quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

A pessoa certa para o momento certo...

O mundo dá voltas. Eu, que sempre fui um defensor romântico/fervoroso que a pessoa certa existe, hoje estou questionando isto como em uma audiência. Será mesmo que tem alguém que nasce predestinado a viver ao nosso lado? Será que existe realmente a tal da alma gêmea?
Existem pessoas que acreditam que na verdade, o que existe é a pessoa errada, e não a certa. Pois é justamente a errada que vai te despertar dependência, paixão, o fazer loucuras, o morrer de amor e de ciúmes, o perder a hora, as dúvidas, as incertezas e as confirmações, é justamente a pessoa errada quem vai te fazer chorar como nunca, e um tempinho depois vai estar te emprestando um lenço e te pedindo perdão, é a que vai te fazer viver pensando exclusivamente nela, e também vai estar o tempo todo pensando em você. Enfim, é aquela que vai te tirar o sono, te fazer perder a cabeça, e se iludir de que a felicidade foi alcançada (principalmente nos momentos bons).
Sempre tive a opinião de que isto não é certo.
Mas será que o certo seria justamente, alguém certinha? Alguém que não te faça sofrer, e que, além disso, te trate como em berço esplendido? Ou seja, a pessoa perfeita?
Antes achava que era. Agora também tenho a certeza que não.
Na verdade, estes dias me disseram um conceito ótimo, que se fores pensar, é a mais pura verdade: Nos envolvemos com quem necessitamos nos envolver.
Pense bem. De acordo como a nossa vida segue seu rumo, os caminhos às vezes mudam, e precisamos de alguém que esteja não necessariamente no mesmo caminho, mas sim que esteja no mesmo ritmo, nos trazendo desafio, nos confirmando o que precisamos confirmar, nos trazendo justamente o que precisamos para aquele momento, muito além do que queremos, é o que exatamente necessitamos. Esta pessoa pode não ser o modelo que além de termos na nossa cabeça como o ideal, alardeamos aos quatro cantos que queremos, mas sim derrepente, é o modelo que nos trará mais satisfação.
Sem entender? Deixa que explico melhor.
Relacionamos-nos com quem necessitamos nos relacionar. Simples assim. Conheço gente que com toda certeza, desprezou pessoas corretíssimas e cheinhas de qualidades para justamente se envolver com outras que vinham a confirmar as suas crenças do momento, mesmo que fossem crenças ruins sobre si mesmas (fracasso por exemplo), até mesmo para continuarem se auto-sabotando. Pois então voltamos a clássica questão aquela: deixou de estar com alguém que fosse bom e que lhe fazia bem, para ficar com um puta cachorrão que lhe faz mal. Antigamente eu pensava que isto era terrivelmente errado, hoje penso que talvez seja natural...
Serio mesmo. Eu mesmo me envolvi com pessoas que me fariam super bem, que teriam todas as qualidades possíveis, que seriam ótimas cônjuges, mas sem nem ao menos saber porque, eu desprezava de tal maneira que nem atendia mais o telefone...
Até que ouvi as seguintes palavrinhas mágicas: - “Tu queres te envolver com ela? Tudo bem, mas fique sabendo que ela é braba. Muito braba”. Parece que meus olhinhos brilharam na mesma hora.
Estranho não? Se envolver com alguém não só pelas suas qualidades, mas sim também por causa dos desafios que esta pessoa irá nos impor. Mas foi justamente o que aconteceu. Eu não entendia o porquê não conseguia me envolver até com modelos, tanto de corpo quanto de alma, não fazia a mínima idéia do porque não me apaixonava. E o pior: não tinha nada a ver com fantasmas do passado, e muito menos do presente. O engraçado era que eu buscava achar razões, explicações, ter motivos para o não interesse. Não havia nenhum... nada, simplesmente nada.
Agora imagina elas... o que devem ter se questionado sobre as razões que eu tinha para sumir...
Mas enfim, nada é pensado, nada é planejado. Simplesmente nos envolvemos com quem temos que nos envolver, mesmo que esta pessoa nada tenha a ver com o que estamos procurando (ou o que estamos dizendo que queremos...).
Não há tanto poder assim para comandar isto, como se fosse derrepente, quem antes tu dirias que nem chegarias perto arrebata teu coração, aquela que parece que tem todos os problemas do mundo para resolver, te conquista na hora.
Não há parâmetros a serem pré-estabelecidos, não há como ficar procurando ou desejando determinadas pessoas. Ninguém pode ter certeza se daria certo ou não. E só o saber disso já é extremamente libertador. E não há problema em se libertar dos tais parâmetros. Não há nem ao menos hora para isto acontecer. Não há hora para qualquer coisa, nem para ficar sozinho, nem para se relacionar. O tal “fechado para balanço”, na verdade não existe...
O que se há de fazer então?
Simples, temos que aproveitar, viver bem, agir com tranqüilidade, procurar sempre se defender quando preciso, tratar com respeito e exigi-lo na mesma moeda, manter o fogo aceso de acordo com a vontade, estando sozinho ou não, e de maneira nenhuma...

...fugir do que pode ser a felicidade. Daqui a pouco quem é para aparecer aparece. E será a pessoa corretíssima para o momento que estas atravessando.

A vida é assim. As coisas podem parecer sem sentido... mas tudo tem a sua razão de ser... ou não...

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Barulhos irritantes...

Fazer listinhas é legal. E estou adorando faze-las. Até porque na falta de inspiração para escrever outras coisas, serve como um baita enchimento de lingüiça...

Lista de barulhos irritantes que odeio (e garanto que a grande maioria também):

- Yamaha RD acelerando;
- Giz seco no quadro negro;
- Pintcher, Poodle ou Yorkshire latindo;
- Ronco de mulher bonita;
- Peido de mulher bonita (faz a gente cair na real);
- Risada exagerada de mulher atirada;
- “Pu-tu-tú” do MSN;
- Impressora matricial;
- “Pa-rrra-pa-papapapa-pa-ra-pa-pa...” (aquele funk do Tropa de Elite) passando a todo volume num Chevette;
- Brastemp antiga se locomovendo pela área de serviço;
- Vizinha de cima que insiste em andar de tamanco até as 3 horas da manhã;
- Crianças se atirando na piscina uma tarde inteirinha;
- O irmão menor da vizinha de cima que insiste em andar de skate e jogar basquete dentro do apartamento;
- Tosse quase tuberculosa de um veio dentro de alguma cerimônia silenciosa (casamento, batizado, missa...);
- A mãe da vizinha de cima que insiste em arrastar os moveis para faxinar a casa;
- Freio de ônibus assobiando;
- Surdina de Chevette;
- Alguém murmurando reclamando da vida;
- “Pi-ri-lulu, pi-ri-lulu, pi-ri-lulu-luuuu...” (aquele toquezinho de celular);
- A musiquinha do caminhão do gás;
- Qualquer “tchê-music” tocada a todo volume;
- Alguém coçando a barba;
- O virar exagerado de páginas de jornal;
- “Pi-pí” de relógio do Paraguai;
- Criança manhosa que sabe que está em ambiente público e aproveita para espernear;
- Arroto alto e público;
- Chiclé mastigado de boca aberta;
- Assuar de nariz forte no meio da aula;
- Alarme de carro disparado;
- Alarme de casa disparado (e os donos foram para a praia);
- “Fiu-fiu”;
- Qualquer rap gangsta/romântico americano;
- Whitney Houston;
- Porta batendo;
- Maquina de escrever;
- Correia de bicicleta enferrujada;
- Bruxismo;
- Mosquito noturno que insiste em passar o mais perto possível do nosso ouvido;
- “Nhéc-Nhéc” de solado de tênis novo pisando em lajota encerada;
- Barulho da urina alheia no meu muro;
- “Somos amigos dos Beckyardingans”;

E a pior de todas:

- Barulho de fungada de ranho seguida do som de engolir...

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Avisos estranhos/desnecessários


Seria esta para o Homem Aranha?
Pequena lista dos avisos mais estranhos possíveis, ou os mais desnecessários:

- “Evite morrer”. – Placa de um conhecido parque aqui no Rio Grande do Sul.
- “Não utilize o ferro de passar se estiver vestindo a camiseta”. – Etiqueta de uma camiseta de marca bem conhecida até.
- “Verifique se o elevador esta parado no andar antes de entrar”. – Esta todos conhecem.
- “Não vai cair da escada”. – Minha Nona dizia...
- “Não vai te queimar”. – Mais uma da Nona sempre zelosa.
- “Não perca tempo! Entre no seu carro e dirija-se até o CFC-Correto e faça a sua habilitação”! – É, deu pra ver que a pessoa não pensou antes de escrever esta. Ou melhor, pensou que as autoridades de transito são mais incompetentes do que se imagina.
- “Se o lugar estiver vago, sente-se”. – Antigo aviso contido nos ônibus de Esteio, a muito tempo atrás.
- “Se não vai não come!” – De alguém que sempre quer ser gentil...
- “Não pise na grama”. – E quem colocou o aviso?
- “Despeje a descarga”. – Escrito numa patente de madeira em Guaporé, aquela mesma que todo mundo já viu em algum lugar do mundo, a famosa “casinha”.
- “Aqui ninguém engravida”. – Aviso bem grande colocado na frente de um bordel de beira de estrada em Lajeado.
- “Duas folhas são o ideal para secar suas mãos”. – Todo mundo conhece também. E todo mundo usa bem mais que as duas folhas de papel...
- “Se ESTIVER BEBENDO não dirija”. – E como que faz isso? Segurando a latinha numa mão e trocando a marcha com a outra?
- “Beba gelada”. – Tava na lata da Bavária, eu juro!
- “Favor utilizar o sanitário”. – Banheiro de uma conhecidíssima casa noturna aqui do Vale. Alguém me diz qual o sentido disso?
- “Eu não me alimento de cinzas”. – Plaquinha pequena colocada nas plantas do posto de atendimento do Centro 5 da Unisinos.

E por último:

- “Não peide no elevador”. – Colado no espelho de um elevador de prédio particular de moradores engraçadinhos aqui de Esteio.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Tá na mão!


Tá na mão!!!
O quê? Show do Iron Maiden.
Quando? Dia 05 de março.
Ingressos a venda? Sim, como a foto confirma, eu já comprei o meu. Começaram a ser vendidos na segunda-feira. O engraçado é que comprei-o ontem (11/12, terça-feira), e a contagem de ingressos vendidos já beirava os 7 mil! O total de ingressos é 13 mil...
Up the Irons!

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Questionário do Bernard Pivot

Uma das coisas que mais adoro fazer num domingo a noite é assistir ao “Actors Studio”. Eu sempre tentei me imaginar sendo entrevistado pelo Lipton, e claro, respondendo ao celebre questionário final, aquele do Bernard Pivot.
Como sonhar não custa nada, e este sonho é tão real, vou respondê-lo aqui mesmo, no meu tão amado blog. Tente fazê-lo você também, mesmo que inconscientemente.
Ai vai:

- Qual palavra você mais gosta?
Beijos.

- Qual palavra você menos gosta?
Qualquer uma que seja de desprezo.

- Qual som você mais gosta?
Aquele “humm” que toda mulher faz quando é abraçada com carinho e proteção...

- Que som você menos gosta?
Qualquer grito que seja dado pela manha, enquanto ainda estou dormindo.

- O que lhe incita/inspira?
Riffs galopantes das três guitarras do Iron.

- O que tira a sua inspiração?
Ingratidão...

- Qual é seu palavrão preferido?
Um “Puta que pariu” bem alto é o melhor de todos. É um santo remédio.

- Qual profissão você gostaria de ter?
Qualquer das quatro posições clássicas de uma grande banda de rock.

- Qual profissão não gostaria de ter?
Aqueles garçons de churrascaria que carregam uns 50 pratos em uma bandejinha mínima.

- Se Deus existe (e ele existe), o que gostaria que ele lhe dissesse quando tu chegares ao céu?
“Olá! Lembra de todas estas pessoas aqui? Elas já estão aqui faz algum tempo, e estavam saudosos para te abraçar novamente...”

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Palavras DEFICEIS...

(Sempre quis fazer esta. Se alguém souber de mais algumas, me mande).

