sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Da série: Mistérios do corpo humano... Parte III

Mais duas perguntas:

- “Porque o Paulo acorda com um bafo pior que o do cachorro...?” – Perguntou-me a Pedrita.

Essa foi fácil pesquisar também. Entrei no Google e digitei: “Bafo da onça”. Apareceu inúmeras páginas explicando a origem do mau hálito matinal do Paulo.
Vamos a ela: Existe uma bactéria anaeróbica, que juntando-se ao fato de que a boca está seca durante a noite, acaba por produzir componentes de enxofre dentro da mesma. Tudo isso se mistura para proporcionar a sempre prazerosa sensação de beijar a boca da patroa ao acordar, cheirando a carniça. E se tu fores pensar, todo mundo sabe que existem certas coisas que consumimos que agrava e muito a situação: açúcar, remédios, cigarros, leite/laticínios em geral, bebidas alcoólicas, café...
Agora a parte curiosa: os nomes que se dá a este mau hálito matinal diferem de acordo com a localidade. Aqui é o famigerado “bafo de onça”, na Inglaterra dizem “que você comeu comida de corvo”. Na Austrália, é a tal “fada do cocô” que vem depositar o resultado da desinteria na sua boca durante a noite...
Se bem que dentro do meu imaginário infantil, eu não consigo nem pensar nas fadinhas fazendo tal coisa... é que nem mulher bonita. Ninguém consegue imaginar a gostosa aquela cagando. Ou vai dizer que tu já realizaste a Gisele Bundchen fazendo cara de força sentada no troninho...
Mas enfim, para diminuir este odor/gosto desagradável e que tanto incomoda, é bem simples, não precisa nem desinfetar a língua: Escove os dentes regularmente, a língua também, use fio dental e se possível, beba muita água. Só.

- “Peido pega fogo?”

Outra retirada do Google.
Resposta: Claro que sim! Eu já fiz isso! E não queimei nada da região...
Mas existe inúmeros estudos sobre peido. Claro. Coisa altamente útil pra humanidade.
Dizem que um peido médio (Alguém consegue me exemplificar um? Pode ser com a boca mesmo...) é composto por 59% de nitrogênio, 21% de hidrogênio, 9% de dióxido de carbono, 7% de metano e 4% de oxigênio (Somou direitinho pra ver se dá 100%?). E por incrível que pareça, menos de 1% de sua composição é que faz o desgramado cheirar mal.
Outras curiosidades sobre traques (altamente úteis):

- A temperatura que ele tem no momento de saída é de 37 graus;
- A velocidade de saída é de 10,8 km/h;
- A maior parte das pessoas se utiliza deste recurso de quinze a vinte vezes por dia;
- As mulheres o fazem na mesma quantidade que os homens (Eu sabia! Eu sabia! Que mentirada aquela história de que mulher não peida...);
- Uma pessoa comum produz certa de meio litro de gás por dia;
- O que faz o peido ficar fedorento é o sulfeto de hidrogênio, que contém enxofre, que por óbvio cheira mal. Quanto mais rica a sua dieta for em enxofre, mais fedidos serão as bufas. Alguns alimentos que contem altos níveis da substância: feijões, repolho, queijo e ovo. Ah! E água com gás também!

Mas enfim, completando a resposta da questão, o peido ser inflamável deve-se a presença de metano e hidrogenio na sua composição. As proporções dependem em grande parte das bactérias que vivem no cólon, responsáveis em fermentar os alimentos que não foram absorvidos pelo aparelho digestivo antes de chegarem lá.

Mas antes de você rapaz (ou talvez moças, já que mulher peida...) destemido que quer tirar a prova real, fazer isto, lembre-se de uma regra primordial:

Tire as calças antes.

Conselho de alguém experiente no assunto...

Obs.: Se alguém tem alguma dúvida que queira sanar, sobre qualquer assunto referente a lendas urbanas/populares/humanas... entre em contato! Eu perco tempo procurando informações e escrevendo sobre o assunto...

quinta-feira, 30 de agosto de 2007

O pequeno Rafael... em fotos!


Como algumas pessoas me disseram: "Lindo desde nascença..."
Estas são duas fotos do meu aniversário de dois aninhos. Eu sei que esta criança linda vestida de blusãozinho marrom não tem nada a ver comigo, mas acreditem...
Sou eu!
Quem me conhece sabe que não sou de me achar muito... mas vai dizer que eu não era lindo mesmo...
Teve gente que chegou a me dizer o seguinte (vê se não é de se cuidar pra não virar um demônio de tão convencido...):
- "Tomara que se tu tiveres um filho homem ele seja tão bonito quanto tu..."
Ps.: Fotos retiradas muito provavelmente pelo meu Tio/Padrinho Fincatão. Quem fez a pesquisa e as encontrou foi minha priminha amada...Xáxa!

