segunda-feira, 30 de abril de 2007

Pra brincar com o "fofuxo" paga mais...Parte II - Final

- Pra se divertir com o "fofuxo" paga mais senhor...
- O que? Eu tenho que pagar para trocar o pneu do "fofuxo"...?
- Onde o senhor vai tocar nele, eu não sei e nem quero saber, mas o preço eu tenho que cobrar. Ou paga agora, ou paga na saída, como é o usual.
- Como assim "onde que o senhor vai tocar nele"?
- É. No pneuzinho. Que no caso dele nem é "pneuzinho". É um baita "pneuzão"!
- NÃO! PÁRA! PÁRA TUDO! TU NÃO TÁ ENTENDENDO NADA!
- Então o senhor me faça o favor de explicar.
- Aquele rapaz gordo me chamou aqui apenas para ajudá-lo a trocar o pneu. O pneu do CARRO DELE. Ninguém vai entrar no quarto e fazer "coisinha"...
- Ah tá. Então o senhor só vai lá ajuda-lo a trocar o pneu do carro?
- Claro né! Ou tu tava achando que eu... eu e o Gordinho...
- Mil perdões Senhor. - Extremamente ruborizado...- Realmente eu havia entendido errado. Mas também... ele ficou aqui vestido só com um hobbyzinho rosa esturricado, perguntando como que tava o movimento da noite, o que eu fazia nos outros dias, que hora eu saia, etc...
- Ta ok. Não quero ouvir a tua explicação - Falou, Puto da Cara, óbvio - apenas me deixa entrar vai...
- Por Gentileza Senhor. Tenha a bondade. O Numero do quarto é 410.

E lá se foi o Marcelo, ajudou o "fofuxo" a trocar o pneu do carro (claro que ele ainda estava vestido apenas com o hobby rosa, e o chinelinho Havaianas do motel), e enquanto fazia isso, tentava baixar o nível de raiva e ódio...
Na hora de ir embora, ele se despede do Paulo com apenas um "Me deve uma...", mas pensa o que poderia fazer para se vingar do "Severino".
Logo na portaria, ainda com a porta de entrada do motel fechada, o maldito do porteiro puxou assunto, tentando amenizar o erro, e o consequente constrangimento cometido.

- E ai Senhor. Tudo certo? Conseguiram trocar o pneu?
- Conseguimos...
- Tudo certo então...?
- Tudo...
- O Senhor ficou bravo por eu ter achado que o Senhor era... era...?
- Fiquei...
- Então o Senhor vai reclamar com a gerência...?
- Não. Não vou. Isso se tu fizeres um favor...
- Qual Senhor? Faço o que o Senhor quiser.
- O que eu quiser...? - já falando com um assento, digamos assim, "mais feminino".
- É. O que o Senhor quiser.
- Libera a "porta da saída" - falou isto com aquela carinha maliciosa de libélula... - pra mim agora?
- Como assim "Porta de Saída"...? O Senhor tá achando... achando o que... que eu sou... ?
- Hehehe...Viu como é bom?
- O Senhor tá fazendo confusão. Eu não quero dar o meu...
- Ta, pára por ai! - Interrompendo - Eu só quero a porta do motel aberta pra poder sair. Não a tua!

E se foi embora com o gostinho bom de vingança na boca...

sexta-feira, 27 de abril de 2007

Pra brincar com o "fofuxo" paga mais...

Outra da dupla:

O Paulo foi ao motel com a guria dele (Bom... pelo menos era na época...).
O Marcelo, como melhor amigo que é, sabia onde ele estava e com quem.
Mas o engraçado foi o transcorrer dos fatos... ai vai:

Enquanto o Paulo tinha saído, o Marcelo foi na academia, foi jantar, e resolver mais alguns assuntos pendentes. Após isto, foi para casa a fim de descansar. Quando já estava quase dormindo, toca o Cel. Phone. Era o Paulo.

- “Marcelo! Tu ta acordado?
- To velho. Porque?
- Porque eu to aqui no Motel ainda, e o meu pneu furou...
- Ta e porque tu simplesmente não troca?
- Porque o estepe ta vazio! Tu vai ter que me trazer o teu.
- Putz...! Faz o seguinte então, quando eu estiver chegando te dou um toque, tu vai na portaria pegá-lo, eu te entrego, tu entra, troca, eu fico te esperando do lado de fora pra ver se tu precisa de ajuda.
- Ta, combinado. Tu vens agora?
- Já to saindo.
- Ok. Te espero.”