Lista de palavras erradas que escutamos todos os dias, e que, de tanto serem pronunciadas, acabamos por achar as vezes que as mesmas estão corretas:

Estrombago
Uso Campeão (Usucapião)
Usos e Frutos (Usufruto)
Probrema
Tá Sérgio (Tá certo)
Trabaio
Cocrete
Péps (Pepsi)
Intistino
Iscola
Reiginaldo
Ombidús
Golira (Gorila)
Be-ême-vê (BMW)
Beneficiência
Espontaniêdade
Iorgute
Mindingo
Mortandela
Impicilho
Reinvidicar
Caiem
Peneu
Adevogado
Dotô
Inguinorante
Image
Péra
Brasiu
Sassicha
Isteio
Cumpadi
Brigado(a)
Shópi
Frêuei (Free way)
Valí-transporte
Camioneta
Suxu (chuchu)
Impinar
Clítoris
Croassante

E a pior de todas: - “Durante o meu pouco tempo de gestação...” (Ex-prefeito de Esteio, durante uma reunião do orçamento participativo do município, a palavra certa neste caso não seria Gestão?).

domingo, 2 de dezembro de 2007

Parafraseando o Domingo a tarde

Segundona pro Corinthians, tchau Mano, Juiz ladrão, trabalho pra fazer, prova amanha, cadê meus pais, sobrinha chegando, saudade da Deise, vontade de tomar cerveja, e de fazer xixi também.
Espinha na testa, oleosidade da pele, meus cabelos caindo, choro na tv, que calorão, carro novo, corpo definido, 16 quilos a mais e final de ano chegando.
Viagem marcada, passagens na mão, sites e mais sites de turismo, buscar informações, explicações na TV, repórteres, “eu escapei”, tequila com sal e limão, Chivas 49 anos, Odone e Wagner Mancini, Sportv ao vivo, cachorro chorando, remédio para as costas, eu quero férias, beira da praia, Copa do Brasil ano que vem, Troca de Passes, baita bocudo, Pato Donald e vinho tinto.
Molho pra massa, churrasco e bom chimarrão, mãe cozinhando bem, “vamos jogar dados tio?”, bateria acabando, Mauricio Saraiva, contas a pagar, camisa azul, baiana cabelo sarará, maminha velha, cebola queimada, Johnnie Black Label, óculos estiloso, ninguém quer falar, coleção de celulares, pedido de desculpas concedido, carteirinha de sócio, roupa suja, pênalti repetido e desculpas esfarrapadas, trabalho honesto e digno, sem resultados, choro do dirigente, torcida organizada e herança maldita.
Ainda tô com vontade de fazer xixi, festa que virou tragédia, faltou competência, levar fuguetaço, papel de homem, terceira reunião do RPM, Conhaque Presidente, linha de baixo, Domingão do Faustão, arroto e rádio Guaíba.
“Me odeia e não sabe”, caixinha de chocolates azul, bíceps definido, cabelos brancos, climão de tristeza entre os jogadores, home theather, tv 29, DVD, NET, pés de galinha, tecladinho desgraçado, óleo Realce, lâmpada dicróica, 60 mil pensamentos por dia, a cada minuto somos pessoas melhores, coleção de ternos, conta pro tio, “fui andar de balanço”, cara de mau, Pica-Pau, manda repetir, camiseta amarela, amigo-secreto, o atual é corno manso, cheiro de salgado, barba por fazer, flanela xadrez, pinico do Barney, Vampeta se explicando, câmera analógica, Microsoft Word, vamos colaborar, planos sendo feitos, calça da Levis, elenco limitado, prescrição, código de processo penal, contratação de profissionais, “Alô!”, Nossa Senhora, apartamento novo, tá tudo no código, picada de mosquito e spaguetti cru.
Vestidinho rosa, sandalinha de lacinho, vizinho barulhento, céu azul, cortar as unhas, fotos da Espanha, Cléber Machado, atraso, Vade Mecum, Isoconazol, Philco, gavetas brancas, super tweeter Selenium, “Tá muito escuro Tio”, YouTube, boneca de plástico, pai chorando, galinha desfiada e açafrão, cor de vinho, mulher ridícula, Gol Geração 4, cabelinho de bicha, Ellen Jabour, espirro, amiga antiga teclando, formigas saúvas afogadas, seu Figueirinha, glândulas, filar refeição, acabou de entrar, ar-condicionado, cortinas brancas sujas e janelas abertas.
Macacos me mordam, diretora do colégio, Buscapé, Tony Ramos, auto-estima, sono complicado, bate-bate-bate na porta do céu, chinelo, brincos de argola, mandacaru, diminuiu pela metade, tá esfriando um pouco, com que roupa vou amanha, tenho sede, acabou o Chandelle, “e o remédio Rafael?”, Vale do Rio Doce, Iguatemi, bom-humor, estádio desabando, nevasca, acidentes na estrada, cancelamento do vôo, Zeca Camargo, cadeira branca, musica evangélica, trem lotado, punk de boutique, faz o que te deixa feliz e o Saudades-de-mim bombando na Unisinos.
Eu me gosto, o dia foi bom, tá tudo ótimo, a vida é bela...

E pede pra sair seu Zero-dois...

sábado, 1 de dezembro de 2007

Quem não cola não sai da escola...

Final de semestre. Ultimas duas semanas de provas.
Quantas e quantas vezes já passei por esta época estressante. Prova encima de prova, acumulo de trabalhos, matéria e mais matéria para estudar. Estou na metade da minha segunda graduação, e nunca, inclusive durante o Comércio Exterior inteiro, tive provas tão trabalhosas quanto estas.
Mas sempre tem do que rir, sempre. Seja de alguém nervoso que faz besteira durante uma avaliação, seja de alguém colando descaradamente.
Disseram-me para relatar aqui algumas que já vi por ai, sem citar autor claro, e deixando muito claro que nenhuma, nenhuma delas mesmo são de minha autoria.
Mas enfim... dia desses vi dois colegas discutindo qual seria o melhor lugar da sala para se sentar durante a prova, para que pudessem colar sem se preocupar. Um deles defendia que o ideal seria sentar no meio, nem na frente, nem atrás, nem na esquerda, nem na direita. O outro rebateu dizendo o seguinte:
- “Nada disso parceiro, tu tá errado. O melhor lugar é na esquerda e no fundo, o mais colado na janela possível.
- Tá, mas por quê?
- Porque dá pra ver onde o professor está na sala sem nem olhar pra ele, apenas olhando o reflexo dos vidros...”
Depois dessa eu vi um outro, que insistentemente olhava para as próprias calças durante a prova. Eu pesquei que ele estava colando, mas não sabia como. Quando se levantou eu vi: estava num papelzinho mínimo, impresso em fonte sete (a matéria toda estava lá), ele colocou-o embaixo do joelho, de modo que se quisesse consultá-lo, o único trabalho que tinha que fazer era afastar sentado as duas pernas. Mais tarde, descobri a sua lógica...
Segundo ele o problema de colar é manusear os papeizinhos, se fizer de maneira que não os manuseie, não vai haver problema algum.
Estes dias, me deparei com um outro rapaz riscando a parede. Sim, ele estava passando cola na parede, de modo que ninguém poderia acusá-lo e dizer que a cola era dele...
Bom, códigos com “up-grade” então... nem se fala... tem alguns por ai que devem estar pesando o dobro do peso original...
Mas a pior de todas, entre inúmeras outras, vi a alguns semestres atrás...
Saias super curtas eu não vejo a bastante tempo. Acho que entraram em desuso, até porque parecem meio vulgares... não precisa mostrar tanto... sei lá.
Só sei que havia uma menina que estava usando uma saia de uns dois palmos acima do joelho, durante a prova vivia levantando a tal da saia, quando levantava todos olhavam claro, inclusive o professor. Fiquei me perguntando qual era o objetivo daquilo, se seria distrair o pobre coitado ou simplesmente chamar a atenção dos colegas homens... mas o que se seguiu é que me surpreendeu...
Era cola. Era tudo cola. Ela escreveu a cola pra prova na coxa direita, sério mesmo. Juro pra vocês...
Como eu vi? Não vi. Juro.
Alguém me falou...

Ou melhor... o professor que me falou na outra semana...

Só não me pergunta como que ele viu ou ficou sabendo... só sei que tem gente que realmente... faz de tudo para passar...

Até se degradar...

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Comendo tatu... parte II - Final

(Continuação...)

- “Mas quem ensinou isto para esta menina”? – As pessoas se perguntavam.
A reação de nojo era geral e conjunta. Nesta hora, ninguém mais queria doar nada, e quem queria, desistiu.
Os homens, que tinham o prazer de olhar pro derriére da gostosona do João quando cruzavam-na pela calçada, passaram a enxergá-la como a mulher mais feia e nojenta da pequena cidadezinha. As mulheres, que antes eram invejosas pela beleza e simpatia da mesma, passaram a ter o que argumentar: - “Mas ela é uma porca”! – Diziam.
Mas nem ela nem o João se percebiam de seus defeitos higiênicos, ambos não tinham noção do quanto às pessoas os recriminavam por terem hábitos tão estranhos e condenáveis. Até os dois bandidos da pequena cela da delegacia argumentavam dizendo que “podemos ser ladrões de botijão de gás, mas pelo menos não comemos tatu nem cheiramos peido...”.
O João que era uma santa alma, coitado, passou a não entender o porquê que além das pessoas o evitarem, passaram a evitar também sua tão querida amada. Achava tudo um absurdo. Dizia que a cidadezinha era formada apenas por pessoas que não tinham compaixão para com os necessitados, que ninguém queria ajudar, e ninguém tinha bom coração... não se percebia que era por causa de seus hábitos que as pessoas não praticavam boas ações.
Até que um dia, a ficha repentinamente caiu. João primeiramente enxergou o absurdo que sua namorada praticava, para depois, através da cobrança dela (em resposta à dele, claro), enxergar a sua. A partir daquele momento, João jurou, e fez sua gostosa jurar também, que nunca mais seriam os mesmos porcões.

Passaram então, a fazer o que todos da cidadezinha faziam...

Tirar tatu e cheirar pum escondidos... em casa... sozinhos...


Moral da história: Como todo mundo faz porcaria em todos os aspectos da vida, tudo bem se tu fizeres também. Mas faz bem feito, e principalmente, faz escondido...

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Comendo tatu...

João era um cara bem legal. Adorava todo mundo, super educado, dava bom dia e boa tarde, perguntava “como é que tá”, dava conselho e ajudava. Tratava a todos muito bem, seja o juiz da cidadezinha onde morava, seja o papeleiro da rua que ele não fazia a mínima idéia quem era...
Ele realmente ajudava o próximo, era uma santa alma. Vivia fazendo doações, comida, brinquedos, roupas, arrecadava o que os vizinhos não queriam mais e destinava a quem necessitava. Dava esmolas, comprava doces e destribuía para crianças carentes, sentava e conversava, a fim de “ajudar o melhor possível” a todas elas. Todo mundo falava muito bem do João. Ele era muito querido e conhecido por todos. Todos diziam que “ele era uma criatura ótima, vive ajudando todo mundo, para o que precisar ele está ai.”

Mas o João tinha um defeito crucial...

Ele tirava tatu do nariz e comia...

