quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Comendo tatu... parte II - Final

(Continuação...)

- “Mas quem ensinou isto para esta menina”? – As pessoas se perguntavam.
A reação de nojo era geral e conjunta. Nesta hora, ninguém mais queria doar nada, e quem queria, desistiu.
Os homens, que tinham o prazer de olhar pro derriére da gostosona do João quando cruzavam-na pela calçada, passaram a enxergá-la como a mulher mais feia e nojenta da pequena cidadezinha. As mulheres, que antes eram invejosas pela beleza e simpatia da mesma, passaram a ter o que argumentar: - “Mas ela é uma porca”! – Diziam.
Mas nem ela nem o João se percebiam de seus defeitos higiênicos, ambos não tinham noção do quanto às pessoas os recriminavam por terem hábitos tão estranhos e condenáveis. Até os dois bandidos da pequena cela da delegacia argumentavam dizendo que “podemos ser ladrões de botijão de gás, mas pelo menos não comemos tatu nem cheiramos peido...”.
O João que era uma santa alma, coitado, passou a não entender o porquê que além das pessoas o evitarem, passaram a evitar também sua tão querida amada. Achava tudo um absurdo. Dizia que a cidadezinha era formada apenas por pessoas que não tinham compaixão para com os necessitados, que ninguém queria ajudar, e ninguém tinha bom coração... não se percebia que era por causa de seus hábitos que as pessoas não praticavam boas ações.
Até que um dia, a ficha repentinamente caiu. João primeiramente enxergou o absurdo que sua namorada praticava, para depois, através da cobrança dela (em resposta à dele, claro), enxergar a sua. A partir daquele momento, João jurou, e fez sua gostosa jurar também, que nunca mais seriam os mesmos porcões.

Passaram então, a fazer o que todos da cidadezinha faziam...

Tirar tatu e cheirar pum escondidos... em casa... sozinhos...


Moral da história: Como todo mundo faz porcaria em todos os aspectos da vida, tudo bem se tu fizeres também. Mas faz bem feito, e principalmente, faz escondido...

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Comendo tatu...

João era um cara bem legal. Adorava todo mundo, super educado, dava bom dia e boa tarde, perguntava “como é que tá”, dava conselho e ajudava. Tratava a todos muito bem, seja o juiz da cidadezinha onde morava, seja o papeleiro da rua que ele não fazia a mínima idéia quem era...
Ele realmente ajudava o próximo, era uma santa alma. Vivia fazendo doações, comida, brinquedos, roupas, arrecadava o que os vizinhos não queriam mais e destinava a quem necessitava. Dava esmolas, comprava doces e destribuía para crianças carentes, sentava e conversava, a fim de “ajudar o melhor possível” a todas elas. Todo mundo falava muito bem do João. Ele era muito querido e conhecido por todos. Todos diziam que “ele era uma criatura ótima, vive ajudando todo mundo, para o que precisar ele está ai.”

Mas o João tinha um defeito crucial...

Ele tirava tatu do nariz e comia...

