segunda-feira, 30 de abril de 2007

Pra brincar com o "fofuxo" paga mais...Parte II - Final

- Pra se divertir com o "fofuxo" paga mais senhor...
- O que? Eu tenho que pagar para trocar o pneu do "fofuxo"...?
- Onde o senhor vai tocar nele, eu não sei e nem quero saber, mas o preço eu tenho que cobrar. Ou paga agora, ou paga na saída, como é o usual.
- Como assim "onde que o senhor vai tocar nele"?
- É. No pneuzinho. Que no caso dele nem é "pneuzinho". É um baita "pneuzão"!
- NÃO! PÁRA! PÁRA TUDO! TU NÃO TÁ ENTENDENDO NADA!
- Então o senhor me faça o favor de explicar.
- Aquele rapaz gordo me chamou aqui apenas para ajudá-lo a trocar o pneu. O pneu do CARRO DELE. Ninguém vai entrar no quarto e fazer "coisinha"...
- Ah tá. Então o senhor só vai lá ajuda-lo a trocar o pneu do carro?
- Claro né! Ou tu tava achando que eu... eu e o Gordinho...
- Mil perdões Senhor. - Extremamente ruborizado...- Realmente eu havia entendido errado. Mas também... ele ficou aqui vestido só com um hobbyzinho rosa esturricado, perguntando como que tava o movimento da noite, o que eu fazia nos outros dias, que hora eu saia, etc...
- Ta ok. Não quero ouvir a tua explicação - Falou, Puto da Cara, óbvio - apenas me deixa entrar vai...
- Por Gentileza Senhor. Tenha a bondade. O Numero do quarto é 410.

E lá se foi o Marcelo, ajudou o "fofuxo" a trocar o pneu do carro (claro que ele ainda estava vestido apenas com o hobby rosa, e o chinelinho Havaianas do motel), e enquanto fazia isso, tentava baixar o nível de raiva e ódio...
Na hora de ir embora, ele se despede do Paulo com apenas um "Me deve uma...", mas pensa o que poderia fazer para se vingar do "Severino".
Logo na portaria, ainda com a porta de entrada do motel fechada, o maldito do porteiro puxou assunto, tentando amenizar o erro, e o consequente constrangimento cometido.

- E ai Senhor. Tudo certo? Conseguiram trocar o pneu?
- Conseguimos...
- Tudo certo então...?
- Tudo...
- O Senhor ficou bravo por eu ter achado que o Senhor era... era...?
- Fiquei...
- Então o Senhor vai reclamar com a gerência...?
- Não. Não vou. Isso se tu fizeres um favor...
- Qual Senhor? Faço o que o Senhor quiser.
- O que eu quiser...? - já falando com um assento, digamos assim, "mais feminino".
- É. O que o Senhor quiser.
- Libera a "porta da saída" - falou isto com aquela carinha maliciosa de libélula... - pra mim agora?
- Como assim "Porta de Saída"...? O Senhor tá achando... achando o que... que eu sou... ?
- Hehehe...Viu como é bom?
- O Senhor tá fazendo confusão. Eu não quero dar o meu...
- Ta, pára por ai! - Interrompendo - Eu só quero a porta do motel aberta pra poder sair. Não a tua!

E se foi embora com o gostinho bom de vingança na boca...

Um comentário:

Anônimo disse...

Querido, adorei o "desfecho"!!
Genial, como sempre...
Bj