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Mega-sena

Outra perguntinha que jogo como certo que todo mundo já se fez foi o que faria se ganhasse na mega-sena.
Eu mesmo já me vi inúmeras vezes sonhando com isto. E planejando.
Já pensou? R$ 45.000.000,00! Tem como contar tanto dinheiro? Isto é valor que simplesmente não existe em espécie (bom, concordo que depende. Para alguns mensaleiros existia dentro de malas...), mas para pessoas humildes é dinheiro que não acaba mais.
Mas enfim, o que sempre planejo é nunca viver de ócio, mas ser sustentado claro, pelos rendimentos que esta grana toda geraria. No mais pobrinho, aquele que menos paga, a poupança, este valor renderia aproximadamente R$ 270.000,00 no primeiro mês! Já imaginou se eu me limitasse (!) a gastar apenas isto? Eita salariozinho mensal bom esse...
O engraçado é imaginar que não há limites para as pretensões baixas deste vivente que vos escreve.
Que carro eu teria? Onde eu viveria? Como seria a(s) minha(s) residência(s)?
E o que mais preocupa: que estilo de vida eu levaria? Como ficaria minha cabeça com tanto a minha disposição?
Putz. Isso seria um problema. Não haveria linha vermelha a ser ultrapassada, limites pré-estabelecidos ou ao menos algo que teria o poder de me segurar. Qual seria o meu norte?
Apenas minha própria cabeça, a própria razão, minhas próprias crenças. Os valores que com tanto amor e carinho, me foram ensinados pelos meus pais (mestres de vida).
Seria muito difícil claro, que os limites não mudassem com tanto nas mãos.
Ai é que ta. Podemos chegar à conclusão então que a falta de limites é prejudicial? Todos concordam? Acho que sim.
E de pensar que existem pessoas que nascem, crescem e vivem sem nenhuma linha vermelha, nenhum limite educacional imposto pelos pais ou aqueles que são responsáveis pela sua criação.
Sinceramente, to cansado de assistir ao noticiário e me sentir chocado com absurdos cometidos por adolescentes-de-classe-média-alta-pseudo-revoltados com algo que nem eles sabem bem o que é (rebeldes sem-causa, expressão antiga não?).
Estes dias fiquei pensando em quem poderia colocar a culpa. Sim, porque afinal de contas, a culpa tem que ser posta em alguém, sempre tem.
Seria da sociedade? A cultura que estamos criando neste exato momento exige que pais e responsáveis tenham que deixar seus filhos soltos, a Deus-dará? Realmente isto é recomendável? É algo que de alguma maneira, é obrigatório? A cultura contemporânea compulsoriamente exige isto? Conheço pessoas que pensam assim.
Não há cabimento. Como que concebemos filhos que serão criados apenas pelas regras impostas pelo mundo lá fora? Todos nós sabemos que a cada dia que passa estes tais limites avançam cada vez mais em direção a inexistência. Cabe a quem puxar as rédeas e colocar no caminho?
Ai chegamos ao ponto. Os pais são os responsáveis. Eles mesmos que tantas e tantas vezes colocam a culpa no mundo, na televisão, nas novelas até...
Eles são os culpados, os responsáveis por tanta barbárie. Uma criança criada com limites sólidos e baseada em valores concretos, que buscam sempre o que é bom e correto nunca espancaria um mendigo na rua, ou queimaria um índio na parada de ônibus por pura diversão. Veja bem, não estou falando de autoritarismo ou tirania. Mas sim de mostrar e demonstrar o que é certo, deixar claro que as conseqüências dos erros impostas pela vida começam dentro de casa.
Estou longe de ser um moralista, e posso estar soando como um demagogo. Não tenho filhos ainda. Não sei nada sobre o que é criar um ser que pode ter uma infinidade de variáveis. Nem ao menos deste amor eu já experimentei. Mas a única coisa que aprendi de antemão é amar de maneira correta. Importar-se, preocupar-se, ensinar, dar atenção, respeito e consideração. Apenas posso dizer que se um dia os filhos vierem, é disto que me utilizarei.

Amem seus filhos de maneira correta, é o que peço.

terça-feira, 28 de agosto de 2007

Da série: Mistérios do corpo humano - Parte II

Outras perguntinhas que todo mundo já se fez um dia, em que as respostas continuam sendo altamente úteis:

Primeira: Porque bocejos são contagiosos?

Pesquisando eu descobri que existem varias teorias sobre o bocejo, o que o causa e porque ele é contagioso. Porque isso é um fato. Se você não bocejou ainda lendo este inicio de artigo, podes ter certeza que vai bocejar só de estar lendo a palavra (eu mesmo já bocejei umas 3 vezes só de iniciar a escrevê-la).
Existem lendas que dizem que o bocejo é uma busca do organismo por mais oxigênio. Mentira. Não é.
Existe uma teoria que diz que a questão é comportamental. “O bocejo contagioso pode estar associado a aspectos enfáticos de atribuição do estado mental e é afetado negativamente pela intensificação dos traços de esquizofrenia assim como outras tarefas autoprocessadas relacionadas.”
Entendeu o que escrevi?
Pois é. Nem eu.
Mas enfim, o que acho que isso quer dizer é que imitamos quem está bocejando, mesmo que inconscientemente. Alias, se tu fores puxar pela memória, o ser humano não é o único que está exposto a esta contaminação de bocejo. Experimenta bocejar na frente do cachorro por exemplo, é óbvio que ele vai bocejar também. E não é só o cachorro que boceja, gatos, alguns pássaros e pasmem... peixes! Peixes também bocejam (nunca vi um bocejando, por isso duvido desta informação. Não consigo imaginar como seria um bocejo de peixe).
A única coisa que fico feliz é que é só o bocejo que é contagioso. Imagina se algumas outras coisas fossem também...
Como o peido por exemplo...

Segunda (e a mais descarada de todas): É verdade que quem tem pés grandes, tem outra coisa grande também?

Essa foi fácil de achar as mais variadas teorias e curiosidades. Por exemplo, na Europa, acredita-se que a distancia que existe entre cada lado do nariz, passando pela ponta, indicava o tamanho do pênis do vivente. Olha... ainda bem que tenho nariz grande (hehehe...). Pensando bem, imagina o tamanho das cuecas do Pinóquio, ou do Caçulinha por exemplo...
Seguindo uma outra linha de raciocínio, não parece haver prova nenhuma de que o tamanho de qualquer extremidade do corpo, sejam nariz, mãos ou pés, estejam intimamente relacionados com o tamanho do “guri.”
Existem até estudos sobre isto. Segundo informação retirada de um livrinho que tenho lá em casa, mediram pés, mãos e “guris” de mais de 100 homens ingleses, e não conseguiram descobrir qualquer relação de tamanho entre eles.
Mas uma coisa eu não sabia mesmo, e repasso a informação a vocês: proporcionalmente falando, um “guri” pequeno fica maior durante uma ereção do que um “guri” grande.