Isso mesmo. Coisa mais horrenda...
Na maior cara dura, ele conversando com as pessoas na rua, falando do asilo de velhinhos que estava precisando de cobertores e tal, pedindo alguma doação ou algo assim, enfiava o dedo polegar da mão esquerda, que sempre teve uma unha enorme, na narina direita e tirava o maior tatuzão. As pessoas se assustavam com tamanha porquisse, e não acreditavam, simplesmente não acreditavam no que vinha a seguir: Ele, como se fosse a coisa mais natural do mundo, sequer tinha o trabalho de fazer uma bolinha... simplesmente pegava a sujeira retirada do nariz e que estava embaixo da unha, e limpava no dente canino esquerdo inferior, dava uma mastigadinha com cuidado nos dentes da frente, e engolia.
As pessoas se afastavam, tinha ânsias de vomito automáticas, faziam cara de nojo e proferiam “ecas” para todos os lados, não faziam questão alguma de disfarçar ou escutar o que João tinha pra dizer sobre os velhinhos que tilintavam de tanto frio. Simplesmente saiam correndo quase.
Uma vez ele escutou o seguinte comentário de uma senhora viúva com um vestido vermelho-cortina-floreado cheirando a pó Pelotense: “Se os velhinhos e as crianças comessem sujeira de nariz como o Sr., quem sabe não passariam tanta fome...”
O maior nojo. Mulher então, ele nunca arranjava nenhuma. E olha que ele era um amante/namorado/companheiro exemplar, bem apessoado, era e fazia tudo o que é considerado perfeito pelas mulheres, só não arranjava nenhuma porque tinha este péssimo hábito de higiene.
Mas contra toda e qualquer fama de porcão que ele poderia ter, um belo dia o improvável aconteceu: ele apareceu na praça central desfilando com uma baita gostosona, uma mistura de Alessandra Ambrósio com Tiazinha, altura com gostosura, corpo de modelo mas com curvas, peito-bunda-cintura fina, tudo na mais perfeita harmônia... e o rosto igual ao da Bruna Lombardi nas novelas da década de 70.
O pior de tudo: eles passeavam de mãos dadas e ele praticava o tal hábito vergonhoso na frente dela e de todos, como se dissesse através disto que ela não se importava com ele ser comilão de tatu. Muitas vezes comia o dito cujo e à beijava logo em seguida...
As pessoas se perguntavam como um sujeito tão porco podia namorar alguém tão bonita e perfeita. Pensavam muito, falavam sobre o assunto na barbearia, na prefeitura, no fórum, no café, no Banco do Brasil e na delegacia. Ninguém chegava a uma conclusão. O interesse das outras mulheres da cidade pelo João aumentou drasticamente, elas passaram a olhar para ele com outros olhares, passaram a ver as qualidades, a aparência física, subitamente se sentiam atraídas por ele, como que por feitiço. Os seus defeitos higiênicos estavam quase todos esquecendo. Mas ele só tinha olhos para a gostosona.
Mas pior: a tal moça gostava tanto do João que passou a acompanhá-lo nas suas peregrinações em prol dos necessitados. Quando ele passava de porta em porta pedindo alimentos para os velhinhos, ela estava junto, quando ele ia para a praça montar sua barraquinha de arrecadação de brinquedos para as crianças do orfanato, ela estava ao seu lado.

Até que um dia...

Enquanto João estava atendendo as muitas pessoas que queriam doar quantias variadas para a reforma da cozinha da creche, todos começaram a sentir um cheiro desagradável de ovo. Pior ainda, ovo com leite. Aquele cheiro que criança pequena tem quando, como por brincadeira, solta um pumzinho porque mamou muito e comeu ovo cozido. As únicas pessoas que não reclamavam era o João e sua gostosona, todos se abanavam, os mais exaltados chegavam até a cobrir o nariz com a gola da camisa, para tentar não cheirar aquele odor horrível.
A gostosona insistentemente cheirava a mão, e ninguém se dava muita conta disso. Até que alguém ficou analisando e percebeu o que estava acontecendo. E o porquê do João ter conseguido alguém tão atraente para namorar:

Ela botava a mão em concha na bunda para logo após levá-la ao nariz... ou seja...

Cheirava quase todo seu próprio peido...




(continua...)

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Pra que serve?

Já pensou alguma vez pra que serve?

- Plaqueta da Lei que está na porta do elevador: “Olhe para ver se o elevador encontra-se neste andar antes de entrar”;
- Bunda;
- Sombrancelha;
- Apêndice;
- Pêlos no sovaco;
- Rivalidade da dupla Grenal;
- Google Earth;
- Domínio do mar;
- Tatu de nariz;
- Coceira;
- Disciplinas de antrôpologia;
- Ajuda do Windows;
- Estralar os dedos;
- Olhar para o vaso e ver o que acabou de fazer;
- Cheirar meia suada;
- Varizes e celulites;
- Espinhas;
- Apertar o botão do elevador quando alguém já apertou;
- Sinal de aperte os cintos dentro do banheiro do avião;
- Orkut;
- Sinaleira de pedestres (ninguém respeita);
- Fazer “Fiu-Fiu”, chamar de “gostosa” ou algo parecido;
- Se vitimizar;
- Coelhinhos e pequenos corações desenhados no papel higiênico;
- Ex que torra a paciência;
- Adesivo com o próprio nome colado no pára-brisa do carro;
- Pior ainda: adesivo escrito “só diretoria” colado no pára-brisa do carro;
- Tatuagem com a cara da namorada desenhada;
- Morrer de ciúmes;
- Carteirinha de estudante sem comprovante de matrícula na entrada do cinema;
- Manual do proprietário do veículo;
- Teimosia exagerada;
- A pergunta aquela que a tia velha faz: “E as namorrada...”?
- 355 ml. de cada lado;
- Homem passar base na unha do pé;
- Calvície;
- Beber até vomitar;
- Passear no shopping sabendo que não vai comprar nada;
- “O problema não é contigo... é comigo...”;
- Dar passo maior que a perna sem precisar;
- Se auto-determinar “frio”;
- Justificar um defeito dizendo “eu sou assim e não consigo mudar...!”;
- Tele-atendimento de companhia telefônica;
- Assistir o final da novela que está passando no “Vale a pena ver de novo”;
- Feriados na terça ou na quinta;

- E segundo um professor meu: “Mulher não dar no primeiro encontro e dar no segundo...”.

