sábado, 23 de outubro de 2010

Minhas mulheres...

Eu já me apaixonei por loiras, por morenas, por ruivas e castanhas.
Por aquelas que tinham cabelos curtos, médios, longos, encaracolados, lisos, chapados ou crespos. Apliques grandes, tinturas mil ou apenas... naturais.
Já me apaixonei também por aquelas que tinham perfeitos sorrisos, gengivas grandes, dentes levemente tortos e também as que usavam aparelhos com borrachinhas coloridas.
Caí de amores por olhos claros, verdes ou azuis, por olhares escuros, castanhos ou pretos, e por aqueles raríssimos casos que conseguem mesclar as duas modalidades: hora castanhos, hora verdes.
Já me apaixonei por magérrimas, por modelos, por vencedoras de concursos de beleza, por gostosonas, por lindas, por bonitinhas, por redondinhas e até... por algumas feiosinhas mesmo. Eram altas ancudas, baixinhas magrinhas, siliconadas, corpos de violão, cinturinhas de pilão.
Algumas tinham corpos de bailarina, coxas grossas e duras, outras, eram verdadeiramente amantes dos carboidratos e dos refrigerantes. Algumas amavam uma atividade física, outras, gostavam mesmo era de beber chope. Algumas eram bonitonas não tão chegadas na higiene, outras, eram apenas bonitinhas, mas vaidosas ao extremo.
Já me apaixonei por jovenzinhas, por brotos, por adolescentes, jovens mulheres, mulheres jovens, adultas formadas e adultas que pensavam que eram adultas, mas que apesar da idade não poderiam ser consideradas nem ao menos mulheres...

Já me perdi em meio à poeira por bem resolvidas, por mal tratadas, por inexperientes, por traumatizadas e também por aquelas que mal sabiam o que eram. Apaixonei-me por religiosas, por adventistas, por umbandistas, por evangélicas, católicas ou atéias. Por puras e castas, por meninas em franco descobrimento sexual, por mulheres em franco descobrimento sexual, e por aquelas que por puro pudor, se negavam a se descobrir sexualmente. Algumas foram muito experientes, outras, apenas normais. Algumas delas prometeram muito, falaram muito, e cumpriram pouco...
... das que não foram nada neste sentido, eu realmente gostaria que tivessem sido. E daquelas que me apaixonei, mas nada aconteceu... eu também gostaria que tivessem acontecido.

Já me apaixonei por mulheres calmas, pacíficas, choronas e emotivas. Também duronas, bravas, ciumentas e um tanto quanto descontroladas. Por indecisas, por convencidas, por briguentas e por obtusas também. Algumas me cobravam, outras se cobravam demais, outras não gostavam de ser cobradas.

Algumas eu não sei mais onde estão, outras nunca mais falei. Poucas estão ainda inseridas no meu convívio, e uma... bom... esta uma eu continuo me comunicando... e sei que de onde ela está, ela me escuta.

Roqueiras, pagodeiras, “sertanejas” e forrozeiras. Bailarinas formadas e fandangueiras do Cardosão. Algumas gostavam de ir a Missa, outras gostavam de ir na Rave. Umas gostavam de mim, outras me amavam, pena que algumas outras... algumas outras apenas diziam que amavam... sem amar.

Estas me enganaram.
Mas tudo bem. Não posso reclamar. A vida me serviu muito bem nestas experiências todas, e por isto sou um homem muito feliz. Se não fosse para viver... para que serviria vir a este mundo...

Deixo apenas mais a seguinte pergunta/suspense:

Por quantas mulheres eu me apaixonei? – ou melhor:

Quantas facetas diferentes uma mesma mulher pode ter?

4 comentários:

Bina disse...

Eu ADOREI essa postagem! Eu tava sentindo falta dos teus "rabiscos"!!! Mas acho que tu tinha que colocar os nomes ao lado das características, estou com dificuldade de me identificar em alguns itens... HAHAHAHA
AMO MUITO!!!!!
Bjão e bom findi!

Rafa Pires disse...

Hahahahaha...!

Nomes? Nem pensar! Imagina a quantidade de cabeças que este texto mexeria só pelos simples fato das pessoas se identificarem...

Obrigado pelo carinho querida!

Te amo muito também!

Bjos!

Lucas Negri disse...

"Algumas eram bonitonas não tão chegadas na higiene..."
Ae é foda hehe, ótimo texto, me identifiquei em muitas partes, não como umas das suas paixões claro, e sim por aquelas que eu já me apaixonei hehe, grande abraço Dando

Rafa Pires disse...

hehehe... velho, isto que é bom.
Quando escrevo, sou extremamente autoral e verdadeiro. E quando alguém se identifica com o que escrevi, isto quer dizer que esta pessoa já passou pelo que passei e com toda certeza... me entende.
Hehehe...

Abraço irmão!