias te fazer sofrer por mentiras que eu te contava;
Por nunca ter deixado tu te mexer e buscar coisa melhor do que ela;
E o pior de tudo, te fazer acreditar que ela era a pessoa ideal, e que todas eram iguais;
Por ter te cobrado tanta seriedade e perfeição durante estes anos todos;
Por te fazer comer manga com leite;
Por ter te convencido que vale a pena fumar 5 a 10 cigarros diários;
Por sempre lutar para que tu não enxergasses que tu és um grande homem;
Por nunca te respeitar;
Por não te levar a sério;
Por sempre te julgar menor e mais fraco do que os outros, quaisquer que fossem;
Por não te defender, e nunca ter deixado que tu fizesses isso por ti mesmo;
Por te convencer que ficar quieto e agüentar era a melhor solução;
Desculpe-me por ser, de longe, o teu pior crítico;
E por te criticar sempre, em qualquer momento e local;
Por em todas as situações, te condenar veementemente e sem piedade;
Por te viciar em Discovery Channel;
Por te fazer gostar de usar camisa preta no verão;
Por te obrigar a comer abóbora e moranga;
Por nunca ter te permitido aprender a dançar pagode ou qualquer dança de salão;
Por ter te aplicado preconceitos ridículos, que nunca te serviram pra nada;
Por ter te julgado incompetente pra tudo;
Por te achar incapaz;
Por te incentivar a seguir caminhos muito errados;
Por te iludir que determinadas pessoas seriam as certas;
Por nunca filtrar as criticas que as outras pessoas fazem sobre ti;
Por sempre ressaltar os teus defeitos;
Por nunca ressaltar as tuas qualidades;
Por te obrigar a escutar funk carioca no carro só pra agradar aos outros;
Por te sufocar com assuntos acabados ou criados por mim mesmo;
Por inventar problemas para discutir;
Por não te deixar nunca quieto em casa;
Por viver te mandando limpar o nariz;
Por sempre te chamar de feioso, magricela, narigudo e careca;
Por de maneira nenhuma depositar confiança em ti;
Por não te permitir se aventurar em outras profissões ou negócios;
Desculpe-me se por vezes, te achei e te chamei de nojento;
E por todas as outras ofensas graves que te fiz durante todo este tempo;
Por te anular;
Por deixar que te desrespeitassem;
Por ser tão exigente;
Por te pré-julgar;
Perdoa-me se nas horas em que tu estavas bem, sempre inventei algo que te deixasse mal;
Por na época de colégio, deixar que os valentões te batessem;
Por nunca te defender;
Por deixar que teu pai te humilhasse;
Por te fazer comer rabanete;
E junto com ele, pimentão, cebolinha e ovo em conserva;
Por te fazer tantas perguntas – porquês – e não te dar nenhuma resposta;
Por obrigar que as tuas decisões fossem sempre definitivas;
Para depois te fazer sentir mal e fraco se tu declinasses delas;
Por nunca ter te deixado ter uma tatuagem, um piercing ou cabelos cumpridos;
Nem ao menos pintar os cabelos;
Por sufocar qualquer ato de rebeldia teu;
Por ter o prazer mórbido de te dizer: “Viu, eu te avisei!”;
Por te obrigar a sentir cheiro de gás butano;
Por te convencer de que amar e não ser amado é normal;
Por tantas cobranças;
Por te magoar tanto;
Por passar uma imagem tua para os outros de lobo mau;
Quando na verdade diziam que tu eras um Deus grego com crachá de príncipe encantado;
Por impor barreiras para que tu nunca entendesses esse tipo de elogio;
Por te importunar com os meus problemas, te fazendo passar noites e mais noites em claro;
Por sempre te dizer que tu não és competente para estar com quem tu desejas;
Por te dizer que tu não conquistas ninguém;
E que não és capaz de tomar alguma atitude;
Por te chamar de miserável;
Por deixar claro que não gosto de estar sozinho contigo, sem motivo aparente;
Isto enfim e graças a Deus, mudou, adoro estar contigo;
Por te deixar ter preguiça, e claro, te condenar depois por ser preguiçoso;
Por nem ao menos valorizar a tua ficha escolar estupenda;
Por não te valorizar também na tua capacidade de trabalho e produção;
Por te convencer de que tudo o que tu fazes é ruim e de má qualidade;
Por não te encorajar a nada;
Enfim, por ser este crápula que eu sou contigo. Prazer mórbido em te fazer mal.

Querido amigo quero que tu entendas claro, que esta lista não é nada perto do que te devo, como ser humano, como amigo, e como uma pessoa que sempre te amou. Te fiz e te faço, muitas vezes sem perceber ainda, muito mais chagas do que estas. Afinal, são mais de 20 anos de convívio.
Nestes últimos tempos miro no espelho, e vejo que tu és como outra pessoa, em constante mutação e evolução. Penso que o caminho que percorres é tão incerto quanto melhor do que tu estavas e estas agora.
Espero que entendas, compreendas e aceites as minhas mais sinceras desculpas, pois apesar de tudo, sei que continuarei errando inconscientemente, mas não é por mau guri. Espero também,que daqui pra frente, possamos viver em paz.
Amigo, sinto falta da pessoa que tu eras. Torço e me predisponho a te ajudar a voltar a ter o mesmo brilho no olhar de alguns tempos atrás, e que tu tenhas a mesma gana de viver.

Te amo amigo!

"Retroceder nunca, render-se jamais!"

segunda-feira, 20 de novembro de 2006

Blá blá blá

Fui para a praia no final de semana. Ainda bem que disposto apenas a descansar. E este intuito foi alcançado.
Se estivesse esperando por céu, sol, sul.... me ralaria.
Incrível como dou má sorte quando viajo a praia. A ultima vez que havia ido choveu 100% do tempo, no feriado de 12 de outubro, em Itapema.
Desta vez fui a Torres (Paraiso), e me ralei novamente. Mais 100% de chuvas...não parou um minuto. A minha sorte é que tenho mesa de sinuca em minha casa litoranea. E a Láuzinha tava lá pra ficar me fazendo perguntas... que menina inteligente ela é e será.
Mudando de assunto: Gente, nunca fiz ao menos menção de que escrevo bem, muito menos que o que escrevo é perfeito (prefeito como diz o Paulo...hehehe...). Como comentei a alguns dias atrás neste mesmo blog, não sou escritor, sou Administrador/Advogado (formado em uma e seguindo o caminho da outra), e nem tenho maiores pretenções como pseudo-escritor.
O que é incrivel é que recedo críticas. Hehehe....isto mesmo, críticas! Me criticam dizendo que meus textos não são bem escritos, não são claros, não são nem alho nem baralho.
Bom, partindo do princípio que não dependo de escrever para viver. Não mudo. E também respeitando o fato de que escrevo para mim mesmo, lê quem qué. Hehehe....
Mas agora é sério. Se a opinião de vocês é realmente esta, de que falta revisão e edição no que escrevo, concordo em gênero, número e grau. Não escrevo bem, e também não reviso nunca o que escrevo ( não há tempo, e mesmo se houvesse, não há compêtencia própria para isto), além do que esta função não é delegada a mais ninguém (era pra Cyba, mas ela tem menos tempo do que eu...).
Mas uma coisa é legal. Geralmente escrevo nas horas mais inusitadas, salvo, e depois publico aqui quando tenho tempo. Esses dias escrevi enquanto jantava. Outra vez foi enquanto fazia a barba. Situações novas para mim, não estou acostumado a isto.
Sei lá como funciona, sei que quando tenho a idéia é melhor escrever, porque senão me esqueço. Gostaria de saber qual é a técnica que os que são melhores nisto utilizam. Anotam em algum lugar? Bloquinho?
Enfim, que fique explicado. Críticas são bem vindas, principalmente feitas de maneira pessoal e discreta. Continuem que eu as recebo bem.
;)