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

"O segredo do Rafael"

Assisti ontem ao filme que todos comentam por ai, seja no café da esquina, nos corredores de fórum, no táxi, no aeroporto ou na barbearia: “O Segredo”.
Olha... fácil seria eu dar a minha opinião sobre ele, o problema é escolher as palavras certas para externar esta opinião. Ainda bem que podemos apagar o que escrevemos e começar de novo, graças ao Word (aprendi a datilografar nos antigos cursos de datilografia, nas velhas maquinas de escrever da Olivetti, apagar erros... nem pensar, gastei três meses da minha vida fazendo o tal curso, mas também, hoje escrevo mais rápido que datilógrafo de delegacia), posso escolhê-las o quanto eu quiser, e achar a ideal.
Acho que não precisa comentar no que se consiste o tal filme, todos já assistiram, se tu não, procures assistir. Comentarei apenas em qual proposta que o tal “segredo” se baseia. Alguns poderiam me dizer que esta proposta é apenas financeira, pois ele é um dos maiores caça-níqueis da história. Concordo. A velha e boa receita do “você quer, você pode, é só desejar” continua funcionando e vendendo mais que água mineral gelada no deserto (mas digo e repito: não há mal nenhum em querer ganhar dinheiro...). Mas acredito que não seja só isso... até porque as vendagens expressivas do tal DVD (dois milhões de cópias até agora) só vem a comprovar que se desejar e fizer bem feito, dá certo. A proposta, na melhor das hipóteses, poderia realmente ser revelar o segredo do sucesso? A tal lei da atração é tão séria que realmente pode ser comparada, por exemplo, com a lei da gravidade? É fato?
Dizem que os maiores da história usavam-na, desde Einstein até Ayrton Senna...
Mas olha só: será que realmente dá? É só desejar de maneira correta que o Universo conspira e as coisas se realizam? Sim. Atesto que é verdade. Acontece. Mas como sempre, tem um porém... não basta só desejar...
Aprendi isto de outras maneiras, através de outros métodos, estudando outros ensinamentos dentro da terapia cognitiva. Na verdade é aquela velha história de crenças que volta e meia escrevo por aqui. Aquela história de pensar positivo, de acreditar coisas diferentes sobre si mesmo, de crer no que parece ser impossível ou improvável, que os sentimentos mudam, as aparências mudam, o feedback muda e assim por diante, até fechar o circulo. Para parar de crer, temos que buscar evidencias em contrario, temos que colocar todas as certezas e crenças em julgamento, por exemplo: “eu não consigo ser feliz com ninguém” é uma crença, coloque isto em xeque. Será que realmente há algo que te impede de ter felicidade? Será que todas as pessoas que te envolveste no passado te fizeram infeliz? Tenho certeza que não é bem assim... e de que te darás conta que as coisas ocorreram de maneira diferente da que tu enxergavas. A partir daí, automaticamente a conclusão que tens sobre o assunto muda...
Se tu fores um teimoso, e continuar acreditando no que não é verdade, mudar continua sendo muito fácil, pensar insistentemente no contrário funciona mesmo que não tenhas (visíveis a ti) evidências de que estavas enganado (a), vai chegar uma hora que vira automático de qualquer maneira. No começo parece besteira pensar repetidamente coisas como “eu sou feliz-eu sou feliz-eu sou feliz”, mas quando chega à hora em que se percebe que a coisa andou – e por mais que eu esteja parecendo louco agora, atesto realmente que sim, esta hora chega – tudo muda. É só acreditar, daí tem que tirar a bunda da cadeira e ir atrás. E é ai que minha opinião difere da do filme.
O filme vende (literalmente) a idéia de que é só desejar ter a casa dos sonhos, o carro dos sonhos, a mulher dos sonhos, o relacionamento dos sonhos, que o universo passa a conspirar e os tais sonhos viram realidade. Desculpe gente, mas isto é uma mentira deslavada. Isto é só parte do que se tem que fazer. A parte difícil eles omitiram: tem que se esforçar para conseguir...
Nada cai do céu, só chuva e cocô de passarinho, já dizia um professor que tive no secundário. Não adianta só desejar com toda força e ficar sentado na poltrona esperando que um dia o desejo se realize. Tem que correr atrás, trabalhar, estudar, se esforçar arduamente, que um dia, junto com o desejo, as coisas acontecem. Posso dizer então, que o tal “segredo” pode ser traduzido não só em desejar, atrair, mas sim traçar objetivos e correr atrás, que realmente, as coisas acontecem.
O que eu não sabia, era que isso dava tão certo se produzido em larga escala. Não falo sobre os pensamentos positivos em si, mas sim sobre vender esta idéia em embalagem bonita. Se eu soubesse antes... já estaria rico agora. Omitiria também a parte do esforço pessoal, falaria que todo mundo é capaz apenas sonhando e desejando, e ganharia dinheiro.
Já imaginou? “O segredo do Rafael” seria o nome...