Isso mesmo. Coisa mais horrenda...
Na maior cara dura, ele conversando com as pessoas na rua, falando do asilo de velhinhos que estava precisando de cobertores e tal, pedindo alguma doação ou algo assim, enfiava o dedo polegar da mão esquerda, que sempre teve uma unha enorme, na narina direita e tirava o maior tatuzão. As pessoas se assustavam com tamanha porquisse, e não acreditavam, simplesmente não acreditavam no que vinha a seguir: Ele, como se fosse a coisa mais natural do mundo, sequer tinha o trabalho de fazer uma bolinha... simplesmente pegava a sujeira retirada do nariz e que estava embaixo da unha, e limpava no dente canino esquerdo inferior, dava uma mastigadinha com cuidado nos dentes da frente, e engolia.
As pessoas se afastavam, tinha ânsias de vomito automáticas, faziam cara de nojo e proferiam “ecas” para todos os lados, não faziam questão alguma de disfarçar ou escutar o que João tinha pra dizer sobre os velhinhos que tilintavam de tanto frio. Simplesmente saiam correndo quase.
Uma vez ele escutou o seguinte comentário de uma senhora viúva com um vestido vermelho-cortina-floreado cheirando a pó Pelotense: “Se os velhinhos e as crianças comessem sujeira de nariz como o Sr., quem sabe não passariam tanta fome...”
O maior nojo. Mulher então, ele nunca arranjava nenhuma. E olha que ele era um amante/namorado/companheiro exemplar, bem apessoado, era e fazia tudo o que é considerado perfeito pelas mulheres, só não arranjava nenhuma porque tinha este péssimo hábito de higiene.
Mas contra toda e qualquer fama de porcão que ele poderia ter, um belo dia o improvável aconteceu: ele apareceu na praça central desfilando com uma baita gostosona, uma mistura de Alessandra Ambrósio com Tiazinha, altura com gostosura, corpo de modelo mas com curvas, peito-bunda-cintura fina, tudo na mais perfeita harmônia... e o rosto igual ao da Bruna Lombardi nas novelas da década de 70.
O pior de tudo: eles passeavam de mãos dadas e ele praticava o tal hábito vergonhoso na frente dela e de todos, como se dissesse através disto que ela não se importava com ele ser comilão de tatu. Muitas vezes comia o dito cujo e à beijava logo em seguida...
As pessoas se perguntavam como um sujeito tão porco podia namorar alguém tão bonita e perfeita. Pensavam muito, falavam sobre o assunto na barbearia, na prefeitura, no fórum, no café, no Banco do Brasil e na delegacia. Ninguém chegava a uma conclusão. O interesse das outras mulheres da cidade pelo João aumentou drasticamente, elas passaram a olhar para ele com outros olhares, passaram a ver as qualidades, a aparência física, subitamente se sentiam atraídas por ele, como que por feitiço. Os seus defeitos higiênicos estavam quase todos esquecendo. Mas ele só tinha olhos para a gostosona.
Mas pior: a tal moça gostava tanto do João que passou a acompanhá-lo nas suas peregrinações em prol dos necessitados. Quando ele passava de porta em porta pedindo alimentos para os velhinhos, ela estava junto, quando ele ia para a praça montar sua barraquinha de arrecadação de brinquedos para as crianças do orfanato, ela estava ao seu lado.

Até que um dia...

Enquanto João estava atendendo as muitas pessoas que queriam doar quantias variadas para a reforma da cozinha da creche, todos começaram a sentir um cheiro desagradável de ovo. Pior ainda, ovo com leite. Aquele cheiro que criança pequena tem quando, como por brincadeira, solta um pumzinho porque mamou muito e comeu ovo cozido. As únicas pessoas que não reclamavam era o João e sua gostosona, todos se abanavam, os mais exaltados chegavam até a cobrir o nariz com a gola da camisa, para tentar não cheirar aquele odor horrível.
A gostosona insistentemente cheirava a mão, e ninguém se dava muita conta disso. Até que alguém ficou analisando e percebeu o que estava acontecendo. E o porquê do João ter conseguido alguém tão atraente para namorar:

Ela botava a mão em concha na bunda para logo após levá-la ao nariz... ou seja...

Cheirava quase todo seu próprio peido...




(continua...)

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Pra que serve?

Já pensou alguma vez pra que serve?

- Plaqueta da Lei que está na porta do elevador: “Olhe para ver se o elevador encontra-se neste andar antes de entrar”;
- Bunda;
- Sombrancelha;
- Apêndice;
- Pêlos no sovaco;
- Rivalidade da dupla Grenal;
- Google Earth;
- Domínio do mar;
- Tatu de nariz;
- Coceira;
- Disciplinas de antrôpologia;
- Ajuda do Windows;
- Estralar os dedos;
- Olhar para o vaso e ver o que acabou de fazer;
- Cheirar meia suada;
- Varizes e celulites;
- Espinhas;
- Apertar o botão do elevador quando alguém já apertou;
- Sinal de aperte os cintos dentro do banheiro do avião;
- Orkut;
- Sinaleira de pedestres (ninguém respeita);
- Fazer “Fiu-Fiu”, chamar de “gostosa” ou algo parecido;
- Se vitimizar;
- Coelhinhos e pequenos corações desenhados no papel higiênico;
- Ex que torra a paciência;
- Adesivo com o próprio nome colado no pára-brisa do carro;
- Pior ainda: adesivo escrito “só diretoria” colado no pára-brisa do carro;
- Tatuagem com a cara da namorada desenhada;
- Morrer de ciúmes;
- Carteirinha de estudante sem comprovante de matrícula na entrada do cinema;
- Manual do proprietário do veículo;
- Teimosia exagerada;
- A pergunta aquela que a tia velha faz: “E as namorrada...”?
- 355 ml. de cada lado;
- Homem passar base na unha do pé;
- Calvície;
- Beber até vomitar;
- Passear no shopping sabendo que não vai comprar nada;
- “O problema não é contigo... é comigo...”;
- Dar passo maior que a perna sem precisar;
- Se auto-determinar “frio”;
- Justificar um defeito dizendo “eu sou assim e não consigo mudar...!”;
- Tele-atendimento de companhia telefônica;
- Assistir o final da novela que está passando no “Vale a pena ver de novo”;
- Feriados na terça ou na quinta;

- E segundo um professor meu: “Mulher não dar no primeiro encontro e dar no segundo...”.

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

"O segredo do Rafael"

Assisti ontem ao filme que todos comentam por ai, seja no café da esquina, nos corredores de fórum, no táxi, no aeroporto ou na barbearia: “O Segredo”.
Olha... fácil seria eu dar a minha opinião sobre ele, o problema é escolher as palavras certas para externar esta opinião. Ainda bem que podemos apagar o que escrevemos e começar de novo, graças ao Word (aprendi a datilografar nos antigos cursos de datilografia, nas velhas maquinas de escrever da Olivetti, apagar erros... nem pensar, gastei três meses da minha vida fazendo o tal curso, mas também, hoje escrevo mais rápido que datilógrafo de delegacia), posso escolhê-las o quanto eu quiser, e achar a ideal.
Acho que não precisa comentar no que se consiste o tal filme, todos já assistiram, se tu não, procures assistir. Comentarei apenas em qual proposta que o tal “segredo” se baseia. Alguns poderiam me dizer que esta proposta é apenas financeira, pois ele é um dos maiores caça-níqueis da história. Concordo. A velha e boa receita do “você quer, você pode, é só desejar” continua funcionando e vendendo mais que água mineral gelada no deserto (mas digo e repito: não há mal nenhum em querer ganhar dinheiro...). Mas acredito que não seja só isso... até porque as vendagens expressivas do tal DVD (dois milhões de cópias até agora) só vem a comprovar que se desejar e fizer bem feito, dá certo. A proposta, na melhor das hipóteses, poderia realmente ser revelar o segredo do sucesso? A tal lei da atração é tão séria que realmente pode ser comparada, por exemplo, com a lei da gravidade? É fato?
Dizem que os maiores da história usavam-na, desde Einstein até Ayrton Senna...
Mas olha só: será que realmente dá? É só desejar de maneira correta que o Universo conspira e as coisas se realizam? Sim. Atesto que é verdade. Acontece. Mas como sempre, tem um porém... não basta só desejar...
Aprendi isto de outras maneiras, através de outros métodos, estudando outros ensinamentos dentro da terapia cognitiva. Na verdade é aquela velha história de crenças que volta e meia escrevo por aqui. Aquela história de pensar positivo, de acreditar coisas diferentes sobre si mesmo, de crer no que parece ser impossível ou improvável, que os sentimentos mudam, as aparências mudam, o feedback muda e assim por diante, até fechar o circulo. Para parar de crer, temos que buscar evidencias em contrario, temos que colocar todas as certezas e crenças em julgamento, por exemplo: “eu não consigo ser feliz com ninguém” é uma crença, coloque isto em xeque. Será que realmente há algo que te impede de ter felicidade? Será que todas as pessoas que te envolveste no passado te fizeram infeliz? Tenho certeza que não é bem assim... e de que te darás conta que as coisas ocorreram de maneira diferente da que tu enxergavas. A partir daí, automaticamente a conclusão que tens sobre o assunto muda...
Se tu fores um teimoso, e continuar acreditando no que não é verdade, mudar continua sendo muito fácil, pensar insistentemente no contrário funciona mesmo que não tenhas (visíveis a ti) evidências de que estavas enganado (a), vai chegar uma hora que vira automático de qualquer maneira. No começo parece besteira pensar repetidamente coisas como “eu sou feliz-eu sou feliz-eu sou feliz”, mas quando chega à hora em que se percebe que a coisa andou – e por mais que eu esteja parecendo louco agora, atesto realmente que sim, esta hora chega – tudo muda. É só acreditar, daí tem que tirar a bunda da cadeira e ir atrás. E é ai que minha opinião difere da do filme.
O filme vende (literalmente) a idéia de que é só desejar ter a casa dos sonhos, o carro dos sonhos, a mulher dos sonhos, o relacionamento dos sonhos, que o universo passa a conspirar e os tais sonhos viram realidade. Desculpe gente, mas isto é uma mentira deslavada. Isto é só parte do que se tem que fazer. A parte difícil eles omitiram: tem que se esforçar para conseguir...
Nada cai do céu, só chuva e cocô de passarinho, já dizia um professor que tive no secundário. Não adianta só desejar com toda força e ficar sentado na poltrona esperando que um dia o desejo se realize. Tem que correr atrás, trabalhar, estudar, se esforçar arduamente, que um dia, junto com o desejo, as coisas acontecem. Posso dizer então, que o tal “segredo” pode ser traduzido não só em desejar, atrair, mas sim traçar objetivos e correr atrás, que realmente, as coisas acontecem.
O que eu não sabia, era que isso dava tão certo se produzido em larga escala. Não falo sobre os pensamentos positivos em si, mas sim sobre vender esta idéia em embalagem bonita. Se eu soubesse antes... já estaria rico agora. Omitiria também a parte do esforço pessoal, falaria que todo mundo é capaz apenas sonhando e desejando, e ganharia dinheiro.
Já imaginou? “O segredo do Rafael” seria o nome...

Mas enfim, quem disse que os caminhos da vida são fáceis?

Tem que querer tirar a bunda do lugar antes né... até pra vender idéias incompletas...

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

"Vida-vitrine..."

Não é a primeira vez que escrevo sobre isto, mas imagino que leitores novos realmente não leiam textos antigos, portanto, por vezes, tenho que deixar claro (não explicar) porque não relato meu cotidiano neste blog, o que faço, o que gosto, o que não gosto, com quem me relaciono, ou seja, minha vida particular. Como todo mundo faz alias...
Gente, pra não me prolongar muito, não sou adepto da política “vida-vitrine”, ou seja, não gosto de me expor assim fácil, de graça e de barbada. Pra quem já deve ter pesquisado, provavelmente percebeu que não tenho orkut, assim como outro perfil em qualquer site de relacionamentos.
Não entendo muito sobre esta questão, principalmente da necessidade que as pessoas têm de deixar claro para todos o que faz, para onde vai, com quem está, como está seu estado de espírito, seu físico, sua mente e tudo o mais... para mim, o tal “yogurt” não servia (sim, já tive um perfil...) nem para manter contato com as pessoas (todos que valem a pena eu o faço, seja pessoalmente, seja via outros meios de comunicação, como telefone, e-mail ou MSN. Pessoas/amizades novas eu procedo da mesma maneira...), nem para achar amigos antigos, ou o que fosse. Só servia para me incomodar sem receber beneficio algum em troca.
Não vejo necessidade e nem ao menos acho graça em ficar furunfando a vida dos outros também.
Não critico quem tem, nem quem gosta, apenas digo que é algo que não serve para mim... e que aprendi a viver sem. Não me faz falta alguma.
Mas enfim, se as pessoas têm curiosidade pra saber o que acontece comigo, por hora tenho apenas duas coisas para dizer:

To com uma baita dor de cabeça, e também to morrendo de rir de uma frase de caminhão que vi num pára-choque hoje cedo pela manhã, quando fui buscar minha querida sobrinha em casa:

“Se merda fosse dinheiro, pobre não teria bunda...”

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Eternas diferenças...

Antes de começar, um adendo: este texto está descrito sob forma de diálogo. Eu escrevi, daí mandei pra uma amiga que, por sua vez, não se conteve e teve que comentar. Acabou ficando uma mini-entrevista. Bem... como diriam aquelas vinhetas de comercial: confira o resultado a seguir...!


Estava estes dias pensando em sexo. E uma dúvida apareceu: Realmente os homens precisam mais de sexo do que as mulheres? Ou melhor: Os homens pensam mais em sexo do que as mulheres?