quinta-feira, 16 de novembro de 2006

Querer mais

Esses dias, durante um dos meus momentos de introspecção cada vez mais freqüentes, resolvi assistir a um “citcom” chamado “Law and order: SVU (Special Victims Unity)”, que passa no Universal Channel. A linha do tal seriado americano segue através de detetives de 35 anos, promotoras lindas de 28, e policiais de 55 perto de se aposentar, todos investigando crimes em conjunto. Mas não é isto que quero comentar sobre o episódio que assisti. O crime em voga era um homicídio doloso motivado pela inveja. Um amigo matou o outro por que sentia inveja do mesmo. Um era o que o outro gostaria de ser, mas infelizmente, no estado em que o invejoso se encontrava psicologicamente, não chegaria nem perto.
Resolvi, numa das rodas de chimarrão que sempre ocorrem envolta da minha mesinha de centro de mármore branco, colocar este assunto na pauta. Vejam bem o que saiu:
Palavras do Paulo:
“Quem nunca se pegou pensando que o Fulano é que é feliz, porque tem o emprego dos sonhos, tem a família, pai e mãe presentes, os irmãos e principalmente os cunhados que nunca incomodam, aparenta ter conforto financeiro, tem os melhores amigos, mora na melhor casa, tem o melhor carro (que com certeza foi adquirido sem esforço nenhum, nada de financiamento em 48 vezes), tem uma aparência super-mega atrativa, forte, musculoso, definido, rosto bonito e olhos claros, e com tudo isto, podes ter certeza, tem a companheira que todo mundo sempre quis ter, linda de morrer, meiga, carinhosa, atenciosa, honesta, fiel e boa de cama. Chega a dar raiva como ele aparenta ser melhor do que eu!”

Realmente, a grama do vizinho é sempre mais vistosa e verde do que a nossa?

Invejar as aparentes felicidades alheias é tão comum assim?

O porque que sempre digo “aparente”, porque na maioria das vezes, a felicidade alheia é algo que nós constatamos erroneamente. Isso mesmo, nunca ninguém é como nós imaginamos, e nunca ninguém é nem de perto inteiramente feliz. Pensemos bem: aquele seu colega de faculdade, que é tremendamente popular com o sexo oposto, vive rodeado de amigos, é rico até não poder mais, faz festas todos os dias, e, além disso, ainda é super inteligente, passa sem esforço algum... isto tem sempre uma explicação por trás, ou seja, na lei da causa e razão, há sempre uma razão. Pense bem, na maioria dos casos, este colega bonitão é esforçado, dedicado, e aprendeu sozinho a ser atraente, mas com certeza, no nosso entendimento não fez por merecer tanto sucesso.
É pelos caminhos tortuosos que a mente humana tem por características que se consegue este sucesso. Conheces o ditado aquele que diz que o que é vistoso aos olhos é sempre agradável ao coração? Pois é...
As pessoas desejam sucesso, felicidade, sexo, riqueza, boa aparência e popularidade, e é ai que está o porque que nos atraímos por quem aparenta ter tudo isto. É justamente por isto que preferimos ter amigos assim, casos assim, namoradas assim. Nós sempre nos sentimos atraídos por quem tem beleza, riqueza, inteligência e bom humor. Mas não se esqueçam, isto não é nada sem o conjunto que define o amor.
As qualidades exarcebadas, ou as que são mais se expõem na batalha pela propaganda pessoal, são sempre as mais fáceis de serem notadas e julgadas, por serem as que saltam as olhos nos primeiros momentos, e claro, são as que são valorizadas por pessoas, digamos assim, pouco experientes. Para se sentir atraído(a), bastam apenas 2 segundos.
Entendo que não adianta muito estar ao lado de alguém muito propagandeador de suas próprias qualidades. Não adianta de nada. Que tenha 10 (dez) defeitos fáceis de enxergar, mas que seja correto, honesto e que saiba valorizar o que realmente valha a pena. Alguém em quem possamos confiar, alguém em quem possamos contar nas horas difíceis, enfim, que seja amigo também em sentimento, e não só nos momentos de rizadas, festas e cabeças cheias de Polar bem gelada.
A coisa se agrava se estamos procurando uma companheira, uma namorada, alguém para se amar. Hoje em dia é muito difícil achar alguém que agrade em quesitos essenciais, como fidelidade, carinho e respeito. E as que agradam, ou não deixam nada se desenvolver por falta de empolgação, ou porque estão “fechadas para balanço”, por culpa de alguém ai que as fez mal. Não sabem as oportunidades que perdem... a quantidade de cavalos encilhados que deixam passar.
Mas voltando para a estrada principal... Porque não se acham muitas que se salvam?
Porque hoje em dia as pessoas (leia-se neste caso, as gurias) estão muito preocupadas com a aparência deles, com a beleza deles, com o dinheiro deles, com o carro ultimo modelo vermelho deles que é equipado com dvd e rodas aro 18, no Nike Shox azul e prata nos pés, com o camarote naquela festa de sábado, com o pagode de domingo, com os amigos que as fazem rir, com as falsas amigas que na primeira oportunidade as tratam mal, falam mal delas pelas costas e roubam seus “ficantes” (- “mas qual é o problema...?” Elas se perguntam... – “Elas são legais e divertidas mesmo...”).
É muito difícil arranjar alguém que seja companheira, honesta, fiel, carinhosa e querida (veja bem, não estou enumerando aspectos do tipo riqueza ou beleza...). Porque (novamente)?
Porque este tipo de menina pode até querer, mas não se sente atraída por um homem cavalheiro, fiel, querido, companheiro, trabalhador e carinhoso... mas sim por aquele cara que tem todos os “pseudo-atributos” aparentes apenas aos olhos, e que na verdade escondem muitas mazelas das pessoas, ou seja, ele é bonitão, sarado e rico, mas em realidade ele é cachorro, infiel, mentiroso e violento... ou seja, tudo que elas querem é ter trabalho e estresse. De verdade.
Mas também pudera, fazendo um comparativo infame, acho que estou procurando ternos Hugo Boss (originais) na Pompéia ou na Barateira. Ou seja, às vezes sou muito descrente que posso procurar e achar alguém que me faça bem em determinada amostra da população feminina brasileira. Fazendo um comparativo mais infame ainda, é impossível achar um cordeiro vivendo em meio de lobos...a não ser que esta menina esteja escondida, trancada em seu próprio mundo, seu próprio trabalho, ou seu próprio apartamento, procurando pelo mesmo que eu procuro. E como eu, não achando.
O interessante é que o ponto ao qual quero chegar é um ponto que trás muitas duvidas e incertezas, é quando a gente se questiona se ser uma pessoa correta e verdadeira é tão válido assim, a ponto de querer trocar esta verdade e realidade por um projeto falso de vida, ou seja, o carro vermelho com roda aro 18 e o Nike Shox.
Será que é isto mesmo? Será que para nos sentirmos valorizados precisamos ser o que não somos? Acho que está resposta é afirmativa para muitas pessoas. Felizmente não para mim. Não me deixo estragar.
Digo porque conheço, mas não vou generalizar. A maioria das pessoas que tem este tipo de aparência que citei são pessoas que na sua vida pessoal, mesmo que não admitam (nem para si mesmo) são vazias, entediadas e infelizes. E infelizmente, as meninas que se sentem atraídas e acreditam que esta é a maneira correta de se viver também sentem este mesmo vazio no peito, na vida, no cotidiano e como na maioria dos indivíduos de amostragem, no cérebro.
Viver e querer mais são na minha opinião, querer uma vida tranqüila, não viver exclusivamente de obrigações, reconciliar-nos com nossos defeitos e fraquezas, termos expectativas de melhoras (que por si só, já são um entusiasmo), é querer ventilar a cabeça, esquecer os problemas, não se sentir tão responsável, saber fazer as nossas escolhas, é conversar com estranhos, é escutarmos e confiarmos em nós mesmos, é se divertir sem ter que se preocupar com o que os outros estão pensando das nossas roupas, cabelos, carros, sapatos e aparências em geral. E principalmente, abrir o peito para quem vale a pena, parar de gastar tantos dias, semanas, meses ou anos “fechada(o) para balanço”.
Todo mundo sabe que o produto não é somente a embalagem, alias, a embalagem é algo que engana muito. Não adianta querermos transparecer algo através desta embalagem se na realidade não somos nada daquilo. Podemos atrair pessoas, mulheres e amigos, mas na verdade somos sozinhos, secos e vazios.
Querer mais é querer estar com alguém que quer mais do que isto, mais do que músculos, cabelos desgrenhados com gel e camisas da Diesel (se bem que elas caem muito bem em mim), é querer alguém que seja resolvida, que enfrente os problemas da vida com cabeça erguida, que não seja egoísta, e que queira mais, muito mais...
Quero alguém a quem eu possa fazer carinho, o quanto puder, sem ouvir reclamações de que se é grudento ou carinhoso demais. Quero enche-la de beijos e cafunés. Quero estar com alguém que seja atenciosa e compreensiva na maior parte do tempo, para que os momentos de dificuldade que infelizmente e compulsoriamente são maioria em nossas vidas, sejam enfrentados de maneira diferente, com mais otimismo, e que ofereça um de seus seios confortáveis para que eu possa ficar abraçado e me sentir protegido. Quero alguém que seja mais do que uma namorada, que seja uma amiga, que seja fiel, e que me ajude. Quero alguém que seja mais que uma namorada/amiga, que seja amante também.
Quero alguém que queira ir para frente, e que não se iluda que são em festas e roupas que a felicidade própria é alcançada, e os problemas da vida são resolvidos, alguém que não dê tanta importância a baladas e jogos de aparências.

