quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Cargo de chefia

Falei estes dias que o Paulo mudou de emprego e de cargo, não?
Pois é, esqueci de comentar, mas o Paulo deixou de ser peão-chão-de-fábrica e agora tem um cargo de chefia! É sério, o rapaz tá grandão lá na firma dele, uniforme de trabalho agora é terno-gravata, refeitório é restaurante no shopping, transporte é carro privativo da firma e secretária derrepente passou a ser sinônimo de mulher bonita.
O menino está colhendo o que plantou. Sempre foi um garoto esforçado, trabalhador, honesto e sem vícios (isto não é anúncio no Diário Gaúcho). Sempre levou muito a sério o trabalho, o estudo, a carreira e o futuro. Demorou mas finalmente as coisas engrenaram.
É uma pessoa muito engraçada, com toda certeza, mas burrice é algo que não é característica sua, sempre foi muito esperto inclusive, sabendo direitinho o que, quando e como fazer (ou não fazer). Neste último dia que nos reunimos, estávamos todos muito felizes com o fato dele estar tão bem profissionalmente e pessoalmente. O Paulo realmente merece.

Mas enfim, como não poderia deixar de ser, além da obra prima citada no texto anterior, mais uma pérola foi proferida na mesma noite.

Conversávamos sobre as diferenças de ser chefe e empregado, e ele, que era o elemento cerne do assunto, estava apenas quieto prestando atenção. Olhava-nos com olhares incrédulos, e de vez em quando realmente parecia não concordar com o que estávamos enumerando como vantagens dos que ocupam estes cargos.
Palavras dele:

“Olha só gurizada: se vocês trabalharem bem no mínimo oito horas por dia, um dia eventualmente serão escolhidos ou nomeados chefes, a partir disto, a principal mudança é que passarão a trabalhar doze ou dezesseis...”

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