Pois é. Não entendi. Quer dizer que quanto menor o “guri” é, maior ele vai ser...?

(To brincando...)

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Da série: Mistérios do corpo humano...

Durante uma reunião de amigos, regada claro, a muita cerveja e risada, papo vai, papo vem, e chegamos a dois impasses enormes e de soluções tremendamente difíceis (principalmente para um bando de bebuns) e úteis a humanidade:

Primeira: Porque os homens têm mamilos?
Segunda: Porque o quarto gira depois de beber?

Para solucionar estas incríveis dúvidas, lá fui eu pesquisar em meus poucos, mas ótimos livros (tirando os da série Vaga-Lume). Cheguei as seguintes respostas:

Primeira: Segundo pesquisas, os homens também são mamíferos, e quase todos os mamíferos têm características universais, como pêlos no corpo (tirando alguns aquáticos), três ossos nos ouvidos, e a habilidade de amamentar nossos filhotes com o leite que as fêmeas produzem em glândulas sudoríparas modificadas, as tais glândulas mamárias. Embora sejam as fêmeas que as possuem, todos os embriões iniciam o desenvolvimento de maneira semelhante, seguindo o modelo feminino até aproximadamente seis semanas de idade (Pára tudo! Isso quer dizer que todos nós somos mulheres até seis semanas de gestação...? Ai Santo Deus... quer dizer que eu já fui “moça” algum dia...? Até o Chuck Norris foi...?), só após este período em que todos seguem o modelo feminino, que o cromossomo “Y” se manifesta e o embrião passa a desenvolver características masculinas. O resultado é que os homens acabam com mamilos e um pouco de tecido mamário. Só para constar: existem até casos de câncer de mama em homens...! Pior ainda, existem medicamentos que fazem com que os nossos pequenos seios cresçam! Fujam das farmácias antes que todos tenham que comprar um “menina-moça” para usar durante o futebol...! Ou pelo menos então criem o habito de ler bulas de remédio...

Segunda: Vai dizer que você vivente, que já bebeu um pouco a mais pelo menos uma vez na vida, já não sentiu esta “agradável sensação” de que o mundo inteiro, começando pelo teu quarto, está girando envolta de ti, pequeno eixo...
Tudo isto acontece por causa do sistema vestibular. (Hein? Como? O que o vestibular tem a ver com isso?) Já explico:
O sistema vestibular é uma complexa rede de passagens e câmaras no ouvido interno que trabalha para controlar o equilíbrio e a orientação. Dentro do mesmo existem tubos e cavidades que contêm diferentes fluídos, cada um com uma composição distinta. Quando estamos sóbrios, ambos os lados do nosso tal sistema vestibular funcionam adequadamente, eles enviam impulsos simétricos ao cérebro. Quando nos embebedamos, por exemplo, o álcool muda a densidade do sangue e isso afeta os fluidos deste sistema de equilíbrio. E é ai que perdemos a orientação e a tontura começa...

Rafael também é cultura, alguém diria. Pode até ser verdade. Mas vai dizer que você nunca pensou na inutilidade das tetas masculinas? E também nunca rezou para que o quarto parasse de girar?
Para a utilidade das tetas masculinas, eu não tenho resposta. Agora para o quarto parar de girar, eu, no alto da minha vasta experiência de vida, já sei como fazer.

Sigam meus conselhos: troquem o travesseiro por um tijolo (ou por algo que seja sólido, e não fofo, sem malicias...) e coloquem um dos pés no chão...

Não que o mundo vai parar de girar, mas que tu vais conseguir te segurar, a isso vai...

domingo, 26 de agosto de 2007

Discovery Kids e suas lições...

Estou em casa, deitado em minha cama, assistindo Discovery Kids ao lado da minha sobrinha. O engraçado é que sou eu quem está deitado em seu colo...
Ela tem apenas 3 anos... e segue a linha de pessoas carinhosas da família...
Mas não falarei sobre ela, falarei sobre o que estamos assistindo. Os desenhos do tal canal, que não se comparam nem um pouco àqueles que eu assistia na idade dela.
Lembro-me do Nacional Kid, do Spectroman, do Chaves, Chapolin, do Pica-Pau, do He-Man, seu Gato-Guerreiro/Pacato, da She-Ra e do Corujito, entre tantos outros. Mas era muita luta, muitos vilões, muitos meninos ingênuos, super-herois fracassados, muito animais de cores fortes metidos a espertalhões enganadores. Mas nada de lições de vida.
Estranho tocar neste assunto? Pode até ser. Até porque é muito difícil mesmo achar uma lição de vida assistindo ao Coloradinho tomando pílula de nanicolina...
Mas é justamente isto que eu estou vendo nestes desenhos que minha sobrinha assiste. Lições de vida, ensinamentos.
Acabamos de assistir a um agora que se chama “Wilbur”, que na verdade é um pequeno tourinho de pelúcia animado através de pessoas escondidas atrás de balcões. Este menino tourinho ensina as crianças o valor de ler livros, e além de ler, ensina também o que é tratar os outros com respeito.
Na historia lida pelo Wilbur, existia um gigante que vivia em uma ilha, que um belo dia resolve se divertir soprando e fazendo vento para os pequenos veleiros que navegavam na beira da praia. Ao fazer isto, ele sopra forte demais, e os veleiros viram. Ele ri e se diverte, mas se vê obrigado a salvar os velejadores que estavam se afogando. Eles cobram uma explicação. O grandão se explica dizendo que estava apenas se divertindo, mas que não prestou atenção nas conseqüências que a diversão dele ocasionaria para os outros. Os velejadores dizem para ele que a diversão só é válida quando todos os envolvidos sabem o que esta acontecendo, concordam e se divertem juntos, se não houver estes três pré-requisitos, não há diversão, mas sim desrespeito.
Pois é.
Muito bom ter assistido algo que me lembrasse de certas coisas. Diversão e suas relações com o desrespeito. Se tu fores pensar, para a grande maioria estas duas coisas estão intimamente ligadas. E a tal ponto que é quase impossível desgrudá-las.
Conheço alguém que não sabe se divertir sem ofender, trair, magoar e entristecer as pessoas que a amam. É tanto desrespeito, tanta desconsideração, tanta... tanta... enfim...
(Suspiro)
Pessoas assim nós somos obrigados a cortar inteiramente de nossas vidas.

