- “Mas como o Senhor não sabe que dia é hoje...?” – Duas furiosas funcionárias do escritório de uma construtora me indagavam e me olhavam enraivecidas instantaneamente, apenas porque eu perguntei a data corrente, a fim de preencher corretamente o cheque de um pagamento que estava efetuando.
As duas arregalaram os olhos como se eu houvesse cometido um crime, e bufaram feito cunhada ignorante (aquela mesma, todo mundo teve uma...):
- “Humnfff”!
Eu, assustado e sem entender nada, abaixei a cabeça e continuei a preencher meu cheque. Não demorou 15 segundos, percebi que uma delas (a menos linda) começou a se comunicar por sinais com a outra (que era uma morena maravilhosa, alta, magra, seios médios em formato de gota, quadril redondo e bumbum arrebitado, cintura fina e um rosto lindo abrilhantados por um par de olhos verdes que conferiam luz própria ao conjunto, além de aparentar ter pernas de dançarina/cantora de axé, pois usava uma calça de suplex com bota bico-fino-salto-agulha por cima. E isso que nem fiquei notando muito...).
- “Mas desse jeito sua namorada vai ficar triste com o Senhor... não lembras mesmo que dia é hoje?
- Realmente não lembro, estou tentando lembrar até agora, a fim de terminar de preencher meu cheque.
- Hoje é dia 12 de junho.
- Muito obrigado pela informação.
- Dia dos namorados...”
A ficha caiu na hora. Era dia dos namorados, e eu evidenciara uma falha gigantesca. Havia esquecido a tal data festiva. Mas logo elas, espertas, trataram de apurar o porquê:
- “O Senhor tem namorada...?” – Perguntando com aquele olhar malicioso feminino.
- “A resposta é clara. Se não lembrei desta data tão importante, deve ser porque está faltando aquela pessoa especial que me faça lembrar, não?”
A morena linda disse, em meio a um suspiro:
- “Então o Senhor é solteiro? Mas como pode?” – Com um sorriso no olhar, utilizando-o de maneira bastante incisiva.
- “Não sei querida. Apenas sei que estou aqui, em pleno dia dos namorados, solteiro e sem ninguém para poder comemorá-lo...” – Falei, sorrindo e olhando-a nos olhos.
Ela sorriu, olhou para baixo (em atitude encabulada) e ficou em silêncio.
Quando fui me despedir, após pegar o recibo do pagamento, ela me disse:
- “Dá uma olhadinha atrás do recibo. Mas só depois de sair, ta? Tem um recadinho pra ti”.
Querem saber o que estava escrito?
Não digo.
Não vou dizer.
Já é contar demais, não...?
sexta-feira, 15 de junho de 2007
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Um comentário:
Sério guri!
Tu não vai contar mesmo? Como tu é chato!
Garanto que tu ja recebeu no minimo uns 15 emails de um monte de gente perguntando o que era. Só meus foram três!
Deixa de ser otario e conta! Tu sabe que quando tu atiça a curiosidade feminina, a coisa pega fogo!
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