Chegando lá, segundo as palavras do próprio Marcelo. O susto foi grande.

- “Lembra que eu tinha dito pra ele me esperar na portaria?” – Me contando.
- “Lembro claro.
- Pois é. Ele tava na portaria. De HOBBY e CHINELINHO.
- AHAHAHA...!
- Detalhe. Foi antes dele emagrecer, ou seja, ele tinha 160 KILOS!
- AHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA...!
- Tava ele ali, nem se prestou a se vestir, trovando com o porteiro no guichê, me esperando.
- E tu fizeste o que?”

Reprodução do dialogo dos dois:

- “Paulo! Tu és louco! Vai te vestir Tchê!
- Para Guri! Eu sou a atração do motel.
- Meu Deus! Que horror! Esta barriga toda abrigada neste hobbyzinho rosa bebe...
- Ta Tchê! Para de trovar e me dá o pneu.
- Ta bom. Mas se tu precisar de ajuda, eu to aqui fora. Só me dá um toque quando tu terminar?
- Ta, dou. Valeu.”

Agora vem o pior de tudo, o telefone toca:

- “Marcelo, eu preciso de ajuda. Não estou conseguindo colocar a roda, a furação é diferente.
- Putz! Ta, já to entrando!”

Marcelo fechou o carro e dirigiu-se a portaria, a pé mesmo. Chegando no guichê ele fala para o porteiro:

- “Tchê! O Gordinho aquele me ligou dizendo que está precisando de ajuda lá dentro. Posso entrar para ajudar?
- Tu queres ir lá ajudar ele? – Pergunta o porteiro, fazendo cara de desconfiado, obviamente já entendendo errado...
- Quero. Ele me ligou dizendo que tava precisando.
- Então tá! Cada um cada um... mas cada pessoa adicional é 40 reais.
- Como assim 40 reais?
- 40 reais Senhor. Se o fofuxo não consegue dar conta do recado, derrepente a coisa dele é outra – falou fazendo cara de malicioso - afinal de contas ele ficou meia hora aqui puxando assunto só de hobby, para ir lá aproveitar com ele no quarto, o Senhor terá que pagar 40 reais...”

quinta-feira, 26 de abril de 2007

Esta vou ter de escrever. O Paulo acabou de mandar mentindo dizendo que foi ele quem disse pruma amiga dele. Mentira. Eu já tinha lido no site do "Tiozinho do Banheiro". Mas tá valendo:


Pergunta: "Tiozinho, situação, eu namorei por anos uma gata, só que a coisa foi se perdendo a graça, nos separamos eu entrei em outro relacinamento e ela tbm, só que voltamos a nos ver e as noites estão sendo maravilhosas o problema é que não rola mais nenhum sentimento a não ser tesão, e alem do mais gosto muito da minha nova namorada... por favortio me d uma luz!"

"Osram 127V 60W. Em promoção no Carrefour até sábado. Corra."

O Pardal

Todos os que moram no Vale do Rio dos Sinos sabem que entre São Leopoldo e Sapucaia, na saída da famigerada “Estrada do Matão”, existe um pardal gentilmente instalado pela Prefeitura de Sapuca City para multar os motoristas mais desavisados, que claro, sempre voltam da Unisinos por ali.
Mas eu quero lhes contar uma historinha...
Alguns anos atrás, o Paulo e o Marcelo estavam voltando de uma festa em São Leopoldo. Estavam ambos no carro do Marcelo, mas quem estava dirigindo era Paulo, pois o mesmo estava sóbrio, ao contrario de Marcelo estava mais encharcado de cachaça que limão de caipirinha. Pois bem... é ai que se deu o causo.
No caminho de volta, o Marcelo estava bebendo uma Long Neck (como diz o próprio: “Long Net”), sentado no banco do carona, com o braço para fora segurando a garrafinha, quando, com a língua bastante enrolada, ele diz:

- “Paulo! Passa mais devagar que eu vou jogar esta garrafa naquele pardal FDP...!
- Tu és louco Tchê! Tu vai quebrar o bagulho! É capaz de tu acertar!
- E tu acha que vou conseguir acertar! São cinco horas da manhã e eu to mais Bêbado que o Tinto!
- Ta bom.”