A minha sobrinha de 3 anos de idade acabou de aprender que para se divertir ela deve respeitar as pessoas...

E você, já aprendeu...?

sábado, 25 de agosto de 2007

Sexta feira, 24 de agosto de 2007. CASA DA BINAAA...!


Tim-Tim...! Saúdeeeee...!





Dani, Alexsandra e Paragua...


Eder e Alexsandra...





Eu (meio bebum e com a barba por fazer) e a Bina...



Em sentido horário: Paragua (no violão), Eder, eu, Dani e Gui (no outro violão)



Primeira vez que fui... e adorei!
Na próxima tem que dar um jeito de levar a excelentíssima...
Noite especial... Beijos e abraços...!



quinta-feira, 23 de agosto de 2007

A evolução do conceito de família

De acordo com Leonardo Alves (2007), “Até o advento da Constituição Federal de 1988, o conceito jurídico de família era extremamente limitado e taxativo, pois o Código Civil de 1916 somente conferira o status familiae àqueles agrupamentos originados do instituto do matrimônio.”
Completando o que foi citado, o modelo de família reconhecido a que Leonardo Alves se referia era caracterizado como um ente fechado, em que a satisfação e felicidade de seus integrantes em permanecer unidos era menos importante do que a preocupação maior, que era a manutenção do vínculo (leia-se patrimônio) familiar, não interessando o preço a se pagar por isso. O divórcio era proibido, e a parte do casal que era culpado pela separação judicial era duramente punida com a perda da guarda dos filhos, do direito a alimentos e do nome de casado.
O conceito de família mudou muito se compararmos as definições do Código Civil de 1916 com o que se conceitua como família moderna, não acham?
Só para constar (nos autos do processo, hehehe), em 7 de agosto de 2006, a definição de família sofreu uma inovação no ordenamento jurídico nacional, segundo o art. 5º, II, da lei 11340/06: “No âmbito da família, compreendida como a comunidade formada por indivíduos que são ou se consideram aparentados, unidos por laços naturais, por afinidade ou por vontade expressa.” Conceito mais amplo que esse duvido que alguém faça.
O que pode se concluir neste aspecto, é que a família é determinada na verdade pelas necessidades sociais de seus integrantes, não é só uma instituição de origem biológica, que busca apenas a procriação ordenada da espécie, mas também é uma entidade que busca garantir o provimento de todos os envolvidos, sejam parentes “de sangue”, sejam apenas pessoas que moram juntas em uma estrutura estável, principalmente das crianças que dela se originam (aqui leia-se como provimento os âmbitos materiais e também educacionais/culturais).
Mas o que é família moderna? Como ela se constitui?
Segundo o autor que me utilizei de pesquisa, “é uma entidade histórica, ancestral como a história, interligada com os rumos e desvios da história ela mesma, mutável na exata medida em que mudam as estruturas e a arquitetura da própria história através dos tempos, a história da família se confunde com a história da própria humanidade.”
Mas isto apenas elucida o óbvio! O fato de que a família, como qualquer coisa que sofre influências da cultura em que está ambientada, sofreu mutações com o tempo.
Mas é justamente ai que quero chegar. O que se considera como família hoje em dia.
Entendo que seja tudo. Absolutamente tudo o que é constituído por dois ou mais seres humanos, sejam eles de qualquer orientação sexual e qualquer grau de parentesco, ou em alguns casos até não. Antigamente família era formada por marido, que detinha todo poder familiar, pela esposa, e os filhos legítimos (os de fora do casamento, sejam eles frutos de relações extra-conjugais ou qualquer outro tipo de relação não eram reconhecidos). O casamento nestes momentos, tinha como objetivo apenas os aspectos econômicos, a exemplo do estabelecimento dos vínculos patrimoniais contidos no artigo 230, C.C./16., da mútua assistência, artigo 231, C.C./16, do dever de educar e manter a prole, também no artigo 231, C.C./16. Ainda segundo o texto escrito por Leonardo Alves, “o regime matrimonial de bens ($$$$$) teve tratamento primordial do legislador, pois nada menos que 59 artigos do Código foram responsáveis por esta disciplina.”
O que podemos concluir através de tudo isto, e mais o tanto de informações que não citei, não é só que o conceito popular de família sofreu um tanto de modificações, mas sim que o direito, que tem papel de acompanhar as modificações culturais que a sociedade sofre com o passar do tempo, também está começando a acompanhar estes conceitos populares novos. Aos poucos os ordenamentos jurídicos se moldam ao que a sociedade considera certo, comum e normal.
O que antes tinha como preocupação principal apenas a manutenção do patrimônio familiar, hoje em dia apenas se mantém se houver laços afetivos, felicidade e respeito.
A entidade familiar é algo que continua sendo sagrado no entendimento popular e jurídico. Mas a entidade familiar onde há vínculos de amor e fraternidade é ainda mais.
Lembro de casos familiares antigos, onde a estrutura era justamente a que foi elucidada como a ideal, a traçada pelo código de 1916. O pai/marido era o único provedor, aquele que mandava em todos, e para minha surpresa este poder até embasado pela lei era. A mãe/esposa obedecia, até porque também a lei assim determinava. Imagine que as mesmas eram consideradas “relativamente incapazes” pelo código. Os filhos coitados, bom, os filhos tinham que antes de tudo ter a sorte de terem sido gerados dentro do núcleo familiar, porque se não fossem, azar o deles. Nem filhos “legítimos” eram, muito menos reconhecidos. Repito, tudo embasado pela lei brasileira.
Estes dias tive contato com o que eu posso exemplificar aqui como entidade familiar moderna. Imagine a situação: O marido, que tinha 72 anos, tinha 9 filhos biológicos, sendo eles gerados com 3 mulheres diferentes, elas respectivamente com 70, 54 e 34 anos de idade. As esposas (ou ex-esposas), por sua vez, também tinham filhos de outras relações, sendo que o numero de descendentes desta família totalizava 16 pessoas. 16! E o mais engraçado. Sentimento-fruto da ótima relação que todos têm entre si, mesmo os que não eram irmãos “de sangue” se consideravam como.
Dois dos filhos mais velhos, que tem aproximadamente 50 anos, tem filhos adotivos e também gerados por relações extra-conjugais.
Levando este pequeno caso em consideração, ainda há como conceituar família moderna? Há. No ordenamento jurídico existem alguns conceitos.
Mas popularmente falando, há? Claro que há. Mas eu continuo com a minha posição.
Família é tudo. Absolutamente tudo. Em todos os sentidos da palavra...

