A maioria das pessoas que lêem este blog comenta-me sobre o que escrevo, mas pessoalmente, cara-a-cara, face-a-face e olhando nos meus olhos. E isto sempre foi um pedido meu. Nunca comente nada por aqui. O mínimo que peço é usar e-mail ou telefone, e acredite, muita gente usa.
Ta, mas as pessoas passaram-me a perguntar também quais são as razões. O porque de tamanha descrição, seriedade e não-exposição. A resposta certa seria: “Porque não!”
Mas como “porque não” não é resposta... preferi explicar.
Antigamente eu até fazia, mas todos já devem ter notado que não escrevo mais nada sobre meu cotidiano e nem minha vida pessoal. No máximo minhas impressões e comentários sobre assuntos em geral. Se fores mais além constatará que evito escrever algo sobre os outros também (tirando o Paulo, mas o Paulo é uma história bem longa... vai até onde o limite do físico/metafísico/invenção/realidade não é lá muito definido).
A exposição não me fascina, nem muito menos me atrai. Quem me conhece sabe que nem Orkut tenho. Não gosto que as pessoas fiquem sabendo do que faço, de quais festas vou, para onde fui, com quem sai, com quem estou falando e nem muito menos me relacionando.
Se tu fores pensar, dependendo do quanto tu meches e futrica no tal, até teu estado de espírito deixas explicitado através das tuas comunidades.
Ai estes dias me disseram: “Mas tu podes criar um perfil falso. Ai tu poderás saber da vida de todos sem que ninguém perceba, ou procure saber da tua”.
Poderia ser feito... mas ai entra outra questão que envolve meus valores básicos.
No momento odeio, simplesmente odeio ficar sabendo da vida dos outros. Se na minha já é difícil entender o que acontece, imagina na dos outros então. Acredite se quiser, mas depois que cancelei meu perfil a mais de ano atrás, nunca mais nem entrei para dar uma olhada. Simplesmente esqueci que existem perfis alheios, ou melhor, que existe este site de relacionamentos.
Sim, é uma maneira de deletar lembranças ou pessoas da memória. E digo mais...funciona. Havia pessoas que hoje não existem mais. E continuarão sem existir.
Mas voltando a questão cerne.
Posso até comentar às vezes que fiz tal coisa, vi tal filme, escutei tal musica, li tal livro ou fui a tal peça de teatro. Mas isto não é compulsório, é de livre escolha minha explicitar e detalhar tais situações e impressões. E é só. Uma decisão firme e tomada com toda a seriedade (não quer dizer que eu vá respeita-la para sempre... mas enfim... para toda a regra existe exceção). E nem é porque sei que pessoas que não prestam lêem, mas é porque não gosto de me expor para ninguém desta maneira, apenas para quem eu quero, e pessoalmente. Nem muito menos para possíveis (apesar de ter certeza que não tenho nenhum) desafetos.
O problema se resolve facilmente. Quer saber detalhes meus? O que eu sou? Como estou? De quem gosto? Quer saber de mim? Matar a saudade? Ligue-me! Procure-me! Escreva-me! Enfim... pergunte-me!
Com certeza serás bem recebida(o) e bem tratada(o)...
segunda-feira, 16 de abril de 2007
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