quarta-feira, 25 de março de 2009

Os medos que tenho...

Foi escutando uma música do Foo Fighters que tive a idéia para escrever este texto.
A tal música se inicia com a seguinte frase: “Eu tenho uma confissão a fazer”.

Eu tenho uma confissão a fazer.

Eu tenho medos.

São muitos, grandes e variados. Alguns dizem respeito apenas a minha pessoa, como o medo que tenho de insetos, debato-me todo quando algum resolve se jogar em mim. Tenho também medo de pés femininos mal cuidados, eles realmente me assustam, mas mais pelo desleixo da dona do que pela sua estética medonha. Tenho medo de velocidades muito altas, 110 km’s por hora estão mais do que suficientes. Tenho medo de fracassar, mesmo quando pareço estar estagnado. Tenho medo de baladas fortes, porque me estresso com fila, calor, descaso com a segurança, apertos e trombadas, e no final ter de pagar caro por tudo isto. Tenho medo de servir churrasco fora do ponto, seja ele queimado ou cru. Tenho medo da sensação de cair, seja de qualquer altura.
Outros medos dizem respeito às outras pessoas, como o medo que tenho de radicalismos, ascos em mim afloram quando vejo alguém destratando outro por conta de política, raça, futebol ou o que quer que seja. Tenho medo de pessoas mal-educadas e desrespeitosas também. Educação e respeito foram valores que me foram ensinados, e tenho certeza que os ensinarei se descendentes tiver. Nem preciso explicar o tamanho do desconforto que tenho quando não vejo os mesmos em prática por outras pessoas...
Tenho medo de petulância, nunca sei qual é a real razão para indivíduos se acharem melhores que outros. Daí também decorre outro medo, o da falta de humildade, este para mim até pecado é. Quem não é humilde não vai para o céu. Todos têm o mesmo valor, independente do recheio da conta bancária, profissão, refino social ou posição empregado/empregador. Humildade mantém os nossos olhos abertos longe da ignorância e grosseria que é se achar superior.
Alguns medos meus unem os dois conjuntos: Dizem respeito a mim e também as pessoas. Como o da falta de noção, ou melhor, a falta de visão em momentos que somos inconvenientes. Confesso que estou sempre de olho para não sê-lo, e mesmo assim, de vez em quando acontece. Agora imagine quem nem ao menos se preocupa... o tamanho do mal que causa. O pior é aquele que tenta sempre ser engraçado, e sempre desrespeita, ofende e é inconveniente por conta disto.
Outra coisa que tenho medo em mim e nos outros é o descontrole, principalmente no que tange aos momentos em que estamos motivados por sentimentos de revolta e injustiça.

De tempos em tempos, sentimos necessidade de mudanças em aspectos diferentes da nossa convivência social. É a tal da historia de sentar direito só quando as costas já estão doendo. O que é inerente nestes momentos é que eles são motivados por sentimentos extremos, gerados por situações desconfortáveis e que causam irritação.
E é ai que mora o problema. Sangue quente gera sangue quente. Discussões nessas horas sempre dão errado na execução, mas não quer dizer que vão dar errado nos resultados. As formas são erradas, os conteúdos discutidos não.

Os velhos ditados já dizem o que acontece nos próximos capítulos: Deus escreve certos por linhas tortas, há males que vem pra o bem e o tempo é o Senhor da razão.

Disso eu não tenho medo.

Os resultados destes momentos são e serão benéficos, é uma certeza.

3 comentários:

Ana disse...

Olá,
Excelente texto, me fez parar e refletir sobre os meus medos!
Beijos

Ana Carla Maia

Rafa Pires disse...

Querida Ana Carla,

Que bom que gostaste!
Muito obrigado pela visita!

Se tu, uma leitora, paraste para refletir lendo este texto, atingi meu objetivo.

Bjos,

Rafael

Rô Godoy disse...

Gostei muito deste texto e tb parei para refletir como a Ana Clara ai de cima.... Refleti mesmo....

Bjs