quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Comendo tatu... parte II - Final

(Continuação...)

- “Mas quem ensinou isto para esta menina”? – As pessoas se perguntavam.
A reação de nojo era geral e conjunta. Nesta hora, ninguém mais queria doar nada, e quem queria, desistiu.
Os homens, que tinham o prazer de olhar pro derriére da gostosona do João quando cruzavam-na pela calçada, passaram a enxergá-la como a mulher mais feia e nojenta da pequena cidadezinha. As mulheres, que antes eram invejosas pela beleza e simpatia da mesma, passaram a ter o que argumentar: - “Mas ela é uma porca”! – Diziam.
Mas nem ela nem o João se percebiam de seus defeitos higiênicos, ambos não tinham noção do quanto às pessoas os recriminavam por terem hábitos tão estranhos e condenáveis. Até os dois bandidos da pequena cela da delegacia argumentavam dizendo que “podemos ser ladrões de botijão de gás, mas pelo menos não comemos tatu nem cheiramos peido...”.
O João que era uma santa alma, coitado, passou a não entender o porquê que além das pessoas o evitarem, passaram a evitar também sua tão querida amada. Achava tudo um absurdo. Dizia que a cidadezinha era formada apenas por pessoas que não tinham compaixão para com os necessitados, que ninguém queria ajudar, e ninguém tinha bom coração... não se percebia que era por causa de seus hábitos que as pessoas não praticavam boas ações.
Até que um dia, a ficha repentinamente caiu. João primeiramente enxergou o absurdo que sua namorada praticava, para depois, através da cobrança dela (em resposta à dele, claro), enxergar a sua. A partir daquele momento, João jurou, e fez sua gostosa jurar também, que nunca mais seriam os mesmos porcões.

Passaram então, a fazer o que todos da cidadezinha faziam...

Tirar tatu e cheirar pum escondidos... em casa... sozinhos...


Moral da história: Como todo mundo faz porcaria em todos os aspectos da vida, tudo bem se tu fizeres também. Mas faz bem feito, e principalmente, faz escondido...

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