Sou um empolgado fã de um esporte que quase ninguém pratica, mas que todos conhecem e já amaram um dia: o automobilismo.
Por óbvio, tive e ainda tenho Ayrton Senna como ídolo-mór. Ele foi um dos personagens mais marcantes de minha infância, e mesmo hoje em dia, passados 15 anos de sua passagem temprana, ainda sinto saudades daquelas manhãs de domingo em que acordávamos cedo para assistirmos ele lutar contra os vilões Alan Prost e Nigel Mansell.
Mas falando em tempos atuais, sou fã ardoroso de um piloto que para mim, sempre esteve entre os melhores: Rubens Barrichello.
Torço fortemente por ele desde os tempos da Jordan azul com bico vermelho, apelidada carinhosamente de “Pica Pau”. O homem sempre mostrou competência, excelência no que faz, dedicação total ao trabalho e entrega absoluta aos objetivos individuais e coletivos das equipes em que passou. Para mim ele é tão bom, mas tão bom, que além de unir tudo o que um grande profissional de qualquer área tem de ter, sabe exatamente como se portar para que as coisas continuem dando certo.
Do final do ano passado para cá, Rubinho esteve no mais autêntico “olho do furacão”. Fez uma boa temporada em 2008 com um carro ruim, mas devido à crise econômica mundial, viu sua equipe, que era ligada a uma grande montadora mundial de automóveis, ser dissolvida por conta da alta demanda de investimentos. Enquanto a imprensa discutia qual seria o futuro da categoria, dizia também que Rubinho já havia sido descartado pela mesma. Falavam em aposentadoria compulsória (o que a maioria dos brasileiros, injustamente, comentava que já estava acontecendo tardiamente), falavam que o homem estava acabado, que já estava velho, que não correria mais... e que mesmo que a tal equipe voltasse à ativa, ele seria deixado de lado em troca por um novo piloto que surgiu agora, que não mostrou muito trabalho ainda, mas que tem o mesmo sobrenome do primeiro ídolo que falei neste texto.
Rubinho, ao contrário do que a maioria pensava, surpreendeu resolvendo que a reclusão e a retirada estratégica, mas momentânea, seria a melhor opção.
Passou quatro meses sem dar as caras. Fez uma corrida de Kart em Florianópolis (a qual venceu... não só a corrida, como também Michael Schumacher na disputa...) e só. Não concedia entrevistas, não aparecia em telejornais, em programas especializados, em folhetins, blogs... nada. Reclusão total mesmo.
Pois então. Quando justamente todos achavam que o homem já estava morto e enterrado... eis que surge ele ai novamente... melhor do que nunca.
Cinco quilos mais magro por conta de um preparo físico de atleta, cabeça vazia de problemas, preparo técnico apuradíssimo e com mais gana do que nunca, o cara parece um garoto que ganhou bicicleta nova.
A equipe foi comprada por um dos grandes chefes da Fórmula 1, que de maneira corretíssima, ao contrário do pensamento dos tupiniquins, tem a certeza que Rubinho é simplesmente um dos melhores. A vaga não poderia deixar de ser dele.
Quem ri por último, ri Rubinho. Após os testes de inicio de temporada... não é que o homem está aparecendo nas primeiras posições novamente...?
Vai incomodar muita gente este ano.
O que fez Rubinho voltar tão bem?
A retirada estratégica.
E é justamente o que estou a fazer neste momento.
Peço para que vocês, querido leitores, principalmente aqueles aos quais tenho laços de sangue e amor, me perdoem pelo afastamento e procurem compreender a minha ausência dos círculos aos quais estava acostumado a ser figurinha certa. Incluso por aqui.
Tal qual meu ídolo Rubens Barrichello, estou promovendo um período de reclusão salutar e necessária...
Após um tempo voltarei.
E voltarei para que as coisas sejam melhores do que eram antes.
quarta-feira, 11 de março de 2009
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2 comentários:
Olá,
Também gosto do Rubinho... principalmente da postura adotada por ele em relação a sua vida profissional. Torci muito para que ele voltasse a competir e que conseguisse dar a volta por cima.
E não é que ele conseguiu e fez bonito dando um exemplo de superação para todos nós.
Beijos
Querida Ana Carla,
São poucos os que sabem apreciar as qualidades dos outros.
Exemplo de superação é pouco até...
Bjos,
Rafael
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