Cara, que coisa incrível.
Tem coisas que a gente custa acreditar. O fato de estar querendo algo que não vejo como ter serve como exemplo. Veja bem: “não vejo” não é igual a “não posso”, há possibilidades, mas tenho certeza que é um dos maiores desafios que enfrentarei na vida, com toda esta clareza de ambições, isto porque irei fazer nem que tenha que penhorar minhas tão amadas calças justas.
Talvez por isto que tenhas tanto valor, pelo tamanho do abismo...
Ai que está o problema: não sei como ir em frente, confesso. Não tenho medo de cair, só que há tantas barreiras a derrubar antes de chegar a ti... o que não sei é se sou eu quem as coloco ou se é tu... o fato é que me considero fora dos teus parâmetros, sem nem saber quais são eles.
Podia agora escrever uma dissertação pseudo-filosofica sobre o assunto, daquelas que estou acostumado a fazer (sou o rei, e adoro isto) falando sobre possíveis pontes, sobre tentar pular o tal abismo de uma vez e me esborrachar no chão, ou descer o penhasco, atravessar a correnteza do rio, escalar o desfiladeiro e chegar ai cansado demais pra te dar atenção. Acho também que o que me falta é exatamente isto, parar de enrolar filosofando e ir direto ao assunto.
Como já deixei claro, derrepente o aspecto todo que me apaixona cada vez mais é a dificuldade que tudo isto me impõe. E será que seria justo realmente colocar-te a par que tentarei chegar até ai, no teu patamar? Não sei. Vai que realmente eu chegue cansado. De algo tenho certeza: faz tempo que não sinto saudade de alguém, muito menos alguém que não tenho nada.
Quando estou na tua presença é difícil disfarçar o interesse (não sei por que o faço), depois vou para casa sempre com uma vontade de te ligar (sem ter teu número), de falar-te qualquer coisa... de ter ficado um pouco mais na qualidade de teu ouvinte...
Sensação boa esta. Eu estava com saudade de sentir saudade, os queridos leitorinhos que agora me lêem são testemunhas e hão de concordar comigo que esta condição é tão boa...
Não havia me dado conta, mas... vou chegar até ai, nos teus parâmetros um belo dia, independente do tempo que irá demorar, e pior, sei que tu sabes (ou saberás) disto... Mas tem outra: quando finalmente chegar tu já estarás mais além... é... alegria de pobre dura pouco.
Solução do problema? Como eu faço pra descascar tamanho abacaxi? Putz. Não sei. Vou levando desta vez.
Talvez tenha que ir com calma, talvez também, tenha que ir com pressa.
E se fosse com muita sede ao pote? E se te cansasse ir tão devagar?
E a hierarquia, existe pra ti? E a hierarquia, existe só pra mim?
Tu me notas? Tu não me notas?
O que faço pra transparecer...? Será que devo?
Derrepente tenha que deixar claro, derrepente também, deixo claro cedo demais e tomo um não prévio que não seria bom... porque daí, nada mais iria para frente.
Alguns dias atrás reclamava que estava com saudade de algo que me chamasse a atenção. Na verdade já havia tu, que chamava...
Eu que estava tentando esconder pra não deixar claro que não sei o que fazer...
domingo, 4 de maio de 2008
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