terça-feira, 21 de agosto de 2007

- "Foi o teu bom-humor meu amor...!"

Conversa vai, conversa vem, a excelentíssima após ser indagada, me responde o que foi que mais a atraiu em minha pessoa:

- “De primeira? Bom, além do teu físico, o teu bom-humor foi cativante meu amor...!”

Bom-humor. O assunto me chamou a atenção...
Várias pessoas, quando indagadas sobre o primeiro pré-requisito para encontrar sua cara metade, respondem: “ser bem-humorada”.
Realmente, o bom-humor é algo fantástico, até porque não pode ser dado ou ensinado, mas sim adquirido, através de influência interna ou externa.
Externa por quê? Porque um ambiente bem-humorado tem o poder de nos deixar de bom-humor também. Por mais que existam pessoas que se irritam com o bom-humor alheio, se o coração estiver aberto, esta alegria toda é contagiosa. Também por óbvio que os acontecimentos do cotidiano influenciam neste quesito, se fores pensar até superficialmente sobre o assunto, duvido que alguém chegue à conclusão de que o humor resista a pneu furado, chefe gritão, professor recalcado, TPM da respectiva e contas vencendo. Mas é ai que enxergamos que na verdade, não devemos levar a vida tão a sério.
O Humor é necessário, ele torna o ser humano capaz de rir das circunstâncias ruins e até de si próprio. Também é um instrumento para caminhar bem na vida, ter leveza, seguir adiante, obter tolerância, sabedoria, ser mais solidário e evitar preconceitos. Digo mais, o humor liberta o lado saudável das relações e emoções humanas. Não falo só do riso e do sorriso solto, falo do relaxamento de tensões, que envolve imperceptivelmente o nosso estado de espírito e o bom andamento da vida.
Filosofia grátis a parte, podemos refletir de maneira prática.
Todos nós sabemos o que é ter pelo menos alguns momentos de bom-humor e felicidade. Também sabemos o que é estar cercado por pessoas bem-humoradas. Sabemos como o dia vai passando com as gargalhadas (como é bom gargalhar a plenos pulmões, tenho feito muito isto...), e principalmente o quanto que pessoas que mantém naturalmente e permanentemente o sorriso no rosto se tornam atraentes.
A felicidade atrai, a alegria também, a paz interior então, nem se fala. E é justamente ela que atingimos quando estamos em estado de graça, bem-humorados e felizes. Os problemas surgem, passamos por cima deles como se fossem quebra-molas e continuamos sorrindo, vendo tudo com um otimismo maior que barriga de beata velha.
Quando estamos assim, parece que as limitações não existem mais. Tudo é transponível. Com humor, podemos alterar a nós mesmos e consequentemente, as circunstancias da nossa vida. Busque a sua fonte, tente acha-la seja nos lugares mais fáceis, seja nos mais difíceis. Pode ser num sorriso de criança, num simples “oi mãe”, ou até naquele chocolate quente bem grosso num final de noite de inverno...

Alias:

Pensem bem: a vida pode não nos oferecer o bom-humor necessário de graça, mas este sentimento pode alterar esta mesma vida significativamente...

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

49 anos...

Quando qualquer pessoa fala sobre alguma senhora de 49 anos, que imagem vem a sua cabeça?
Melhor, reformulando: Peço a você que agora, enquanto lê este ínicio de texto, imagine esta tal senhora de 49 anos, mas tente imaginar em detalhes: Cabelo, roupa, rosto, rugas, corpo, a ação do tempo sobre a forma física, vigor, humor, a falta de “sex appeal”... Imagine tudo em uma mulher que falta um ano para completar meio século de vida.

Imaginou...?

Podes ter certeza... Imaginou errado.

