segunda-feira, 15 de agosto de 2011

O romântismo, o platonismo e o facebook

Existem certas coisas que fazem parte de nós desde que nos conhecemos por gente. Independente de onde vieram, se por influência da criação, do contexto ou pura genética, algumas características de personalidade nos são tão naturais quanto a cor dos nossos olhos.

Nunca neguei, sou sim um romântico inveterado. Confesso que na maioria das fases de minha vida, cheguei até a negar possíveis relacionamentos casuais por pura falta do tal romantismo no processo. Digamos que o conhece, bimba e vai embora nunca foi o meu forte. Alvo de criticas por conta desta diferença de gostos (priorizar o coração de uma menina em detrimento da bunda e dos peitos), sempre fui incompreendido por amigos e amigas que tentavam (e ainda tentam) a todo custo me apresentar simples parceiras de cama. Mas como todos sabem, defendo piamente que todo homem tem sim, o direito de dizer não quando ele assim o desejar. A era da obrigação de comer já passou, e se tu ainda dependes disto pra te sentires mais homem, te considere ao mínimo um atrasado.

Amor com sexo, sexo com amor, sexo e amor. Já viveram e por vezes ainda vivem em separado na minha rotina, mas para mim, qualquer um deles funciona muito melhor quando um complementa o outro. E é esta combinação que busco incessantemente fazer.

Óbvio que tive e tenho todas as características masculinas de ser: sinto-me atraído sexualmente por mulheres bonitas assim como todos os outros, inclusive andando na rua, claro. Tudo igual. Mas digamos que o meu romantismo determina inclusive que tipo de mulher eu me atraio sexualmente. Vamos lá, em definição a mais objetiva possível: digamos que sexualmente falando, eu prefira muito mais as princesinhas encantadas como Isis Valverde e Nathalia Dill do que as mulheres fatais como as panicats. Quero e gosto de me relacionar muito mais com as mignonzinhas românticas do que com as boazudas. Nego as segundas para ficar com as primeiras (não quer dizer que as nego sempre...). E mais uma vez sou chamado de louco pela maioria dos homens neste caso. Como pode um macho alfa como eu gostar menos das gostosonas unânimes do universo masculino do que das namoradinhas do Brasil? Como pode um homem saradão gostar mais das que impõem dificuldades sentimentais do que daquelas que querem dar sem qualquer tipo de compromisso e demora?

Questão de prioridades, gostos e valores. Acredite, nem todos os homens são iguais.

Mas quem disse que hoje estou aqui para falar de apenas uma característica minha?

O segundo aspecto que trago a tona é o de ter sido platônico a minha vida inteira. Sempre tive paixões platônicas calcadas na distancia e no voyeurismo escondido e velado. Quando novinho, na minha pré-escola, era apaixonadinho por uma menina de olhos claros e cabelos enroladinhos que ia para aula com chuquinhas enfeitadas pela mãe. Ficava admirando em segredo durante o recreio e sempre procurava estar por perto quando a mesma precisava nem que fosse dum lápis de cor emprestado. Anos e mais anos após, esta mesma figurinha meiga se transformou numa das maiores atrizes pornô que este país já teve (sério!). Fez cenas com mais de 50 atores ao mesmo tempo. Ela nunca soube da minha paixão infantil e claro, nunca mais irá saber, pois a sua figura hoje até pode ser motivo de excitação para a maioria dos homens, mas para mim, não mais.

Hoje em dia tenho meus platonismos, claro, e o mais marcante é virtual. Já que o facebook se transformou numa parte da minha rotina diária, existe dentro deste universo cibernético uma pequena que me encanta os olhos e não sabe.

Respeitando todas as características físicas que me atraem, muito bonita e aparentemente romântica, e sendo também alguém que nem ao menos conheço mas vive aparecendo na minha frente (nas atualizações dos meus contatos), ela consegue unir os dois elementos cernes deste texto. É sim a representação do tipo de mulher que gosto de me envolver e que também talvez nunca vá saber disto...

... mas não por falta de vontade...

Tal texto hoje, escrito num início de madrugada de domingo para segunda, é inspirado e dedicado a ela, a ilustre desconhecida. Saibas que sim, tu és tão linda que chega a doer, e que teus olhos por vezes claros, por vezes escuros, não escondem o quanto és sim, romântica como também sou. Hoje escrevo pra dizer-te que apesar de ser à distância, existe sim alguém que te cuida e te olha inocentemente...

... todos os momentos que adicionas alguém ou mudas o teu status. Hehehe...