- Naaaaaaaaada a ver. A gente não pensa menos. Muito pelo contrário, tem dia que nossa... o que algumas – eu disse algumas – de nós fazemos é, às vezes, não colocar o sexo em primeiro plano. Infelizmente, a gente tem de sobra uma coisa chamada ocitocina (vale a pena pesquisar), um hormônio que nos faz ser mais bioquimicamente seletivas e necessitadas daquele famoso carinho de depois. Além disso, nossa descarga hormonal mensal garante que sejamos mais resistentes aos períodos de abstinência. E tem mais: a gente tem muita coisa pra se preocupar nessa vida e de fato, geralmente somos muito preocupadas, com tudo. Quem nos dera ter tanto tempo livre pra poder pensar mais em sexo!

Sempre ouvi isto de quem quer que seja, principalmente em situações intimas de casal... Poderia até ser verdade...?

- Como eu disse: naaaaaaaaada a ver! E não adianta gente, vamos ser sinceros e racionais: homens e mulheres são diferentes, não sei por que as pessoas acham isso tão difícil! Alias, deixa eu fazer um parêntese pro macheredo aqui: aloou!!!! Cara, não é só porque uma mulher disse que gosta de ti que ela quer casar e viver eternamente ao teu lado! Unimos sexo e sentimento porque, simplesmente, é muito melhor! Ok, fechei o parêntese. Outra hora conversamos mais sobre isso...

Procurando em sites de pesquisa, achei um estudo recente em que um grupo de pesquisadores analisou 30 homens e 30 mulheres, foram todos submetidos a exames realizados pelo aparelho de ressonância magnética, que mediu suas atividades cerebrais enquanto recebiam estímulos visuais como fotos, vídeos e sons eróticos. Ao final de cada teste, se tinha sempre a mesma certeza: descobria-se que duas áreas do cérebro, a amigdala e o hipotálamo, apresentaram maior atividade nos homens do que nas mulheres enquanto recebiam estímulos. Os homens apresentaram tais aumentos de atividade seja com fotos, vídeos e sons heterossexuais, seja também na mesma diversidade de material, só que contendo cenas de lesbianismo. Mulheres obtiveram resultado alarmante apenas em cenas de sexo entre homens e mulheres, e um pouco em material lésbico. Homem com homem dá jacaré pra ambos os sexos, segundo o estudo.
Mas continuando, as fotos foram exatamente as mesmas para os homens e para as mulheres, os vídeos também, e os sons idem. O resultado obtido foi óbvio: os homens apresentaram maior atividade cerebral do que as mulheres, enquanto eram submetidos a tais estímulos...

- Então tá. Mostra pra mulherada os poemas eróticos do Drummond pra ver se o apitinho da ressonância não dispara... ok, falamos em fotos, vídeos, preferências sexuais, sons... Mas ninguém falou em PALAVRA. E nós nos excitamos muito com palavras. Essas mesmas tais pesquisas afirmam também que as mulheres desenvolvem muito mais, desde cedo, o lado do cérebro responsável pela articulação da fala. Já diria o sábio Almodóvar: Fale com ela. Ou os homens (e eu acho que os pesquisadores citados eram todos do gênero masculino) ainda ignoram o fato de que as mulheres (pelo menos aquelas que se permitem) são capazes de gozar a qualquer hora, em qualquer lugar, só com um toque, um olhar ou uma palavra excitante? E tem outra coisa: mulher gosta de surpresa, de ação direta, de decisão. Não, não estou falando de homens das cavernas, mas sim daqueles que sabem e dizem o que querem. Isso é fundamentalmente excitante, tanto pra homens quanto para mulheres... ah, e tem mais: com tanta mulher pelada por aí, tanta cena de sexo gratuita, não me surpreende que isso não excite tanto - já diria Kissinger, especialmente sobre as mulheres... (outra pesquisa que vale a pena verificar ou ver o filme!). Portanto, há diferenças sim, mas elas tangem apenas no que diz respeito à diversidade de como os gêneros se excitam... e não a quantidade de excitação.

Ou seja, macaco gosta de banana? Coelho gosta de cenoura? Cachorro come carne de churrasco? Formiga gosta de açúcar? Homens têm sexo na cabeça?
Não precisava de um grupo de pesquisadores fazendo um estudo minucioso para descobrir esta resposta óbvia...

- Hum... nada a declarar, só a concordar!!!!

Mas este assunto me gerou dúvidas sobre outro, digamos, um tanto fisiológico, relacionado à sexualidade humana... E por mais que alguns possam achar nojento eu escrever sobre isto (eu não acho), aí vai:
Mulheres realmente podem ejacular...?
Na minha opinião sim, podem. Quero saber a tua. Todo mundo já deve ter ouvido falar nisto (ou talvez até visto). Existem mulheres que realmente conseguem ejacular durante uma relação, no momento do clímax. Agora... A questão que levanta curiosidade mesmo diz respeito ao que a mulher ejacula... Esperma que não é, é claro...
De novo segundo estudos que encontrei na internet, o tal líquido se trata da fosfatase do ácido prostático, ou seja, é o mesmo composto encontrado na ejaculação masculina e sua origem está na próstata.
Ai minha surpresa, e outra pergunta...
...
Mulheres também têm próstata?????
...
Encontrei informações sobre as tais glândulas chamadas de parauretrais, que não sei se ficam perto do mesmo lugar que no corpo masculino, mas que agora sei que existem. É bastante provável portanto, que todas (!) as mulheres possam ejacular de fato. Mas conseguir este feito parece realmente difícil.
Dizem as entendidas no assunto que tem que forçar... Como se fosse tentar expelir algo durante o clímax. Ai já não faz parte do meu departamento...

- Vamos por partes, como diria Jack... Sim, é possível. E não, não parece tão difícil. Digamos que a respiração e a contração no baixo-ventre são grandes aliadas...

Agora, que seria “diferente” realmente ver isto acontecer, seria.
Será que as mulheres perderiam o poder de fingir e enganar os homens na cama...?

- Não se engane, não seria tão diferente. Porque convenhamos, os filmes pornôs dão uma aumentada na coisa toda... quanto as mulheres perderem o poder de enganar os homens, só deixo uma bolinha quicando: Será que a gente perderia o poder de enganar vocês...? Uma velha amiga minha tem uma frase ótima que resume a última questão: se Hitler fosse mulher, não tinha sobrado nada...

Porque o que faltou foi estratégia...!

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Madrugada meio fria...

Como é fácil se cansar do que não é nosso. Principalmente de atitudes, ações, palavras e sentimentos que não fazem parte de nós.
As pessoas são diferentes, eu sei. As pessoas pensam, analisam, constatam e sentem tudo de maneira diferente. O que é normal pode ser problema, o que é característica pode ser intragável.
E é. Tem coisas que são intragáveis. Tem coisas que realmente, não há como, nem se houvesse vontade, de se aceitar. Erros e atitudes motivadas pela impetuosidade para mim, em caso particular, fazem parte deste conceito. Mas como as coisas são engraçadas... ou melhor, funcionam de maneira engraçada...
É incrível que a intolerância, por vezes, possa se multiplicar. Melhor. Mudo o que disse: A intolerância na grande maioria das vezes se multiplica.
Explico: Quando alguém age com intolerância, principalmente estando errada de maneira que chega a ser vergonhosa depois, acaba por despertar um sentimento de intolerância de terceiros para consigo, ou seja, a intolerância da própria intolerância. E o pior... intolerância a criticas (totalmente fundamentadas) gera uma intolerância contrária enorme...
Busco confirmações, procuro (vezes acontece o contrário) sempre agir e principalmente sentir, só quando confirmo algo. Não consigo ser vago, analisar vagamente. Até porque penso que sempre que imaginamos, ou melhor, constatamos algo apenas baseado apenas na nossa analise alta, estamos altamente sujeitos aos erros. Portanto, acredito é claro, que o ideal seja que as pessoas agissem da mesma maneira. Sonho meu, puro sonho...
Como escrevi algumas linhas acima: é muito fácil cansar do que não faz parte de nós. É difícil aceitar ações e atitudes baseadas em nada, no que não aconteceu, ou melhor, baseadas apenas na impetuosidade. E como todos sabem: impetuosidade e lucidez são estão longe de serem sinônimos...
Cansa. Cansa muito ter de lidar com a tal impetuosidade compulsiva e exagerada. Cansa demais ter que se preocupar com o improvável, com o imprevisível e muitas vezes, com o impossível de se acontecer, mas que acontece...
Impetuosidade e intolerância. Palavras que nesta madrugada meio fria não me saem da cabeça. Penso sem parar nisto, como se os pensamentos que tenho agora viessem a me trazer alguma solução (não acredito que isto aconteça). E como não tenho a quem, neste momento/nesta hora, falar, conversar ou escrever, decidi escrever para mim mesmo.
Duvidas. Muitas duvidas. Incertezas sobre o futuro. Raiva e aquele sentimento de injustiça cometida pelos outros rondam a minha consciência (se é que ela está ativa agora). Sinto-me um pouco mal neste momento, admito. Mas isto, dizem, é natural. E o melhor: dizem por ai que passa. Dizem que “abrir-se” é o remédio.
Reflexões públicas nunca foram meu forte. Mas nos últimos tempos, não estão me parecendo tão absurdas assim. Não que minha vida deva se tornar um livro aberto com o marca texto amarelo ressaltando as linhas que falam “será”. Mas realmente, é difícil guardar as duvidas num baú, exclusivamente para nós. Escrever ajuda claro, e se expor dá certo, atrai quem lê. Mas mesmo assim não concordo. E não vai ser o que vou fazer agora.
Contudo, penso que alivia. Escrever alivia muito. Ler o que escrevi no passado também ajuda. Muitas vezes palavras de incentivo (soluções) estão ali, contidas em papeis velhos, em arquivos do Word, ou até mesmo, dentro do nosso próprio blog. E foi o que aconteceu neste momento. Ou não.
Como é bom arquivar estas coisas em um lugar que a gente sabe que não vai se perder (não na nossa cabeça). Por exemplo: li agorinha mesmo um texto meu que diz que temos que tentar dar certo, que devemos ter mais paciência, mais do que já temos. E o mais importante: que temos que procurar gostar de quem está ao nosso lado. Mas ai é que tá: não sei se estou fazendo isto agora, ou melhor, tenho que esperar a poeira baixar para retirar as minhas confirmações. Mas será que dá pra retirar minhas conclusões do improvável? Do incerto? Do imprevisível? Ou melhor, resumindo estas três perguntas em duas:

Da impetuosidade que não é nossa...?

Da impetuosidade aquela, que acaba com qualquer empolgação...?

domingo, 4 de novembro de 2007

"Ahm... cerveja!"

