Nos últimos anos, é notável o que vem acontecendo em relação aos animais domésticos. Todos, ou a grande maioria das pessoas dividem os seus espaços com algum cão que serve, na maioria dos casos, para lhes fazer companhia. Tem-se verificado uma explosão na população canina, particularmente as raças urbanas. Mas eu me pergunto: Será que realmente dependemos de um animal para termos algo terno ao nosso lado? Com toda certeza.
Porque?
Eu particularmente confesso, uma das minhas grandes fontes de companhia e carinho (e olha que eu preciso muito) é o meu Fox Paulistinha de cor preta, que carinhosamente se chama “Neguinho”. O guri é muito companheiro.
Veja bem. Ele já esta com 7 (sete) anos de idade, e mesmo ficando velho, ele não fica ranzinza. Continua carinhoso, brincalhão e educado como sempre foi.
Mas, pensando bem, acho que cachorro é phoda mesmo. Além do que já foi supracitado, acredito que ele é o nosso suplemento de alegria que falta. Quem que não se encanta em ver um filhote nos seus primeiros dias de vida? Ou quando o mesmo começa a aprender a caminhar e correr...
Como dizia aquela propaganda de rações: “Cachorro é tudo de bom”.
E é mesmo.
Penso que toda esta carência por um animal se deve a solidão nas grandes cidades, que é cada vez maior, agravado pela luta competitiva que sempre levamos para seguir em frente, a nossa rotina de desprazeres, a falta de tempo, as decepções amorosas, entre outros fatores. O resultado? as pessoas buscam nos filhotes um refúgio para suprir suas necessidades afetivas. Muitas até transformam o seu mascote no sempre necessário porto seguro.
Mas esta faltando gente para assumir este papel? Pior é que não.
Gente pra amar e ser amado é o que mais tem por ai. Mas o problema é que gente para sofrer e fazer sofrer também tem em abundancia.
As pessoas são muito complicadas. Nunca dá pra saber realmente quando que alguém esta te enganando ou não, ou melhor, quando que aquela pessoa que tu conheces e namoras a anos, vai te trocar por um punhado de festas na casa noturna da moda.
Mas onde que o cachorro entra nisto? Simples assim:
O cachorro nunca te trai, o cachorro é sincero. O cachorro te dá carinho sem esperar nada de volta a não ser o usual, um prato de comida ou carinho valendo a mesma moeda. Ele é confiável, companheiro e fiel. Além do que te protege incondicionalmente, até o final da sua vida.
Queres prova disto? Quem tem cachorro sabe. Quando estamos bem tristes, bem magoados, bem descontentes e muito decepcionados, com o cinzeiro cheio na nossa frente e chorando sem parar, o que o cachorro faz? Dá um jeito de vir, sentar nos nossos pés, encostar-se em nossas pernas, dar uma lambida em nossas mãos, ficar nos olhando daquele jeito que só eles sabe fazer, demonstrando todo o carinho que tem conosco. O cachorro consegue perceber que estamos tristes, e nem pergunta se estamos mal, apenas vem e toma atitude para nos empurrar lomba acima novamente. Qual ser humano que faz isso? Alguém já teve uma cônjuge assim? Se teve, pode falar, mas já adianto que vou chamar de mentiroso...
Especificamente neste quesito que foi citado, pensem e comparem.
Mas claro, chegando ao ponto onde quero chegar, o “Rex” nunca vai substituir o amor de uma mulher. Nunca.
Porque não podemos viver só do amor de um, ou alguns cães. Isto é óbvio.
Mas pensando melhor: Que droga! Porque que temos que ficar nos iludindo e nos envolvendo com quem não vale a pena?
Bem simples. Traçando o paralelo previamente determinado, o cão tem tudo aquilo que desejamos que as pessoas amadas tenham.
Com uma diferença cabal: Uma vez amando-nos, e nos fazendo amá-lo, ele nunca nos abandonará.
E é justamente este medo que nos deixa conectados aos seres humanos, a igualdade e a condição de insegurança...
quinta-feira, 8 de fevereiro de 2007
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