Mas enfim, quem disse que os caminhos da vida são fáceis?

Tem que querer tirar a bunda do lugar antes né... até pra vender idéias incompletas...

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

"Vida-vitrine..."

Não é a primeira vez que escrevo sobre isto, mas imagino que leitores novos realmente não leiam textos antigos, portanto, por vezes, tenho que deixar claro (não explicar) porque não relato meu cotidiano neste blog, o que faço, o que gosto, o que não gosto, com quem me relaciono, ou seja, minha vida particular. Como todo mundo faz alias...
Gente, pra não me prolongar muito, não sou adepto da política “vida-vitrine”, ou seja, não gosto de me expor assim fácil, de graça e de barbada. Pra quem já deve ter pesquisado, provavelmente percebeu que não tenho orkut, assim como outro perfil em qualquer site de relacionamentos.
Não entendo muito sobre esta questão, principalmente da necessidade que as pessoas têm de deixar claro para todos o que faz, para onde vai, com quem está, como está seu estado de espírito, seu físico, sua mente e tudo o mais... para mim, o tal “yogurt” não servia (sim, já tive um perfil...) nem para manter contato com as pessoas (todos que valem a pena eu o faço, seja pessoalmente, seja via outros meios de comunicação, como telefone, e-mail ou MSN. Pessoas/amizades novas eu procedo da mesma maneira...), nem para achar amigos antigos, ou o que fosse. Só servia para me incomodar sem receber beneficio algum em troca.
Não vejo necessidade e nem ao menos acho graça em ficar furunfando a vida dos outros também.
Não critico quem tem, nem quem gosta, apenas digo que é algo que não serve para mim... e que aprendi a viver sem. Não me faz falta alguma.
Mas enfim, se as pessoas têm curiosidade pra saber o que acontece comigo, por hora tenho apenas duas coisas para dizer:

To com uma baita dor de cabeça, e também to morrendo de rir de uma frase de caminhão que vi num pára-choque hoje cedo pela manhã, quando fui buscar minha querida sobrinha em casa:

“Se merda fosse dinheiro, pobre não teria bunda...”

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Eternas diferenças...

Antes de começar, um adendo: este texto está descrito sob forma de diálogo. Eu escrevi, daí mandei pra uma amiga que, por sua vez, não se conteve e teve que comentar. Acabou ficando uma mini-entrevista. Bem... como diriam aquelas vinhetas de comercial: confira o resultado a seguir...!


Estava estes dias pensando em sexo. E uma dúvida apareceu: Realmente os homens precisam mais de sexo do que as mulheres? Ou melhor: Os homens pensam mais em sexo do que as mulheres?

- Naaaaaaaaada a ver. A gente não pensa menos. Muito pelo contrário, tem dia que nossa... o que algumas – eu disse algumas – de nós fazemos é, às vezes, não colocar o sexo em primeiro plano. Infelizmente, a gente tem de sobra uma coisa chamada ocitocina (vale a pena pesquisar), um hormônio que nos faz ser mais bioquimicamente seletivas e necessitadas daquele famoso carinho de depois. Além disso, nossa descarga hormonal mensal garante que sejamos mais resistentes aos períodos de abstinência. E tem mais: a gente tem muita coisa pra se preocupar nessa vida e de fato, geralmente somos muito preocupadas, com tudo. Quem nos dera ter tanto tempo livre pra poder pensar mais em sexo!

Sempre ouvi isto de quem quer que seja, principalmente em situações intimas de casal... Poderia até ser verdade...?

- Como eu disse: naaaaaaaaada a ver! E não adianta gente, vamos ser sinceros e racionais: homens e mulheres são diferentes, não sei por que as pessoas acham isso tão difícil! Alias, deixa eu fazer um parêntese pro macheredo aqui: aloou!!!! Cara, não é só porque uma mulher disse que gosta de ti que ela quer casar e viver eternamente ao teu lado! Unimos sexo e sentimento porque, simplesmente, é muito melhor! Ok, fechei o parêntese. Outra hora conversamos mais sobre isso...