Ontem eu tomei cerveja. Não só tomei, bebi.
Existe esta diferença. Tomar é quando se ingere pouca bebida e se aprecia o que se está ingerindo. Beber é quando se bebe mesmo, em grandes quantidades, quente ou gelada, de qualquer marca, gosto ou preço. Pouco importa os detalhes, o que vale é ingerir muito.
Mas enfim, não vou escrever sobre isto agora. Mas sim sobre umas perguntinhas que me fizeram estes tempos, e que claro, desperta curiosidade de qualquer cervejeiro:
De onde vem a cerveja? Onde ela foi inventada? Como ela é produzida? Porque, mas porque que ela é tão boa....?
Primeira curiosidade: acredita-se que a cerveja seja a primeira bebida alcoolica desenvolvida pelo homem. Isto porque há indicios de que a cerveja já era conhecida pelo mesopotamios e pelos egípcios, desde pelo menos 4 mil anos antes de Cristo. A primeiríssima-primeira notícia que se tem da cerveja vem de 2350 a.c., isto pois arqueólogos encontraram indícios escritos na Babilônia, como se fossem hinos, hinos a Deusa Ninkasi, a deusa da cerveja (companheiros, alguém já imaginou que existia uma deusa a mais para venerar? Ou de que, de alguma maneira poderemos nos utilizar da desculpa de que beber cerveja, na verdade seria uma experiência religiosa?). Alias, neste hinos estão contidos indícios também da existência de varios tipos de cerveja, originadas de diversas combinações de plantas e aromas, e o uso de diversas quantidades de mel. Para se ter uma idéia, no Código de Hammurabi, rei da Babilonia, incluia-se varias leis de comercialização, fabricação e consumo da cerveja nas tabernas. Já no Egito, a cerveja foi desenvolvida para que pessoas que não tinham dinheiro para pagar pelo vinho, pudessem beber. O faraó Ramsés III, para se ter uma idéia, era conhecido como o “faraó cervejeiro”, chegando a ter armazenados, segundo escritos, mais de 1 milhão de litros. Mas o que é a cerveja mesmo? Resposta objetiva: A cerveja é uma bebida produzida a partir da fermentação de cereais maltados como a cevada, Uma cerveja é qualquer uma das variedades de bebidas alcoólicas produzidas pela fermentação de matéria com amido, derivada de cereais ou de outras fontes vegetais. Como os ingredientes usados para fazer cerveja diferem de acordo com o local, as características (tipo, sabor e cor) variam amplamente.
Alias, pesquisando descobri também que praticamente qualquer açucar ou alimento que contenha amido pode, de maneira totalmente natural, sofrer fermentação. Assim, até acidentalmente, bebidas semelhantes à cerveja podem ter sido inventadas em diversas sociedades em redor do mundo. A regra era mais ou menos a seguinte: quem produzia cereais em geral, não só tinha possibilidades como produzia cerveja.
Especificando um pouco mais, as cervejas são feitas com água, cevada maltada e lúpulo, fermentadas por levedura. O que me chamou atenção também foi o fato de que claro, a qualidade da água determina e muito a qualidade do produto final, a cerveja. Mas isto para quem é cervejeiro, é fácilimo de constatar, até porque a antiga cerveja Numero 1 já não é mais nem de perto a primeira colocada, isto porque era fabricada com agua mineral, e passou a ser com agua da bica mesmo, perdendo muito de sua qualidade e sabor. O lúpulo é o ingrediente que se usa para dar o gostinho de amargo tragável que a cerveja tem, e é utilizado também para preservá-la.
Bebidas fermentadas costumam ter baixo teor alcoolico, em torno de 4 a 6%, bem pouco, em comparação com as bebidas destiladas por exemplo (whisky, cachaça, tequila...), que tem em torno de 30 e até 70 (!) porcento. Com a cerveja não é diferente, as comuns, chamadas pilsens, tem estes teores, agora as lights, ou as que tem como proposta serem mais fraquinhas, não passam de 2 ou 3%.
Enfim, o porque cerveja dá tanto prazer, não sei explicar. Até porque tem gente que não tem gosto algum, ou seja, estando gelada desce redondo do mesmo jeito. Eu já não. Se for para escolher, prefiro as mais fortinhas e frutadas, ou melhor, aquelas que todo mundo pede ou adora, como a Serra-Malte, a Bohemia, a Coruja ou a Brahma-Extra. Contudo, sendo de graça, ou melhor, sendo oferecida por outros... qualquer uma vai... o problema é a ressaca barbara de agora... ai pra essa não tem preferência, receita ou desculpa esfarrapada...

Só arrependimento e aspirina...

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Marcelo e suas dúvidas...

( Texto que define gostos e opiniões DO MARCELO. Não minhas. Todos sabem pra que time eu torço...)

- “Se tu fosses um super herói, qual deles seria?” – Perguntei para o Marcelo.
- “Sinceramente. Estou em dúvida. As vezes eu gostaria de ter os poderes do Batman, usar capa preta, andar de carrão a jato, motão e avião de guerra particular pra lá e pra cá, fascinar as mulheres com meus mistérios, ser um atleta perfeito, lutar bem, ter uma cinta que além de segurar as calças, tem mil e uma utilidades... mas se bem que esta história de ter um “super amiguinho” e usar pochete não rola...
- Quem então?
- Também já quis ser o Super Homem, poder voar por ai em velocidade super sônica sem ajuda de nenhum propulsor (inclusive para o espaço), força ilimitada, ter duas identidades (as vezes isto me seria muito útil), visão de raio-x (mais útil ainda...), ser repórter de um grande jornal, viver em uma grande metrópole, poder trocar de roupa tão rápido que ninguém veria, apagar memórias apenas com um beijo, poder tomar trago sem ficar bêbado... mas pensando bem, eu teria que andar por ai de cuequinha vermelha e também nunca ia poder me gabar dos meus super poderes pra nenhum parceiro tomando cerveja... chato...
- Esses dois não então. Quem tu poderia ser?
- O Homem Aranha... seria uma boa. Poder me locomover de prédio em prédio apenas com um pulo ou com um lançar de teia, ser aclamado pelo público e temido pelos inimigos, defender os fracos, ajudar os oprimidos, ter um sentido aranha tão forte e aguçado que seria capaz prever uma situação de perigo antes que ela acontecesse... mas enfim, viver na pindaíba eu não quero, e pior ainda: usar um uniforme vermelho de borracha coladinho na bunda. Daqui a um pouco já iam me chamar pra fazer parte de uma dublagem traveca na Farrapos...
- Marcelo, te define duma vez que eu já to perdendo a paciência com a tua resposta...
- Tá bom... eu poderia ser o Flash também. Correr em velocidades maiores que de um raio. Mas com toda certeza eu ia me emputecer de usar tiarinha de raiozinho na cabeça... Hummm... talvez um dos Cavaleiros do Zodíaco. Talvez o Yoga, o Shiryu ou o Iky. Poder lançar golpes flamejantes na velocidade da luz nos inimigos, acompanhados todos de um grito de guerra seria bem legal. Mas se bem que todos eles não tem nem um casinho com uma mulher que seja, e além do que, na minha opinião, não receber nem um pila por servir de guarda costas para uma suposta Deusa... isso é o cumulo. Eu ia viver de que?
- Mas então. Tu tens que pensar bem, quem tu gostaria de ser?
- O He-Man! Ele seria legal! Ser um príncipe super bem de vida, ter um tigre de estimação, viver em um autentico castelo, ser tri fortão sem nem precisar malhar, me transformar em super herói apenas com um berro e ainda por cima, ter uma namorada super bonita. Mas se bem que eu não ia gostar que tu e o Paulo ficassem me dizendo toda hora que a minha irmã é gostosa...
- Marcelo... por favor... quem...
O Wolverine então! Ser um mutante com fator de cura rápida ia ser o máximo. Fumar charuto toda hora, beber cerveja, ter esqueleto de metal indestrutível e ainda por cima ter garras que cortam até um carro pelo meio, e que saem pelas mãos quando eu quiser...bah, muito legal... Agora, ter suvaqueira peluda, usar camiseta física, ser solitário, e não lembrar nada do meu passado não ia ser bom...
- Bah! Mas que chato que tu é! Enxerga problema em tudo... diz um super-heroi que tu gostaria de ser e pronto! Para de pensar nos defeitos de todo mundo...”
- Ta bom. Então eu seria... ahm... seria...
- Diz logo!” - Eu, já impaciente, esperando me livrar da resposta enrolada que ele tava me dando.
- “O Chapolim!
- O Chapolim?
- É! Ele mesmo!
- Tá mas porquê?
- Já imaginou? Tomar pílula de nanicolina e passar por baixo da porta, ter uma marreta biônica, anteninhas de vinil que captassem o perigo, fazer parte de uma série de TV que não acaba nunca mais e além do que... imagina... além do que tem mais um detalhe muito importante...
- Até agora ele não teria nada de extraordinário em comparação com os outros. O que seria?” – Perguntei.
- “Ele é colorado...!”

terça-feira, 30 de outubro de 2007

Ignorância de quem usa cartolas

O Brasil vai sediar a copa. Hoje confirmaram. Que bom. Mais do que bom, que ótimo.
Digo isto não pelo fato de que teremos os mais festejados jogos de futebol no quintal de nossa casa, que por si só já seriam motivo de total alegria. Digo, pois creio piamente que nesses sete anos que faltam para a copa do mundo de 2014, muita coisa neste país vai melhorar. Ou melhor, muita coisa vai ter que melhorar obrigatoriamente, e quem colhe os louros disso somos nós, povo brasileiro.
Sinceramente, havemos de concordar que se a copa fosse hoje, não haveria nem como querer realizar tais jogos por aqui. Não há estrutura, e não estou falando apenas de arquibancadas ou salas de imprensa, estou falando de segurança, trânsito, hospitais, rede hoteleira, e tantas outras coisas. Isto vai melhorar muito até lá. Há esta obrigação agora, de que haja vontade política para que as coisas ocorram.
Mas tem coisas que sinceramente, me deixam muito triste e sensibilizado. Falo agora não como torcedor, nem como gaúcho, mas como ser humano que zela pelo bem estar e segurança não só de si ou de seus entes queridos, mas de todos, e que cobra de qualquer um que seja, gremista ou colorado, retratação por atitudes que venham a causar problemas ao próximo.
Com o tempo considero que evolui como torcedor. Não que tenha deixado a paixão pelo meu clube de lado, mas o que deixei de lado foi o fanatismo horrendo e doentio que tinha. Explico: deixei de pensar que o time para qual torço é algo que seja tão determinante assim... me trás alegrias e tristezas claro, mas não é nada que justifique um dia de mau humor por exemplo. Mas sem enrolar muito, vou direto ao ponto.
Tem outra coisa que eu gostaria de ver mudada, que também é motivo de preocupação social não só por parte de autoridades, mas também por inúmeros pais e mães que estão por ai, preocupados com o fato de seus filhos estarem indo para os estádios assistirem jogos de futebol. Não estou falando da violência em si, mas sim do que a antecede: rivalidade futebolística.
Li uma notícia agora que me deixou profundamente consternado. Um cartola gaúcho, Sr. Vitório Píffero, deu uma infeliz declaração enfogueirando ainda mais a rivalidade já periclitante entre os torcedores da dupla Gre-Nal. Disse que a copa do mundo é um orgulho não só brasileiro e gaúcho, mas principalmente colorado. Disse mais ainda, que o fato de o Beira-Rio ser uma das prováveis sedes dos jogos é algo que desperta a mais profunda ira e inveja do clube rival. Vou frisar novamente: o que escreverei agora não é escrito por um torcedor, mas sim por um ser humano.
Sr. Vitório: O Senhor ou seus filhos, freqüentam as arquibancadas do beira-rio, ou do olímpico monumental? O Senhor ou seus filhos, andam pelas ruas em dias de jogos, vestindo camisetas dos clubes para os quais torcem? O Senhor ou seus filhos, estão a par da tamanha violência e periculosidade que é hoje em dia, falar sobre futebol em qualquer lugar que seja? O senhor sabe o que está acontecendo? Sinceramente, não acredito que saiba. Se soubesse, não falaria o que fala.
A rivalidade hoje é tamanha, mas tamanha, que ou pessoas de bom senso param de falar sobre futebol, ou passam perigo discutindo, entende? As pessoas nas ruas perderam o juízo do que é aceitável nestes casos. Não é raro ou incomum que alguns até percam suas vidas em discussões bobas, ou agressões que são motivadas pelo simples fato de estarem vestindo uma camiseta que representa a sua preferência futebolística.
Respeitado Presidente, peço não só ao Senhor, mas sim também a todos que neste momento estão lendo este artigo, que pensem a respeito das declarações proferidas através da imprensa. O reflexo disto pode ser, por exemplo, a morte de alguém, que vem a participar de alguma discussão inflamada no boteco da esquina, inflamado e incitado pela noticia que leu no jornal, onde o seu presidente de clube ridiculariza o lado contrario pelo grande fato de seu estádio estar talvez entre um dos escolhidos para sediar uma copa do mundo. Esta morte é justificável? Isto pode ser considerado normal?
Não. E não há nada que me convença do contrário. Futebol é motivo de alegrias e entretenimentos. Não é motivo para qualquer manifestação infeliz que incita a violência, e possíveis mortes até. Não é mesmo.

Já perdi amigos nesta guerra, alguns gremistas, alguns colorados, todos iguais em meu coração. Todos foram mortos por discussões banais e violência totalmente desnecessária, que decorria dessa rivalidade doentia que existe entre nós, seres humanos pensantes, gaúchos e torcedores da dupla Gre-Nal.
Uma parcela de culpa é sim Senhor, dos senhores colorados e gremistas, que acham que suas palavras não vão ecoar por ai, na cabeça oca dos torcedores mais fanáticos, aqueles que agem como animais, e gostam de uma boa briga motivada-por-motivo-algum...

Espero sinceramente, que esta Copa do Mundo seja otimamente sediada onde quer que seja, no Beira-Rio, na Arena Gremista, ou no estádio do Sapucaiense. E que nós, o povo gaúcho, tenhamos as melhores condições possíveis para acompanhar este evento que pode ser classificado como um dos mais importantes mundialmente. Mas o que realmente espero, é que desperte a consciência na cabeça de todos, de que a vida humana e o bem estar geral é o que mais vale.