Quero mais, quero muito mais. Quero alguém que queira muito mais do que isto.

E não tenho medo de perguntar: Onde tu estás escondida...?

segunda-feira, 13 de novembro de 2006

Equação


Acompanhe a simples operação matemática:

Sol fortíssimo;
+ 35 graus;
+ Poeira inimáginavel da terra seca sendo levantada e se instalendo em nossos corpos/roupas...;
+ 40 mil pessoas;
+ Sombra em lugar algum;
+ Vento forte;
+ Pescoço queimado ardendo;
+ Marca do óculos em branco no rosto vermelho;
+ Doses industriais de hidratante;
+ Noite completamente sem dormir;
+ Frio da madrugada;
+ Dois dedos de poeira e mal cheiro dentro do meu carro;
+ 2 horas para voltar;

= Infelicidade? Ficar brabo? P. da cara?

...

Simplesmente não...

Porque junto com tudo isto somamos também:

+ Inúúúúmeros amigos fazendo festa;
+ Queridas amigas sempre super gentis;
+ Muitas histórias para contar e repetir...repetir...repetir...;
+ Churrascos (Vazio, costela e salsichão/pão) clássicos e super bem assados;
+ Skol geladinha;
+ Muita risada;
+ Muitas brincadeiras;
+ Imprevistos mais do que bem vindos;
+ Noite inteira fazendo bagunça;
+ Ver os bestas de Chevette e Afins fazendo zerinho e se ralando depois...;
+ Tirar sarro dos amigos que não sabem beber indo dormir apagados nos carros;
+ Descer e subir barrancos de terra (inimáginavel era que o Mégane podia fazer isto...);
+ Companheirismo;
+ Amizades antigas e novas;
+ Pessoas conhecidas ali na hora;
+ Improvisação;
+ 25 caminhões de 3 toneladas cada e com potencia maior que um Fórmula 1 se engalfinhando a 250 Km/h;
+ Pés de moleque deliciosos;
+ Bolachas Trakinas;
+ Coca-Cola Light;
+ Roncos ensurdecedores;
+ Aventuras necessárias para viver;
+ Pra acabar: sensação de "quero mais"...

= Satisfação enorme e uma felicidade Incrível!

Abraços e beijos a todos que participaram disto!

Let´s do it again! See you in 2007!

quinta-feira, 9 de novembro de 2006

... Me in the corner ...

"That's me in the corner - That's me in the spotlight - Losing my religion... Trying to keep up with you - And I don't know if I can do it - Oh no I've said too much - I haven't said enough - I thought that I heard you laughing - I thought that I heard you sing - I think I thought I saw you try...".

quarta-feira, 8 de novembro de 2006

Olhos

Neste ultimo final de semana, logo após a picanha e a ovelha de domingo, doente e esperando o Grenal começar, assisti pela terceira vez a um filme que eu gosto muito, “Senhor das armas”. Os diálogos e os dramas, apesar de serem primorosos, não são o que mais me chamam a atenção quando assisto a este filme. O comentário que vou fazer é decorrente de um ator coadjuvante, que eu não lembro o nome, apenas do personagem: Presidente/ditador de Serra Leoa André Baptiste.
Como sempre explicitado, poder, medo e riqueza eram suas armas. Mas isto não é o que mais me chamou a atenção.
Eu quero falar sobre o olhar deste ditador. Sim, o olhar.
Durante o filme, me peguei varias vezes pensando e examinando o olhar de André Baptiste. Vou descreve-lo:
Sobrancelha esquerda levemente levantada, olho direito ligeiramente cerrado, queixo saliente apontando sempre para a testa de seus interlocutores, olhos profundos. Aquele olhar que exprime personalidade forte, expõe análise, que deixa medo, receio e impõe respeito.
Sabedoria popular: “O olhar reflete a alma”. É verdade, pense bem, você com certeza tem guardado nas suas memórias, o olhar do seu pai quando tu fizeste algo de errado quando era apenas um menino, o olhar de ternura de alguma criança meiga, talvez até aquele olhar de desprezo da pessoa que amávamos, que tanto nós temos medo. Todas as maneiras de se lançar um olhar dizem algo.
Veja só, quantos de nós já nos deparamos com olhares apaixonados em inicio de namoro, aqueles olhares silenciosos, meigos e carinhosos, olhares que expressam sorriso e alegria, que ao mesmo tempo em que há total silencio, estão dizendo tudo o que deveria ser dito.
Ou talvez aquele olhar de desejo, aquele olhar que expressa o quanto que a pessoa te quer e como ela te quer. Ou talvez aquele olhar de tristeza, em que ela diz quase tudo o que se esta sentindo em apenas alguns segundos de silencio e pensamentos. Pensem bem: Nos momentos mais íntimos, um olhar de satisfação e desejo diz tudo não? Ou talvez aquele brilho no olhar... geralmente as pessoas não precisam dizer nada sobre sua condição quando se encontram com um brilho no olhar...
Um olhar bem dado geralmente tem o poder de dizer muitas coisas, isso sempre foi assim. O problema é o olhar falso, ou melhor, é quem sabe usar um bom olhar falso para conseguir o que quer.
Lembre-se, da mesma maneira que o olhar nos convence do o que é a realidade, não necessariamente esta realidade é verdadeira.
Há pessoas que sabem utilizar-se deste recurso.
Pergunte a alguém que já foi enganado por alguma menina o que acha sobre os olhares que esta pessoa expressava. Paixão, carinho, desejo, respeito e honestidade? Uhum...
Até onde vai a verdade no olhar das pessoas? Será que isto existe?
Acredito que só quem tem coração puro não tem a capacidade de enganar alguém através do olhar.
Mas meu Deus, quem que tem neste mundo coração puro?
Poderíamos dizer que são apenas as crianças, os únicos seres ainda não influenciados pelo “mundo lá fora?” O olhar de satisfação de uma criança é algo de belo, justamente porque é verdadeiro, real e sem maquiagem. Assim também como os seus olhares de susto ou de tristeza. Estes pequenos seres nunca receberam influencia direta de pessoas mal-intencionadas, influências estas que, pelo menos nos seus níveis de percepção, podem mudar o seu jeito de ser, ou levantar/abaixar possíveis barreiras futuras.
O sorriso no olhar de uma criança demonstra a alegria no seu estado mais puro e refinado, satisfação, felicidade, carinho e amor.
Mas pensando bem. Quantos de nós já não fomos enganados por algum olhar falso?
Acho que todos temos uma historinha pra contar.
Mas isto são coisas da vida. As pessoas são por natureza, boas ou más, ou talvez, boas e más.
Não consigo utilizar meus olhares falsamente. Sou um péssimo ator. Não sei nem como disfarçar uma noite mal dormida (todas, talvez), por exemplo.
Enfim, nossas emoções nunca deixam de ser demonstradas através dos olhos, sejam elas de qualquer gênero ou amplitude. Se existe alguma maneira de mentir melhor, usa-se o olho. Sempre.
O Ditador do filme que assisti impunha seu poder, respeito, admiração através do medo.
Eu e mais bilhões de pessoas queremos de certo modo, algumas coisas em comum com isto, mas de maneira diferente: queremos obter respeito pelo nosso olhar, mas não expondo as pessoas a medo, e sim, honestidade e lealdade. Queremos que as pessoas nos admirem através destas virtudes, mas uma admiração verdadeira, fruto da realidade de nossos sentimentos. Queremos deixar os nossos olhares demonstrarem todas as nossas emoções: carinho, paixão, desejo, tristeza, cansaço e raiva, sem nenhum tipo de receio de estar sendo fraco. E o principal de tudo: queremos explicitar nos olhos sem medo algum quando amamos alguém, sem medo ou receio de sermos rechaçados, principalmente pela pessoa amada.
Pensando bem, estou pedindo um direito básico.