Procurando em sites de pesquisa, achei um estudo recente em que um grupo de pesquisadores analisou 30 homens e 30 mulheres, foram todos submetidos a exames realizados pelo aparelho de ressonância magnética, que mediu suas atividades cerebrais enquanto recebiam estímulos visuais como fotos, vídeos e sons eróticos. Ao final de cada teste, se tinha sempre a mesma certeza: descobria-se que duas áreas do cérebro, a amigdala e o hipotálamo, apresentaram maior atividade nos homens do que nas mulheres enquanto recebiam estímulos. Os homens apresentaram tais aumentos de atividade seja com fotos, vídeos e sons heterossexuais, seja também na mesma diversidade de material, só que contendo cenas de lesbianismo. Mulheres obtiveram resultado alarmante apenas em cenas de sexo entre homens e mulheres, e um pouco em material lésbico. Homem com homem dá jacaré pra ambos os sexos, segundo o estudo.
Mas continuando, as fotos foram exatamente as mesmas para os homens e para as mulheres, os vídeos também, e os sons idem. O resultado obtido foi óbvio: os homens apresentaram maior atividade cerebral do que as mulheres, enquanto eram submetidos a tais estímulos...

- Então tá. Mostra pra mulherada os poemas eróticos do Drummond pra ver se o apitinho da ressonância não dispara... ok, falamos em fotos, vídeos, preferências sexuais, sons... Mas ninguém falou em PALAVRA. E nós nos excitamos muito com palavras. Essas mesmas tais pesquisas afirmam também que as mulheres desenvolvem muito mais, desde cedo, o lado do cérebro responsável pela articulação da fala. Já diria o sábio Almodóvar: Fale com ela. Ou os homens (e eu acho que os pesquisadores citados eram todos do gênero masculino) ainda ignoram o fato de que as mulheres (pelo menos aquelas que se permitem) são capazes de gozar a qualquer hora, em qualquer lugar, só com um toque, um olhar ou uma palavra excitante? E tem outra coisa: mulher gosta de surpresa, de ação direta, de decisão. Não, não estou falando de homens das cavernas, mas sim daqueles que sabem e dizem o que querem. Isso é fundamentalmente excitante, tanto pra homens quanto para mulheres... ah, e tem mais: com tanta mulher pelada por aí, tanta cena de sexo gratuita, não me surpreende que isso não excite tanto - já diria Kissinger, especialmente sobre as mulheres... (outra pesquisa que vale a pena verificar ou ver o filme!). Portanto, há diferenças sim, mas elas tangem apenas no que diz respeito à diversidade de como os gêneros se excitam... e não a quantidade de excitação.

Ou seja, macaco gosta de banana? Coelho gosta de cenoura? Cachorro come carne de churrasco? Formiga gosta de açúcar? Homens têm sexo na cabeça?
Não precisava de um grupo de pesquisadores fazendo um estudo minucioso para descobrir esta resposta óbvia...

- Hum... nada a declarar, só a concordar!!!!

Mas este assunto me gerou dúvidas sobre outro, digamos, um tanto fisiológico, relacionado à sexualidade humana... E por mais que alguns possam achar nojento eu escrever sobre isto (eu não acho), aí vai:
Mulheres realmente podem ejacular...?
Na minha opinião sim, podem. Quero saber a tua. Todo mundo já deve ter ouvido falar nisto (ou talvez até visto). Existem mulheres que realmente conseguem ejacular durante uma relação, no momento do clímax. Agora... A questão que levanta curiosidade mesmo diz respeito ao que a mulher ejacula... Esperma que não é, é claro...
De novo segundo estudos que encontrei na internet, o tal líquido se trata da fosfatase do ácido prostático, ou seja, é o mesmo composto encontrado na ejaculação masculina e sua origem está na próstata.
Ai minha surpresa, e outra pergunta...
...
Mulheres também têm próstata?????
...
Encontrei informações sobre as tais glândulas chamadas de parauretrais, que não sei se ficam perto do mesmo lugar que no corpo masculino, mas que agora sei que existem. É bastante provável portanto, que todas (!) as mulheres possam ejacular de fato. Mas conseguir este feito parece realmente difícil.
Dizem as entendidas no assunto que tem que forçar... Como se fosse tentar expelir algo durante o clímax. Ai já não faz parte do meu departamento...

- Vamos por partes, como diria Jack... Sim, é possível. E não, não parece tão difícil. Digamos que a respiração e a contração no baixo-ventre são grandes aliadas...

Agora, que seria “diferente” realmente ver isto acontecer, seria.
Será que as mulheres perderiam o poder de fingir e enganar os homens na cama...?