Foi justamente quando o Marcelo com os olhos “jojados” quase fechados, simplesmente joga a garrafa para cima, incrédulo de que poderia acertar algo. Mas os caminhos do destino fazem com que ela suba, suba, suba... e caia justamente encima do tal pardal, quebrando-o em mil pedaços, fazendo barulho e acordando a cachorrada da vizinhança, enfim... acabou por acontecer o maior alarde possível.
Neste momento, o Marcelo, apavorado com a situação, grita:

- “Paulo! Rápido! Acelera e foge...!
- Não posso Velho, não posso!
- Porque tu não podes Tchê!? Eu acabei de quebrar o pardal! Se nos pegam a gente vai preso!
- O que tu prefere? Ser preso ou multado?
- O que tem a ver? Como assim?
- Se eu acelerar, o Pardal que tu quebrou vai me multar por excesso de velocidade...”

terça-feira, 24 de abril de 2007

Será...que é uma boa idéia...?

Uma pessoa muito querida me disse:

- “Porque tu não transforma o Paulo em uma Velhinha de Taubaté...?”
- “Nunca!” – Respondi.

Primeiro porque o Paulo não é velhinha, ele é um cara de 25 anos que pode ser até meio feio, mas nem tanto a ponto de comparar com uma velhinha em traços simples. Segundo porque ele não é de Taubaté, ele é de Esteio Rock City mesmo. Terceiro porque eu sou eu, não sou nem nunca conseguirei ser o Veríssimo...
Mas pensando bem...será que o Paulo funcionaria como personagem? Será que eu conseguiria manter o interesse de suas histórias? Não sei.
Só sei que tenho um estoque gigante de situações que posso escrever.
Não sou escritor. Sou muito inexperiente. Mas consigo fazer um meche...
Agora, arcar com um personagem, suas histórias, seus pensamentos, seus anseios e desejos, problemas, duvidas, suas situações clássicas (pérolas, verdadeiras pérolas. Tanto vividas quanto faladas...), não sei se consigo.
E agora... minhas duvidas maiores: ele seria um cara feliz ou um sofredor? Que face eu mostraria mais? Será que optando por transcreve-lo de maneira fiel, eu conseguiria escrever com competência sobre alguém? Enfim... o que eu colocaria no papel?

Viu. Já mudei do “nunca!”, para um:

“Hummm... talvez...”