O de demonstrar amor.

O problema é garimpar alguém que queira este tipo de demonstração...

segunda-feira, 6 de novembro de 2006

Dona Wanessa...

To comendo uma torta de morando e tomando um cafézinho com chantilli agora... tri bom... bendita Dona Wanessa (tia do cafézinho...).
A fornada de "artigos" vai ser pesada esta semana. Ja tô vendo.
Dizem que períodos de tristeza trazem reflexões profundas... e consequentemente... inspiração (não sei... não faço a minima idéia.... sou administrador/advogado... não escritor).
Enfim...

A luz no fim do tunel ainda ta lá....só falta eu saber se eu to andando pra frente ou em marcha ré...:)

quinta-feira, 2 de novembro de 2006

Razões para a perda dos cabelos



Esta provavelmente é a cabeça de um gremista após os ultimos jogos....

Melhor ainda: Quando alguém pergunta o porque que todos os homens aqui de casa são carecas (varia apenas o nivel de "carequisse", o meu ainda é "baixo", só tenho as entradas) eu prontamente respondo:

- "Somos todos gremistas...!"

Meu pai completa:

- "Perdemos os cabelos durante os jogos....! Ou melhor, quando o Patrício esta escalado na lateral...!"

quarta-feira, 1 de novembro de 2006

Aprendendo a negociar

“Os relacionamentos, assim como as vidas em geral, são eternas negociações”. Já disse o meu velho pai.
Subtende-se nesta sentença que quando estamos nos relacionando com alguém, tudo é negociado ou ao menos negociável. Há trocas, escambos, câmbios, barganhas, depreciação e supervalorização. Tudo tem seu valor, tudo tem seu preço.
Mas será que nessas relações há comerciante, cliente ou agente econômico? Será que podemos entender que a menina que nos namora seja uma fornecedora ou uma consumidora? E nós, somos o que?
Decidi contar a história do Paulo.
Paulo era um rapaz muito correto. Vivia a vida para trabalhar, estudar, e crescer, tanto como pessoa como profissionalmente. E desejava dividir este crescimento com alguém, este alguém era sua namorada.
A menina era, segundo as más línguas, “malvada”. Paulo fazia todas as suas vontades, mesmo que isto lhe custasse um esforço absurdo, ou talvez todo o seu soldo mensal. Na cabeça de Paulo, esta serventia toda era de grande valia, pois ele tinha certeza absoluta que o valor dele estava justamente ai. Não se encontrava homem tão dedicado como Paulo em qualquer esquina, nem em qualquer cidade, nem em Jogo do Grêmio com 50 mil gremistas. E além de tudo ele é forte e bonito.
“Santa Alma”, era o seu apelido.
As amigas de sua namorada a invejavam, querendo um dia ter um namorado com o Paulo, pois os seus respectivos namorados eram uns trastes, traidores, desonestos e não dignos de confiança, muitas vezes até bater batiam nelas. Mas Paulo não. Paulo era tudo de bom e mais um pouco. Paulo era prestativo nas horas dos pequenos favores, era confidente nas horas das incertezas, era pai na hora dos conselhos, era banco na hora dos apertos financeiros, era amante de verdade na cama (sabia exatamente o que fazia, muito experiente ele era), além de muitas outras faces de menos importância que Paulo também tinha destreza de desempenhar com maestria e sabedoria.
Tudo leva a crer, para quem fica sabendo desta historia, que Paulo é uma pessoa que tem um valor gigante e tremendo. Engano comum...
“O valor do produto é do tamanho da necessidade do consumidor”, sentença infelizmente verdadeira.
Sua namorada era uma pessoa avoada. Dava valor a pequenas coisas e esquecia do principal. Paulo, após estes dois anos de namoro, acabou por começar a perder o valor que tinha, passou para outra fase, a do declínio de valor no mercado, pelo menos para sua única consumidora, sua namorada. Nem ela sabe ao certo, o porque que o valor do Paulo caiu a quase zero. Talvez seja pelo gosto de sempre, pela rotina cansativa, pela seriedade demonstrada no relacionamento. Não sei, ninguém sabe. A única coisa que sabemos é que ela trocou Paulo por outro namorado, outro produto, que para ela no momento parecia ter um valor muito maior, mesmo não sendo um produto tão prazeroso ou durável assim, um homem-traste igual ao que suas amigas tinham. Não é imaginavel o que esta sofrendo agora.
Paulo depreciou-se. Passou a achar que o seu valor era realmente o valor que sua agora ex-namorada havia demonstrado e etiquetado em sua testa. Esqueceu do que era, do que fazia, e do que realmente valia. Acabou por achar que por que uma consumidora não lhe pagou, ou pelo menos não estabeleceu nem de perto, o seu verdadeiro valor, ninguém mais poderia comprá-lo por preço igual. O seu valor era de uma havaiana de duas cores ou de um maço de cigarros Bill.
Pergunta sem fim esta: Qual é o real valor que temos para as pessoas que estão em nossa volta? (Entende-se aqui alguém em que estamos nos relacionando, seja uma paixão recém despertada, ou aquele amor velho e maduro).
Na minha opinião, quem estabelece o nosso valor somos nós mesmos, mesmo que isto pareça ser uma frase piegas e repetitiva. Nós que estabelecemos qual o nosso preço, seja nosso preço total, ou o preço de nossas ações e sentimentos. Nós somos os únicos que podemos saber e estabelecer o nosso real valor.
“Saber vender o nosso peixe”. That’s the key.
Paulo é um produto de uma raridade incrível hoje em dia, se uma pessoa como ele fosse aproveitada de maneira correta, reservaria uma satisfação duradoura, talvez por uma vida inteira. Não era produto da chepa, não era pão velho, não era bolacha água e sal. Paulo era uma iguaria, uma lagosta, um camarão ao termidor, uma caixa de charutos cubanos acompanhados com um bom Cabernet chileno.
“Deus dá rapadura para quem não tem dentes”. Diz o ditado.
O consumidor que dá o nosso valor não é coerente nem comprometido em estabelecer o preço a ser pago. O preço que a namorada (ex) de Paulo pagava por ele era muito pouco, ela cambiava tudo o que Paulo tinha a oferecer com desrespeito, desconsideração e desdém dignos de uma pessoa cega que não nem imaginava o que estava jogando fora. Ela era uma horrível consumidora, que não sabia o valor do produto que tinha nas mãos. Mas pior que ela era o Paulo, que era um terrível negociador, não sabendo fazer valer o que oferecia.
Muitas vezes, em pequenas situações, somos pegos negociando carinho, atenção, amor, sexo, fidelidade, confiança e companheirismo. Produtos que o dinheiro não pode comprar, todo mundo sabe, mas na minha modesta opinião, somente podem ser trocados com outra pessoa na mesma moeda. Amor por amor, carinho por carinho, sexo por sexo. É a única moeda de troca que pode dar certo. Nunca dá certo trocas que misturem os produtos, como por exemplo, amor por sexo, sexo por atenção, fidelidade por carinho, confiança por respeito.
Esta mais do que na hora, de pessoas como nós, que na verdade apenas querem ser felizes de uma maneira correta com alguém, através da honestidade, sabermos ou estabelecermos o nosso real valor, o nosso real preço, o verdadeiro numero que está na etiqueta que será colocada em nossa embalagem. E além disto, termos consciência de que não adianta tentar vender agasalho para Nordestino, que não dá valor nenhum a isto no inverno de 34 graus da Bahia.
Temos que saber qual é o nosso segmento de mercado, quem pode, deve e se interessa a pagar o valor necessário para estar com a gente, desfrutar dos benefícios que todos nós podemos oferecer. E são muitos. Muitos mesmo.
Lei da oferta e da demanda. Quem estuda alguma disciplina de economia sabe: Quanto mais raro o produto, mais caro ele é.
O consumidor será quem nós escolheremos, e necessitamos de sabedoria para enxergá-los. A sempre alguém que precisa e dá valor ao que nós oferecemos, e há sempre alguém que oferece o que nós precisamos. O alguém certo. O alguém que sabe dar valor.
Como diria o meu velho pai:
“E se o relacionamento é encarado mesmo como negócios, apenas precisamos negociar, comprar, vender e fazer as trocas de maneira correta”.