Aqui esta a tal senhora:



Pois é. Hoje ela completa 49 anos. Aparenta?
Tudo bem, alguns vão dizer: “Mas ela é a Madonna”, ou “com o dinheiro que ela tem...”
Até concordo gente. Mas as soluções que se encontram por ai ao nosso alcance não se diferem muito das que ela se utiliza para manter isto tudo que vemos ai na foto. Sabe o que nos falta? Apenas auto-estima, animo e disciplina. Simples assim.
As pessoas costumam dizer que para mudar o corpo, basta querer. Olha... vai um pouco além disso, mas não é complicado. Não basta só querer, até porque querer todo mundo quer. O que tem que fazer é criar animo e coragem, e buscar algo que vá fazer diferença, como entrar em uma academia, começar a pratica de algum esporte, ou até mesmo as tão famigeradas caminhadas envolta de algum parque por ai. As opções são bem simples, mas muito eficazes. Qualquer coisa é válida, desde que envolva as três qualificadoras que citei agora a pouquinho.
Queres exemplos? Eu dou.
Tenho um amigo que perdeu incríveis 22 quilos em 3 meses e meio! Outro que perdeu 34 quilos em 5 meses! Eu mesmo ganhei 16 quilos – e nenhuma barriga – no ultimo ano. Algum tipo de cirurgia? Milagre? Remédio tarja preta?
Não.
Apenas disciplina, animo e auto-estima. A pessoa que se gosta vai querer o melhor para si. O que eles fizeram? Fecharam a boca para alimentos ricos em carboidratos, entraram em uma academia e malharam. Nem malharam tão pesado assim, apenas o fizeram de maneira muito disciplinada e diariamente.
Gente. O que estou querendo dizer é o seguinte: Não adianta nada ficar parado no lugar a vida inteira reclamando que se está gordo, se está magro, que se acha feio, que quer mudar mas não consegue. Etc...
O que adianta é transformar tudo isto em atitude. Vai lá e te puxa. A receita é simples, custa pouco (apenas alguns minutos por dia) e o resultado é rápido.
Nem vou entrar na questão da auto-sabotagem para aqueles que não correm atrás e inventam desculpas sem cabimento. Quer exemplo maior de auto-sabotador do que aquele que se matricula na academia e simplesmente não vai...? Parece até que tem alguém que o impede... e tem... a pessoa mesma se sabotando...
Mas enfim. Pensem bem. Se você não se aceita da maneira como é, busque a mudança. Mas com vontade.
E lembre-se:

Mudar o corpo é muito fácil... perto da dificuldade de se mudar a cabeça...

Mas a mudança do corpo começa justamente por ela...

sexta-feira, 10 de agosto de 2007

O pequeno Rafael...

Todo mundo fica falando sobre sua própria infância. Eu vou falar da minha também.Lembro muito de viajar de pé no banco traseiro da Caravan 6 cilindros a álcool do meu pai, engraçado como não morri. Lembro também dos sorvetes de maria-mole, aqueles que vinham com bonequinhos de plástico dentro. Me recordo de tomar banho de chuva na praça na frente de casa, só de bermuda laranja, e nunca me gripar por isto. Pior! Não tinha essa de água engarrafada, era tudo da torneira e olhe lá! Lembro dos carrinhos-de-lomba com freio de mão... só que ao invés de borracha na ponta do mesmo, os meus tinham parafusos! Frear não freava, mas que soltava uma faisqueira...
Lembro de escutar os LP’s do Erasure da minha irmã mais velha. Lembro também da Kaoma, da Gretchen, do Chacrinha e da Rita Cadillac. Faustão existia, mas era na Bandeirantes que passava. Gugu era só no Viva a noite. Era um festival de programas humorísticos na TV: Chico City, Viva o Gordo com Jô Soares fazendo o Capitão Gay (me lembro de não entender o que era gay, nem porque aquele gordo aparecia vestido de rosa... na época as crianças ainda conservavam a inocência que hoje é tão rara...), e o melhor de todos, Os Trapalhões em sua formação completa. Lembro muito do Mussum falando “mézis” e da risada estranha do Zacarias, assistia a eles depois da missa de sábado a noite, que todo o bairro frequentava. Me recordo da minha mãe pedindo pra mim levantar e trocar o canal, não existia controles remoto naquela época. Lembro da Mara Maravilha, que pousou para a Playboy logo depois e meu pai não me deixou ver, do Sérgio Mallandro e da porta dos desesperados, da Xuxa e seus desenhos da caverna do dragão, da seleção jogando a copa de 86 e perdendo nos pênaltis para a França e do Grêmio perdendo o grenal do século. Lembro muito das figurinhas do campeonato brasileiro, e do maldito Tupãnzinho que era sempre a última, e nunca vinha. Me recordo com muito carinho das manhãs de domingo, e do meu maior herói em ação: Ayrton Senna...
Recordo-me de quebrar os dentes na escola, e quase não chorar. Lembro de que era o melhor em tudo: da classe, com as meninas, nos esportes, na catequese... não sei o que houve com o tempo, só sei que isto ficou perdido pela infância... Lembro de brigar com os meus vizinhos, e nem sempre levar a melhor. Mas o engraçado era que meia hora depois todo mundo era amigo de novo. Lembro dos revolveres e pistolas de brinquedo e de brincar de guerrinha, com batalhão, general e tudo. Engraçado como ninguém virou um serial killer ou um psicopata com isto...Lembro de comer pão com margarina, pão com manteiga, ovo frito no café da manhã, ovo frito no almoço, ovo frito na janta e meu colesterol hoje é perfeito. Refrigerante era bom... mas era meio raro. E quando vinha, vinha em garrafas de vidro de 1 litro, que depois viraram 1,250 litro, me recordo de ajudar o pai a ir ao vasilhame do super (não existia hiper, macro, atacado, big, bourbon, era só o Zaffari, Real ou Nacional) e entregar os cascos para ter desconto nas garrafas cheias. Dividíamos copos, sucos, cafés com leite e Nescaus... e ninguém pegava vermes de ninguém.
Tocávamos campainha e saíamos correndo. Organizamos corridas de bicicleta, onde quem não tava de chinelo quase sempre ganhava. Brincávamos com pequenos seres nojentos, lesmas, caramujos, baratas, etc, e ninguém se encheu de vermes de novo. Brinquedos novos eram só no natal ou no aniversário. E mesmo assim, geralmente eram usados, vindos dos irmãos mais velhos, assim também como as roupas, as bicicletas (monaretas, caloi-cross e BMX), e eu nunca fiquei bravo ou entrei em crise existencial por isto.
A gente tinha que se virar. E era bom. A gente sofria, mas aprendia. Por incrível que pareça, sobrevivi a tudo isto e não sou uma pessoa louca, doente ou de qualquer maneira com a vida arruinada. As preocupações eram menores antigamente, e a incidência de crianças infelizes também era. Éramos criados num ambiente de respeito, aonde o não de um pai às vezes vinha só por olhar, e era prontamente correspondido. Tínhamos liberdade (não existia celular, e-mail, msn, orkut ou afins), felicidade, algumas vezes problemas e desilusões, mas tínhamos muita responsabilidade no que fazíamos. E isso surtiu efeito no futuro que se seguiu.
Nascemos e fomos criados em época de transição, da repressão para a liberdade, da ditadura para a democracia, do falso caçador de marajás deposto para aqueles que estão cercados por ladrões comprovadamente culpados e fingem não saber de nada do que acontece. Vimos pessoas morrerem, pessoas desaparecerem, e pessoas sobreviverem, exatamente igual ao que continua acontecendo. E continuamos aqui.
A vida que tive no passado, sinto saudade. A vida que tenho agora, tento aproveitar. E a vida que terei pela frente, não sei como será. Só sei que tento me preparar, mas as coisas estão em constante e cada vez mais rápida mutação, e ninguém é tão rápido quanto o mundo girando, dia após dia, noite após noite.
Apenas uma coisa me alarma acima de tudo.
Se Deus me proporcionou viver a minha infância num período de tantas mudanças, o que estará reservado para a minha vida adulta...?

