quinta-feira, 5 de abril de 2007

Auto-Estima XXVIII - O Retorno!

- “Tu tens que levantar a tua auto-estima!”

Quem nos últimos tempos escutou esta expressão, coloque o dedo aqui!
(Clássico momento em que alguém estica o braço para frente com a palma da mão virada para baixo...).
É engraçado, nunca se falou tanto em auto-estima como nos dias atuais, inclusive segundo matérias da imprensa, programas de TV, e até em artigos de escritores de final de semana como eu, tudo é culpa da dita cuja. Mas a pergunta que não quer calar é:

- “Mas o que é mais fácil de achar, ela ou o monstro do lago Ness?”

Todo mundo fala, mas ninguém vê...
Mas nunca ninguém me responde...
Como conseguir isto gente? As pessoas vivem me perguntando, como é que faz para se gostar mais?
Cara sei lá! Como diz um professor meu, “este troço, que ta mais parecido com uma coisa, é muito bagulhoso!”
Se existiu uma receita para entrar no caminho, é aquela que venho dizendo faz algum tempo. Esquece a história de que a gente consegue resolver todos os nossos problemas sozinhos. Se preciso for, deixa de lado o preconceito e procura uma psicoterapia.
Eu diria, que para achar a tal da auto-estima, nestes últimos 12 meses aprendi a me valorizar muito mais. Claro, não cheguei nem perto de encontrar o que queria, o ideal, que para mim seria aquele “se gostar” lindo, maravilhoso e diário, como o gostar que tenho por Deus, por Madre Paulina, pelo meu cachorro, pelo meu carro, ou pelo meu Grêmio. Até pela Polar e pelo Carlton Crema também desenvolvo um amor incondicional.
Questão pertinente neste momento: é mais fácil gostar dos outros do que da gente?
A resposta para pergunta meio que é obvia para mim. Estes dias pensei em algo (é meio raro pensar, mas enfim...) que logo me deu uma compreensão. A gente só consegue amar alguém quando não julgamos de maneira ferrenha esta pessoa, animal, entidade ou objeto. Mais do que claro que esta regra serve também para nós mesmos...
Nos julgamos demais, e isto esta presente na vida de todos: “To ficando gordo chônho já”, “Esta gravata não esta na moda”, “Sou burro”, “To duro”, “Ela não gosta de mim porque não sou tão atraente”, “Apareceu um fio de cabelo na minha cabeça”, “Consegui ver meus pés novamente”, “meus colegas são mais inteligentes do que eu”, “porque que eu gosto tanto de carboidrato”, e sei lá mais o que uma mente que não se gosta pode inventar para crer... Graças a Deus abandonei estas besteiras.
Perceba como não julgamos tanto os terceiros que amamos, o nosso cachorro, a nossa namorada (se a relação for saudável claro), o nosso carro, ou o nosso time.
Pense bem, porque a gente se cobra tanto? Onde que ensinam a gente a se autoflagelar assim? Na escola pública? Acho que não.
O problema é que estes julgamentos geralmente têm por conseqüência a autocondenação. E se auto condenar é a pior coisa que podemos fazer. Principalmente se queremos nos aplicar uma pena por termos cometido o crime de termos sido bonzinhos demais (o arrependimento por ter sido bom é muito pior do que o por ter sido mal).
Talvez seja um bom exercício de final de semana, além de tomar cerveja e beijar meninas. Tente não se julgar tanto. Acredite: Funciona! A gente fica mais leve, o dia passa mais macio, a vida fica menos cinzenta.
Mas lembre-se: perfeição não existe (tirando o corpo da Ana Paula Arósio). A gente não pode melhorar se enfiarmos em nossas cabeças que o perfeccionismo é o ideal. Ninguém é perfeito. E muito menos ideal.Se for justamente ai que nos apaixonamos pelos outros, nas suas imperfeições, porque não podemos amar as nossas próprias...?

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