I´m working right know.....

terça-feira, 31 de outubro de 2006

Sem tempo...

No time at all...! Cheio de serviço, não sei que hora saio daqui hoje. O problema é que tenho minha psico-terapia e a minha dentista também. Tudo pra hoje. Vou desmarcar....

segunda-feira, 30 de outubro de 2006

Soy yo!


A propósito: Este sou eu (com uns 10 quilos a menos do que estou hoje, e em versão "sem terno-gravata"). Prazer. Nice to meet you.

Aulas úteis de ciências

(Antes de tudo: este texto não foi nem ao menos revisado. Foi escrito em 15 minutos entre meu banho e meu café da manhã. A qualidade é mais baixinha e desculpem-me eventuais erros de português.... Vamos a ele:)

Quem nunca sofreu por amor? Isto é tão natural assim?
Como diria um professor que ministrou-me aulas de ciências no primário:
“Não podemos nos alimentar de xurume...!”
Antes das perguntas que possam surgir sobre o que há em comum entre “xurume” e o luto amoroso, uma breve explicação: O termo “xurume” aplica-se a aquele liquido fétido e de aspecto tenebroso, que escorre sempre dos sacos de lixo, depositados na calçada, em lixeiras ou em lixões. O odor e a probabilidade tóxica deste líquido são igualmente grandes e horríveis.
Pois bem, o “xurume” é o derivado da decomposição do que jogamos fora, do lixo, do que nós não queremos usar, ou ao menos ter.
Não podemos nos alimentar do que jogamos fora, nem da decomposição destes. Se em algum momento da vida, desejamos que determinado aspecto, ou determinada pessoa, não esteja mais entre o nosso convívio, jogamos fora. Trocando em miúdos: Após os términos de relacionamentos, geralmente demoramos um tempinho para levantar a cabeça e partir para outra. Durante este tempo, há pessoas, assim como eu, que costuma se alimentar do sofrimento que o antigo relacionamento causa, causou e vai causar. Imagine sempre, o quanto que, por exemplo, uma discussão com uma ex-companheira, revivendo e trazendo a tona assuntos e sentimentos negativos que a muito já deveriam estar guardados, pode ser tóxico e fazer-nos mal.
Antes de tudo, entendo que temos que compreender o que estamos sentindo, até porque é enormemente comum que nesta fase nós façamos confusões envoltas dos seguidos furacões que costumam passar pela nossa cabeça, deixando claro, um pequeno estrago.
Geralmente, sentimos um misto de medo, dúvida, frustração, tristeza, dor, mágoa, raiva, desespero e um ardente desejo de revide. Não basta só estes sentimentos acontecerem todos juntos e misturados, mas eles ficam tão intensos que é até difícil identificar o que se esta sentindo na maioria dos momentos.
Sabemos e sempre temos certeza de uma coisa. O que dói, e o que faz mal.O motivo da dor vive mudando. Essas dores costumam alternar-se entre coisas pequenas, medias e grandes. Pode ser por um simples momento de discussão que você se lembrou, ou por um grande motivo relacionado a aspectos importantíssimos, como fidelidade. O que interessa é que dói, sempre dói vermos nossos sonhos não realizados, nem sermos atendidos em nossos desejos, e com certeza, a decepção e o orgulho ferido.
Eu sempre pensei que amava as pessoas de forma madura, racional. E que quando um amor, ou uma paixão (sempre será difícil definir), acabava, sentir tristeza era normal, junto claro, com os inconformismos momentâneos. Dizem que o amor é maior que todos estes sentimentos, que tem a capacidade de reequilibrar os corações aflitos. Será que é verdade?
Acho as vezes que não. Se o mesmo fosse tão importante ou grande assim, porque que a maioria das pessoas tornam um problema qualquer a ser resolvido em suas vidas particulares, mais importante do que uma pessoa amada? Incógnita...
Conheci uma pessoa certa vez. Esta pessoa estava em uma fase de encantamentos. Apaixonada. Pena que o alvo de sua paixão a trocou por outra.
Como que esta pessoa não poderia deixar de sentir raiva, e instaurar inúmeras dúvidas sobre si mesmo!? Impossível, simplesmente impossível.
Temos que compreender que isto é natural do ser humano, um pouco mais intenso em pessoas sensíveis. O que acontece é que pessoas muito racionais, e ao mesmo tempo sentimentais, assim como eu e esta pessoa, costumamos julgar e questionar muito o que acontece de errado durante os nossos respectivos caminhos. É obvio que estes julgamentos, feitos em momentos intempestivos e de profunda introspecção e sofrimento, dão quase sempre resultados ruins.
O importante nestes momentos de sofrimento, dúvida e solidão, é não oferecer barreiras ao amor-próprio. Assim desta maneira, renovam-se as forças da vida, a coragem de prosseguir, e as possibilidades de sermos felizes ao lado de alguém que nem percebemos, mas está ali...a um passo, ou as vezes, a um “click” de distancia.
Acredito que o que nos faz sofrer também é nunca, em momento algum, alguém nos ter ensinado que a boa convivência, e a boa comunicação, tanto com os outros, como conosco mesmo é a grande chave. É justamente o perfeccionismo que atrelamos ao sucesso de uma relação afetiva que nos faz sofrer. Temos que saber conviver com o fato de que não somos perfeitos, não somos capazes nem tão importantes assim a ponto de conseguirmos moldar alguém a imagem ideal que temos de “alma-gêmea”. Pense bem: Realmente temos autoconhecimento?
A única coisa, que penso que posso passar adiante, é a certeza de que nunca podemos nos encostar em alguém, na esperança que esse alguém possa nos fazer felizes plenamente. Somos nossos próprios donos, temos direitos e deveres sobre nós mesmos, e não podemos nunca achar que temos os mesmos direitos e deveres sobre as outras pessoas. Traduzindo: Que cuidemos de nossas próprias felicidades. Ninguém tem o dever, e pensando bem, o direito também, de zelar por nós E que saibamos retirar dos percalços da vida, emoções, lições e sentimentos benéficos para o auto-convivio futuro.
Chega de “xurume”. Chega de nos alimentar do que a gente sabe que não presta.
No meu caso, se a busca da felicidade cabe só a mim, decidi apenas me alimentar do que me faz bem.

Como diria meu professor de ciências do primário: “Somos reflexo daquilo que nos alimentamos”.

Pois é...

sábado, 28 de outubro de 2006

Pequenos fragmentos de um cotidiano....

Meu primeiro Post falando de minha rotina, meu cotidiano....

Bom...Vamos começar dizendo que estou realizado. Estou em plena tarefa de tio. Cuidando com todo carinho de minha linda sobrinha, a Laurinha. Eu sempre quiz ter uma menina mais nova na familia (sou o caçula de dois irmãos, + uma irmã mais velha, no caso a Lau é filha dela). A lau está em sua fase mais engraçadinha, 2 anos e 3 meses. Tudo é motivo de uma nova brincadeira, uma risada ou de uma boa explicação ( ela é tão curiosa quanto o tio). Mas tudo ganha um novo contexto ou plano de fundo com ela por perto....
Prometo que apartir do momento que eu descobrir como faz para colocar fotos no blog, eu coloco uma dela, e uma minha também (alguma alma caridosa se habilita a me explicar?).
Hoje resolvi matar a academia, alugar alguns DVD's pois faz muito tempo que não assisto algum filme sozinho, introspectivo em meu quarto. Aluguei 5 Dvd's, dos quais assisti apenas 3 até agora, "X-Men III", "Sin City" e "Fora do Rumo", ainda faltam o "Mercador de Veneza" e "Codigo DaVinci". Confesso que achei a segunda sequencia de "X-Men" um pouco fraca, deixando a dever para os dois pioneiros filmes da trilogia. "Fora do Rumo" é bom, mas não é aquilo tudo, nenhum dos atores se destaca muito em suas atuações, mas o elenco é bem constituido, Clive Owen, Janiffer Aniston, Xzibit... O melhor de todos até agora foi "Sin City", sem dúvida alguma, fiquei fascinado com seu roteiro, suas imagens (fotografia e edição), suas atuações e suas conexões entre as diferentes histórias contidas dentro do filme. Tudo seguindo fielmente e à risca uma verdadeira história em quadrinhos. Fiquei com saudades da época em que devorava todos os "gibis" da Marvel e da DC Comics....
No mais o resto está tudo igual. A não ser pela pequena solidão... mas isto passa... a Laura não me deixa quieto um minuto sequer... hehehe .... agora esta aqui do meu lado perguntando qual a diferênça entre menina e menino.... Ai meu Deus.... ajude-me nesta hora... hehehe....