Ou pior... para minha velhice...?

terça-feira, 7 de agosto de 2007

Processos de conquista

Gente, como é bom conversar com pessoas mais velhas. Esses tempos eu estava conversando com meu pai sobre o processo de conquista que um homem tinha que fazer, nos tempos dele, quando queria uma garota. Vocês já pararam para pensar nisso? Como que fazia nos tempos antigos? Como teu vô conquistou tua vó?
Eu pensei. Não só pensei como resolvi pesquisar sobre o assunto, perguntando pros mais antigos, claro. Vocês não sabem as surpresas as quais me dei conta. Não dá pra sequer imaginar hoje em dia este tipo de coisa sendo posta em prática.
Resolvi até organizar em tópicos, mostrando a “evolução” através dos tempos.

- Anos 30: Ele vai até a casa da pretende, vestindo um terno cinza que o tio Zélio deixou quando morreu e um chapéu panamá, e resolve fazer uma serenata ao pé da sua janela: “Tu és, divina e graciosa, estátua majestosa... do amor... ”. Depois, ao encontrar a amada, ele elogia os belos olhos cor de jabuticaba. Se conseguir conquistá-la, depois de muito tempo namorando no sofá à três (ele, a mocinha e a sogra), poderia derrepente, ver seus tornozelos.
- Anos 40: Ele liga para a Rádio da cidade e pede para tocar uma música em homenagem a sua amada: “A deusa da minha rua tem os olhos onde a lua costuma se embriagar... ”. Quando ela ouve a música, o convida para ir à sua casa no domingo a tarde e ele, para impressionar, vai, mas não sem antes colocar no pulso seu relógio novo em folha, e utilizar-se do pentinho preto, que guarda no bolso interno do casaco, para pentear o cabelo com brilhantina “Glostora” a cada 10 minutos, e pedir desculpas sempre quando espirra.
- Anos 50: Ele passa na casa dela, depois de muito tempo dizendo-se “enamorado” para a família, encontra o futuro sogro parado no portão, com cara de bravo, e pergunta: “Posso eu me apalavrear com sua filha”? Depois da celebre pergunta: “Quais são suas reais intenções para com ela”? Ele a convida para ir bailar na boate. Após anotar no caderninho de baile com quem está indo, ela aceita. Chegando lá, ele pede que o cantor ofereça uma bela bossa à sua acompanhante. “Olha que coisa mais linda, mais cheia de graça... ”. Mas, a conquista fica para o dia seguinte, porque o pai da moça está esperando, acordado, na sala por sua chegada em ponto às 8 e meia.
- Anos 60: Depois dela muito caminhar envolta da praça central, aquela que fica entre o Banco do Brasil e a Igreja, ele, sentado com os amigos cortando as unhas com seu corta-unha novo e apenas observando, resolve chama-la para conversar. Ela que não é boba nem nada, diz que só faz isso em companhia das suas amigas. Pois então ele resolve mostrar que suas intenções são sérias indo a casa dela para conversar com o sogro. Depois de alguns meses, já namorando muito discretamente no sofá da sala, ele coloca na vitrola: “Nem mesmo o céu, nem as estrelas, nem mesmo o mar e o infinito... ".
- Anos 70: Ele passa na casa dela com o fuscão laranja do pai, chama ela para dar uma volta e coloca um melô no toca-fitas: “Foi assim, como ver o mar, a primeira vez que meus olhos se viram no teu olhar... ”. Depois disso, nada melhor que uma volta no parque, ou um domingo em casa assistindo o Chacrinha.
- Anos 80: Ele pega o telefone, liga para ela, e enquanto conversa sobre o último “Disco de Ouro”, deixa tocar de fundo: “Fonte de mel, nos olhos de gueixa... ”, essa é do Caetano, mas poderia ser também qualquer uma do Fábio Jr. também. Dirigindo o seu XR3 conversível amarelo, ele a convida para dar uma volta no shopping, ou para assistir uma fita que ele locou na locadora. Utilizando-se dos Ray-Ban aviador (aquele do Tom Cruise) ele a seduz conversando sobre a prancha moreybug nova dele, que é igual a do Juba & Lula.
- Anos 90: Ele liga para ela, quando ela não está em casa e deixa gravada uma mensagem na secretária eletrônica: “Guria, quer ir no banks comigo ver os guris andar de skate? Te empresto minha Montain Bike pra ti ir junto. O Buiu disse que tem umas camisas novas de flanela pra vender, vou comprar umas, quer alguma também”? Depois de pedir que um amigo “faça-os-lado” (isso se o vivente é tímido...) ele chega e “gruda”.
- Anos 90/00: Ele liga para o celular dela e a convida para a festa na Berlim, aquela que toca todas do Gerasamba (Vulgo É o Tchan), da Cia do Pagode e do Tchacabum.
- Anos 2000: Ele chega em um chevette 81 branco rebaixado, com o sub-woofer e os mid-bass tocando um funk qualquer, ela entra no carro (e ele pensando que está abafando) a leva para o postinho. Lá, eles bebem juntos, entre a bomba de gasolina e as CG’s e RD’s dos amigos dele, escutando: “To ficando atoladinha... to ficando atoladinha...”. Depois, vão terminar a noite em outro postinho, dentro do carro, tomando uma Skol latão, fumando Free azul e conversando sobre a roupa ridícula que a fulana, aquela vagabunda que deu pro seu vizinho, aquele corno, estava vestindo...