- Não se engane, não seria tão diferente. Porque convenhamos, os filmes pornôs dão uma aumentada na coisa toda... quanto as mulheres perderem o poder de enganar os homens, só deixo uma bolinha quicando: Será que a gente perderia o poder de enganar vocês...? Uma velha amiga minha tem uma frase ótima que resume a última questão: se Hitler fosse mulher, não tinha sobrado nada...

Porque o que faltou foi estratégia...!

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Madrugada meio fria...

Como é fácil se cansar do que não é nosso. Principalmente de atitudes, ações, palavras e sentimentos que não fazem parte de nós.
As pessoas são diferentes, eu sei. As pessoas pensam, analisam, constatam e sentem tudo de maneira diferente. O que é normal pode ser problema, o que é característica pode ser intragável.
E é. Tem coisas que são intragáveis. Tem coisas que realmente, não há como, nem se houvesse vontade, de se aceitar. Erros e atitudes motivadas pela impetuosidade para mim, em caso particular, fazem parte deste conceito. Mas como as coisas são engraçadas... ou melhor, funcionam de maneira engraçada...
É incrível que a intolerância, por vezes, possa se multiplicar. Melhor. Mudo o que disse: A intolerância na grande maioria das vezes se multiplica.
Explico: Quando alguém age com intolerância, principalmente estando errada de maneira que chega a ser vergonhosa depois, acaba por despertar um sentimento de intolerância de terceiros para consigo, ou seja, a intolerância da própria intolerância. E o pior... intolerância a criticas (totalmente fundamentadas) gera uma intolerância contrária enorme...
Busco confirmações, procuro (vezes acontece o contrário) sempre agir e principalmente sentir, só quando confirmo algo. Não consigo ser vago, analisar vagamente. Até porque penso que sempre que imaginamos, ou melhor, constatamos algo apenas baseado apenas na nossa analise alta, estamos altamente sujeitos aos erros. Portanto, acredito é claro, que o ideal seja que as pessoas agissem da mesma maneira. Sonho meu, puro sonho...
Como escrevi algumas linhas acima: é muito fácil cansar do que não faz parte de nós. É difícil aceitar ações e atitudes baseadas em nada, no que não aconteceu, ou melhor, baseadas apenas na impetuosidade. E como todos sabem: impetuosidade e lucidez são estão longe de serem sinônimos...
Cansa. Cansa muito ter de lidar com a tal impetuosidade compulsiva e exagerada. Cansa demais ter que se preocupar com o improvável, com o imprevisível e muitas vezes, com o impossível de se acontecer, mas que acontece...
Impetuosidade e intolerância. Palavras que nesta madrugada meio fria não me saem da cabeça. Penso sem parar nisto, como se os pensamentos que tenho agora viessem a me trazer alguma solução (não acredito que isto aconteça). E como não tenho a quem, neste momento/nesta hora, falar, conversar ou escrever, decidi escrever para mim mesmo.
Duvidas. Muitas duvidas. Incertezas sobre o futuro. Raiva e aquele sentimento de injustiça cometida pelos outros rondam a minha consciência (se é que ela está ativa agora). Sinto-me um pouco mal neste momento, admito. Mas isto, dizem, é natural. E o melhor: dizem por ai que passa. Dizem que “abrir-se” é o remédio.
Reflexões públicas nunca foram meu forte. Mas nos últimos tempos, não estão me parecendo tão absurdas assim. Não que minha vida deva se tornar um livro aberto com o marca texto amarelo ressaltando as linhas que falam “será”. Mas realmente, é difícil guardar as duvidas num baú, exclusivamente para nós. Escrever ajuda claro, e se expor dá certo, atrai quem lê. Mas mesmo assim não concordo. E não vai ser o que vou fazer agora.
Contudo, penso que alivia. Escrever alivia muito. Ler o que escrevi no passado também ajuda. Muitas vezes palavras de incentivo (soluções) estão ali, contidas em papeis velhos, em arquivos do Word, ou até mesmo, dentro do nosso próprio blog. E foi o que aconteceu neste momento. Ou não.
Como é bom arquivar estas coisas em um lugar que a gente sabe que não vai se perder (não na nossa cabeça). Por exemplo: li agorinha mesmo um texto meu que diz que temos que tentar dar certo, que devemos ter mais paciência, mais do que já temos. E o mais importante: que temos que procurar gostar de quem está ao nosso lado. Mas ai é que tá: não sei se estou fazendo isto agora, ou melhor, tenho que esperar a poeira baixar para retirar as minhas confirmações. Mas será que dá pra retirar minhas conclusões do improvável? Do incerto? Do imprevisível? Ou melhor, resumindo estas três perguntas em duas:

Da impetuosidade que não é nossa...?