sexta-feira, 27 de outubro de 2006

O Pneu Furado

Às 7 da manhã acordei-me tranqüilo, naquele estado de completa sonolência-dormência que só o sono pesado, após três horas tentando dormir, te dá. Dirigi-me ao banheiro, como de costume, para entre outras tarefas, tomar o meu banho matinal necessário para o bom funcionamento do dia. Logo ali, no banho, lembrei-me de que ela adorava água pelando de quente... nunca entendi isto... mas tudo bem.
Após o banho, aquela escovada de dentes básica. Lembrei-me que a escova de dentes dela era de cor vermelha. Outra coisa que nunca consegui entender. Como que a escova de dentes dela poderia ser vermelha se ela era gremista? Isto é uma heresia! Um gremista de respeito não pode de maneira nenhuma ter uma escova de dentes vermelha, cor do arqui-rival da Padre Cacique. Mas logo após pensei: - Tudo bem... eu sou gremista também e minha escova é roxinha escura, não é azul.
Dirigi-me então ao quarto para colocar o tão básico terno-gravata, uniforme de trabalho. Lembrei-me dela ao passar pelas camisas, pois a única camisa que havia por ali capaz de combinar com a cor do terno que eu iria vestir era uma camisa preta-petróleo. Camisa que ela me deu num aniversário a alguns anos atrás. Lembro-me tanto daquele aniversário... tudo era tão bom... e aquela noite foi tão boa também. Sem mais comentários...
E novamente no café, lembrei-me dela. Ela não gostava de café com leite. Logo o meu tão querido café com leite! Isto era inadmissível em uma pessoa, como ela pode não gostar de café com leite, ainda mais servido em uma xícara de porcelana preta, acompanhada por um pires quadrado de cor branquinho gelo...
Elevador. Nove andares pra descer. Avistei a chavezinha que existe no painel que, quando girada, serve para trancar o elevador de todas as maneiras. Já testei, a porta não abre de jeito nenhum, o elevador não sobe nem desce, não adianta chamar de qualquer andar! Ah... e como foi bom o último uso que dei aquela chave...
No serviço, lembrei-me que havia esquecido de passar perfume após o banho. Todo homem de respeito está sempre cheiroso. E o único perfume disponível naquela hora era um que guardo no fundo da terceira gaveta da escrivaninha. Logo que eu mexi nele, o cheiro de lírios do campo tomou conta do lugar. Lembrei-me que ela odiava aquele perfume. Sempre me fazia passar algum lenço umedecido (aqueles perfumadinhos) no pescoço e nos pulsos, a fim de que o odor fosse ao menos disfarçado. Logo aqueles lenços fedidos que eu odiava, utilizados em bundinha de bebê em situações não tão agradáveis. Bem, uma certeza eu tinha, se estes lencinhos horríveis são usados em bunda de bebê... e anula o cheiro daquilo... imagino que com toda a certeza o “cheiro enjoativo” do meu perfume também era anulado. Indignei-me e acabei desistindo de ficar cheirando a lírios.
Por volta das dez da manhã: mais uma xícara de café com leite... e toda aquela mesma lembrança de novo.
No Jornal do Almoço, ao meio dia, lembrei-me dela quando estava mirando a cor dos cabelos da Cristina Ranzolin. Sério mesmo, a Cristina tem os cabelos iguaizinhos aos dela! Preto-amarronzado-avermelhado-canela. Que caíam por cima das orelhas e dos ombros de uma maneira organizada-alinhada-desorganizada-lisa - por causa das incessantes chapinhas, é óbvio...
Quedei-me mirando para os cabelos da Cristina Ranzolin e até esqueci de prestar atenção em um comentário importantíssimo do Santana que eu queria ver. Sobre um opala 76 que fora roubado na zona sul da capital e encontrado na zona norte. Por incrível que pareça foram furtados apenas os utensílios que estavam no porta-malas, objetos de uso pessoal do dono do carro e de sua esposa. Veja como é vida.
Pois no meio da tarde, após todas estas vezes nas quais eu pensei nela, e mais as outras tantas e inúmeras vezes que isso voltou a acontecer, acabei por tomar uma decisão: - Vou me forçar a pensar cada vez menos nela! Ordinária!
Nesta mesma hora peguei o perfume e passei incessantemente no pescoço e nos pulsos. E aí acabei me lembrando dos tais lencinhos de bebê de novo...
Eis que surge o problema: a cada vez que eu tentava não lembrar dela, por tabela eu lembrava! Claro! Se eu fico tentando me esforçar para não lembra-la... eu tenho que lembra-la para me esforçar!
Que sinuca de bico. Mas que barbaridade. Até quando estamos motivados a esquecer as pessoas temos que nos deparar com momentos em que sabemos que estamos nos esforçando em fazer algo para justamente esquece-las! E lembramos tudo de novo!Ai-ai...
Ao final do dia, na volta do trabalho, o pneu do carro furou numa rua deserta. Enquanto eu me esforçava naquela lida de macaco e chave de roda, com medo de ser assaltado, seqüestrado,... lembrei-me de uma vez em que aconteceu quase a mesma coisa, só que eu tive que lidar também com ela me xingando e me apressando de dentro do carro, me atucanando de uma maneira que deixaria até budista nervoso. Mas tudo bem... eu amava ela mesmo...
Neste exato momento um carro preto importado dobrou a esquina... hummm... faróis de xenon azulzinho claro... E o carro pára. “Pronto, vou ser assaltado”, pensei. O vidro escuro baixou e uma voz feminina-rouca-aveludada me disse:
- Olá! Desculpe o susto, mas vi que você precisa de ajuda....
O nome desta alma caridosa era Ana.
Eu e Ana nos damos muito bem. Vejo-me às vezes numa contenção para não fazer o que fazia antes, de pensar nela - a outra. E isto esta sendo muito determinante para o fato de nos entendermos desta maneira. Até agora pelo menos.
A outra continua assombrando meus pensamentos no mínimo 20 vezes por dia. Mas não na mesma intensidade. Será que está tudo bem comigo? Está sim...
A única diferença é que não me importo tanto quanto antigamente...e nem sofro também... pelo menos eu acho isso. E ela não é mais ela. É a Ana agora...

