Voltei para esta série. Atendendo a inúmeros pedidos...
E como de praxe, escreverei sobre um assunto que é quase inesgotável: os efeitos do álcool no nosso organismo...
A primeira pergunta foi feita por uma amiga, que no exato momento estava assistindo um desenho do Pica-Pau onde o São Bernardo com o barrilzinho no pescoço socorria alguém que estava congelando.
- “Realmente a bebida alcoólica faz o corpo esquentar”?
Infelizmente, não. Para se aquecer qualquer tipo de bebida não serve para nada. Na verdade, como ela retira um pouco a capacidade dos nossos sentidos, o seu consumo quando se está passando frio tem por conseqüência amortecer um pouco o nosso tato. Já explico o porquê, mas já vou dizendo que aquela situação clássica do desenho, não existe. O que acontece é justamente o contrário, o consumo de bebidas alcoólicas pode ser perigosíssimo nas condições de extremo frio, já que ele diminui a circulação de sangue, o que aumenta a perda de calor e piora em casos de congelamento. Mas com a baixa circulação de sangue, nossos sentidos “desaceleram” por assim dizer, e perdemos um pouco a capacidade de sentir frio e calor.
Esta outra pergunta me foi feita pela parentada Italiana lá de Guaporé, que adora beber vinho e bradar a todos os ventos que estão, ao invés de procurando se entorpecer, cuidando de suas respectivas saúdes.
- “É verdade que vinho faz bem para o coração”?
Confesso que esta resposta eu já sabia, e imagino que todos tem uma certa noção, até porque está idéia é amplamente difundida. Todo mundo escutou ou conhece alguém que ouviu do médico que um cálice de vinho durante as refeições pode prevenir infartos.
O que existe de concreto são estudos de campo que atestam que os povos que mais ingerem vinhos, os europeus, apesar da dieta riquíssima em gordura e de serem em sua maioria fumantes compulsivos e inveterados, tem em sua população geral um número de doenças cardíacas muito abaixo do esperado.
É obvio que o consumo moderado de vinho, ou de bebidas alcoólicas, está intimamente ligado a este fato, e há continuações: o vinho também está associado à redução do risco de desenvolver alguns tipos de câncer, arteriosclerose e até mesmo gripes e pneumonias.
Agora, não dá pra exagerar viu gente...
Não vamos fazer como o famigerado tio aquele, que bebe duas garrafas de vinho a cada refeição... e ainda diz, com a maior cara lavada que foi o médico que mandou.
Ele argumenta dizendo que “a cama pode até rodar, mas que eu não terei ataque cardíaco enquanto roda, não terei...”
segunda-feira, 29 de outubro de 2007
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