quinta-feira, 19 de abril de 2007

A falta de vergonha do Paulo

Gosto de assistir TV de madrugada quando me dá insônia. É algo que faz passar o tempo, e sempre acabo assistindo algo muito interessante, que me faz chegar no serviço comentando.
Ontem por acaso, não foi diferente. Sou curioso pelo universo feminino, então quando não consigo assistir no horário, assisto as reprises na madrugada. O nome do programa é “Saia Justa”, e passa no GNT.
Um dos assuntos em voga era a vergonha. Simples assim. A vergonha. Sem nenhuma firula e rodeio. As apresentadoras disseram as suas experiências próprias e tal, mas o que me chamou atenção foi outra parte.
É claro, sempre há as reportagens de rua, onde as pessoas são questionadas sobre o assunto, e duas pessoas mereceram uma boa risada. A primeira foi de um rapaz que disse se envergonhar apenas em uma situação: quando ele é pego na sinaleira enfiando o dedo no nariz (quem nunca fez isso?). E a outra foi de uma senhora idosa, que disse que estava envergonhada com aquela câmera enfiada na “fuça” dela.
Na minha opinião, a vergonha é uma forma de controle social, e que consiste de estados emocionais e até fisiológicos (quem nunca se envergonhou quando a barriga ronca bem no meio de uma sala cheia de gente em silencio?) é um bando de comportamentos variados, induzidos por situações de desonra, desgraça e condenação. Se tu fores pensar um pouquinho mais adiante, a vergonha é justamente o nosso freio de mão, é o que segura, é o que faz a gente derrapar na curva. Conceituando melhor, a vergonha é como se fosse a emoção que mostra que temos limites, que somos finitos.
No meu caso, o que me incomoda é quando me envergonho a mim próprio. Isto é altamente conectado com a questão das crenças, pois vergonha tem a ver com autocondenação, com algum tipo de autoflagelo. Por exemplo: digamos que tu perdes algo, e esta perda te faz pensar que tu sempre perde, ou seja, que tu és um perdedor. Em um pensamento simplista, tu passas a ter vergonha, pois achas que as pessoas te julgam igualmente como perdedor. Na verdade, isto é apenas uma questão interna de avaliação. O problema é que tem gente que perde até a dignidade depois de uma situação vergonhosa, principalmente quando crianças, que são extremamente vulneráveis à formação de uma identidade de vergonha própria. É a maneira como somos criados as vezes, como somos educados.
Leiam esta definição: “Enquanto a culpa é um sentimento doloroso de remorso e responsabilidade pelas ações que foram tomadas, a vergonha é um sentimento doloroso sobre alguém enquanto pessoa”. Inclusive nós mesmos. Temos vergonha não por algo que fizemos, mas sim por algo que somos, ou demonstramos ser através de alguma atitude.
Penso também que existe vergonha social, ou comunitária. Raciocine: quem nunca teve vergonha do Brasil, por algo que aconteceu que explicitou algum grande defeito nosso? Vergonha do seu time ter perdido de maneira tão feia no final de semana? O Paulo passa por isto sempre. Ele odeia ver o Inter perder. Quando isto acontece, ele chega a esconder dos outros que é colorado. Vê se pode...
Esses dias ele passou por uma situação que quase me fez mijar de tanto rir.
Nas palavras dele:
- “Pia! Pensa em mulher gostosa. Pensa. Agora multiplica por Três! Era ela. Eu tava caminhando na rua agora, e lá vinha ela no sentido contrario... passos firmes, pernas firmes, uma bundinha que vi uma hora que ela parou e se virou... benzadeus!... nunca vi igual...
Ela vinha na minha direção, de óculos escuros, seios fartos apontando para cima, cabelo escuro, ondulado. Pensei logo comigo:
Será que esta mulher daria bola para um reles mortal como eu? Olhei para mim. Estava super mal vestido, barba por fazer, precisava até de um banho. Me senti envergonhado. Então quando ela estava quase cruzando comigo, escorregou e caiu! Plof! Foi de boca no chão”!
- “Ahahahahaha...!”
- “Olha só! Quando ela caiu, caiu de bunda pra cima...e a saia levantou...”
- “Putz”!
- “A calcinha dela era um fio dental vermelho...deu pra ver tudo...me deu até um troço na hora que vi...
O pior que nessa de olhar pra bunda dela nua virada pra cima, ela me perguntou – É bonita? – e eu fiquei sem resposta! Apenas olhando!”
- “ Tu te esqueceu de ajudar ela o animal!”
- “Justamente tchê! Olha a vergonha que passei! Fiquei olhando pra bunda dela e esqueci de ajudar a levantar! Ela se levantou sozinha e foi embora puta da cara!...AHAHAHAHAHAHA!”

segunda-feira, 16 de abril de 2007

Exposição (des)necessária

A maioria das pessoas que lêem este blog comenta-me sobre o que escrevo, mas pessoalmente, cara-a-cara, face-a-face e olhando nos meus olhos. E isto sempre foi um pedido meu. Nunca comente nada por aqui. O mínimo que peço é usar e-mail ou telefone, e acredite, muita gente usa.
Ta, mas as pessoas passaram-me a perguntar também quais são as razões. O porque de tamanha descrição, seriedade e não-exposição. A resposta certa seria: “Porque não!”
Mas como “porque não” não é resposta... preferi explicar.
Antigamente eu até fazia, mas todos já devem ter notado que não escrevo mais nada sobre meu cotidiano e nem minha vida pessoal. No máximo minhas impressões e comentários sobre assuntos em geral. Se fores mais além constatará que evito escrever algo sobre os outros também (tirando o Paulo, mas o Paulo é uma história bem longa... vai até onde o limite do físico/metafísico/invenção/realidade não é lá muito definido).
A exposição não me fascina, nem muito menos me atrai. Quem me conhece sabe que nem Orkut tenho. Não gosto que as pessoas fiquem sabendo do que faço, de quais festas vou, para onde fui, com quem sai, com quem estou falando e nem muito menos me relacionando.
Se tu fores pensar, dependendo do quanto tu meches e futrica no tal, até teu estado de espírito deixas explicitado através das tuas comunidades.
Ai estes dias me disseram: “Mas tu podes criar um perfil falso. Ai tu poderás saber da vida de todos sem que ninguém perceba, ou procure saber da tua”.
Poderia ser feito... mas ai entra outra questão que envolve meus valores básicos.
No momento odeio, simplesmente odeio ficar sabendo da vida dos outros. Se na minha já é difícil entender o que acontece, imagina na dos outros então. Acredite se quiser, mas depois que cancelei meu perfil a mais de ano atrás, nunca mais nem entrei para dar uma olhada. Simplesmente esqueci que existem perfis alheios, ou melhor, que existe este site de relacionamentos.
Sim, é uma maneira de deletar lembranças ou pessoas da memória. E digo mais...funciona. Havia pessoas que hoje não existem mais. E continuarão sem existir.
Mas voltando a questão cerne.
Posso até comentar às vezes que fiz tal coisa, vi tal filme, escutei tal musica, li tal livro ou fui a tal peça de teatro. Mas isto não é compulsório, é de livre escolha minha explicitar e detalhar tais situações e impressões. E é só. Uma decisão firme e tomada com toda a seriedade (não quer dizer que eu vá respeita-la para sempre... mas enfim... para toda a regra existe exceção). E nem é porque sei que pessoas que não prestam lêem, mas é porque não gosto de me expor para ninguém desta maneira, apenas para quem eu quero, e pessoalmente. Nem muito menos para possíveis (apesar de ter certeza que não tenho nenhum) desafetos.
O problema se resolve facilmente. Quer saber detalhes meus? O que eu sou? Como estou? De quem gosto? Quer saber de mim? Matar a saudade? Ligue-me! Procure-me! Escreva-me! Enfim... pergunte-me!