E também que nossos cartolas, que mais parecem quepes sujos de graxa, tomem consciência disto...

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Da série: "Mistérios do corpo humano" - O retorno...

Voltei para esta série. Atendendo a inúmeros pedidos...
E como de praxe, escreverei sobre um assunto que é quase inesgotável: os efeitos do álcool no nosso organismo...

A primeira pergunta foi feita por uma amiga, que no exato momento estava assistindo um desenho do Pica-Pau onde o São Bernardo com o barrilzinho no pescoço socorria alguém que estava congelando.

- “Realmente a bebida alcoólica faz o corpo esquentar”?

Infelizmente, não. Para se aquecer qualquer tipo de bebida não serve para nada. Na verdade, como ela retira um pouco a capacidade dos nossos sentidos, o seu consumo quando se está passando frio tem por conseqüência amortecer um pouco o nosso tato. Já explico o porquê, mas já vou dizendo que aquela situação clássica do desenho, não existe. O que acontece é justamente o contrário, o consumo de bebidas alcoólicas pode ser perigosíssimo nas condições de extremo frio, já que ele diminui a circulação de sangue, o que aumenta a perda de calor e piora em casos de congelamento. Mas com a baixa circulação de sangue, nossos sentidos “desaceleram” por assim dizer, e perdemos um pouco a capacidade de sentir frio e calor.

Esta outra pergunta me foi feita pela parentada Italiana lá de Guaporé, que adora beber vinho e bradar a todos os ventos que estão, ao invés de procurando se entorpecer, cuidando de suas respectivas saúdes.

- “É verdade que vinho faz bem para o coração”?

Confesso que esta resposta eu já sabia, e imagino que todos tem uma certa noção, até porque está idéia é amplamente difundida. Todo mundo escutou ou conhece alguém que ouviu do médico que um cálice de vinho durante as refeições pode prevenir infartos.
O que existe de concreto são estudos de campo que atestam que os povos que mais ingerem vinhos, os europeus, apesar da dieta riquíssima em gordura e de serem em sua maioria fumantes compulsivos e inveterados, tem em sua população geral um número de doenças cardíacas muito abaixo do esperado.
É obvio que o consumo moderado de vinho, ou de bebidas alcoólicas, está intimamente ligado a este fato, e há continuações: o vinho também está associado à redução do risco de desenvolver alguns tipos de câncer, arteriosclerose e até mesmo gripes e pneumonias.

Agora, não dá pra exagerar viu gente...

Não vamos fazer como o famigerado tio aquele, que bebe duas garrafas de vinho a cada refeição... e ainda diz, com a maior cara lavada que foi o médico que mandou.

Ele argumenta dizendo que “a cama pode até rodar, mas que eu não terei ataque cardíaco enquanto roda, não terei...”

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Pensando em ti, minha Véia...

Segunda feira, oito horas da manhã, e já estou com saudades de ti. Com vontade de te ver.
A vida está mudando, já não é mais a mesma. Parece que as coisas, estando sozinho apenas, já não são mais inteiras. A falta que sinto de ti é a memória que meus sentimentos bons possuem, é algo que não me traz estranheza, mas nunca deixa de ser estranha. É algo impalpável, invisível, inodora, mas você a sente, sabe que ela está contigo, e a dor gostosa que ela causa é algo que não tem outra maneira como acalmar, apenas te reencontrando ou na tua presença.
Por vezes, sinto saudade do cheiro ótimo dos teus cabelos, do gosto, dos carinhos que me fazes, da tua cara de sono, do calor do teu rosto e do teu oi. Mas o mais engraçado é que mesmo quando a saudade vai embora, eu sinto saudades da própria saudade. Mas nesse caso ela não transborda nem me escorre pelos olhos... muito pelo contrário. Acabo sempre com aquele olhar...
Isso porque ela nunca deixa de ser uma lembrança nostálgica, mesmo que seja assim, de um par de horas atrás. E por mais que neguemos, não é só o museu que vive de passado, como ele, vivemos das lembranças presentes que o passado nos coloca minuto após minuto.
É claro, a saudade precisa de distancia para crescer, mas apesar da mesma, saber que estar tão próximo através de ti é reconfortante, até porque a distancia separa os olhares, mas não os sentimentos bons. A ausência aumenta as paixões, nos torna pessoas mais macias e fáceis. Pode até ser complicado de lidar, mas se encaminhar sempre de maneira correta, trás benefícios. Saudade nos desperta e relembra coisas a muito guardadas no fundo das gavetas de onde os sentimentos são criados, movimenta lados que já nem percebíamos que tínhamos ou que podíamos vir a chacoalhar um dia.
A tua distancia me causa saudades, mas não me causa esquecimento. Até porque só esquecemos o que não sentimos, e o sentimento vem do lugar diferente que a razão. A saudade é um sentimento que não é provido da razão.
Aquele que inventou a distancia, não conhecia a saudade, e muito menos os seus dois lados, o prazeroso e o sofrido. E a diferença entre os dois pode ser definida pelo nível de ausência. A saudade acontece em decorrência da ausência, todos sabem, mas é a ausência com ao menos perspectivas de definitiva que acaba por fazer sofrer sentindo imensa falta. E como dói. Mas passa. Não que esquecemos, mas apenas aprendemos a viver sem. Para sempre é muito tempo, e o tempo só pára através da falta, que um dia ameniza... mas enfim... esse não é nem de perto o nosso caso, mas era algo que eu queria te dizer mesmo assim...
Voltando a nós, ter saudade é muito melhor do que caminhar sozinho. Não importa se tu estas à apenas algumas quadras de mim, ou se estas do outro lado do estado, o que importa é que tu existes e fazes parte do contexto atual de minha vida, e sentir falta de ti chega a ter gosto doce...
Ensinaram-me uma vez: Viver de maneira que nossa presença não seja notada, mas que nossa ausência seja sentida, fazer de nossa ausência o bastante para que alguém sinta nossa falta, mas sem prolongá-la demais, porque este alguém pode aprender a viver sem.

Em cada momento há contido um pensamento. E em cada pensamento, há uma saudade. Em cada saudade que sinto, te vejo... quando te vejo, renovo minhas esperanças...

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Frases urbanas...

Frases e palavras simples, que são as que mais ouvimos na rotina urbana. Garanto que todos nós já as escutamos alguma vez na vida, seja de quem for:

- “Será que chove”?
- “Pamonha! Pamonha! Pamonha fresquinha”!
- “Como tá frio hoje”!
- “Aposto que é só uma garoa...”.
- “Ué! Tá chovendo”?
- “Que calor né”?
- “Vem, vem, pode vim, agora, isso, desfaz, desfaz...”!
- “Alô”!
- “Passinho pro fundo do carro ae, por favor”!
- “O que seria”?
- “Que mais pro senhor”?
- “Bom dia, vai para onde”?
- “Que dia que é hoje mesmo”?
- “Não entendi...”.
- “Não tem, acabou”.
- “Onde que tá”?
- “Ai que canseira... to com uma preguiça”!
- “Mas eu não consigo...”.
- “Tem mais é que matar mesmo”!
- “Sejamos realistas...”.
- “Quer um cafezinho”?
- “O senhor nos perdoe, mas o sistema está fora do ar...”.
- “Me caiu os butiá do bolso”!
- “Tu vem sempre aqui”?
- “Sabe onde que é”?
- “Amor da minha vida, minha patente entupida...”.
- “Tem prova hoje”?
- “Me dá uma carona”?
- “Tem fogo”?
- “To fudido e mal pago”!
- “Que cheiro ruim...”.
- “E o teu time, como tá”?
- “Já to atrasado...”
- “Tem uma moedinha ai tio”?
- “Puta que pariu, agora fudeu”!
- “Bah, que gostosa”!
- “Qual o andar”?
- “Quer com alho e pimenta”?
- “Mas será o pé do benedito...”!
- “Mas nem fudendo que eu faço isso...”!
- “Eu não sei como que faz...”.
- “Lá vem o caminhão do gás... gás, da Liquigás...”.
- “Olha o piiiicoooléééé cremôs....”!
- “Ceva, refri e águaaaa...”!
- “Ai como eu to gorda...”.
- “Habilitação e documentos do veículo, por favor...”.
- “Leva um casaquinho...”.
- “O que não mata engorda”.
- “Se for, já foi”!
- “Ai páraaaaa”!
- “Nem te conto o que aconteceu... to com uma saindo do forno...”.
- “Deixa de ser chato guri”!
- “Cedêêêêê! Devedêêêêêê...”!

E a clássica:

- “Compro vale! Vendo vale”!

domingo, 14 de outubro de 2007

Pérolas do Perfil...

Eu nunca havia jogado “Perfil”.
Vocês conhecem?
É um jogo que envolve alguns participantes envolta de um tabuleiro, dicas, adivinhações e muita cultura inútil, aquele tipo de cultura que geralmente quem faz muita palavra cruzada acumula.
Gostei, o jogo é ótimo. To pensando até em comprar um pra mim. Não só porque o jogo em si é divertido, mas também porque as pérolas que saem durante as horas gastas jogando são realmente... pérolas.
Enfim, sexta agora eu cheguei a anotar as que saíram. E aqui vai a lista das mesmas, acompanhadas de seus respectivos autores:

- “O avião e o dirigível foram inventados na década de 60...”. – Paulo, perdido no ar...
- “Célebro algo”. – Marcelo, querendo dizer que algo era celebrado...
- “Autor? Seria o Adriano Suassena?” – Pedrita, querendo falar sobre Ariano Suassuna...
- “Buceta e Camisinha causam danos aos dentes...” – Paulo é óbvio, do nada.
- “Diretor de cinema? Vúzi Allen!” – Pedrita, seria Woody Allen?
- “A União Soviética pertenceu à Rússia...”. – Marcelo, que não sabia patavina do que estava falando.
- “Em 1986 houve uma festa no Coliseu, que destruiu o lugar daquele jeito...”. – Paulo, tentando explicar a deterioração dos monumentos milenares e históricos.
- “O cigarro pode soltar bomba”! – Marcelo, enquanto acendia um Carlton.
- “Água Viva é uma cidade”. – Marcelo, boiando.
- “Napoleão Bonaparte brigou com D. Pedro II”. – Paulo, se perdendo no tempo...
- “Os anos enxergam muito...”. – Paulo, querendo dizer sabe-se lá o que...
- “Luiz Pasteur não fez o ópio...!” – Marcelo, também perdido entre os inventores...
- “As pirâmides do Egito foram construídas sobre ruínas Romanas...”. – Pedrita, mostrando todas as suas noções de geografia...
- “A Emilia do Sitio do Pica Pau Amarelo é uma lição de anatomia”. – Marcelo, sem comentários...
- “Existe uma cidade chamada Morte e Vida Severina! Eu juro”! – Paulo, viajando em direção a este lugar talvez...
- “O integrante mais importante da banda de forró é aquele véinho... aquele... aquele que fica fazendo Nhãm-Nhãm...”. – Paulo, quase um Luis Gonzaga.
- “Os dois maiores times do Rio Grande do Sul são o Internacional e o... o... (fazendo cara de quem não lembra)... o Rio Grande”!. – Marcelo, que é Paulista...
- “Monteiro Lobato era holandês! Eu sei que era”! – Paulo, viajando um pouquinho mais longe...
- “Mandela era filho de imigrantes espanhóis...”. – Pedrita, mostrando que sabe tudo de África do Sul.
- “Lugar que o Papa mora? A Itália claro”! – Pedrita, mostrando que é católica fervorosa...

E para terminar, a melhor de todas:

- “O vento é uma quantidade enorme de ar que se mexe..., portanto, o ar é o vento inerte”. – Alguém, que para própria sorte, não consegui identificar...

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Evolução = tranquilidade?

Qual é a sua idade...?

Pergunta básica.

Você sabe...?

