O meu grupo de amigos é aquele que posso realmente chamar de musicado. Todos gostam de brincar com algum instrumento musical, seja bateria, baixo, guitarras ou violões. E todos cantam. Cantam bem até.
Musica é um assunto recorrente entre nós, em qualquer tipo de reunião ou encontro, passamos boa parte do tempo conversando sobre algo ligado a isto. O próximo passo sempre é alguém pegar o seis cordas e puxar alguma música. Geralmente cantamos músicas antigas, como Vento Negro, Desgarrados ou Guri, repetindo umas 15 vezes cada uma.
Mas não foi o que fizemos ontem. À noite tomamos uma cerveja em um posto de gasolina da cidade, nada muito excepcional. Puxei assunto sobre a cultura musical adolescente, algo que sempre existiu até porque é o maior nicho de mercado que há.
Desde Menudos, New Kids on the Block, Polegar, Dominó, Tremendo, Backstreet Boys, N’Sinc e Rebeldes da vida, estas bandas fabricadas por produtores e detentores da fórmula do sucesso, dominaram o mercado comercial apesar das críticas gerais (inclusive minhas).
Antigamente esta fórmula era fácil, era só juntar um grupinho de rapazes bonitos que cantavam mal e não tinham nenhum talento, ensinavam-nos a dançar, rebolar, sorrir agradar as fãs e tava tudo feito. Aos poucos as coisas foram evoluindo, passou pela época em que o mercado obrigou os produtores a contratar meninos já talentosos e competentes para seus grupos. Agora a tendência é mesclar as artes com algumas características humanas atuais, ou seja, pega-se o cinema, a tv, a mídia, a curiosidade (paparazzi, vídeos pornôs caseiros e fofocas generalizadas) a dança, a música e o apelo sexual dos meninos e meninas, coloca-se numa panela de pressão, tempera-se com grana alta e... voilá! Lucra-se cinqüenta vezes mais.
Ontem conversando fizemos esta análise, e claro, alguma pérola deveria sair.
Imaginem de quem...
O Marcelo estava falando que as menininhas adolescentes que ele sai de vez em quando adoram um tal grupo que ele não lembrava o nome (guasca velho do jeito que é, só lembra do nome do Leopoldo Rassier e do Gildo de Freitas), e que este grupo já tinha uns 2 ou 3 filmes, não sei quantos DVD’s, CD’s, musicais, shows, etc...
Segundo a descrição que ele deu naquela hora, tratava-se de um bando de adolescentes, meninos e meninas, ambientados em uma escola, como se fosse uma Malhação americana.
Neste momento surgiu a situação clássica aquela, em que todos os presentes tentam lembrar de algo e não conseguem (e que alguém diz: “quando eu não estiver pensando nisso, vou lembrar”). Mas para o nosso susto, o Paulo aos berros respondeu:
- Lembrei!!! É High SKOL Musical!!! Não é??? É sim!!! É High SKOL Musical!!!
... Passei o resto da noite rindo ...
... imaginando aquele bando de menininhos e menininhas dançando com um Latão ou uma Cicarelli na mão ...
sábado, 25 de outubro de 2008
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