segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Terça insana...

Terça-feira passada toquei para o meu maior público: Algo em torno de 3 mil pessoas exprimidas no Opinião.
Começamos o show tocando Paradise City do Guns, com muitos efeitos de luz e gelo-seco, coisa que fiz questão. Logo aos primeiros acordes na minha mais nova aquisição (minha Gibson SG vermelha, igual a do Angus), a platéia fez um barulho ensurdecedor, e quando o resto da banda entrou, alterando o andamento da música, vi toda a pista e alguns que se encontravam no parapeito dos mezaninos pularem em conjunto.
Estação Canoas - La Salle
A segunda música era uma insistência minha para que a banda tocasse, já que a mesma não é de agrado de todos: Live or Let Die, na versão do Guns também, levando em consideração que a versão original do Paul McCartney tem levadas de reggae que nenhum de nós engole muito...
As partes agudas do vocal evidenciavam que a minha voz não era exatamente a do Axl, mas dava pro gasto, pois agradou.
Estação Mathias Velho
O meu baixista propôs tocarmos Hotel Califórnia para segurar um pouco, já que é uma música conhecidíssima de todos (pelo menos o refrão), e também porque a 1º e a 2º cordas da SG já haviam estourado. Nesta música, eu sempre uso um violão de nilon para fazer os solos, e a outra guitarra também é substituída por um violão de aço. Gostei do final, pois eu e o outro guitarrista solamos em conjunto, e fomos muito aplaudidos por isto.
Estação São Luis - Ulbra
O show era curto, então tínhamos só mais duas músicas para tocar. Meu baixista, eterno amante da era Disco, sugeriu que fizéssemos a versão reduzida de Please don´t let me be misanderstood, do Santa Esmeralda. Mas o resto de nós discordou, achando que aquilo não era música para final de show. A minha proposta foi de pronto aceita por todos, e nem precisamos contar o tempo, já que sai disparando as primeiras notas de cara.
Enter Sandman é considerada pesada, mas mesmo assim, se tu a executares para um público onde a faixa etária é de 18 anos, verás algumas menininhas loiras cantando o refrão e fazendo sinal de chifrinho para ti com os dedos. Me empolguei tanto que algumas pessoas me olharam com expressão de estranheza.
Estação Petrobrás
Última música. Esta teria de ser aquela que sempre deixa todos querendo mais. E como sempre ficamos discutindo no palco o que vamos tocar (o set-list nunca é estabelecido antes do show), decidimos contrariar este procedimento e tocar o que sempre tocamos.
Sweet Child o´mine também é do Guns, eu sei. Mas a tonalidade da minha voz favorece, e, além disto, por mais que a maioria não admita, todo mundo gosta. É perfeita para ser a última de qualquer pocket-show que se faz por ai.
E assim o foi.
Vi o Opinião cantar o coro inteirinho quando pedi, tirando minha boca do microfone e fazendo sinal de que não estava ouvindo. Vi também meus amigos todos enlouquecidos na lateral do palco, como se ali escondidos, quisessem invadir e serem como eu, protagonistas daquele momento. Terminamos saindo quase surdos do barulho da platéia, agradecendo e dizendo “até amanhã”...
Estação Esteio
...já que a pilha do meu MP3 havia acabado, e o trem acabara de chegar à estação que teria de desembarcar.

Sonhar não custa nada... e por vezes meus sonhos são tão reais...

Nenhum comentário: