segunda-feira, 27 de julho de 2009

Fantasias masculinas... só masculinas...?

Estes dias, durante uma visitinha rotineira aos meus sites diários de noticias, deparei-me com uma lista que falava sobre os 10 maiores filmes pornôs da historia.
Minha cultura masculina sobre o assunto não é nada anormal, pois sou como todo homem, já assisti a alguns filmes destes na minha vida, mas não sou consumidor voraz de pornografia. Não dependo dela de maneira alguma.
O que mais me chamou a atenção na tal lista foram as sinopses destes dez filmes, os assuntos que os mesmos tratavam. Qualquer pessoa me diria que o que menos interessa num filme pornô é a história. Ledo engano.
O enredo de quase todos eles dizia respeito a fantasias masculinas comuns e recorrentes, como o envolvimento com a cunhada, com a prima, com a chefe, com a namorada do melhor amigo ou a melhor amiga da namorada. O homem assiste e se identifica diretamente com a historia em si. Receita de sucesso.
Em comum entre todos os enredos há o fato de que tais envolvimentos sexuais na vida real são quase impossíveis de acontecer, convenhamos. Fora aqueles homens - mentirosos - que juram que já comeram a chefe ou a empregada gostosa, praticamente nenhum conseguiu satisfazer estes tipos de fantasias. Nos filmes pornôs, os atores fazem justamente o que todo homem sempre quis fazer: são atacados enquanto dormem pela cunhada insaciável que arde de desejo por eles, comem a melhor amiga da namorada no banheiro da festa, e por ai vai... eles encenam a satisfação do desejo de todos que por ventura estão assistindo.
O que o tal site fazia questão de mencionar era que os dez filmes foram eleitos por votação masculina e feminina. Na tradução mais superficial que fazemos, chegamos a conclusão que obviamente elas também se interessam e assistem a filmes pornôs. Na tradução que exige um pouco mais de percepção – e coragem – concluímos que elas também se identificam com a história.
Confesso, sem citar quais, que já tive e ainda tenho alguns destes sonhos sexuais não realizados. Até ai tudo bem, pois todo homem os tem. O que preocupa é que todo homem como eu evita imaginar que... sua mulher também os tenha.
Do mesmo modo que tu fantasias com alguma amiga, ela também fantasia em fazer sexo com o melhor amigo. Do mesmo modo que tu te vês na cama com a tua cunhada quando fecha os olhos, ela também arde de desejo pelo cunhado másculo. Da mesma maneira que tu desejas a babá dos teus filhos, ela também é louquinha para ir para cama com o teu colega de serviço. Quando ela vê o ator fazendo sexo com a chefe tarada, ela se identifica com o papel da chefe, imaginado que o ator da cena é o seu empregado da vida real, e gosta.
Praticamente mulher nenhuma admite isto, do mesmo modo que homem nenhum procura pensar que isto é possível. E todos continuam felizes assim. Tá super certo. Concordo. Louco sou eu de tocar em tal assunto.
Mas pense bem: enquanto tudo não passar de sonho e fantasia estritamente pessoal e particular, ninguém se machuca. Temos de admitir que parar de fantasiar ninguém consegue, por mais apaixonado(a) que esteja por seu cônjuge, mas é de desejo geral que ninguém saia ferido por conta destes desejos íntimos.
Portanto guarde só para si os teus pensamentos libidinosos. Tirando alguns casos raros de sujeição a trocas de casais ou envolvimento consentido de uma das partes com algum terceiro(a), a maioria sente dor ao constatar que a pessoa amada quer sexo com outra. E isto é perfeitamente normal. Imagine então a dor que se sente quando esta fantasia é colocada em prática pela companheira(o).

Continuem assistindo aos filmes da tal lista e enriquecendo os seus produtores. É saudável fantasiar com o que é encenado pelos atores e atrizes nos mesmos.

Saudável sim, pois a realização de tais fantasias implicaria no fim da felicidade conjugal neste mundo...

O medo da máscara...

Costumo ser mais resistente ao frio. Mais do que isto, costumo alardear por ai que gosto muito mais do frio do que do calor, o que não deixa de ser uma verdade. O frio me é mais confortável, o único problema dele são as doenças.
Todo inverno eu pego uma gripe daquelas. Já é esperado. É como se fosse certo que todo julho eu passe alguns dias em casa de molho, repousando e me recuperando. Dias de folga já contados no calendário.
Semana passada inteirinha fiquei deitado na cama, coberto por no mínimo quatro cobertores e edredons, tomando chazinho, um batalhão de remédios e vendo televisão. Não posso dizer que é bom este tempo ocioso, é extremamente entediante, como também não posso dizer que é de todo ruim, pois quem não gostaria de ter alguns dias para dormir sossegado, sem hora para acordar ou ao menos realizar as tarefas diárias. Mas este ano foi diferente.
De surpresa, amanheci no sábado passado com uma febre ardente a ponto de não conseguir caminhar em linha reta. Junto dela vinha uma tosse seca tenebrosa, dores musculares e calafrios incontroláveis. Acordei meus pais e anunciei: - “Preciso ir ao hospital, estou com todos os sintomas de gripe A”. Confesso que tive medo, tanto por mim quanto pelos outros lá de casa.
Logo quando cheguei ao local de atendimento, eu não sabia, mas fui apresentado a minha fiel companheira dos dias seguintes, a máscara.
Pessoas e mais pessoas as usavam também. Todas tossindo, olhares abatidos pela febre, preocupados por conta do que vem sendo amplamente divulgado na mídia: morrem cada dia mais pessoas por conta da tal gripe.
O atendimento demorou e o frio era intenso. Quando finalmente fui atendido, exames variados me foram requisitados para àquela hora mesmo, hemograma, raio-x torácico... percebi que a tal preocupação não era só minha.
Após quase um dia inteiro, fui liberado do hospital diagnosticado com Traqueobronquite, e com a recomendação de que observasse a evolução do quadro, pois a possibilidade de contagio pela Gripe A não estava descartada.
A preocupação dos próximos dias foi grande. A febre não abaixava, pelo contrario, a cada dia as medições acusavam alta gradual, e a tosse... bom, a tosse continuava terrível.
Obriguei-me a consultar outros médicos em outros postos de atendimento, atrás de diagnósticos que me dessem previsão de melhora. O que aconteceu na verdade, foi algo muito ruim, ligado à doença sim, mas não a suas complicações físicas.
A cada local que transitava com a tal mascara, as pessoas me encaravam como se criminoso fosse. Eu via medo em suas expressões, algumas delas até se afastar afastavam. Enquanto caminhava em algum corredor, por exemplo, pessoas se chamavam mutuamente a atenção, e me liberavam os caminhos como sinal de apavoramento. Quando me sentava, os lugares ao meu lado vagavam tão rapidamente que eu não conseguia nem ver os rostos das pessoas que ali estavam sentadas, como conseqüência as mães afastavam seus filhos de perto. Tudo por conta de uma máscara.
A gripe A não me pegou, Graças a Deus. Exames comprobatórios me foram solicitados, e todos eles acusaram um simples problema respiratório. Antibióticos durante a semana já me curaram de tal problema, e poderei comemorar/bebemorar meu aniversário tranqüilo.
O que ficou de ruim foi a péssima impressão causada pela reação das pessoas frente ao uso da máscara. Não sei se chegou a ser uma discriminação, mas que o sentimento de medo delas para mim não foi gostoso, não foi.

Esta simples sensação de alguns minutos me fez cair por terra e analisar o quanto quem é verdadeiramente discriminado sofre. Olhares se transformam em ataque deliberado, simples atitudes viram demonstrações de desprezo e afastamento. Tu te sentes minimizado, menosprezado, injustiçado. É o que há de pior, acredite.
Eu não estava doente, apenas usava uma máscara, as pessoas não sabiam e isto me causou um problema social.

E quem é atacado por alguma característica ou deficiência física...? O que sofre...?

Pense sobre o assunto.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

O maior invento da história...

Hoje escrevo sobre o que de melhor foi inventado na historia. Mais especificamente no início dela.
Motivado pela beleza da criação, me baseio em seus efeitos na nossa vida cotidiana para descrevê-la, pois tudo se abrilhanta, muda, melhora e se torna especial na presença dela.
Difícil descrever. Digamos que, quando a mesma se torna presente, os cheiros, as cores e as energias do ambiente em que se insere sofrem mutação. Alguns não conseguem parar de admirá-la, outros se condenam por não te-la em posse, e ainda há aqueles que a desejam com tanto ardor que sofrem com sua influencia por algum tempo. Particularmente, me defino como um eterno apaixonado por suas nuances e características próprias. Mas para que possa expressar-me melhor, faço sua definição.
Tudo o que nós homens (gênero masculino) fazemos diz respeito a ela. Ela sempre é o objetivo final. Morremos de tanto trabalhar por ela, enriquecemos por ela, estudamos por ela, escolhemos nossos carros pensando nela, nos vestimos e nos interessamos por moda única e exclusivamente por conta dela. A vaidade masculina então, em sua totalidade, é focada nela.
O invento representa tudo de mais gostoso e prazeroso que existe. É simplesmente o auge, a conquista, o foco, o que há de mais importante. Quando a sua possível “posse” se encontra na jogada, o resto vira ator coadjuvante (talvez até figurante).
Tu talvez penses que falo sobre sexo.
Não, não falo.
O sexo em si poderia ser definido perfeitamente por todos estes adjetivos supracitados, mas sinceramente, o invento ao qual me refiro não se define apenas por ele, mas sim por um enorme conjunto de fatores e variantes ao qual o prazer carnal apenas se inclui. O tal invento é tão único, tão especial e de uma criatividade tão absurda, que nem mesmo eles, o inventor e o próprio invento, podem mensurar e entender.
Existem duas grandes teorias que dissertam sobre a concepção do mesmo. A primeira delas diz que há uma evolução que durou e ainda dura milhões de anos, e que o passar do tempo foi lapidando e aperfeiçoando todos os detalhes e acabamentos. A segunda já diz que o tal invento é o molde Divino de uma simples costela masculina. Imagine se a matéria prima fosse de melhor qualidade.
Tenho uma tendência cultural e religiosa a acreditar na segunda teoria, mas além destas tendências, o fator que mais me leva a dar crédito na criação Divina é que, uma obra tão enigmática e ao mesmo tempo tão perfeita, só pode ser uma obra de Deus...
Sim, eu falo das mulheres.
Só Deus pode as ter inventado. Só alguém com os seus poderes para criar este ser tão apaixonante e único. Vocês sim mulheres, são o perfume e o brilho deste mundo. O que há de mais especial.
O auge da genialidade Divina.
Esta genialidade é facilmente percebida no fato de que nós homens, além de sermos seres diferentes e até inferiores em alguns aspectos, somos facilmente encantados e enfeitiçados pelos trejeitos femininos, seus detalhes e suas características aparentes ou não. Todas vocês tem os poderes da figura lendária da Sereia, pena (alguns de nós homens diriam que é a nossa sorte, senão estaríamos perdidos) que algumas não se deram conta disto.
As mulheres são tudo. As mulheres são a personificação da obra Divina na terra.