Até mesmo porque a Ana adora meu café com leite. E por incrível que pareça, meu perfume de lírios do campo também.

quinta-feira, 26 de outubro de 2006

Guerra química com trilha sonora

Objetivos de vida. Todos nós temos alguns.
Mas não quero falar dos meus, ainda. Antes quero falar dos de uma mulher de 33 anos. Solteira, trabalhadora, estudiosa e solitária. Vive para a sua vida profissional. Dorme para trabalhar, acorda para trabalhar, come para trabalhar, toma banho e se veste para trabalhar, se cuida para trabalhar. Sim, a música aquela dos Paralamas.
Bem-sucedida. Graduação, pós-graduação, mestrado, doutorado, cargos de chefia antes dos 30. Salários altos iguais ao salto que ela usa, também em torno deste último número. Respeito, consideração, valorização e facilidades. Tudo o que qualquer reles mortal trabalhador pediu ao divino.
Mas não, ela não era feliz. Acho que todo mundo imaginou isso, né? Agora a outra sentença óbvia: Por quê?
Simples. Coisas simples faltavam em sua vida. Assistir a novela das seis, tirar uma sesta à tarde, tomar café da manhã despreocupada com o horário, dormir até dizer chega, não precisar se maquiar todos os dias, almoçar às três horas da tarde, tomar café com grappa, beijar alguém todos os dias, dormir de conchinha, receber cafuné, comer bolinho e quindim até se fartar sem se preocupar com o culote...
Ela também se sentia muito sozinha. E quando solidão bate, a gente sabe que as coisas perdem o valor. Daí a gente se pergunta se queria mesmo o carro zero que comprou, se o nosso cachorro é interesseiro ou abana o rabo porque gosta da gente de verdade, se o fato de dizerem que sou simpático é disfarce pra afirmarem que não sou bonito... Enfim, solidão é o saco-vazio-sem-fundo-preto-no-vácuo das perguntas que não querem calar. A casinha onde mora o “será?” que casou com o “por quê?”.
Estes dias atrás a bem-sucedida me perguntou:
- Qual é o teu objetivo de vida?
- Não sei.
Mentira. Eu sabia. Mas me deu uma preguiça enorme de explicar que o meu objetivo, por enquanto, é não ser e estar só. É poder ir para a academia às cinco e meia da tarde. É dormir até as três - também da tarde - no sábado. É ficar o dia inteiro conectado no MSN com quem eu tenho prazer em bater um papo. Gosto de não me sentir tão responsável sobre a maioria das coisas que acontecem ao meu redor, de compreender e tentar aceitar que não tenho controle nenhum sobre os sentimentos, percepções e emoções das outras pessoas. É bom sentir-me insignificante e invisível, errar pra aprender no erro, ser tachado de bobo por ser comportadinho, de careta por vestir-me de terno e gravata (adoro estar bem arrumado), de cheiroso e burguês pelos meus perfumes importados, comer bolo - daqueles de aniversário com cobertura de creme e chocolate - e continuar magro de ruim. Meu objetivo é beber pouco ou muito, de acordo como que eu estiver com vontade, beijar quem eu gosto, abraçar quem eu gosto, dormir aconchegado no seio de quem gosto, gostar de quem goste de mim – e lá vem outra música na minha cabeça.
Como é que eu ia explicar pra ela que este conjunto de coisas, pra mim, é a felicidade, e esta tal felicidade (mas que raios, hoje eu estou musical mesmo) é o meu objetivo principal?????
- Mas... Tu és feliz?
- Eu não, talvez nem queira ser tão cedo.
Não quero ser feliz tão cedo porque se isto acontecer, como é que eu vou guerrear? Sim, porque buscar a felicidade é motivo pra uma batalha que não termina nunca; a expectativa, por si só, já é um baita de um incentivo viciante. A vida não é pra rir, mas que graça ela teria sem a luta constante pela satisfação inconseqüente, incoerente, insípida, incolor e inodora? (Ai, passei da música pras aulas de química). E antes de me despedir da bem-sucedida, depois de nove tulipas de chopp e alguns Carlton Crema dentro do cinzeiro (estou em processo de despedida do cigarro, mas infelizmente ele gosta muito de mim) perguntei com ares socráticos:
- Mas me diz aí, tu que és mais bem sucedida, tem dinheiro, trabalha muito, batalha muito mais e que tem mais idade e cabeça do que eu... Qual é o teu objetivo de vida?
- Pois é, eu também não sei.
- Ufa, ainda bem.
Ainda bem que ainda existe insatisfação neste planeta. Disfarçada de ignorância, é verdade. Mas ainda não estamos perdidos nessa imensa tabela periódica.


Lembraste também dessa música?

quarta-feira, 25 de outubro de 2006

Simples assim...

Brigas. Como sinto falta delas.
Parece loucura mas, quando um relacionamento definitivamente marcante nas nossas vidas termina, vão e vêm à lembrança os momentos bons e ruins, incessantemente.
As brigas entre os casais, segundo definições retiradas da sabedoria popular, são nada mais, nada menos que “ajustes finos” do relacionamento. Metaforicamente, será que uma relação poderia ser comparada àqueles antigos aparelhos de televisão, que vinham com botões redondinhos que girávamos de um lado para o outro pra encontrar a “sintonia fina” dos canais? Seria bom que existisse algum dispositivo deste tipo, que exorcizasse os fantasmas com apenas uma girada. Captasse as freqüências. Alinhasse o vertical e o horizontal. Simples assim.
Mas se existisse tal botão na relação de um casal, talvez não descobríssemos como são úteis aquelas linhas que passam sem parar, a barulheira da estática, a cor indo e voltando... E o quanto faz falta esse movimento quando tudo termina. Como sinto falta de brigar...
Não, a loucura ainda não me atingiu – eu disse, ainda. Com meu raciocínio completamente são posso elencar, do meu último relacionamento, uma penca de brigas acontecidas e quase todos os motivos que levaram a elas. No entanto, pensando bem, isto seria um exercício de paciência um tanto embaraçoso. E não tenho a mínima intenção de me expor como as nádegas de uma dançarina de pagode-axé-funk Argh.
Mas é preciso que se dê alguma informação básica pra que vocês entendam o que eu quero dizer. Atualmente estou sozinho, naquele marasmo rotineiro e satisfatório - de casa para o trabalho, do trabalho para casa, eventualmente um engarrafamento na BR 116, uma paradinha em torno da minha velha mesinha de centro, de pátina cor de areia, pra reunir os amigos e um chimarrãozito. Ou seja, nada além do corriqueiro.
Mas quando havia a possibilidade de brigar com ela, todos os dias eram diferentes. Sempre algo novo me causava preocupação e aquela adrenalina inesperada. Mais rápido do que o Ligeirinho, os “eu te amo” viravam “eu te odeio”. Andale, andale, arriba!!!
Uma dúzia pelo dinheiro, duas por ciúmes, duas e meia pela falta de carinho e sexo. Sem contar aquelas clássicas, motivadas pelo o que eu considero nada: toalha molhada em cima da cama, a famosa tampa do vaso sanitário... Enfim.
Não que eu seja algum maníaco sadomasoquista que ache benéfico irritar ou ser irritado pelo cônjuge, mas na falta da “sintonia fina”, uma briguinha consciente acalma os ânimos, seja lá quais forem eles. E me vem à lembrança agora o caso dos meus avós maternos: segundo a minha mamãe, foram 70 anos de convivência antes de falecerem felizes e terrivelmente apaixonados um pelo outro. Beijando-se, amando-se e respeitando-se por todo este tempo sem nenhuma histeria... Bem, não é politicamente correto desconfiar das mães.
Mas os anos vão passando, as modas vão mudando, o mundo não pára de correr os 200m rasos e sinto falta de estar continuamente num ringue de boxe. Ou talvez, tal qual uma síndrome de abstinência, não tenho colhões para atingir um outro estado, de viver com alguém que não me crie problemas. O fato é que ainda não encontrei o chinelo velho que vá se encaixar no pé deste corpinho carente até do carinho do cachorro. A dúvida fatal é: a gente procura e experimenta, ou senta e espera este “tesouro” de pessoa? E lá vai o mundo quebrando mais um recorde a cada nova competição. Pára que eu quero descer.
Acho que sinto falta das brigas justamente na falta do que sentir falta. É claro que o “lance” dos parâmetros de relacionamentos que eu tive até hoje influenciam também, já que nunca tive um relacionamento considerado “tranqüilo”. Por inúmeras razões, acho que ainda não encontrei o zíper da minha jaqueta, alguém que “feche” comigo sempre junto de mim.
Ok, ok. Como estou plenamente são das idéias, também não dá pra ignorar o fato do lado ruim de brigar. É estressante só de pensar. Talvez esteja aí a resposta, precisamos todos de uma válvula de escape. Assim como o Brasil encontrou o carnaval pra aliviar mais um ano de escândalos políticos eu, com meus ínfimos ardores existenciais, cheguei à conclusão que preciso brigar de vez em quando. E o que seria mais civilizado do que sair se chacoalhando pra gringo na avenida? Dar murro em porteiro de boate?
E nisso, meus pensamentos são interrompidos com a entrada esbaforida da pobre Arcângela, minha empregada. “Seu Rafael, desculpe-me pelo acidente, mas eu acabei de queimar uma de suas camisas. Mas também... Esse tecido é tão vagabundo, a camisa inteira é tão fraquinha...”...
Ah! Quanto tempo eu não sentia o sangue subir assim...
- Sua... Sua... Sem coração! Como tem coragem de assassinar e desdenhar uma das minhas queridas Fernando de Carvalho! Tu não me respeitas não!? O que é que fiz pra tu fazeres isto para mim!? Eu não mereço isto!!! Tu nunca me trataste bem....! Tu nunca me deste carinho!!!! Ahhhhhhhh!!!!!
- Eu hein, seu Rafael!? Tudo bem que eu tenha queimado e estragado uma camisa cara do senhor... Mas já tenho o Mário pra me cobrar tudo isso aí... Assim não dá, vai arranjar uma mulher!
O som da batida da porta encerrou a discussão. E eu, atônito comigo mesmo, fiquei pensando na sapiência da Arcâgela...