Da impetuosidade aquela, que acaba com qualquer empolgação...?

domingo, 4 de novembro de 2007

"Ahm... cerveja!"

Ontem eu tomei cerveja. Não só tomei, bebi.
Existe esta diferença. Tomar é quando se ingere pouca bebida e se aprecia o que se está ingerindo. Beber é quando se bebe mesmo, em grandes quantidades, quente ou gelada, de qualquer marca, gosto ou preço. Pouco importa os detalhes, o que vale é ingerir muito.
Mas enfim, não vou escrever sobre isto agora. Mas sim sobre umas perguntinhas que me fizeram estes tempos, e que claro, desperta curiosidade de qualquer cervejeiro:
De onde vem a cerveja? Onde ela foi inventada? Como ela é produzida? Porque, mas porque que ela é tão boa....?
Primeira curiosidade: acredita-se que a cerveja seja a primeira bebida alcoolica desenvolvida pelo homem. Isto porque há indicios de que a cerveja já era conhecida pelo mesopotamios e pelos egípcios, desde pelo menos 4 mil anos antes de Cristo. A primeiríssima-primeira notícia que se tem da cerveja vem de 2350 a.c., isto pois arqueólogos encontraram indícios escritos na Babilônia, como se fossem hinos, hinos a Deusa Ninkasi, a deusa da cerveja (companheiros, alguém já imaginou que existia uma deusa a mais para venerar? Ou de que, de alguma maneira poderemos nos utilizar da desculpa de que beber cerveja, na verdade seria uma experiência religiosa?). Alias, neste hinos estão contidos indícios também da existência de varios tipos de cerveja, originadas de diversas combinações de plantas e aromas, e o uso de diversas quantidades de mel. Para se ter uma idéia, no Código de Hammurabi, rei da Babilonia, incluia-se varias leis de comercialização, fabricação e consumo da cerveja nas tabernas. Já no Egito, a cerveja foi desenvolvida para que pessoas que não tinham dinheiro para pagar pelo vinho, pudessem beber. O faraó Ramsés III, para se ter uma idéia, era conhecido como o “faraó cervejeiro”, chegando a ter armazenados, segundo escritos, mais de 1 milhão de litros. Mas o que é a cerveja mesmo? Resposta objetiva: A cerveja é uma bebida produzida a partir da fermentação de cereais maltados como a cevada, Uma cerveja é qualquer uma das variedades de bebidas alcoólicas produzidas pela fermentação de matéria com amido, derivada de cereais ou de outras fontes vegetais. Como os ingredientes usados para fazer cerveja diferem de acordo com o local, as características (tipo, sabor e cor) variam amplamente.
Alias, pesquisando descobri também que praticamente qualquer açucar ou alimento que contenha amido pode, de maneira totalmente natural, sofrer fermentação. Assim, até acidentalmente, bebidas semelhantes à cerveja podem ter sido inventadas em diversas sociedades em redor do mundo. A regra era mais ou menos a seguinte: quem produzia cereais em geral, não só tinha possibilidades como produzia cerveja.
Especificando um pouco mais, as cervejas são feitas com água, cevada maltada e lúpulo, fermentadas por levedura. O que me chamou atenção também foi o fato de que claro, a qualidade da água determina e muito a qualidade do produto final, a cerveja. Mas isto para quem é cervejeiro, é fácilimo de constatar, até porque a antiga cerveja Numero 1 já não é mais nem de perto a primeira colocada, isto porque era fabricada com agua mineral, e passou a ser com agua da bica mesmo, perdendo muito de sua qualidade e sabor. O lúpulo é o ingrediente que se usa para dar o gostinho de amargo tragável que a cerveja tem, e é utilizado também para preservá-la.
Bebidas fermentadas costumam ter baixo teor alcoolico, em torno de 4 a 6%, bem pouco, em comparação com as bebidas destiladas por exemplo (whisky, cachaça, tequila...), que tem em torno de 30 e até 70 (!) porcento. Com a cerveja não é diferente, as comuns, chamadas pilsens, tem estes teores, agora as lights, ou as que tem como proposta serem mais fraquinhas, não passam de 2 ou 3%.
Enfim, o porque cerveja dá tanto prazer, não sei explicar. Até porque tem gente que não tem gosto algum, ou seja, estando gelada desce redondo do mesmo jeito. Eu já não. Se for para escolher, prefiro as mais fortinhas e frutadas, ou melhor, aquelas que todo mundo pede ou adora, como a Serra-Malte, a Bohemia, a Coruja ou a Brahma-Extra. Contudo, sendo de graça, ou melhor, sendo oferecida por outros... qualquer uma vai... o problema é a ressaca barbara de agora... ai pra essa não tem preferência, receita ou desculpa esfarrapada...