Não quero transformar este artigo em um texto religioso, mas é importante que uma pessoa que como eu, que tem fé, agradeça a Deus pela dádiva concedida de ter a possibilidade de nos relacionarmos em carne e sentimento com as mulheres. Digo e repito: não há nada de mais importante e prazeroso do que esta convivência, homem nenhum há de negar.
Admitamos: Entre tantas outras coisas, as mulheres nos concebem, nos criam e nos educam. As mulheres nos dão prazer e carinho. As mulheres nos socorrem, nos ajudam e se preocupam. Nos compreendem em nossos defeitos e ainda por cima... tem a capacidade de nos amar.

Até mesmo este amor só tem sentido se compartilhado... até ele torna-se sem nexo, nulo ou até mesmo inexistente sem a presença ou influencia do “invento”...

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Escrever rima com amar...

Por vezes gosto de ler o que escrevi nos últimos anos. O que se conclui colocando em prática esta atividade surpreende a mim e a quem me acompanha desde então.
Na vitrine, fora os temas abordados que quase sempre diziam respeito ao momento em que os escrevi, o que me salta aos olhos são as evoluções que obtive em momentos específicos, gritantes logo após longos períodos de tempo de completa falta de inspiração.
Costumo não me pressionar durante os dias de cabeça vazia, me dou liberdades totais relativas ao ato de escrever, inclusive quando ele não está em prática. Não me cobro de jeito nenhum, até porque sei que uma hora a inspiração sempre volta.
Explicação para os brancos...? Não tem. É involuntário e desproposital. Só sei que acontece, e que quando deixa de acontecer, volto escrevendo diferente e muito melhor.
O hábito de colocar as minhas idéias na tela funciona para mim de maneira igualitária com relação ao sentimento que tenho pelas mulheres, sinceramente. Várias são as semelhanças entre as performances que desempenho na minha vida amorosa e frente a este teclado. Inclusive os períodos de reclusão involuntária.
Entre os meus grandes amores aconteceram lapsos temporais de total isolamento emotivo, foram nos mesmos que me organizei e me permiti ter algo novo e excitante ao lado de alguém. Sempre vim à tona capaz de amar mais e melhor. Quando fico sem escrever, sem perceber acabo me libertando de velhos hábitos e rotinas que estavam em prática, e voltando completamente limpo à ativa, capaz de escrever mais e melhor.
O grande ímpeto que tenho ao não conseguir organizar minhas idéias é tentar com fervor, sem qualquer resultado. Em comparação óbvia, quanto mais eu tento achar alguém para amar, menos eu consigo.
Não me arrisco em dizer que sou tão bom amante quanto escritor, até porque não me considero um bom escritor. Arrisco-me sim ao comentar-lhes que me preocupo, tanto com a falta de inspiração quanto com a falta de um novo amor.
A maturidade de quem escreve aflora quando este supera, através de técnicas particulares e completamente desenvolvidas de maneira autodidata, os períodos de vazio mental, maturidade esta que permita superar este empecilho em todos e quaisquer momentos.
Maturidade no escrever.
Talvez a minha maturidade emotiva chegue quando eu souber me manter ao lado de alguém através de técnicas particulares de domínio sobre o que se sinto, que me levariam a amá-la em todos e quaisquer momentos.
Maturidade no amar.
Escrever não é só digitar. Amar não é só se apaixonar. Escrever não é só saber externar o que se sente e o que se pensa. Amar não é só saber externar o que se sente e o que se pensa, mas sim aceitar que outra pessoa também tenha este direito.
Ensinaram-me certa feita que o escritor de sucesso atrai o leitor através de palavras que ambos pensam, vivem e sentem, mas só ele percebe e sabe colocar no papel. Não me ensinaram ainda que talvez o bom amante pense, viva e sinta, mas só assimile o que ambos os cônjuges concordam o que há de se assimilar.
O bom escritor ama as palavras, mesmo que ambos não convivam bem em determinados momentos.

O bom amante tem que aprender a amar outra pessoa...

... mesmo que da mesma maneira, ambos não convivam bem em determinados momentos...