terça-feira, 24 de outubro de 2006

A saga da frutose

Bom, lá se foi o inverno. E que estrago isso faz em pessoas românticas como eu. Palavrinhas como aconchego, conforto e casa dizem tanto... Em conjunto com os meus filmes, a minha lareira, os meus vinhos e a fondue que só eu sei fazer.
Ok, ok. Há uma coisa que eu detesto no inverno: a falta de melancia.
Eu adoro melancia. E é praticamente impossível encontra-la nesta época do ano.
Segundo seu Jacinto Cearense, dono da fruteira, a frutinha maravilhosa só dá entre a última quinzena de novembro e fevereiro. Tudo por causa do clima. E como eu não posso deixar de ser ansioso, o que me abate no inverno é a espera da temporada de melancia.
Nesta época do ano não passa uma hora do dia em que eu não pense em melancia, sinto desejo de comê-la no café da manha, após o almoço, de tarde, após a janta e até na hora de assaltar a geladeira na madruga.
Eu daria tudo por uma melancia agora.
Esses dias o seu Jacinto conseguiu uma pra mim. Cobrou-me os dois olhos da cara e mais o nariz. Mas eu paguei. Ela era meio pequena, meio feia, meio clara. Aquelas lindas listrinhas verdes não eram muito visíveis. Na verdade, minha melancia de ouro parecia ser mais fruto de alguma união duvidosa com um melão espanhol, do que com uma genuína melancia brasileira. “Deixa de ser exigente” pensei, “melancia é melancia, o que importa é comer”. Levei-a para casa, louco para me empapuçar com aquela delícia. Cortei a famigerada, já “calada” - pra quem não sabe, aquele cortezinho triangular que serve pra provar a fruta e enganar o freguês -, e deparei-me com um azedume, aquele gosto de podre (imagino que você saiba do que estou falando). “Pro diacho tchê, eu quero melancia e se só tem essa, vai essa mesmo”.
Acabei por comê-la inteirinha... E enquanto o fazia, desejava ardentemente o verão para poder saborear todas aquelas melancias com listras verde-escuro-vermelhinhas-no-meio-cheias-de-sementes-que-uso-pra-acertar-meu-irmão-mais-velho... Incrível como a imaginação pode esconder um gosto de azedo.
E aí, no exercício contínuo da memória, lembrei-me do novembro passado, quando ia ao supermercado fazer meu rancho semanal com a notinha no bolso: cerveja, cigarro, papel-higiênico, refri, MELANCIA (assim mesmo, em letras maiúsculas). Ah... Bendito setor de hortifrutigranjeiros, que abriga os fartos sucos tenros e doces do meu objeto de desejo frutal...
E ainda no mesmo processo de lembrança, ao pensar nos “doces sucos”, me lembrei da fartura. E da fartura veio a saciedade. E do excesso de saciedade o enjôo - conseqüência das mais de 30 melancias que papei naquele verão.
No inverno sinto falta, no verão, estou farto dos fartos sucos. F-A-R-T-O. No calor das horas, a melancia me embucha e aquelas horríveis-cascas-verde-escuras-com-restinhos de-vermelho-do-meio só servem pra atrair moscas.
De repente, eu odeio melancia. Ainda bem que estamos no inverno.
Ok. Ok. Tem mais uma coisa que me faz falta neste inverno: a companhia. Não, não da melancia. Embora agora eu tenha percebido o quanto uma se parece com a outra, comigo podendo ocupar o papel da fruta e vice-versa...
Ahhhh... Pensamentinho filosófico que me ocorreu agora: o extremo desejo de posse acaba por assassinar os desejos do desejo conquistado.
A posse é o tumulo do desejo. Ou de uma melancia. Ou de uma companhia. Quem desdenha quer comprar. A gente só dá valor quando perde. Tudo o que é fácil não tem graça. A melhor bolachinha é a última do pacote. E todos aqueles outros ditados-populares-comuns-extraordinariamente-lógicos.
Pra usar esta metáfora além dos gêneros alimentícios, confesso que me sinto mais como a melancia. A sensação insistente de que as pessoas me conquistam só pra me jogarem fora depois fica sempre latejando. E que fique esclarecido que não sou do tipo “fácil”, apenas me apego àquilo que me faz bem. Isso é crime? Atira a pedra aí se já não fizeste o mesmo...
Como eu pensava... Não pode me agredir porque também já fez, né?
Como não gostar de bajulação, de apoio, de respeito, de elogios? Como abdicar da sensação de ego preenchido quando a vontade por ti do outro é tanta, que até atura o gostinho podre de azedo?
Não, definitivamente não compreendo esta lógica. Lembrem-se que eu comprei a melancia sem saber que a coitada estava podre e encarei mesmo assim. Tudo bem, tudo bem. Não foi só em respeito à frutinha, mas sim ao meu dinheiro, a falta de coisa melhor e talvez o gostinho de não dar o braço a torcer pro caloteiro fdp do Jacinto Cearense. Mas o fato é que, em se tratando de gênero humano, não podem me acusar de falta de dedicação as minhas conquistas.
Mas atire em mim aquela pedra que você tem aí guardada se um dia também não foi melancia. De repente, a gente perde o valor por falta de clima! Ahhhhhh!!!!!
Quando nos deparamos com este problema na vida, a situação é bastante complicada. Sim, estou acusando um pouco a velhice. Quem arrastava um caminhão pela gente, hoje não arrasta mais nem um skate. Geralmente a falta de valor que as pessoas lhe dão neste período acaba por contaminá-lo de tal maneira que até Roberto Carlos, em situação semelhante, pararia de pensar que é rei... E a gente acaba se contentando com o papel de súdito em reinado brega.
Mas tudo pode ficar pior. É aquela fase da evolução do pensamento na qual tudo vira culpa tua e dos teus excessos - cabelo oleoso, espinhas, magreza, gordura, baixa estatura, nariz torto e hálito duvidoso. Não, não pareço com o Corcunda de Notre Dame. Sou inseguro mesmo.
Tenho impressão, às vezes, que se a fraqueza deste momento for muito duradoura, ele fica tão extremo que se pode chegar a fazer muitos tipos de besteiras - entre as menos pesadas, implorar pelo carinho do usurpador que te descartou. E tudo por quê? Por quê?
Porque eu adoro melancia no inverno quando eu não as posso ter. E as odeio no verão quando elas pipocam em qualquer moita. E como melancia podre por ser cabeça-dura. Ou seja, por inconseqüência humana mesmo. Quando eu encontro alguém perfeito que tomará o lugar da falta de melancia no meu inverno, e que será o Amargol para elas no meu verão, prefiro ir atrás da cereja do bolinho. E o pior é que fazem isso comigo também. Sei lá, talvez eu tenha que comer mais salada de fruta.

segunda-feira, 23 de outubro de 2006

Novamente iniciando os trabalhos....

Bom......
Estamos ai....!
Esta é minha segunda tentativa de ter um blog.....ou pelo menos, tê-lo e mantê-lo.
Vamos ver se dará certo. Para isto tenho que ter tempo, inicialmente para aprender a futricar nisto, segundo, para postar....(quem me conhece sabe....tempo e disponibilidade não são exatamente o meu forte...)...
A principio postarei mais sobre este meu período de transição....(alguns especialistas no assunto chamam de "crise dos 25"...)...

"Cafunés,
Geral do Grêmio,
Insônia,
Psico-terapia,
Inverno,
Incertezas,
Linda,
Chimarrão,
Auto-menosprezo...

...Saudades de mim.... "

Bjos a todos!