É complicado para alguns responderem. Não porque não se sabe a data do nascimento...
O que acontece é que muitos não têm muita noção do que é comemorar aniversário e evoluir...
Digo isso pelo assombro que me causa, ver a grande maioria chegar a idades que na verdade não são suas. Muita gente chegando aos 20 e poucos, 20 e muitos, 30 e poucos... continuando a ser (e a se enxergar) aquele(a) adolescente de sempre...
“Mas isso é natural”, diriam alguns.
Olha, o que sempre respondo é que o natural é evoluir, é crescer, é amadurecer. O natural do ser humano é ir para frente, e não ficar estagnado. O que não é natural é envelhecer e continuar pensando e agindo como se estivesse na puberdade, “a idade onde não se tem responsabilidade”, como diriam os meus familiares...
O meu assombro é que no passado, a falta de evolução era quase exclusividade masculina. Hoje me apavoro, porque as mulheres já nos superaram nisto. Vejo muitas mulheres adultas preocupadas com balada ainda, com bolsa da moda, com a bota que a fulana tem, invejando riqueza, invejando status, invejando carro, invejando até namorado da amiga (não se iludam, é porque o cara é bem vestido, rico e tem carrão, e não porque derrepente é uma santa alma neste mundo... esses não provocam inveja...).
Mas enfim, minha fase de ficar reclamando já passou, mas não por completo. E isto por si só já é sinal de evolução.
O que eu queria relatar é o que já relatei por aqui algumas vezes: como é bom evoluir.
A gente não se preocupa mais com o que era motivo de preocupação no passado, nem ao menos se interessa pelos mesmos assuntos... não se dá o mínimo valor pelos mesmos problemas. O que antes parecia intransponível, hoje é tão difícil quanto abrir lata de cerveja.
Veja bem, não estou falando que EU sou evoluído, estou falando apenas que a evolução necessária para minha condição de adulto chegou, porque eu deixei chegar, e principalmente, porque eu DESEJEI que ela chegasse. Fiz questão de trabalhar arduamente isto dentro de minha cachola. Abrir as portas e janelas para deixar o aprendizado entrar, para que os fantasmas da juventude inexperiente saíssem, e os erros do passado se transformassem em traços positivos, e para que os mesmos servissem para não errar novamente. Vocês não sabem o quanto é bom... os motivos de preocupações que se tinha a alguns anos caem pela metade...
É. É exatamente isto que você está pensando. Quer parar de se preocupar com o carro novo do namorado da fulana, que alias, tem mais dinheiro que o teu? Com a bolsa nova que a mesma fulana comprou? Com a balada aquela na terça-feira, que tu não vais poder ir por qualquer motivo? Bem simples as soluções: Não despreze o namorado que tu tens, procurando outro que tenha mais... deixe de se importar se a fulana tem uma LV que solta as alças, compre uma bolsa que seja linda e ao mesmo tempo de ótima qualidade, mas que custa 60 reais... e tente aprender a gostar de si mesma, a ponto de conseguir estar sozinha... Apenas amadureça... tu vais ver que o sofrimento que a ansiedade e a insatisfação trazem vai passar por completo...
Alias, o que é melhor:

Quando a gente amadurece, geralmente passa a gostar e muito de si próprio, ou seja, passa a se dar mais valor, a gostar de estar sozinho fazendo companhia apenas para si, sem ter que se esforçar em fazer propaganda pessoal, estar o melhor apresentável possível para os outros...
Uma amiga minha respondeu a pergunta inicial, e quase fez um conceito do que é viver realmente como um jovem adulto...:

“Eu tenho a idade que tenho, aproveito ela como é pra ser e com a maturidade necessária, e a cada dia que passo sou uma pessoa melhor, porque tenho a capacidade de aprender um pouco mais...”

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Trapézio dolorido...

Estes dias estava malhando, e comecei a prestar atenção nas musicas que estavam tocando no aparelho da academia, enquanto fazia exercícios para trabalhar o trapézio.
Estava tocando uma música do Justin Timberlake (Eca...!), que se chama “What goes around... comes around...”, confesso que fiquei pensando sobre o título desta música... e constatando que o mesmo traduz uma verdade. Tudo o que vai volta. A gente planta o que colhe.
Mas vamos por esta questão em julgamento, até para comprovar esta sentença, e para que isto aconteça, temos que buscar evidências. As mesmas a gente encontra apenas analisando o cotidiano das pessoas, e como as suas vidas seguiram adiante.
Vou pegar alguns exemplos próximos.
Conheço alguém que sempre procurou ser uma pessoa correta, sempre ajudou a quem lhe pedia, mesmo que depois se sentisse um pouco mal pela ingratidão dos ajudados.
Esta pessoa gostava de ser assim, de ser boa, de ser agradável, de ser prestativa. Não via mal nenhum nisso, muito pelo contrário, achava que a humildade exagerada não era um defeito, mas sim uma virtude, pois em geral, as pessoas humildes são adoradas.
Até um limite.
A tendência sempre é a ingratidão e o desrespeito. E foi exatamente isto que aconteceu.
Lembro-me desta pessoa chorando compulsivamente, sentindo-se violentada, tamanho o abuso que sofreu nas mãos de pessoas de má índole. E o pior, crendo piamente que era um fracasso como ser humano...
Mas como canta o cabelinho de miojo, “ex N-SINC”, tudo o que vai, volta.
A bondade vai, e volta duplicada.
Hoje em dia, esta pessoa bondosa está perfeitamente feliz, amando e sendo amada, super bem financeiramente, colhendo os frutos de uma dedicação sem igual à honestidade e ao respeito com o próximo. Achou alguém que dê o verdadeiro valor a isto, e quem sabe dar valor tem sorte, pois os ganhos de se estar ao lado de alguém assim são infinitos. Aprendeu que o exagero não faz bem em nenhuma instância, e principalmente, aprendeu que à medida que os problemas vão sendo superados, o ser humano passa a gostar-se muito mais. Desde que pare de se auto-sabotar.
Hoje em dia está tão em paz consigo mesma, a pessoa, que chega até a se perdoar pela ingenuidade do passado. Sabendo que hoje em dia, saberia se proteger muito melhor.
Mas sempre há a contrapartida: da mesma maneira que disse que a bondade vai, e depois volta duplicada, a maldade também. Ao contrário da justiça usualmente vista no Jornal Nacional, ela tarda, mas não falha.
Os(as) algozes desta pessoa, que tanto a tripudiaram, tanto a menosprezaram, hoje em dia colhem os louros por tanto mal-caratísmo.
São pessoas que não encontram felicidade em nenhum aspecto da vida atual, pelo contrário, elas têm saudades do passado onde tinham a quem sugar e abusar. A desunião geralmente toma conta de indivíduos assim, cada um vai para seu lado, pois todos são errados, e todos sofrem com os seus próprios erros e com os dos outros também. Nada do que fazem dá certo, nada do que dá errado é válido nem para o aprendizado, apenas para o prazer do martírio-próprio. E é isso que é o mais estranho...
Geralmente quem semeia a maldade e depois a colhe em dobro, acaba gostando de ser (ou se fazer) vítima perante os outros, como se assim justificassem seus erros.
Impossível. Geralmente ninguém acredita nestas performances dignas de filme chinês de luta que passa na BAND. E o pior é que vira vício... se fazem de coitadas para passarem bem, e fazem isso como se não conseguissem ser diferentes. Mas mal sabem que quando são notadas (isso quando são, porque geralmente estas pessoas são insignificantes aos outros, não são nem ao menos percebidas), são desprezadas como seres dignos de pena.
Mas enfim, tudo o que vai volta, em dobro. Com a felicidade é assim, e infelizmente (felizmente em alguns casos onde se merece punição, bem feito), a infelicidade também é.

Mas para minha infelicidade, fiquei prestando atenção na música enquanto malhava, e me esqueci do que estava fazendo.

Meu trapézio ta lindo, super inchadão...

Agora me pergunta se não tá doendo...

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Aperto de mãos

Outra dúvida cruel, e de resposta extremamente útil, que surgiu em um momento de total ócio:
Porque apertamos as mãos dos outros?
É. Porque apertamos as mãos das pessoas para cumprimentá-las, para fechar um negócio, celebrar um acordo formal, ou o que seja? O que significa isto?
O aperto de mão, além de uma forma de cumprimento, é um gesto social que expressa algum tipo de sentimento positivo, seja de amizade, afinidade, ou confiança. Faz parte da tal linguagem corporal.
Pra que serve: Esta é a melhor modalidade de cumprimento quando se está conhecendo alguém pela primeira vez, ou até entre pessoas que não tem intimidade para trocar beijos no rosto. Para despedidas frias também serve...
Se pensares bem: qual é o nexo do aperto de mão? Não poderia ser outra coisa? Como um esfregar de cotovelos, por exemplo? Ou uma bica nas canelas? Quem sabe uma cheirada no cangote?
No Tibet, por exemplo, indivíduos de tribos diferentes mostram-se as respectivas línguas ao se cumprimentarem. No Japão, além da reverência tão tradicional aquela, onde as pessoas abaixam o corpo, tapinha nas costas ao se cumprimentar alguém representa um insulto. E os Russos? Além dos tão célebres beijinhos no rosto entre os homens, há aqueles que trocam selinhos quando não se vêem há tempos...
Sério gente, vocês já pensaram sobre o assunto? O porquê do aperto de mão?
A resposta é até lógica: O aperto de mão é uma convenção dos tempos antigos (Idade Média) que significa “vim em paz”, é feito sempre com a mão direita para mostrar que ela está vazia, pois na mesma antiguidade, era a mão direita que sacava a arma, seja a espada, seja qualquer outra coisa usada para ferir o outro.
Portanto, o ato de segurar a mão era uma segurança de que o outro não estava armado, ou uma demonstração prévia de que não se queria atacar ninguém.
Podemos entender que na origem, era um símbolo de lealdade e ausência de más intenções. Hoje não quer dizer muita coisa, apenas uma forma de cortesia. Não significa quase nada, nem símbolo de entendimento mutuo é mais.
Alias, dizem que o aperto de mão já é uma versão simplificada de outro cumprimento que existia na época: o “meio-abraço”, que era o ato de apertar e depois segurar o braço do outro, com as duas mãos. Como se fosse segurar a pessoa, para que ela não sacasse nada escondido.
Já pensou se o sujeito fosse neurótico? O que ele faria? Iria querer passar a mão na cintura do outro...
Depois o meio-abraço foi ficando mais simples claro, apenas uma mão estendida e apertada. Hoje em dia existe a simplificação do aperto também, que é o aceno. Pensaste bem? O que fazemos quando acenamos para alguém na rua? Mostramos nossa mão direita livre de qualquer coisa. Pois é, o significado disto pode ser “não seguro arma nenhuma, para ti eu desejo paz!”
Eu sempre procuro apertar a mão das pessoas de maneira firme, nunca frouxo. O aperto de mão, assim como qualquer outra linguagem corporal, transmite impressões múltiplas sobre nós mesmos. Mas sempre tomo cuidado. A intenção é fazer com que a pessoa sinta a minha presença segura, e não com que fique se retorcendo de dor, e também não gosto de chacoalhar até o ombro quando faço isto, acho estranho...
A linguagem corporal é a extensão de nossos pensamentos, idéias, sentimentos e até de nossa sensualidade. Sua função é permitir que as pessoas entendam até os mais íntimos sentidos, inclusive aqueles que nunca deveriam ser demonstrados. Claro que linguagem não tem necessariamente que tomar forma de palavras, sejam faladas ou escritas.
Por vezes, isto a que me refiro é tão importante a ponto de atrair ou até afastar as pessoas de nós, simplesmente pela mensagem que estamos passando através de nossa postura, nosso modo de andar, nosso olhar e expressão. Pense novamente: quantas vezes percebemos falta de sinceridade nas palavras das pessoas, porque a sua mensagem corporal está desconexa?

Só acho uma coisa: bem que ao invés do aperto de mão, os brasileiros poderiam ter adotado uma bolinada na bunda como cumprimento...

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Mosquitos malditos...

Muitas pessoas me deram o mesmo conselho: pare apenas de apontar curiosidades e problemas do ser humano, mas comece também a apontar soluções.
Ok... farei isto...