Com certeza serás bem recebida(o) e bem tratada(o)...

quinta-feira, 12 de abril de 2007

Dopamina... e mais essa agora...

Tem muita gente que me pergunta quanto dura um namoro normal. (Derrepente tô com cara de oráculo, ou talvez de “mestre dos magos”, ninguém manda querer saber tudo e explicar tudo).
Fui me informar sobre o assunto, porque pra variar, a curiosidade bateu. E para minha surpresa, descobri que existe um fator físico que define esta questão.
O dito cujo se chama Dopamina, e é um hormônio qualquer, igual a tantos outros. Ele quem define o tempo que o namoro vai durar.
Explico: segundo o que li, é muito difícil estabelecer um limite de tempo, mas existem varias pesquisas que dizem que um namoro apaixonado permanece vivo entre 18 a 36 meses depois do inicio. A partir daí, geralmente ocorre uma bifurcação: ou há uma acomodação e o casal continua junto, ou acontece o rompimento.
Explico desde o início:
Geralmente, a primeira coisa que acontece é um contato visual (“olhar 43”), e imediatamente começa um período que pode se chamar de “garimpo”. Literalmente garimpamos informações da outra pessoa para verificar se existem afinidades.
Pois segundo profissionais da área da saúde, é neste exato momento que o cérebro começa a inundar o corpo com a tal dopamina, que é 100% natural e saudável, e é a responsável pelas sensações de prazer, alegria e satisfação.
Sendo assim, a primeira conclusão que podemos tirar é que ele é o responsável também, pela duração dos relacionamentos.
É meus queridos. Quem nunca ouviu falar na “química do amor?” Todos nós sabemos como isto funciona. Literalmente existem pessoas que nos fazem sentir uma satisfação maior estando junto, ou seja, estas pessoas fazem com que o nosso cérebro injete mais dopamina em nosso organismo. Simples assim.
Os efeitos desta “droga” vão além. Quase sempre a pessoa que esta sob seu efeito trabalhará mais, se sentirá mais motivada e concentrada, principalmente se a causadora da liberação do hormônio está presente. Se não, a dose será menor, e a ausência será sentida como se fosse um vício por qualquer outra substancia. E na verdade é!
Ainda segundo os estudos, existem prazos para que a liberação deste hormônio continue a pleno vapor e sendo saudável, que normalmente é de três anos. Após isto, a química literalmente muda, e poderão ocorrer situações de estresse por “ene” motivos.
A produção de dopamina esta diminuindo neste momento, não que o amor acabe, mas o cérebro é informado que a calma agora pode ser necessária, ele pode interpretar as tuas atitudes de duas maneiras: entender que tu estejas tranqüilo e seguro, ou que está perdendo o interesse e esta com a pessoa errada.
É nesta hora, que até por uma questão instintiva (autodefesa) a gente tem por habito ir com mais calma, e não investir tanto na relação.
Tchê. Isto para mim é meio que uma revolução. Depois que descobri, passei a entender que em muitos momentos, na verdade, quando os namorados começam a se desinteressar um pelo outro, podem estar passando por problemas físicos que alteram a chamada química corporal, reduzindo drasticamente a droga da satisfação, paixão e alegria, a dopamina.
To ficando louco! Pensem bem. Quer dizer então que o relacionamento não depende só dos sentimentos que moram no coração, mas também de outros fatores hormonais e cerebrais...?

