Eu estava pensando agora sobre um termo que escutei esta semana, os chamados “Pensamentos linkados”.
Nunca havia pensado nisto. Que um pensamento está ligado a outro. Constatação básica não? Uma coisa leva a outra, e a outra leva a seguinte, e a seguinte leva a uma novamente, e assim vai.
Por exemplo: estou escrevendo neste momento sentado no sofá, com a televisão sintonizada no jogo do Inter a minha esquerda (Enxuta ligada neste momento...), e a minha frente as janelas da sacada do apartamento que fica no 9º andar, onde eu posso ver as nuvens carregadas passando quase na mesma altura. O dia está muito cinzento, as nuvens encobrem a partir das quadras vizinhas, e olha que daqui eu consigo ver, em dias bonitos, os morros de Estância Velha e todos os contornos do Vale. Este dia cinzento automaticamente me fez lembrar os dias tristes e carregados que outrora eram tão comuns, mas que hoje não ocorrem mais, e o melhor, à medida que o tempo passa, ficam cada vez mais distantes e improváveis de acontecerem.
O Fernandão não joga mais nada mesmo. Que bom.
Mas enfim, o dia cinzento me lembrou também a letra da música “Pense-Dance”, do Barão, que por sua vez me lembrou a falta que o Rock nacional verdadeiro me faz. Lembrei-me das épocas em que escutava estas musicas sem parar, da falta de responsabilidade, da tranqüilidade de tardes inteiras sem fazer muita coisa, do RBS notícias, do Jornal Nacional e de quem seria a Próxima Vítima da novela das oito. Recordo-me do uniforme do colégio, que mais parecia as roupas que os Smurfs usavam, e do saco que era acordar todos os dias as 6:15 para ir estudar. Lembro-me do finado Josué, o melhor professor que tive nesta vida, das gurias minhas colegas (todas elas), da significância que as amizades tiveram nesta época...
Não sei porque pensei agora que não me lembro de abelhas em dias de chuva, deve ser porque onde morava nestes tempos, tinha um vizinho apiador que insistia em cuidar de suas caixas de abelhas diariamente... inclusive em dias de chuva. Mas que felizmente enquanto a água caísse elas quase não atacavam os vizinhos próximos.
Abelha é um bicho estranho mesmo. Trabalha, trabalha e trabalha, deixa a procriação da espécie nas mãos de uma representante que mata os machos após a cópula. Que horror.
Acabei de ver um Quero-Quero voando na chuva, lá na praia tem um monte, até porque ainda existem por lá grandes áreas descampadas, onde não só esta ave habita, mas quase todos os tipos que ainda sonhamos em ver nas grandes cidades: corujas, canários e pica-paus. E tantos outros que damos Graças por não vê-los: escorpiões, cobras, lagartos e insetos de todas as espécies.
Gol do Gil pro Inter. A enxuta ligada ainda não está funcionando.
Recordei do Raul Gil. Que programa terrível, que coisa medonha. Não estou sendo maldoso e falando dos “novos talentos” que o velho homem insiste em querer explorar, mas sim da falta de graça que vejo em meninas de 12 anos cantando Amado Baptista. Há algum nexo nisto? Garanto que esta menina, se não fosse um dos “novos talentos”, estaria nestas horas escutando RBD e dançando algum funk qualquer com uma priminha. Ou seja, não é o indicado, mas é o natural que se aconteça.
A mãe me ofereceu café, eu não quero.
Recordei-me da vida ótima que tenho hoje, do quanto gosto de quem gosta de mim. Dos sonhos estranhos que tive a noite e da viajem de final de ano recém organizada. Que bom que terei, além da minha família, que continua sendo ótima, companhia também da minha menina linda... que tanto me faz bem e me traz felicidade.
Que droga...
O Fernandão acabou de fazer um gol. E eu queimei minha língua...
Obs.: A enxuta finalmente funcionou... O Atlético empatou... só precisou dos três minutos entre a revisão e a publicação...
domingo, 23 de setembro de 2007
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