Só arrependimento e aspirina...

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Marcelo e suas dúvidas...

( Texto que define gostos e opiniões DO MARCELO. Não minhas. Todos sabem pra que time eu torço...)

- “Se tu fosses um super herói, qual deles seria?” – Perguntei para o Marcelo.
- “Sinceramente. Estou em dúvida. As vezes eu gostaria de ter os poderes do Batman, usar capa preta, andar de carrão a jato, motão e avião de guerra particular pra lá e pra cá, fascinar as mulheres com meus mistérios, ser um atleta perfeito, lutar bem, ter uma cinta que além de segurar as calças, tem mil e uma utilidades... mas se bem que esta história de ter um “super amiguinho” e usar pochete não rola...
- Quem então?
- Também já quis ser o Super Homem, poder voar por ai em velocidade super sônica sem ajuda de nenhum propulsor (inclusive para o espaço), força ilimitada, ter duas identidades (as vezes isto me seria muito útil), visão de raio-x (mais útil ainda...), ser repórter de um grande jornal, viver em uma grande metrópole, poder trocar de roupa tão rápido que ninguém veria, apagar memórias apenas com um beijo, poder tomar trago sem ficar bêbado... mas pensando bem, eu teria que andar por ai de cuequinha vermelha e também nunca ia poder me gabar dos meus super poderes pra nenhum parceiro tomando cerveja... chato...
- Esses dois não então. Quem tu poderia ser?
- O Homem Aranha... seria uma boa. Poder me locomover de prédio em prédio apenas com um pulo ou com um lançar de teia, ser aclamado pelo público e temido pelos inimigos, defender os fracos, ajudar os oprimidos, ter um sentido aranha tão forte e aguçado que seria capaz prever uma situação de perigo antes que ela acontecesse... mas enfim, viver na pindaíba eu não quero, e pior ainda: usar um uniforme vermelho de borracha coladinho na bunda. Daqui a um pouco já iam me chamar pra fazer parte de uma dublagem traveca na Farrapos...
- Marcelo, te define duma vez que eu já to perdendo a paciência com a tua resposta...
- Tá bom... eu poderia ser o Flash também. Correr em velocidades maiores que de um raio. Mas com toda certeza eu ia me emputecer de usar tiarinha de raiozinho na cabeça... Hummm... talvez um dos Cavaleiros do Zodíaco. Talvez o Yoga, o Shiryu ou o Iky. Poder lançar golpes flamejantes na velocidade da luz nos inimigos, acompanhados todos de um grito de guerra seria bem legal. Mas se bem que todos eles não tem nem um casinho com uma mulher que seja, e além do que, na minha opinião, não receber nem um pila por servir de guarda costas para uma suposta Deusa... isso é o cumulo. Eu ia viver de que?
- Mas então. Tu tens que pensar bem, quem tu gostaria de ser?
- O He-Man! Ele seria legal! Ser um príncipe super bem de vida, ter um tigre de estimação, viver em um autentico castelo, ser tri fortão sem nem precisar malhar, me transformar em super herói apenas com um berro e ainda por cima, ter uma namorada super bonita. Mas se bem que eu não ia gostar que tu e o Paulo ficassem me dizendo toda hora que a minha irmã é gostosa...
- Marcelo... por favor... quem...
O Wolverine então! Ser um mutante com fator de cura rápida ia ser o máximo. Fumar charuto toda hora, beber cerveja, ter esqueleto de metal indestrutível e ainda por cima ter garras que cortam até um carro pelo meio, e que saem pelas mãos quando eu quiser...bah, muito legal... Agora, ter suvaqueira peluda, usar camiseta física, ser solitário, e não lembrar nada do meu passado não ia ser bom...
- Bah! Mas que chato que tu é! Enxerga problema em tudo... diz um super-heroi que tu gostaria de ser e pronto! Para de pensar nos defeitos de todo mundo...”
- Ta bom. Então eu seria... ahm... seria...
- Diz logo!” - Eu, já impaciente, esperando me livrar da resposta enrolada que ele tava me dando.
- “O Chapolim!
- O Chapolim?
- É! Ele mesmo!
- Tá mas porquê?
- Já imaginou? Tomar pílula de nanicolina e passar por baixo da porta, ter uma marreta biônica, anteninhas de vinil que captassem o perigo, fazer parte de uma série de TV que não acaba nunca mais e além do que... imagina... além do que tem mais um detalhe muito importante...
- Até agora ele não teria nada de extraordinário em comparação com os outros. O que seria?” – Perguntei.
- “Ele é colorado...!”