Ahm...será que tem suprimentos da tal de dopamina pra vender na Farmácias Econômica?

quinta-feira, 5 de abril de 2007

Auto-Estima XXVIII - O Retorno!

- “Tu tens que levantar a tua auto-estima!”

Quem nos últimos tempos escutou esta expressão, coloque o dedo aqui!
(Clássico momento em que alguém estica o braço para frente com a palma da mão virada para baixo...).
É engraçado, nunca se falou tanto em auto-estima como nos dias atuais, inclusive segundo matérias da imprensa, programas de TV, e até em artigos de escritores de final de semana como eu, tudo é culpa da dita cuja. Mas a pergunta que não quer calar é:

- “Mas o que é mais fácil de achar, ela ou o monstro do lago Ness?”

Todo mundo fala, mas ninguém vê...
Mas nunca ninguém me responde...
Como conseguir isto gente? As pessoas vivem me perguntando, como é que faz para se gostar mais?
Cara sei lá! Como diz um professor meu, “este troço, que ta mais parecido com uma coisa, é muito bagulhoso!”
Se existiu uma receita para entrar no caminho, é aquela que venho dizendo faz algum tempo. Esquece a história de que a gente consegue resolver todos os nossos problemas sozinhos. Se preciso for, deixa de lado o preconceito e procura uma psicoterapia.
Eu diria, que para achar a tal da auto-estima, nestes últimos 12 meses aprendi a me valorizar muito mais. Claro, não cheguei nem perto de encontrar o que queria, o ideal, que para mim seria aquele “se gostar” lindo, maravilhoso e diário, como o gostar que tenho por Deus, por Madre Paulina, pelo meu cachorro, pelo meu carro, ou pelo meu Grêmio. Até pela Polar e pelo Carlton Crema também desenvolvo um amor incondicional.
Questão pertinente neste momento: é mais fácil gostar dos outros do que da gente?
A resposta para pergunta meio que é obvia para mim. Estes dias pensei em algo (é meio raro pensar, mas enfim...) que logo me deu uma compreensão. A gente só consegue amar alguém quando não julgamos de maneira ferrenha esta pessoa, animal, entidade ou objeto. Mais do que claro que esta regra serve também para nós mesmos...
Nos julgamos demais, e isto esta presente na vida de todos: “To ficando gordo chônho já”, “Esta gravata não esta na moda”, “Sou burro”, “To duro”, “Ela não gosta de mim porque não sou tão atraente”, “Apareceu um fio de cabelo na minha cabeça”, “Consegui ver meus pés novamente”, “meus colegas são mais inteligentes do que eu”, “porque que eu gosto tanto de carboidrato”, e sei lá mais o que uma mente que não se gosta pode inventar para crer... Graças a Deus abandonei estas besteiras.
Perceba como não julgamos tanto os terceiros que amamos, o nosso cachorro, a nossa namorada (se a relação for saudável claro), o nosso carro, ou o nosso time.
Pense bem, porque a gente se cobra tanto? Onde que ensinam a gente a se autoflagelar assim? Na escola pública? Acho que não.
O problema é que estes julgamentos geralmente têm por conseqüência a autocondenação. E se auto condenar é a pior coisa que podemos fazer. Principalmente se queremos nos aplicar uma pena por termos cometido o crime de termos sido bonzinhos demais (o arrependimento por ter sido bom é muito pior do que o por ter sido mal).
Talvez seja um bom exercício de final de semana, além de tomar cerveja e beijar meninas. Tente não se julgar tanto. Acredite: Funciona! A gente fica mais leve, o dia passa mais macio, a vida fica menos cinzenta.
Mas lembre-se: perfeição não existe (tirando o corpo da Ana Paula Arósio). A gente não pode melhorar se enfiarmos em nossas cabeças que o perfeccionismo é o ideal. Ninguém é perfeito. E muito menos ideal.Se for justamente ai que nos apaixonamos pelos outros, nas suas imperfeições, porque não podemos amar as nossas próprias...?