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

Dado Bier, 04 de agosto de 2007.


Bina e eu. Ela foi... que bom... fiz a promessa de cervejadas futuras...

Elton beijoqueiro ...



Ai ai ... Unfffff ... (suspiro profundo...)



Boris, a excelentíssima dele, Cristine e Miguelito Zidane



Denovo Zidane, e o Xuxuzinho ... hehehe ...

Olha, tudo bem que duas festas de aniversário é exagero realmente. Agora enxergo...

Agora... as duas foram ótimas! To super satisfeito! Nessa do Dado umas 50 pessoas foram...!

Ano que vem... denovo... certo!


Bjos e abraços a todos que foram me prestigiar...

sexta-feira, 3 de agosto de 2007

O nome do Blog

As aulas recomeçaram. E o convívio dos corredores acadêmicos voltou a fazer parte da minha rotina diária. Mas deixaremos para falar sobre isto outra hora, o que importa agora é a pergunta que me fizeram ontem, em pleno corredor da universidade:

- “O que quer dizer saudades-de-mim? Porque tu escolheste este nome pro teu blog?”

Pois é. Boa pergunta. Me fez pensar mais seriamente sobre o assunto.
No inicio das publicações, lá por outubro do ano passado, confesso que utilizei este nome para o blog pura-e-simplesmente porque achei bonito. É decepcionante, eu sei. Mas é a verdade. Lembro-me que a primeira publicação que fiz citava coisas que faziam parte do meu cotidiano na época (nossa...faz menos de um ano e eu estou falando como se fosse uma década...é que gente, o que vocês tem que compreender é que o salto que dei este ano valeu realmente pelos últimos 10 anos. Podemos fazer uma analogia com o governo brasileiro de outrora: o que para eles era “50 anos em 5”, para mim é “10 anos em 1”) como insônia, psicoterapia, incertezas, auto-menosprezo. No final completava dizendo que tinha “saudades de mim mesmo”.
Pois é.
Mentira.
Não tenho saudades de mim mesmo.
Não sinto falta do Rafael que passou, aquele que foi embora com o passar dos dias ou com o trem das 11. Não quero me aprofundar muito sobre o assunto, até porque o considero vergonhoso, mas aquele Rafael era muito maléfico e nocivo para si mesmo. E além do que eu não gostava dele mesmo. Achava-o chato, feio, cínico e um pouco complexado demais por conta de acontecimentos de um passado não muito distante. Sorte minha que ele já se foi... O que entrou no lugar é perfeito, interessante, lindo, realista e auto-confiante. Fizeram a mão e perderam a forma desta vez...
Ta, tudo bem. Não vamos exagerar. Não me acho desta maneira claro, apenas aprendi a gostar de mim. Mas tem algumas coisas que sinto saudade sim. Era uma época em que eu não me preocupava com muita coisa, ou melhor, as coisas com o que eu me preocupava não eram tão sérias assim (pseudo-namoradas que na verdade não significavam nada, por exemplo), a ignorância sobre a maioria dos assuntos me trazia felicidade, pois obvio, eu não tinha nem maturidade nem experiência para enxergar as mazelas e os defeitos do mundo, quanto mais de mim mesmo. Aquela velha historia que a ignorância na real, pode ser traduzida em felicidade verdadeira.
Não que o sofrimento não existisse, ele estava ali, mas eu apenas não tinha a percepção aguçada o suficiente para perceber seus efeitos.
Mas do que eu sinto saudade mesmo? Bom...sinto saudade da minha adolescência, das primeiras festas, das primeiras meninas, dos primeiros beijos, dos amigos do segundo grau, da época de cursinho, do início do Coméx, da falta de responsabilidade... dá pra perceber que não sinto falta de mim mesmo, mas sim do contexto em que estava inserido.
Mas enfim, o que importa é que o tempo passa, o tempo voa, e a poupança Bamerindus continua numa boa (nem é mais assim que se chama o tal banco...). Falando sério: agradeço aos céus todo dia por estar vivendo a melhor época de minha vida, por ter criado a capacidade de aprender com os erros/infelicidades, e com a esperança de um futuro feliz ao lado de quem gosta de mim. Isto por si só já seria motivo para estourar uma Freixeinet Demi-sec, mas agora está chegando na hora de fazer balanços de tudo o que está acontecendo... após isto, comemoro.

Isto claro, se a minha falta de tempo deixar...

Obs.: Mudar nome do Blog porque não reflete a realidade? Nem pensar! Qualquer coisa eu boto a culpa na tal “licença poética...”