Estava eu esta noite, moído demais em decorrência do dia e principalmente da noite cansativa, quando finalmente resolvi me deitar para dormir (quem me conhece sabe que isto geralmente acontece muito tarde...).
Não faço a mínima idéia de que altura era quando, comecei a sonhar que estava vendo motos passarem. Mas não eram motos comuns, eram RD’s. Eram Yamahas RD 135 cc. Aquelas que todos nós sabemos: tem o som mais irritante que a voz das meninas do Rebelde.
Mas enfim, o engraçado deste sonho era que eu me encontrava parado no meio da rua, e uma infinidade de RD’s passavam zunindo por mim, nos dois sentidos. Como se eu fosse um poste central numa avenida, e a cada 30 segundos a moto mais barulhenta que existe me tirasse um fininho.
Acho que sou meio consciente enquanto estou dormindo/sonhando, me lembro de ficar tentando pegar as motos, como se parado e apenas com uma das mãos, eu conseguisse que elas parassem de me incomodar com aquele barulho irritante.
Foi quando, num rompante de susto, acordei e me dei conta do que acontecia:
Estava dormindo em minha cama, e o barulho que tanto me irritava, aquele zunido que passava em meus dois ouvidos, eram mosquitos...
Tem coisa mais irritante do que estes mosquitos noturnos?
Em decorrência desta desagradável experiência durante a noite, e depois de muitos tapas desferidos em minha próprias orelhas, pela manhã resolvi pesquisar sobre o assunto.
Porque os mosquitos resolvem incomodar justamente nos meus ouvidos?
Juro que sempre me perguntei sobre este assunto, mas nunca busquei resposta.
Durante minhas pesquisas, me deparei com duas explicações, uma delas até plausível, a outra um tanto quanto improvável.
A primeira diz que, tal qual como um vampiro, o mosquito procura se alimentar de sangue humano quase sempre durante a noite, e para isto, já que na escuridão ele não enxerga absolutamente nada, busca se guiar pelo calor e pelo gás carbônico que espiramos durante a respiração. Isto claro não se aplica só a nós, pobres humanos, mas também aos mais diversos animais, como gatos, cães e até pássaros. Já pensaste em pássaros sendo picados durante a noite?
Já que se guia pelo gás carbônico, fica incomodando claro, sempre envolta de nossas cabeças, e pica no primeiro lugar descoberto que achar, seja no pé, seja no pescoço.
A segunda teoria explica que o mesmo tenta sempre se certificar que a vítima esteja realmente dormindo enquanto ele ataca, por isto fica rondando nossa cabeça durante um período considerável. Sinceramente... nesta eu não acredito. Sem preconceitos com os pobres mosquitinhos, mas tenho certeza que os pequenos voadores não têm tanta inteligência assim. Até eu (tudo bem, não sou tão inteligente assim, mas não chego a ser um mosquito de burrice...) já tentei ficar percebendo se as pessoas estão dormindo ou não, e com toda certeza, já errei muitas vezes...

Solução que proponho ao problema dos mosquitos noturnos: Pare de respirar, ou no segundo caso, mantenha-se acordado...

terça-feira, 25 de setembro de 2007

Princípios

06:45 da manhã:

Estava estudando, tenho prova de Direito Penal hoje a noite. E me deparei com um conceito que define muita coisa fora da matéria penal. Na vida mesmo.
Cada um que ler isso terá uma interpretação diferente para a frase, mas é bem por isso que vale.
Aqui está:

“Princípios tem maior valor que regras, pois os mesmo valem para sempre, regras apenas vigem. E ambos em conjunto constituem a norma.”

Meu entendimento:
Sempre pensei que o que tinha como regra era o que valia. Era o que determinava tudo. Agora vejo que há uma diferença muito grande entre as minhas regras e os princípios que me foram passados pela minha família.
Num rompante percebi o que realmente vale. O que realmente faz sentido e o que tem nexo. As minhas regras são temporárias, apenas são vigentes temporariamente, o que eu respeito hoje posso não respeitar amanha, e era isto que não entendia, o porquê que as mesmas de tempos em tempos mudavam. São os meus princípios que nunca mudam, o que meu pai me ensinou a muito custo. A razão de ser correto, integro e honesto, são coisas que jamais vão se acabar ou se transformar.
Princípios podem ser deixados de lado em troca das regras, mas a partir do momento que estas regras não vigem mais, os princípios voltam à tona.
O que se tem de tomar cuidado são as normas constituídas por nós mesmos, as nossas crenças pessoais. De acordo com o conceito, os princípios somados as regras constituem as normas, mas qualquer um deles pode estar errado, não? Eles garantem um caminho melhor, mais lisinho e bem recapado, bom de rodar? Por isso que no final de tudo, temos que fazer a prova real do que representa uma melhora...
Otimizar sentimentos, garantir que os atos praticados trazem mais benefícios do que malefícios, colocar tudo em julgamento e ver o que realmente vale a pena, e no final, aperfeiçoar a maneira que enxergamos o que está a nossa volta, de modo que os problemas já não são mais os mesmos, os sofrimentos não serão mais os mesmos, e a vida consequentemente, andará de maneira diferente (para frente).
Faz parte do crescimento, do amadurecimento, da ingenuidade sendo gradualmente perdida.
Digo e repito: Princípios são o que valem. Algumas pessoas os chamam de valores. Não interessa como você acha que deva ser chamado, o que interessa é que é importante te-los muito claros na cachola. Se por um acaso, o sofrimento não passa, os problemas pipocam e as sarnas pra se coçar se multiplicam mais do que em cachorro que vive envolta do CTG, cogite estes valores sempre quando fores buscar soluções.
Mesmo que tu tenhas a certeza de que a tua família não cumpriu com o papel de primeiros professores há que são destinados a partir do momento do teu nascimento, todos nós tivemos em algum momento da vida alguém (qualquer pessoa) que nos disse coisas, que nos ensinou algo, que tentou nos programar princípios, puxe pela memória, tenho certeza de que há ou houve alguém que em algum momento te disse que na vida sempre há um outro caminho.

Tudo tem solução. Nada é perfeito. Temos que procurar fazer o correto.

Temos que nos basear nos princípios. Temos que procurar fazer diferente...

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Fim do tunel...


Isso é para provar que a luz no fim do tunel... leva ao final dele.
Tudo é possivel...!
Eu já cheguei lá. Tai a foto para comprovar...

domingo, 23 de setembro de 2007

Domingo a tarde...

Eu estava pensando agora sobre um termo que escutei esta semana, os chamados “Pensamentos linkados”.
Nunca havia pensado nisto. Que um pensamento está ligado a outro. Constatação básica não? Uma coisa leva a outra, e a outra leva a seguinte, e a seguinte leva a uma novamente, e assim vai.
Por exemplo: estou escrevendo neste momento sentado no sofá, com a televisão sintonizada no jogo do Inter a minha esquerda (Enxuta ligada neste momento...), e a minha frente as janelas da sacada do apartamento que fica no 9º andar, onde eu posso ver as nuvens carregadas passando quase na mesma altura. O dia está muito cinzento, as nuvens encobrem a partir das quadras vizinhas, e olha que daqui eu consigo ver, em dias bonitos, os morros de Estância Velha e todos os contornos do Vale. Este dia cinzento automaticamente me fez lembrar os dias tristes e carregados que outrora eram tão comuns, mas que hoje não ocorrem mais, e o melhor, à medida que o tempo passa, ficam cada vez mais distantes e improváveis de acontecerem.
O Fernandão não joga mais nada mesmo. Que bom.
Mas enfim, o dia cinzento me lembrou também a letra da música “Pense-Dance”, do Barão, que por sua vez me lembrou a falta que o Rock nacional verdadeiro me faz. Lembrei-me das épocas em que escutava estas musicas sem parar, da falta de responsabilidade, da tranqüilidade de tardes inteiras sem fazer muita coisa, do RBS notícias, do Jornal Nacional e de quem seria a Próxima Vítima da novela das oito. Recordo-me do uniforme do colégio, que mais parecia as roupas que os Smurfs usavam, e do saco que era acordar todos os dias as 6:15 para ir estudar. Lembro-me do finado Josué, o melhor professor que tive nesta vida, das gurias minhas colegas (todas elas), da significância que as amizades tiveram nesta época...
Não sei porque pensei agora que não me lembro de abelhas em dias de chuva, deve ser porque onde morava nestes tempos, tinha um vizinho apiador que insistia em cuidar de suas caixas de abelhas diariamente... inclusive em dias de chuva. Mas que felizmente enquanto a água caísse elas quase não atacavam os vizinhos próximos.
Abelha é um bicho estranho mesmo. Trabalha, trabalha e trabalha, deixa a procriação da espécie nas mãos de uma representante que mata os machos após a cópula. Que horror.
Acabei de ver um Quero-Quero voando na chuva, lá na praia tem um monte, até porque ainda existem por lá grandes áreas descampadas, onde não só esta ave habita, mas quase todos os tipos que ainda sonhamos em ver nas grandes cidades: corujas, canários e pica-paus. E tantos outros que damos Graças por não vê-los: escorpiões, cobras, lagartos e insetos de todas as espécies.
Gol do Gil pro Inter. A enxuta ligada ainda não está funcionando.
Recordei do Raul Gil. Que programa terrível, que coisa medonha. Não estou sendo maldoso e falando dos “novos talentos” que o velho homem insiste em querer explorar, mas sim da falta de graça que vejo em meninas de 12 anos cantando Amado Baptista. Há algum nexo nisto? Garanto que esta menina, se não fosse um dos “novos talentos”, estaria nestas horas escutando RBD e dançando algum funk qualquer com uma priminha. Ou seja, não é o indicado, mas é o natural que se aconteça.
A mãe me ofereceu café, eu não quero.
Recordei-me da vida ótima que tenho hoje, do quanto gosto de quem gosta de mim. Dos sonhos estranhos que tive a noite e da viajem de final de ano recém organizada. Que bom que terei, além da minha família, que continua sendo ótima, companhia também da minha menina linda... que tanto me faz bem e me traz felicidade.

Que droga...

O Fernandão acabou de fazer um gol. E eu queimei minha língua...


Obs.: A enxuta finalmente funcionou... O Atlético empatou... só precisou dos três minutos entre a revisão e a publicação...

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Ingratidão

Segundo os dicionários on-line furrecas que encontrei, o significado da palavra ingratidão é “a qualidade de quem é ingrato, ou não tem gratidão”.
Mas o que importa não é o significado que esta palavra tem no dicionário, mas sim, que tem para mim. E para mim ingratidão é um dos muitos defeitos dos homens, é desprezar e apedrejar o amigo que nos ajudou e nos beneficiou ontem, é não reconhecer ou não enxergar o valor das amizades, e suas ações que nos trouxeram benefícios. Simples assim.
Sem citar casos ou exemplos, acho que fazia muito tempo que eu não tinha contato com uma amizade ingrata. E aconteceu de novo, inesperadamente, e com um amigo que eu achava que conhecia há tempos. Entendo que à medida que a evolução pessoal vai chegando, alcançada por muitas razões, a ingratidão não é mais uma fonte de amarguras, apenas de decepções...
Estas decepções, não são necessariamente motivos para se endurecer os sentimentos, apenas colocá-los em julgamento. Mas entendo que quem tem bom coração gosta de se sentir feliz pelo bem que faz as outras pessoas, não só pelo reconhecimento póstumo (demonstração de carinho e apreço pela ajuda e atenção dispensada = um simples obrigado), mas também por saber que o bem é algo que deve ser semeado e passado adiante. Alias, a ingratidão nada mais é do que uma prova da perseverança em semear o que é certo. O importante é não desistir.
Hoje em dia não se dá mais tanto valor a ingratidão, mas sim a infelicidade do amigo ingrato, que não se dá conta, mas no futuro “colherá os frutos plantados” como os mais antigos dizem. Ninguém percebe, mas a ingratidão é filha do egoísmo e um traço marcante da falta de caráter. E todos nós sabemos que o mau caráter acaba sempre por se revelar... uma hora ou outra.
Às vezes a gente se engana. E isto é natural. Mas nem sempre o que é natural faz bem. Mas apenas peço querido leitor, que nesta hora deve estar estranhando a minha linguagem escrita mais “séria” (que pode estar muito errada, mas enfim...), que nem cogite a idéia de que o amigo ingrato é mais feliz, pois talvez não sofra decepções. Isto é extremamente errado de se constatar. Tanto as sofre que através de seus traços defeituosos dá motivos a abandonos de quem lhe era próximo, e isto sempre ocorre, para a infelicidade de quem proporciona infelicidades. A parte engraçada é que amigos ingratos tentam culpar os outros por estes mesmos abandonos, nunca a si mesmo. Ele dá motivos para a fuga, mas condena a quem foge...
A natureza que antes eu disse que nem sempre faz bem, deu a nós a necessidade de ter amigos, andar em grupo e nos socializar, e isto não deve ser transformado em motivo para abusos e desrespeitos. Já nesta parte, de acordo com o que somos, cabe a nós deixarmos ou não as pessoas fazerem isto conosco...

E sem tem algo que posso falar de maneira pessoal é isto:

Eu não permito mais.